Em seu camarim Elana se aprontava com seus pensamentos na ultima cena.
Ela ouviu Benício dizer as palavras.
As mágicas palavras.
" ti amo."
Ele dissera!
Ela sentiu novamente a música.
A melodia que entoava em sua alma agora.
Não poderia voltar, sua alma agora já não a pertencia.
Estão aquele amor já foi vivenciado.
Era um amor sobrenatural.
Algo doloroso tocou seu coração, algo que Elana não poderia compreender.
Aquele amor renascendo a cada segundo, a cada instante.
Deveriam estar juntos, nunca deveria ter morrido.
De repente o dejavu.
Ela se olha ao espelho e ve uma linda mulher.
Os olhos negros e cabelos longos cor de fogo.
Havia dentro de seus olhos o desejo e a paixão.
Elana não temia suas emoções agora.
Sentia- se forte e pronta para tudo.
Pronta para o espetáculo, pronta para seguir.
A musica a envolvia.
Uma melodia de amor, suave e terna, como ela. Como Elana.
" estou pronta." Ela ouviu a voz dentro de sua cabeça.
Fechou os olhos, e estava em paz.
A emoção agora tomou conta de si. De seu corpo e sua alma.
Foi para isso que Elana foi feita, para a ópera, para os palcos, para Benício.
_ Benício...
Elana murmurou
Sera que ele sentia toda aquela emoção?
" ele é o homem de sua vida de minha vida"
A voz outra vez.
A voz era suave como um sopro.
Acordes e emoções acalenta seus medos.
Agora tudo parecia claro para Elana.
O que se passava naquele momento e a diante, era a história de amor dos personagens.
Tão fortemente sentida quanto a ópera.
" oh Benício meu amado sempre estarei ao seu lado."
Desta vez foram seus lábios quem disse as palavras.

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" tanto amor guardado em flor.
Tanta paixão guardada em alma."

" tantos sonhos quardados em memórias."
" tantos momentos esperando a real felicidade."

" tanto amor que escorre pelos olhos, que explode o peito."

"Assim somos como sonho e fantasia, como realidade e sobrenatural."

"Somos nós e somente nós para sempre.
E sempre e sempre todas as vidas."

Elana poderia lembrar as sensações sentidas ao lado de Benício toda vez que ele a tocava.
Quase sempre enquanto a música sobrenatural que entoava em seus ouvidos de forma suave, ela sentia uma forte e inimaginável emoção tomar conta de si de forma que não poderia prever.
Aquele sentimento permanente e sobrenatural que estava sentindo por Benício teria simplesmente a arrebatado.
Enquanto estava em seu camarim perdida em pensamentos pensava em como não perder totalmente os sentidos com toda aquela emoção.

Alguem bateu a porta de seu camarim.
Era Benício.

_ podemos conversar por um minuto?
Ele perguntou olhando nos olhos de Elana.
_ si possiamo.
Ela disse e se deu conta que falou em italiano.

_ acontece com você o mesmo que acontece comigo.
_ eu sei.
Ela disse em um fio de voz.

_ podemos tentar reverter todo o passado.

Elana o fitou

_ passado? Isso parece tão recente...

Ele sentiu o quanto a emoção tomava conta de Elana e queria abraça-la e conforta-la.
Benício queria dizer que tudo ficaria bem.

_ Benício...
Ela tocou no peito dele em uma carícia que o fez estremecer.
Quando não estavam em dejavu tambem poderia sentir o mesmo amor profundo por ela.

_ sentiu isso?

Ela o perguntou e ele consente.
_  sim, fortemente.
Ele disse e tocou sobre as mãos de Elana.
Ela se retraiu ao toque de Benício que baixou os olhos.
_ não sei o que fazer ou como devo agir.
Elana disse em estado de tristeza e melancólia
_ apenas permita-se sentir.
Ele diz para ela apenas se permitir o que a fez estremecer.
_ o que vamos fazer?
_  estaremos bem.
Ela o fitou e sentiu que sim tudo poderia ficar bem.
_ te lo prometto.
Ele disse e beijou as mãos dela
Benício saiu em seguida.
Tudo parecia mais claro agora para Elana.
Aquela paixão estava escrito nas estrelas
Escrito na música em forma de uma linda canção de amor melancólico e trágico.
Era isso o que tinham.
Eles eram como a própria ópera.
Elana vivia a ópera como Benício.
Elana amava a arte como Benício.
Amava cantar ópera e nascera para isso, como Benício.
Benício era o homem de seus sonhos e a sua ópera predileta.

Sempre que pensavam um no outro a musica de suas vidas tocava em suas almas, levando seus corpos ao ápice daquela paixão que atravessava o tempo,a morte e a tragédia.
Aquele dia os ensaios foram mais duros para ambos e os beijos que se davam aumentava a insanidade de Leona que os observava cheia de ciúmes.
Após a ultima cena do ensaio, Leona se aproxima de Elana.
Benício observa e Diego lhe sorriu.
_ parece que hay dos chicas peleando por ti gran tenor.

Benício olhou para ele e sorriu.

Leona disse para Elana que ela deveria trabalhar e não somente flertar.
Elana a ignorou.
Sabia que Leona sentia ciúmes de Benício.
Benício se aproximou de Elana e Leona se afastou bufando de ódio.

_ parece que ela me odeia.
Elana comentou.

_ si ela odeia e muito.

_ Ela faz parte do passado não é?

Benício não disse nada, e com um brilho nos olhos afastou-se.
Ele sempre o fazia quando Elana fazia perguntas.
Elana deu um longo suspiro, não conseguiria entender aquele sentimento jamais e nem aquelas pessoas.
Benício parecia jogar com seus sentimentos e o amor platônico de Leona parecia ter um motivo para existir.
Eles pareciam muito proximos.
Elana foi caminhando para o hotel.
Seria uma noite longa.
Talvez ela não quizesse adormecer e sentir todo aquela emoção que a dominava de forma que a fazia sentir dor e prazer no mesmo segundo que a fazia sentir paz e contentamento.
Elana teria que visitar o tumulo de Bella.
Na manhã seguinte, ela pegou um taxi e foi ate onde Bella estava sepultada junto com Benício.
Ao chegar ao local Elana sentiu novamente uma emoção sobrenatural.
Algo dominou seu corpo.
Elana ficou em transe bem a frente ao lápide.
* ritorno.
Ela ouviu a voz em sua cabeça.
Elana abriu os olhos e seu rosto estava banhado em lágrimas.

Benicio percebeu Elana desatenta aquele dia.
Ele notou que aqueles olhos que ele tanto amava havia chorado.
_  mi Bella...
Ele murmurou baixinho enquanto a observava perdida em pensamentos.
Elana sentiu ser observada por Benício e ao fita-lo seus olhares se afundam um no outro.
❤

Apenas deixe- se amar e ser amado.
Nao despreze este sentimento tão magnífico e único.
Apenas nos deixe ser nós.
Um único ser em duas almas.