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πρόλογος PREFÁCIO


Os cabelos de Agave se bagunçavam atrás dela devido à velocidade com que voava. Ela estava cruzando todos os reinos a uma velocidade impressionante, determinada a derrotar seus tios que haviam roubado seu trono muitos anos atrás. Ela fugiu com medo, era apenas uma garota na época, mas após anos de preparação, decidiu enfrentar o passado e derrotar seus tios. Não estava sozinha; muitos de seus amigos de infância, agora tão poderosos quanto ela, estavam dispostos a ajudá-la. Depois de meses planejando a remoção de seus tios do poder, o plano estava pronto e ela não queria desperdiçar nem um segundo.

— Calma, Agave. Com essa pressa, parece que você quer lutar sozinha.

— Fergus, esperei 20 anos para tomar uma decisão e agora não vou desperdiçar um segundo sequer! Meus tios mataram meus pais, exterminaram muitos de nossos súditos, e tudo isso para quê? Antes mesmo de você e os outros me encontrarem, eu já havia decidido o que faria. Vocês apenas me ajudaram a ganhar coragem. Agora, vou matá-los, recuperar minha coroa, me casar com você e reconstruir meu reino.

Fergus abraçou Agave e a beijou. Esse momento deu tempo para as outras fadas os alcançarem. Vendo que seu exército estava se aproximando, Agave e Fergus voltaram a voar a toda velocidade.

Ao chegar em Νεraida, Agave se ajoelhou, olhou ao redor e começou a chorar.

— Fergus, não imaginava que meu lar estivesse assim. Eles acabaram com a magia, destruíram tudo.

Ela disse olhando para o céu totalmente negro, o chão antes dourado agora acinzentado, os troncos de árvores secos, e um antigo lago agora sem água, coberto com ossos que ela sabia pertencerem a Vagaliper.

— Os ossos não são nem a metade do que foi destruído, Agave.

Disse Fergus, limpando as lágrimas do rosto de Agave.

— Vamos reconstruir Νεraida.

Agave se levantou, abriu suas enormes asas douradas e levantou voo. Fergus sorriu e voou atrás dela com suas asas de cor prata. Não demorou muito para Agave e Fergus alcançarem seu exército perto do palácio, que era a única construção que não estava em ruínas ou em chamas. No entanto, havia centenas de esqueletos de seus súditos ao redor, e inúmeras asas caídas, opacas e sem brilho. Ignorando a dor em seu coração ao ver seu reino em ruínas, Agave começou a batalha.

Ela lutava ao lado de Fergus contra o exército de seus tios.

— Agave e Fergus, podem deixar o exército conosco. Vocês dois vão para o palácio e destruam aqueles desgraçados.

Disse Linai, irmã de Fergus, enquanto cortava a garganta de um inimigo. Agave e Fergus entraram no palácio.

— Vamos nos separar. Mate quantos malditos possível.

— Você também, meu amor.

Agave disse, beijando-o rapidamente.

— Agora vá, não temos tempo! Eu te amo.

Fergus e Agave se separaram conforme o plano. Agave queria examinar melhor o palácio para ver o que havia mudado, mas não tinha tempo para isso. Cada segundo era crucial. Ela correu pelo palácio, procurando a sala do trono. Encontrou-a rapidamente, mas não estava vazia.

Os dois tronos, antes vermelhos e majestosos, eram agora sinistros e assustadores, feitos de ossos. O encosto estava decorado com asas de fada azul-turquesa e verde-esmeralda. Agave, mais uma vez, teve que ignorar o aperto em seu coração, pois sabia que aquelas asas pertenciam a seus pais.

Seus tios estavam sentados nos tronos, rindo.

— Agave, como cresceu! Tem a cara de sua mãe.

Disse Zaieva, sua tia, soltando uma gargalhada que parecia vir das profundezas do abismo.

— Sua maldita!

Agave avançou em direção à tia, mas antes que chegasse a meio metro de distância, seus braços foram agarrados por guardas. Ela olhou para quem a havia prendido e viu os guardas.

— Matem.

Foi o que saiu da boca de Verse, seu tio.

Um encantamento proibido foi o que Agave usou para se livrar dos guardas. Ambos explodiram, deixando apenas suas asas para trás. Agave voou em direção aos tios e iniciou uma luta. Era uma batalha injusta: dois contra uma. Agave estava armada apenas com uma espada, que caiu de sua mão. O encantamento que ela usou nos guardas, sendo proibido, causou ferimentos nela. Ela não poderia usá-lo novamente, ou morreria e falharia em sua missão.

— Foi divertido, Agave, mas agora chega.

Zaieva falou, segurando uma faca na garganta de Agave.

— Solte-a agora!

Era Fergus.

— Para trás ou matamos a sua amada.

Agave sentiu a faca. Fergus viu sangue saindo do pescoço de Agave e rapidamente ergueu o braço. Um raio de magia atingiu Verse, que caiu morto.

— Solte-a ou os próximos serão seus filhos!

— Ok, eu solto essa vadia! Não faça mal aos meus filhos.

Ela disse, e Agave caiu no chão.

— Fergus, obrigada.

Agave e Fergus convocaram os guardas que agora serviam a eles e mandaram levar a traidora Zaieva, seus filhos e todos os seus seguidores para o exílio em uma terra maldita chamada Mediocris.

Agora, eles tinham um longo trabalho a fazer: cuidar dos feridos e dos mortos. Assim o fizeram e, depois que todos estavam curados, devolveram a magia ao reino e se casaram.

Mas o que não sabiam é que Zaieva não desistiria tão cedo de Νεraiδα. Ela jurou que, não importava quanto tempo passasse, aquele reino seria dela novamente.

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