só
Quando Elana abriu os olhos estava em uma cama.
Ela tentou levantar, porém a dor a fez deitar-se.
Com ela estava a diretora, Diego, Benício e Leona.
Leona tinha os braços cruzados sobre o peito e a cara de poucos amigos.
Como sempre parecia estar.
Diego sentou-se a cama e segurou uma de suas mãos.
_ como te sientes?
Ela olhou para Benício que pareceu inquieto, e Leona o fitava.
_ sinto um incômodo em minhas costas. O que aconteceu?
_ parece que Leona a acertou de maneira bem real.
A mulher olhou para Leona em desagrado.
_ esta mulher é muito frágil... - Leona murmurou brusca.
Todos olharam para Leona que se retirou fechando a porta impaciente.
Elana entendeu o que Leona disse. Nao entendia os motivos daquela mulher que pareceu odia-la desde o primeiro momento.
_ bueno, voy a ver Leona.
Disse Diego diante do clima que se seguiu.
_ vou com você Diego, e Leona tomará uma bela bronca.
Após eles se retirarem, ficou apenas ela e Benício que a fitava como se ela houvesse feito algo errado.
_ fiz alguma coisa errada?
Elana ousou perguntar.
_ não.
Foi sua resposta, em seguida ele aproximou-se.
_ Sente dor?
_ um pouco de dor sim. - diz incomoda.
_ passará. Estará bem.
_ espero realmente que passe logo e não entendo porque ela me acertou com tanta verdade.
_ o espetáculo continua.
_ Benício você não sente quando estamos ao palco algo diferente?
Ele a fitou por um longo tempo em silêncio.
_ você me entendeu?
Ela perguntou acreditando que ela não a compreendia.
Ele balançou a cabeça em positivo.
_ então? Você sente?
_ tudo o que sentimos é parte do espetáculo.
Desta vez ele misturou os idiomas.
_ o que sinto não pode ser apenas parte do espetáculo.
_ riposare. Repouse. Descansa.
Benicio disse apenas e com um ultimo olhar a deixou sozinha.
Repousar ele disse, como Elana poderia repousar?
Estava vivendo um momento sobrenatural.
E havia Leona que parecia querer tira-la do espetáculo.
Claramente, Elana sabia os motivos.
Porque Benício parecia fugir?
Certamente algo o passava também, no mesmo momento que passava a ela.
Algo mais forte do que ela suportaria sentir.
Porque Benício fugia se estava claro que sentia-se como ela.
Sem compreender e sentindo que talvez seus nervos não suportassem por tanto tempo, Elana fechou os olhos e desejou ter as respostas.
Não poderia ter.
O que acontecia com Leona afinal? Atacou ela sem motivos e de forma cruel.
Elana se deu conta que vivia um triângulo amoroso.
A mulher estava louca de ciumes dela!
Nem mesmo Elana saberia como se sentia aquele momento, porém Leona sabia e sentia a força que unia ela e Benício.
A mesma força sobrenatural que a envolvia fortemente quando estava com ele.
Aquela força atraia a todos envolvidos.
Elana queria mais que a verdade.
Queria submeter-se a todas as sensações que a aflingia.
Os medos que a invadia e ao mesmo tempo que a fazia sentir como unica.
Assim Elana se sentia quando na presença de Benício.
Única.
Depois do beijo que haviam trocado ela teve certeza que aqueles labios estiveram sobre os seus.
Nao era dejavu.
Eram suas almas entrelaçadas de um tempo passado.
Do passado regressamos.
Qual crime poderiamos haver cometido por tanta espera?
Elana alcançou Benício o dia seguinte.
_ precisamos conversar.
Ele sentiu o toque suave de Elana sob sua pele o fez estremecer.
Elana sentiu e tao logo seus olhares se encontram.
_ saberei tudo.
Benício murmurou.
Elana não compreendia aquelas palavras.
_ o que quer dizer com " saberei tudo" ?
__ estamos aqui pela ópera ou por nosso amor?
O coração de Elana dispara e ela se sente zonza.
Sentiu as mãos de Benício segurando-a e quando o fitou ele parecia aflito, tão aflito quanto ela estava.
Elana sentia-se confusa a cada segundo passado.
O teatro, Benício.
O beijo, suas palavras.
Tudo a mantinha ainda mais confundida.
Do que aquele homem falava?
Amor?
Elana nunca havia experimentando tamanha sensação antes de conhecer aquele homem.
Ainda assim parecia haver conhecido o amor.
Nos braços de Benício.
Elana o afastou.
Algo a dizia que foi nos braços de Benício que conheceu o amor.
Como poderia?
Seria todas aquelas sensações sentidas reais?
Benício quando a fitou soube que Elana se sentia como ele.
Aflitos, ficaram alguns minutos em total silêncio.
_ isso é loucura...
Elana murmurou.
_ voce esta bem?
Ele havia perguntado se ela estava bem. Como poderia estar bem?
não, ela não estava bem.
_ sim, obrigado.
Elana disse uma grande mentira sobre como se sentia, e virou-se de costas a ele que ainda a observava.
__ estou como você.
_ não, você não esta como eu e isso é loucura.
Benício a puxou para si e seus corpos sentiram a força da paixao que sempre os uniu.
_ sí. Uma grande e incrivel loucura de um amor que nunca morreu.
Benício murmurou e a fez encara-lo.
Seus labios quase se unindo aos de Elana que mantinha uma postura de luta.
A luta por não beija-lo e se entregar a aquele homem ali mesmo.
Era este o seu desejo.
_ eu quero voce, quero muito.
Benício murmurou rouco.
Ele sentia um desejo mais que carnal em beijar Elana.
Era algo constante desde sempre.
Elana reuniu forças e o afastou.
Seu corpo estava tremulo e seus labios também.
Sentia um desejo ao qual poderia haver sentido antes.
Antes quando?
Tudo era tao envolvente quando apenas se olhavam.
_ preciso pensar.
Ela passou por ele caminhando a algum lugar.
Benício sorriu ainda que seu coração estivesse tão aflito.
Nos braços de Elana ele encontrava Bella.
Era Bella que havia regressado.
Apenas não havia uma convicção.
Porém ele viu nos olhos de Elana que ela ja sabia o que estaria por vir.
Era seu antigo amor que voltou com uma força surpreendente e voraz ao novo tempo que os foi prometido.
A morte não ultrassa os sentimentos.
Eu o amarei ainda que a morte me tome e me leve a um lugar onde não possa encontra-lo.
O amarei ainda que não o encontre.
Ainda que não o veja.
Eu te amarei por todo um tempo ao qual se permita, ou não se permita.
Estarei com o mesmo sentimento intacto por nós.
Nós e sempre nós.
Somente nós e enfim nós.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro