ré sustenido
Leona estava pronta aguardando para subir ao palco.
Seu desejo era apenas de vingança.
De morte.
Uma força sobrenatural havia tomado sua mente.
Leona estava alterada. Um ódio crescente cada vez mais forte a dominava.
Cada centímetro de seu corpo pedia por vingança em um odio mortal.
Tão forte era a emoção ódio que seu rosto se transformara.
Aquele era seu palco, era a sua vez de vencer de aparecer.
Benício deveria ser seu e todo o resto igual.
Nenhuma misericórdia seria capaz de salvar sua alma do ódio que sentia.
Toda mágoa, todo rancor estará em seu coração como faca que corta a carne e sangra ate a morte.
Diego foi tomado por uma rara sensação.
Fazia dias que se sentia diferente.
Por varias vezes tinha a desconhecida Elana em sua mente.
Ainda sem perceber que sua alma já não o pertencia.
Diego tentava se manter sano e não compreendia todas as mudanças.
Horas antes da apresentação, ele já não era o mesmo.
Uma terrível sensação de ameaça, dor e morte o assolava.
" A traição, a insana traição"
" A dor, a angustiante dor"
O que sucedia a Leona afinal?
Nem mesmo ela poderia entender a sua apatia por Elana.
Parecia vir de muito tempo, tempo este ao qual Leona nao poderia prever.
Em uma noite enquanto Leona tomava uma taça de vinho relaxando em seu apartamento, ela leu todo o libretto.
A história a deixou petrificada.
Supostamente ela parecia se sentir como a esposa de Benício.
Sentiu um calafrio percorrer-lhe a espinha.
Nao poderia ser o que pensava.
Leona percebia os olhares de Benício e Elana, porém imaginava que seu ciume era apenas por um lugar melhor ao palco.
Lugar este que merecia.
Por merito ou não, Leona sentiu que aquele era seu momento.
Ela seria a traidora, a vilã.
Tão importante quando os protagonistas.
Leona sorri ao pensar que seus instintos a dizia que estava reencarnada.
A taça se quebrou entre suas mãos.
Leona olhou em pânico.
Seria um aviso?
Leona não poderia prever.
Sua paixonite por Benício surgiu antes de Elana aparecer.
Havia feito uma peça antes com ele.
Não obtiveram muito sucesso pois Benício parecia nao estar tão atento...
Leona desta vez tem a certeza de que tudo aquilo no libretto pode ser o que vivenciam agora.
Talvez aquela historia pudesse ser real.
Seria mesmo real?
Leona estava em choque.
Diego estava em um bar e pensava em Elana.
Porque estava se sentindo daquela forma?
O que estava acontecendo com ele afinal?
Diego sentia que deveria fazer algo acontecer.
Deveria dar fim ao sentimento de Elana e Benício.
Ele sabia que isso iria acontecer na peça, porem que tamanho desejo era o que sentia por tornar aquilo real?
Tomou um gole da cerveja.
Tinha que se manter sano.
Seria tambem a ópera de sua vida e aquela historia foi contada. Foi real.
De repente tudo pareceu claro demais a Diego.
Benício e Bella estavam na peça!
Todo o clima sordido e funebre que pairava sobre a peça era real.
O que aconteceria agora?
Deveria dizer a Elana ou a Benício?
Diego não poderia correr o risco de talvez parecer louco e insano com seus pensamentos poéticos e românticos.
Talvez estivesse apenas confuso.
Ou talvez não.
Porém, não poderia depender apenas de si.
_ Olvidate hombre! Olvidate!
Ele dizia a si mesmo.
Diego caminhou ate seu apartamento enquanto caminhava ate seu lar ele vê Elana.
Ela estava sentada em um dos bancos de uma praça que ficava proximo a seu apartamento.
Diego se aproxima e quando a fitou viu algo que parecia sobrenatural.
Os olhos de Elana estavam estáticos.
Parecia que ela estava muito longe daquele lugar.
_ Elana.
Diego a chamou.
Elana ouviu alguem chamando e apertou as pálpebras tentando apenas ser ela mesma.
_ te sientes bien? Te pasa algo?
Ela fitou Diego sempre tão gentil com ela.
_ sim Diego. Estou bem. Obrigada.
Ela levantou-se porém, sentiu que iria cair quando Diego a segurou entre os braços.
_ segura que estas bien?
_ so estou um pouco cansada.
_ te puedo llevar a casa.
Ela o fitou
Diego pensou que ela pensaria que ele era um atrevido.
_ claro con respeto.
_ esta bem.
_ bueno vamonos.
Eles caminhavam ate o hotel onde Elana estava hospedada.
Na portaria Elana o sorri e seus olhares se fitaram aflitos.
_ parece cansado Diego.
Ele a fitou.
_ no es cansacio.
_ bueno descansa, que tengas buena noche.
Ele virou-se para sair quando Elana o alcançou.
_ Tem tido sonhos estranhos ou se sentido diferente?
Diego olhou profundamente em seus olhos.
_ lo normal.
_ nada sobre a ópera? A nossa peça?
Elana desejava respostas.
_ sí.
_ conte-me.
_ esta tarde y tu nesecitas descanso.
_ por favor.
Elana implorava por alguma resposta sobre nao estar louca.
_ Benício la ama.
Diego diz de repente.
_ o que sabe sobre isso?
_ veo la forma en que el la mira.
* vejo a forma como ele olha para você.
_ isso- isso nao significa nada e- e você não pode estar dizendo isto apenas por dizer.
Diego ficou em silêncio apenas olhando para ela.
_ por favor se sabe algo ou se sente o mesmo me diga.
_ perdon, pero no puedo decir mucho.
_ esta falando sobre a peça? Ou sobre mim e Benício?
_ los dos. Tu y Benício.
_ e você?
_ yo soy apenas un barítono.
Elana suspirou.
Ele estava falando sobre a peça.
_ esta bem. Boa noite Diego. Obrigada por me trazer.
_ de nada señorita.
Diego lhe sorriu e com uma piscadela virou-se caminhando ate a saida.
Depois de ve-lo sair, Elana subiu ate seu quarto.
Seja lá o que se passava parecia que apenas ela e Benício sentia o mesmo que havia no libretto.
Ou talvez houvesse mais misterios em tudo o que sentia que poderia estar ficando louca.
Louca de amor por Benício.
Porém, uma loucura ja conhecida.
Talvez ela simplemente era a Bella.
_ meu Deus eu preciso de respostas sobre essas sensações.
Sensações essas que vinha toda vez que pisava ao palco.
Elana sabia que havia estado naquele teatro.
Ela tinha um dejavu.
Algo além.
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