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Capítulo 27

Resistir, Amar e Lutar

Amarilis e Helianthos estavam novamente entregues ao amor, o campo de força cinza arroxeado os envolvia novamente; aquela noite estava sendo muito mágica, muito especial para os dois. Pela primeira vez ambos se sentiram livres.

Amarilis sentia-se poderosa. Pela primeira vez ela estava fazendo o que queria, longe dos olhares curiosos de todos, longe dos guardas que, querendo ou não, sempre estavam para lá e para cá atrás dela; os guardas que ela sempre ignorava.

Helianthos também se sentia livre. Ficar longe das amarras que o prendiam, longe das garras afiadas de Zaieva e dos seus grandes planos de manipulação; sem falar da tortura. Não, nunca mais iria ver aquilo novamente. Ele se sentia ele mesmo, pela primeira vez em anos.

Em meio ao deserto, onde as dunas pareciam dançar sob o manto estrelado do céu, Helianthos e Amarílis permaneciam abraçados, seus corpos ainda aquecidos pelo calor do amor recém-compartilhado. A luz cinza arroxeada que emanava ao redor deles parecia um feitiço lançado pela própria natureza, como se o mundo tivesse parado para testemunhar aquele momento.

Helianthos tocou o rosto de Amarílis com delicadeza, suas mãos traçando linhas invisíveis que pareciam eternas. Ele sorriu, um sorriso que carregava o peso de palavras há muito guardadas.

- Amarílis... - Começou ele, sua voz carregada de emoção, como uma brisa que atravessava as dunas. - Nós, fadas, somos feitos de magia, mas você... você é a magia que dá sentido à minha existência.

Com um gesto sutil, Helianthos estendeu a mão, e do chão árido surgiu uma pequena planta, um cacto delicado, mas repleto de flores lilases  que brilhavam como estrelas, assim como as asas de Amarílis. As flores desabrocharam ao toque de sua magia, e, no centro delas, surgiu um pequeno anel feito de ouro etéreo e pedras cintilantes que refletiam a luz ao redor.

- Este deserto é árido e vasto, mas mesmo aqui encontramos beleza, vida, amor. Você é minha vida, Amarílis, minha eternidade.

Ele ajoelhou-se, segurando o anel com cuidado, como se fosse feito do mais puro sonho.

- Amarílis, você aceita ser minha companheira para sempre? Minha fada, minha luz, minha razão para voar?

A resposta de Amarílis, com lágrimas cintilando em seus olhos, transformaria aquele deserto em um paraíso.

- Helianthos... Meu amor... SIM!

Amarilis observou Helianthos colocar o anel cintilante em seu dedo. Ela sorriu e estalou os dedos, e uma única flor negra surgiu do cacto e se abriu, e lá estava um anel similar ao dela, que ela pegou sorrindo e colocou no dedo de Helianthos.

- Juntos para sempre. - Ela disse e abraçou ele bem forte.

Mas então uma realidade despencou sobre sua cabeça, seus mundos eram diferentes. Se antes Agave mal aceitava Helianthos em Nεrάιδα, agora menos ainda, em vista dos últimos acontecimentos. Por mais que Zaieva tivesse manipulado Helianthos por anos,  isso não anulava os crimes que ele cometera, não para Agave.

- Helianthos...

Ela teve que chamar ele uma segunda vez, pois ele estava distraído, perdido em seus próprios pensamentos, imaginando eles juntos para sempre. Mas ele também tinha as mesmas preocupações que ela, mas tinha seus próprios planos. Então disse:

- Amarílis, a única solução é fugir juntos, vamos embora para muito longe e construir um reino só nosso!  Um reino de puro amor, magia e paz.

Amarílis o encarou incrédula.

- Você não está falando sério, está?

- Por que não, Lis? Minha mãe quer matar nós dois, e a sua mãe... Bem, creio que não sou mais bem-vindo em Nεrάιδα. Então...

- Helianthos, você sabe a confusão que está acontecendo lá? A guerra?

- Mais um motivo de ficar longe de Nεrάιδα, Lis; eu nunca quis participar de nada, fui forçado a minha vida toda a fazer coisas que eu não quis! E agora estou livre, estou com você.

- Lá é meu lar! E não vou abandoná-lo! - Amarilis disse batendo o pé no chão furiosa.

Como é que ele não poderia ver? Ele não pensava nas outras coisas?

- Mas... não eu... eu não tenho nada lá, não tenho família. Só tenho você Amarílis.

- Isso não é verdade, e Íris? E Caladiun? Eles estão lá agora, sabia? Lutando pelo reino, meu reino, o nosso reino.  Temos que voltar.

Helianthos suspirou, ele tinha esquecido de sua irmã. Será que ela estava bem? Ela estava lutando por Nεrάιδα ou contra Nεrάιδα? E Caladiun? 

- Tudo bem, Lis. Mas o que podemos fazer?

- Lutar!

*****

Agave parecia finalmente ter  saído do transe que a mantinha imóvel. Seus olhos, antes vazios, se acenderam com uma fúria renovada. A coroa de ouro cintilante que adornava sua cabeça caiu, afundando na lama sob seus pés. Por um momento, ela hesitou, mas então suas asas pesadas pela chuva se ergueram, e ela alçou vôo com um grito primitivo, indo diretamente em direção à sua tia Zaieva.

Zaieva, já no ar, a aguardava com um sorriso cruel nos lábios.

- Finalmente acordada, minha querida? - Zombou ela, desviando para o lado no último segundo do ataque de Agave, que errou por pouco.

Com um movimento ágil, Zaieva conjurou gavinhas negras que brotaram do chão lamacento, serpenteando em direção às pernas de Agave para agarrá-la.

Agave lutou contra as gavinhas, sua magia explodindo em rajadas douradas que rasgavam os tentáculos sombrios ao meio. Ela girou no ar, as asas carregadas de lama quase falhando, mas manteve o equilíbrio.

- Você não vai fugir disso, Zaieva!  - Gritou, investindo novamente.

Desta vez, Zaieva não desviou. Com um rugido, suas asas escuras abriram-se, e ela mergulhou em direção a Agave. O choque entre as duas foi brutal. Elas giraram no ar, cada uma tentando dominar a outra enquanto suas magias colidiam, provocando clarões que iluminavam o céu carregado de chuva.

Zaieva conseguiu agarrar Agave pelos cabelos e a arremessou contra o chão. O impacto foi devastador, lama espirrando em todas as direções. Antes que Agave pudesse se levantar, Zaieva desceu sobre ela como um predador, suas garras rasgando o ombro da sobrinha.

Agave gritou de dor, mas sua mão brilhou com uma luz dourada quando ela segurou o pulso de Zaieva e liberou uma explosão de energia que lançou a tia para trás. Zaieva cambaleou no ar, mas logo se recuperou, agora furiosa.

- Você vai aprender o que significa desafiá-la, Agave.

Zaieva ergueu as mãos, e a chuva ao seu redor se transformou em agulhas negras, disparando em direção a Agave.

Mesmo ferida, Agave abriu suas asas e ergueu uma barreira brilhante, a magia dourada repelindo as agulhas enquanto ela se levantava, pronta para o próximo ataque.

- Não sou mais a criança que você manipulava, Zaieva. Hoje, ou você cai... ou eu caio.

Agave cerrou os dentes, o gosto metálico de sangue invadindo sua boca enquanto o ferimento em seu ombro pulsava. O grito que saiu de seus lábios era um urro de dor e fúria primitiva, que parecia reverberar pela tempestade ao seu redor. Zaieva, flutuando acima como um espectro da morte, respondeu com um sorriso insano, estalando os dedos para que as mãos espectrais de lama se erguessem mais rápido, agarrando os tornozelos de Agave.

- Afunde, sua miserável! - Zaieva rugiu, seu rosto distorcido pelo ódio.

Agave lutou como um animal encurralado, seu corpo contorcendo-se enquanto as mãos espectrais rasgavam sua pele, deixando rastros profundos de sangue misturado à lama. Gritando de fúria, ela concentrou toda sua energia em um único movimento, explodindo em uma onda dourada que fez as agulhas evaporarem e a chuva cessar por um breve instante.

Mas Zaieva foi implacável. Antes que Agave pudesse se recompor, ela mergulhou do céu com um rugido bestial, chocando-se contra o peito da sobrinha com força suficiente para arrancar o ar de seus pulmões. O impacto fez os ossos de Agave estalarem, e ela foi jogada contra uma rocha afiada, que rasgou a carne de suas costas.

Agave cuspiu sangue, a visão embaçada, mas a adrenalina a manteve consciente. Zaieva pousou diante dela, os olhos escuros brilhando com pura maldade.

- Olhe para você. Fraca, sangrando... e ainda tentando lutar. — Ela ergueu o pé, esmagando o rosto de Agave contra o chão com brutalidade. - Você devia ter ficado no chão, criança. Mas eu vou garantir que você não se levante nunca mais.

Agave, em um último ato de desafio, agarrou o tornozelo de Zaieva com dedos ensanguentados e canalizou sua magia diretamente para ela. A explosão foi tão intensa que arremessou Zaieva para trás, sua pele queimando em um padrão grotesco de linhas douradas. Ela gritou, um som animal, enquanto caía de joelhos, o rosto contorcido em uma máscara de dor.

Mesmo assim, Zaieva se levantou, os lábios torcidos em um sorriso enlouquecido.

- Você vai pagar por isso!

Ela ergueu os braços, e a chuva se transformou em lâminas afiadas que rasgaram o ar, cravando-se no corpo de Agave como adagas. Gritos ecoaram por todo campo de batalha  lamacento, mas Agave não cedeu.

Ela se ergueu, o corpo coberto de cortes profundos e sangue.

- Se é uma morte que você quer, Zaieva... então eu vou te dar uma.

Com suas asas feridas batendo com esforço, ela voou como um raio, atingindo Zaieva com uma força que fez ambas despencarem do céu em um turbilhão de golpes. Quando atingiram o chão, o impacto abriu uma cratera na lama, com gritos e sons de carne sendo rasgada preenchendo o ar.

A batalha agora não tinha mais magia refinada. Era crua, selvagem, cada uma lutando para esmagar a outra com pura brutalidade. A lama se misturava ao sangue que tingia o campo, enquanto o céu testemunhava a guerra de duas almas consumidas por ódio e desespero.

*****

Amarilis e Helianthos se vestiram, deram uma última olhada para o deserto encantado com todos os animais mágicos e suas plantas incríveis, e a luz cinza arroxeada que ainda pairava sobre o ar, então deram as costas e começaram a voar o mais rápido que puderam em direção a Nεrάιδα 

Amarílis, graciosa como sempre, estava na frente, mas então ela se lembrou da primeira vez que voou tão rápido junto de Helianthos. Ela lembrou que ele era mais rápido que ela e não o contrário. Então ela se virou.

Helianthos estava muito para trás e se esforçando para voar.
Então algo aconteceu e ele caiu.

Amarílis, estava muito longe dele, mesmo se voasse muito rápido não iria conseguir ampará-lo. Ela estendeu os braços e um raio lilás saiu e ao encontrar Helianthos, desacelerou a queda, e ele pousou sem nenhuma dor no chão.

- Helianthos!

Helianthos se levantou devagar e Amarílis o motivo de sua queda: em sua asa direita brilhava uma cicatriz dobrada

- Helianthos...

- Achei... Achei que isso tinha desaparecido.

Amarílis tocou a cicatriz com cuidado.  Helianthos  gemeu de dor.

- Desculpe. A  cicatriz de fato  tinha desaparecido. Essa cicatriz era para te manter longe de Nεrάιδα. Quando você estava longe ela tinha desaparecido, mas como você voltou ela retornou.

Helianthos olhou ao redor, aquele lugar de longe, não se parecia com Nεrάιδα, não tinha luz nem brilho nem a magia.

- Muito bem, tenho que me acostumar com isso, não é? Vamos.

- Mas suas asas...

- Vou andando.

- Não... Espere.

Com ainda mais cuidado, ela passou a mão por toda a extensão da asa direita de Helianthos. Então uma luz lilás muito clara cobriu parcialmente a cicatriz dourada.

- Desculpe, a magia de minha mãe é muito poderosa, mais forte que a minha, isso é o máximo que eu consigo fazer. - Ela disse em um sussurro.

Ele abriu e fechou as asas, sorriu e disse:

- Obrigado, Lis, diminuiu bastante.

A asa ainda estava dolorida mas ele conseguia voar, desde que não fosse tão veloz.

Ambos continuaram voando em direção ao olho da tempestade que batia cada vez mais forte.

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