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Capítulos sem o "0" na frente, simbolizam que estão no tempo mais recente da história, em 2023... Espero que o capítulo não fique confuso... Boa leitura!
AZERBAIJÃO
30 DE ABRIL DE 2023
Kelly não estava respondendo. Por mais que Daniel tentasse, a mulher parecia incapaz de atender ao aparelho celular. E, então, o australiano teve a brilhante ideia de pedir a Carlos, para tentar evitar fadigas da fazenda onde Charlotte vive ser invadida por um grupo grande de pessoas, ligar para Isabel. E a vida tomou certo rumo novo, porque os dois estavam separados e, de repente, as mãos do Sainz estão tremendo ao discar o contato da ex-namorada.
Ele podia ter apagado o contato, mas o número estava muito bem salvo em sua memória. E esse era o problema. Aparentemente, a atenção que ele se negava a dar a ex-namorada parece ter tomado novo rumo e o fazia pensar nela a cada dois segundos... Ele tinha chegado em quarto, pontuado para a Ferrari, os fãs já tinham enlouquecidos, mas suas mãos estavam tremendo por ligar a Isabel.
— Fala.
Não houve cumprimento e isso irritou o espanhol. Isabel era uma pessoa educada e, bom, ele tinha aprontado. Mas não era motivo para aquela reação a uma ligação sua.
— Boa tarde, dona Isabel. Estou bem sim, obrigada por perguntar. Sua educação sempre me emociona e...
— Para de papo furado e falar o que quer, Carlos. Estou ocupada.
Dominique tinha um sorriso grande do outro lado ao encarar a madrinha, tinha ouvido o nome do seu padrinho. O garoto de seis anos se atirou para trás no sofá, analisando a sala de sua casa, vendo os gêmeos na cozinha com sua mãe, comendo alguma coisa, enquanto Kelly e Charlotte discutiam algo com Penelope e Louise brincando no chão.
— Ocupada com o que?
— Não devo satisfações da minha vida a você, Carlos. Toma tento.
Sainz ficou em silêncio, vendo o modo como Max parecia ter girado a chavezinha de personalidade que adquiria apenas na Holanda e cumprimentava as esposas e namoradas dos pilotos distribuídos pelo estacionamento, o lembrando o motivo para estar fazendo aquela ligação.
— Daniel disse que está na Holanda com Kelly e Charlotte.
— Sim? — a afirmação venho de forma quase debochada, mais parecendo uma pergunta — É tradição vir comemorar o dia do trabalhador com a Lotti desde o nascimento do Domi. Você sabe disso. Ou sabia, não sei mais.
— Faz dois meses que não estamos juntos, Isabel. Ninguém muda tão rápido como está insinuando.
— Você mudou durante a nossa relação e eu não percebi, então não me surpreenderia com isso também.
Era a segunda vez que Carlos sentia como se tivesse levando um soco no estômago e a ligação não tinha dez minutos. Isabel parecia que estava se tornando mestra em o deixar desconfortável. E talvez ele merecesse. Tinha aprontado. Todavia, mesmo assim, estaria mentindo se dissesse não doer.
— Fala o que quer?
— Charlotte não me atende e Kelly parece estar fazendo o mesmo com Daniel.
— Elas estão conversando na cozinha. — ela concordou ao ver o afilhado sinalizar o banheiro, ganhando um beijo na sua bochecha e o vendo se afastar — E a sua melhor chance para falar era comigo?
— Sim.
— Ótimo. Lembrar de bloquear seu contato depois de desligar.
— Isabel...
— O que quer, Carlos? Que coisa tão importante tem a falar que não pode esperar?
— Estamos indo para aí.
— E? — Não era uma novidade a loira. Ela sabia que, pelo costume e data, os três homens provavelmente desembarcariam na cidade onde estavam em algum momento. Max não deixaria Carlos de fora, usaria alguma chantagem emocional com as crianças. E Daniel... Daniel não ficava muito tempo longe de Kelly e Penelope.
— E o grid está indo conosco. — Isabel arregalou os olhos, sem fazer ideia que o ex-namorado tinha acabado de apertar os dele, aguardando a reação. A Hernaez piscou, tentando raciocinar a frase, se questionando se não ouviu errado.
— O que?
— Não é o grid todo... Hulkenberg, Magnussen, Zhou, De Vries e o Tsunoda não irão ir, não sei qual foi a desculpa que usaram para Max, Checo pediu para ir outro dia mais calmo com a família toda, mas...
— Mas os outros catorze estão vindo?
— Exato. — Carlos viu quando Lily, Amélia e Ophelia desceram do carro de Oscar, sendo a namorada, a amiga e a irmã do novato — E mais algumas pessoas.
— Catorze pessoas eram poucas, então o que tem demais adicionar mais algumas né?
— Eu sei que esta sendo debochada, mas acho que foi o pensamento de Max mesmo. — ele suspirou, se Isabel já parecia estar tendo uma péssima reação, dirá Charlotte — Louise ligou e falou alguma coisa a Max sobre Charlotte estar o traindo e, aparentemente, a resposta dele será apresentar a família Buscapé.
— Não os chame assim.
— Nós fazemos parte dessa família, Isabel. Mais ou menos, mas fazemos ainda.
Ela suspirou, não tendo nenhuma retaliação que pudesse se encaixar para a situação.
— Daniel e eu tentamos impedir isso de acontecer, mas ele estava em surto depois da batida e falou para uma grande parte do grid no motor home e apenas acabou convencendo a todos a abandonar seus afazeres e ir para a fazenda. Acho que a maioria acredita se tratar de um trote ou um desvio psicológico de Max.
— Confiaria mais na segunda hipótese, Max tem cara de quem inventaria ou teria um desvio psicológico.
— Sim. — ele acabou rindo, uma pequena dúvida ao fato de não fazer ideia de quando foi a última vez que riu junto a Isabel. Parecia uma coisa tão distante. — O que fazemos? Você avisa a ela?
Charlotte costumava ser a pessoa mais centrada no grupo, todavia, depois dos últimos acontecimentos, acabou se tornando uma pessoa mais sensível a certos tópicos. E a visibilidade de sua relação com Max e as crianças sempre foi um tópico desconfortável a ser tratado. Ela não queria que ninguém soubesse deles. As crianças nem mesmo tinham o sobrenome de Max, pois aquilo poderia causar perguntas e ela costumava as extinguir antes mesmo de serem formadas.
— Vou falar com Kelly. — Isa suspirou — Não faço ideia do que é pior, a deixar pilhada com a vinda de todos ou a pegar de surpresa.
— Qual você acharia pior?
— Charlotte e eu temos visões muito diferentes para tirar minha reação como base. — outro suspiro — Eu vejo o que faço. Obrigada por avisar.
Carlos abriu a boca para começar um discurso sobre como Charlotte era importante a ele, como não queria a deixar pior do que estava por uma decisão mal planejada de Max. Entretanto, antes que pudesse o fazer, sua tela se acendeu contra sua face, evidenciando o fato de Isabel ter desligado logo após sua fala. E foi a vez do espanhol suspirar, se sentindo idiota.
— Kelly não me atende. — Daniel se aproximou falando de maneira apressada, os olhos tão arregalados quanto a época que perdeu seu contrato com a McLaren e não tinha nenhuma proposta — Estou preocupado e se aconteceu algo com ela? Com a baby P?
— Elas estão bem. — Carlos acalmou o amigo — Kelly e Charlotte estão conversando na cozinha de casa.
— Como você...? — Daniel foi parando no meio da frase, sorrindo ao se dar de conta — Ligou para Isa?
— E tinha outro jeito? — Carlos coçou a garganta.
Ricciardo negou, mesmo tendo um sorriso no rosto. O grupinho bem animado que haviam formado durante os anos ainda tinha certa esperança nos dois juntos, principalmente depois do último jantar, onde Carlos passou o aniversário de Violet todo encarando a ex-namorada, enquanto Isa fingia não ver como estava sendo observada.
— Que horas o jatinho vai partir?
— Pelo que entendi, estamos esperando Lewis.
— Por que Lewis vai ir? Ele e Max nem são próximos.
— Eu tô quase achando que Lewis vai trazer o Sebastian para toda essa demora. — Daniel riu, visto que o britânico não tinha namorada ou uma pessoa próxima como todos os que estavam demorando, e era o que mais demorava.
— Dúvida do dia. — Carlos analisou a volta, antes de focalizar os olhos em um grupinho mais ao canto — Qual é a namorada do Piastri? A loira ou a morena?
— Das três, pelo que entendi, a morena ao lado dele. A morena ao lado de Logan, que está com a mão na boca, é a irmã dele. E a loira é amiga da família, ou da família. Não entendi bem sua parte.
— Acha que Charlotte vai ficar bem quando chegarmos com todo mundo?
Daniel ficou em silêncio, como se estivesse considerando a dúvida do número 55. E eles não faziam ideia. Charlotte não estava sendo a mesma a muito tempo e talvez isso ajudasse a retornar a ser aquela mulher de antes, mas e se apenas piorasse? Max estava arriscando demais e agindo sem pensar.
— Eu sei que o Max vai fazer a vida do infeliz que ousou se aproximar dela um inferno. E nem sei se posso julgá-lo.
— Claro que não pode, faz a vida do Kvyat uma merda desde que assumiu sua relação com a Kelly.
— Detalhes.
Carlos negou, suspirando ao ver um grupinho de pilotos se aproximando. De certa forma, vinha aguardando aquilo a certo tempo, mas era meio engraçado a maneira como Lando, George, Alex e Charles vingam quase de forma coordenada até os dois.
— Não vamos falar nada.
— Por quê?
— Porque a cena vai ser melhor se eles só tiverem a confirmação na fazenda.
Daniel o olhou, uma encarada que chamava o espanhol de "terrível", mas concordou. Carlos tinha razão. Eles estavam aguardando aquele baque a muito tempo. Afinal, Max conseguiu esconder a todos por muito tempo.
HOLANDA
1 DE MAIO DE 2023
Max não era a pessoa mais brincalhona do mundo, mas quando o jatinho aterrizou na pista, eles se questionaram até onde ia a criatividade do loiro. Porque era impossível que tivesse escondendo uma esposa e quatro crianças. Não era? Mas, então, ele dividiu o grupo em dois, visto que seu próprio jato não parecia grande o suficiente para a quantidade de gente, agradecendo a Lance por ter sido tao solícito. O Stroll apenas falou que cobraria se estivesse mentindo.
A viagem duraria sete horas, chegaria no domingo a noitinha. O problema era que Lewis apareceu apenas pela manhã. O lado bom era que todos tinham conseguido fazer Max abrir os bolsos e pagar tudo no quesito hospedagem. E aquilo, por si só, já deixava meio óbvio que sua fala era verdadeira. Ninguém gastaria tanto apenas para pregar uma peça. E Alex e Charles até estavam fazendo uma aposta quanto a quantidade de filhos. O holandês citou quatro, mas os dois tinham quase certeza de que havia uma hipérbole na sua fala. Ninguém conseguiria esconder quatro filhos.
— Não tem nada nas contas dele.
Lily, a namorada de Alex, comentou com Carmen. A Mundt estava junto com a golfista tentando achar qualquer prova de que não estavam apenas embarcando em uma loucura do loiro ao irem para Deus sabe onde com o número um da Red Bull.
— Olhem as marcações no perfil dele.
Amélia acabou sibilando as duas ao passar ao lado de suas poltronas, mordendo os lábios por não conseguir segurar sua língua, retornando ao final do jatinho, apenas para ver que havia perdido seu lugar para Logan, que estava apagado junto a Ophelia. A platinada quase riu ao ver Oscar com os olhos atentos em cima da irmã e do melhor amigo.
— Eu deveria o ter feito pagar as pernoites deles pela sua demora. — Max acusou ao número quarenta e quatro.
O piloto britânico cruzou os braços, fazendo a camisa preta se agarrar ao seu corpo e um olhar debochado se tornar presente na face do heptacampeão.
— Ué! O bicampeão mundial precisa do heptacampeão para pagar alguns quartos de hotel?
Daniel riu ao escutar o questionamento debochado do Hamilton, descendo as escadas do jato primeiro. Os demais do jatinho Stroll já aguardavam na lateral, atrás de uma cerca que separava a pista da área de desembarque. E somente aquela visão já dava uma resposta a Lewis.
Max parecia ter dinheiro o suficiente para comprar os hotéis nos quais se hospedaram. Assim como o próprio Lewis. Dando uma olhada na volta, Lando se viu incapaz de não deixar o queixo cair.
Eles estavam em uma enorme pista no meio do nada, ou era o que parecia olhando de primeiro. Uma cerca quadriculada em toda a volta e mais ao sul alguns cavalos e vacas pastando. A propriedade em si parecia infinita.
— Tudo o que seus olhos veem e mais um pouco é da fazenda. — Daniel contou a eles, existia uma espécie de orgulho na sua voz — Max, Danny e eu compramos tudo por cinco anos?
— Mais ou menos isso.
Carlos concordou, já chamando a todos para acompanha-lo até onde os demais estavam parados aguardando.
— Por que compraram em conjunto?
Charles questionou. Parecia insano que Carlos e Daniel tivessem investido em uma propriedade para a família de Max. Parecia improvável que Max tivesse uma família. Nada parecia se encaixar. E, céus, Carlos teria o contado, não? Eles eram colegas de equipe, Charles se sentia quase a vontade para o chamar de amigo, mesmo que não soubesse quase nada da vida pessoal do Sainz.
— Charlotte é quase uma filha para meu pai. — Carlos deu de ombros, causando estranheza ao grupo presente — Fora que Dominique merecia a segurança de um lugar onde pudesse ser quem quisesse.
— A mesma coisa Louise. — Daniel continuou — A ideia era pegar apenas um pequeno pedaço, até porque não ganho tão bem quanto Max ou tenho a fortuna dos Sainz, mas Kelly e Penelope moram aqui a uns dois anos, então se tornou meio previsível que acabaria pegando mais do que o prometido.
— São muitos hectares. — Max concordou, finalmente se metendo no assunto — É a área de pouso, onde estamos, para lá tem o gado que é mais afastado por conta dos trabalhadores também. Mantemos a venda de gado como algo em segundo plano. E tem a área dos cavalos e mais ao fundo a plantação.
— Ainda não sei como Charlotte o convenceu a começar a plantação. — Carlos rolou os olhos, fazendo o grupo ver que aquilo não tinha sido aprovado por todos.
— A promessa da gravidez me convenceu de muitas coisas. — Max bufou, parecendo irritado — Para os gêmeos virem, foi necessário muitas promessas. Enfim, aí tem a área de treino de kart para o Domi e...
— Max. — George chamou o número um, suspirando ao abraçar a namorada, seria um bom dia dos trabalhadores com sua garota em uma fazenda dos três, mas ainda custava a acreditar que não se tratava de uma brincadeira — Explica melhor essa coisa dos seus filhos, da sua mulher.
— Claro. Só preciso telefonar para a casa grande e pedir para virem nos buscar.
Eles estavam em um grupo de vinte e uma pessoa. Alguns muito calados por terem embarcado em uma viagem longa logo cedo, quando poderiam estar descansando em suas próprias casas. Porém, a curiosidade para saber se era sério o assunto pautado por Max era maior que sua vontade de ir para seu próprio lar.
— Aí! Da para pedir a van. — Daniel tinha um grande sorriso ao falar.
— Van? — Bottas pareceu desacreditado.
— Obra do Daniel. — Carlos rolou os olhos — Ano passado ele apareceu com uma van dizendo que se não conseguisse um contrato iria ser motorista de van e levar as crianças para a escola todo dia.
— Como se eu fosse deixar meus filhos entrar em uma van com o Daniel.
Max colocou a digital na porta elétrica, sorridente ao declarar que aquela tinha sido a melhor invenção do mundo, e mostrando um molho de chaves enorme na sua mochila, para os dias que desse algum problema na eletricidade. A sua ligação foi bem rápida, pedindo a "van de Daniel".
— Duvido que seja verdade. — George comentou com Lewis e Lando que estavam próximos a ele — A fazenda é dele, mas os filhos e a mulher, pura mentira.
— São quatro. — Amélia retornou a se intrometer, ganhando a atenção, se voltando às duas mulheres que estavam tentando achar algo no perfil do bicampeão no jato — Vocês viram as marcações?
— Não tem nada demais. — Lily deu de ombros.
— As fotos das crianças. — Ophelia sussurrou, apoiando Amélia e trazendo Logan junto a conversa — A qualidade é boa demais para serem do Max. E são pessoas que não postariam fotos do Max bebê.
— Fora que os bebês são diferentes, os garotinhos são a cara do Verstappen, mas ainda são singulares demais para ser só um. O mais velho, ou o que acredito ser o mais velho, realmente parece uma cópia dele. Mas os gêmeos, um tem o rostinho mais redondo e o outro mais magrinho, mas são iguais a ele.
Kika, que estava mais atrás tentando acalmar o conflito do namoro com o colega de equipe quanto ao resultado da corrida, mandou os dois calarem a boca para escutar melhor.
— Como assim? — a namorada de Pierre questionou.
— É meio óbvio que ele tem filhos. — Amélia continuou — Martin e Kelly postam fotos das crianças e o marcam. As fotos tem boa qualidade e é sempre a mesma mulher que aparece nas postagens, eu acho que seja a tal Charlotte. Victoria também posta coisas relacionadas a bebes, insinuando coisas e marcado o Verstappen. Fora as próprias postagens de vitória do Max.
— O que tem as postagens de vitórias? — Esteban perguntou, se integrando ao grupo de fofoqueiros.
— Ele sempre posta a primeira foto sendo ele com aquela placa de campeão e o troféu, mas a segunda foto é ele abraçado a uma mulher morena com sua camisa. É a mesma mulher. E se ver melhor, tem fotos da mesma mulher em outras fotos de vitórias dele. Normalmente os dois estão abraçados e aparece o rosto dele e não o dela. Mas, mesmo assim, dá para ver que sempre é ela.
— Se está tão óbvio assim, como não tem comentários dos fãs? — Pierre tinha um ar mesquinho ao questionar Amélia, fazendo Oscar se mover a ficar um pouco mais a frente da filha da melhor amiga de sua mãe, uma tensão protetora que Alex, Lando e Logan viram.
— Porque sempre que surge assunto, ele abafa com algum story com mulheres ou um comentário na foto da namorada do Daniel Ricciardo.
A van chegou rápido, os dando a impressão do lugar ser próximo, mesmo que só desse para ver mato, gado e cavalos na volta. Todos embarcaram, Daniel arrancando risadas ao brincar de fazer contagem dos passageiros.
— Charlotte e eu temos quatro filhos. Dominique que nasceu em 2016, no meu segundo ano na Toro Rosso, a Louise que nasceu em 2018 e os gêmeos que nasceram em 2021.
— Qual é a data de nascimento dos gêmeos? — Lewis indagou, tentando pegar a mentira.
— 5 de setembro.
— Mas esse foi o dia do GP da Holanda. — Landa apontou, pulando do seu lugar, quase caindo no colo de Amélia, levando um empurrão de Oscar — Aí!
— Sim, foi maior loucura. — Carlos concordou — Eles nasceram prematuros, Charlotte tava junto com o Martin e nós só soubemos que eles foram para o hospital depois que saímos da reunião de equipe.
— Eu lembro. — Charles tinha os olhos arregalados — Lembro de você correndo para a saída e entrando no carro do Max...
— Nós ficamos nos perguntando o que tinha acontecido. — Pierre completou, levando a mão a boca.
— Aconteceu o nascimento dos caçulas. — Daniel sorriu, mas de uma maneira que não chegava aos olhos — Acho que foi o dia mais tenso da nossa vida.
— Por quê? — Valtteri falou pela primeira vez desde o "bom dia" ao entrar no jatinho.
— Porque os três quase morreram.
Max falou em um sopro de voz.
Ficou claro que o assunto tinha se encerrado, e todos pareciam mais preocupados em olhar a volta, volta e meia encarando o perfil do número um.
A aproximação da casa foi de certa forma chocante ao grupo. Era uma casa enorme, se era possível chamar o lugar de casa e, não, de mansão. Eles estavam na parte de trás. Charles tinha certeza que somente a porta deveria ser do tamanho de um transformer. Lando quase se sentiu oprimido pela visão da propriedade. Ao mesmo tempo, Lewis e Valtteri repararam no modo como os ombros do Max pareciam relaxados ao se aproximar da porta.
Max Verstappen tinha uma enorme propriedade, com uma mansão, pista para jatinho, área de plantação, área dos gados e uma pista de karting, coisa que ainda comentaria com os demais. Isso sem contar o resto da propriedade, para quando queria imaginar como seria ter uma vida simples. A fazenda era boa para quando queria se imaginar como alguém normal com Charlotte e as crianças.
— Ela vai me matar quando ver vocês, então só se mantenham em silêncio, que eu acalmo a fera.
Foi a frase proferida pelo piloto da RBR, passando a frente deles e entrando. Da porta já dava para escutar o volume alto da tv e risadas muito parecidas com as de Max. A ficha da maioria ainda parecia não ter caído, mas quando o holandês fechou a porta quando Carmen entrou, sabiam que era verdade. A dúvida que tinha se instaurado no dia anterior após a corrida, indo para o além. Era real demais.
— Eu sempre ameaço Lotti com a possibilidade de vir depois de uma corrida com vocês, mas como temos entrevistas e mais uma cambada de coisa, só apareço um ou dois dias depois e sozinho. Ou seja...
— Ela não está esperando. — Lando completou, vendo um sorriso orgulhoso no piloto.
— Exatamente.
Max não parecia Max ao saltitar pelo hall de entrada, levando consigo os amigos para a visão mais incomum ainda na sala.
Dois menininhos estavam pulando, enquanto uma menina, porque ela não deveria passar dos vinte anos, Valtteri tinha certeza, mexia os braços. Os três estavam tão animados que nem ao menos ligaram para a presença do grupo, ou ao menos perceberam, visto estarem de frente para a tv.
Lewis correu os olhos pelo cômodo, vendo a enorme quantidade de porta-retratos com diferentes fases de crescimento do que ele acreditava ser os dois meninos brincando. E Charles ainda mantinha os olhos nas pessoas novas, não nos meninos ou na garota brincando, mas na menininha castanha dormindo no sofá. De repente, lembrava de como volta e meia apareciam storys curiosos no perfil do Max. Não que ele cuidasse as redes sociais do bicampeão, apenas gostava de se manter bem informado.
Fernando Alonso, outro que se manteve em silêncio, se perguntava onde Max estava com a cabeça, ou se haviam combinado com a menina de enganar a eles. Porque não conseguia acreditar que Max tinha tido a ousadia de engravidar uma garota menor de idade. Era apenas uma ligação e Max se envolveria no pior escândalo da fórmula um.
Lily empurrou o corpo mais contra o Alex, sussurrando um "três" depois de contar três vezes quantas crianças estavam na sala e mais a adolescente. Era impossível que a adolescente fosse filha de Max, ela era velha demais para isso e Max novo demais também.
— Belo show, Violet!
Daniel assustou a garota, a fazendo se virar com um grito. E o grupo se espalhou no início da sala, fazendo os olhos dela correr por cada um.
— Max, o que está fazendo aqui?
A garota deu um grito ao finalmente se recuperar, parando de pular e fazendo a atenção dos meninos se voltar para o grupo.
— Olá.
A mulher estreitou os olhos na direção das pessoas atrás do loiro. Não dando tempo de falar qualquer coisa, porque os meninos finalmente parecem ter saído do estupor de verem tantas pessoas que estavam acostumados a acompanhar só pela tv.
— Papa!
E o gritinho conjunto de dois meninos fez Charles dar um passo para trás, duas cópias perfeitas de Max vinham correndo na sua direção o assustava. Ambos tropeçaram no tapete de forma quase sincronizada e fizeram o piloto da Red Bull ficar de joelhos para os pegar no colo. Kika pegou a mão de Pierre de maneira automática, como quem precisa de alguma coisa real para acreditar que era verdade. Esteban nem desviava os olhos, era extremamente confuso ver dois mini-Max correndo na sua direção. George abraçou a namorada, com medo de ser sugado para um lugar do além.
— Anthoine! — Max beijou a bochecha de um dos loirinhos, logo seguindo ao outro — Vincent!
— Qui sadadi!
O que foi chamado primeiro falou, e tudo parecia real demais para Lewis. Max realmente tinha tantos filhos? Ao menos tempo que as peças estavam se encaixando na cabeça de Alex, uma lembrança rasa de seu breve tempo na Red Bull. Como Max sempre pareceu saber mais do que todos eles sobre bebês, os comentários ou piadinhas onde apenas ele entendia. Seus sumiços. Há quanto tempo o Verstappen vinha escondendo eles? Sua família?
— É "que saudade", Nini.
A mulher, que eles acreditavam se tratar da babá das crianças se intrometeu, parecendo uma presa ao se arrastar de forma lenta até eles e fazer Max soltar os dois. Pela feição jovem, eles se recusavam a aceitar que aquela era a mãe dos meninos. Era impossível. Max não era idiota ao ponto de engravidar uma adolescente. Era? Ela encarava o Verstappen como quem esperava uma explicação, ganhando apenas um dar de ombros do piloto.
— Desculpa essa recepção desastrosa. — pediu — Eu sou a Violet, tia dos pirralhos.
Fernando deu um suspiro de alívio ao escutar o nome. Max estava falando de Charlotte e Lotti. Não em Violet. Max bagunçou o cabelo dos filhos, sorrindo para seus amigos. Não vendo o suspiro coletivo de alivio.
— Você quer colo? — Daniel sorriu ao recolher Anthonie do chão, beijando a bochecha gorducha do menor — Estava com saudades do tio Danny?
— Danny da Pepe. — Vincent riu ao afirmar, fazendo o Ricciardo concordar.
— Isso mesmo, o tio Danny é da Penelope e da tia Kelly.
Carlos negou ao ver o modo como Daniel agarrou os dois bebês de Max, dando alguns passos a frente para cumprimentar, os olhos indo de um lado a outro.
— Hey, mocinha. — Carlos, Daniel e Max sempre tratavam Violet como se fosse a primeira criança do grupo, talvez fosse por isso que não conseguiam ver o modo como os olhos dela mudavam ao encarar Martin — Onde está o resto da casa?
— Ele quer saber de Isa. — Daniel informou, se defendendo do golpe de maneira rápida e fazendo Carlos apanhar de Max pelos gêmeos estarem no colo do australiano.
— Se meus filhos caírem, eu mato você. — Max apontou o dedo na cara do espanhol.
O grupo novato ainda tinha o queixo caído, paralisados demais para conversarem, deixando o assunto correr entre os quatro.
— Charlotte saiu com Dominique e Isa. A Kelly foi dar um banho na Penelope na casa delas.
Violet informou a Carlos, os olhos brilhando na direção do Lewis. George percebeu, sorrindo ao heptacampeao.
— Pelo menos disfarça, piveta. — Daniel incomodou a garota, soltando os gêmeos que correram para abraçar o titi Calos — Lewis, a pequena Violet é sua fã, mesmo sendo a maior tiete do Max.
— Max é o maior piloto da história. — Violet declarou a Daniel, abraçando o loiro, o fazendo sorrir — Mas ainda é o Lewis Hamilton!
— Sai de perto de mim. — Max fingiu não querê-la mais perto, apenas para ser mais apertado — Falsa!
— Max! — ele riu, beijando os fios castanhos.
— Minha cunhada preferida.
Violet engoliu em seco, dando um passo para trás, olhando na direção de Daniel e Carlos.
— Me dá aqui meus filhos. — Max pediu a Carlos, fazendo os gemeos rirem ao serem soltos, correndo para agarrar as pernas do pai — Esses são Vincent e Anthonie. — Max apertou os filhos, bagunçando os fios loiros, então apontou para o sofá — Aquela mocinha apagada no sofá é Louise. Garotos, esses são meus amigos pilotos.
Um dos meninos gritou, levando as mãos a boca, parecendo chocado. O outro rolou os olhos, colocando as mãos na cintura e olhando com deboche um dos homens presente no corredor. Era igual ao Max e aquilo chegava a assustar. E Carlos sabia muito bem o motivo para aquela feição no rostinho do afilhado de Martin e Violet, cruzando os braços para ver o circo pegando fogo. Daniel também conhecia o pestinha, pescando seu celular no bolso.
— Anthonie, não precisa gritar, meu filho. Eles são meus amigos. Feios, mas meus amigos.
— Ferrariiiiiiiiiiiiii!!!
E ali estava o motivo do grito do Anthonie. O menino era fã de Charles, mesmo com toda a panelinha a Red Bull, e correu na direção do monegasco como se estivesse indo na direção de um herói. Max rolou os olhos, igual Vincent. E Daniel tinha certeza de que se o fato dos meninos serem a cara do melhor amigo não era prova o suficiente, o baixinho birrento aos seus pés era a prova viva de que a fruta não cai longe do pé.
— Hey!
Charles pegou Anthonie no colo, os olhos arregalados pela animação da criança. Sem perceber o furacãozinho que vinha atrás do irmão. Vincent tinha o caminhar determinado de quem ia aprontar, enquanto o pai e a tia encaravam a interação do piloto da Ferrari e Anthonie.
O "x" da questão era que Vincent era o mais calmo entre os gêmeos, sempre obediente e o mais tímido. Mas ele era muito apaixonado pela Red Bull. Se Anthonie gostava da Ferrari por conta do vermelho, Vincent amava a Red Bull pelo azul. E Pierre foi o único a perceber o modo como o pirralho número dois arrumou o braço e simplesmente socou o meio das pernas do Leclerc.
Charles gritou, soltando sem pensar o Anthonie, e jogando o corpo para a frente, caindo no chão. Carlos viu Oscar empurrando um Vincent orgulhoso. Anthonie chorou, correndo para o colo da tia. Daniel, que estava gravando, não escondeu sua risada. Pierre se moveu para ajudar o melhor amigo. George, Logan e Lando fez uma careta. Amélia, Kika, Ophelia e Carmen espicharam o pescoço, procurando saber se o monegasco estava bem. Valtteri sussurrou a Lewis que tinha certeza que era filho de Max, fazendo Lewis, Fernando e Lance rirem.
— Menino, eu sou teu fã. — Pierre foi brincar com o boxeador mirim, levando a mão para fazer um toquezinho, quando Vincent quase fechou a boca em seus dedos, rosnando.
— Vincent! — Max gritou com o filho, as mãos assumindo o espaço abaixo dos seus braços, antes que o menino se jogasse em cima de Pierre — Vivi, não!
Até Anthonie parou de chorar para ver o irmão rosnando como o cachorrinho do vizinho na direção de Pierre. Kika parecia realmente chocada com a cena.
— Violet, você pode ajudar aqui?
Max gritou para a garota, quando Vincent começou a espernear, tentando fugir de seus braços e espichar os braços querendo chegar a Pierre. Carmen tinha certeza de que algum autor precisava detalhar aquilo em qualquer livros, porque parecia uma coisa de outro mundo.
E, para a surpresa de todos, quem reagiu foi Anthonie, pulando do colo da tia e correndo para o canto da sala, voltando com um spray e entregando nas mãos de Violet.
— 'Aga! 'Aga! 'Aga no mano!
Seria uma ceninha fofa, porque se Amélia estava fazendo as contas certas, os gêmeos estavam com um ano e seis meses, por aí. Eles não eram tão grandinhos, mas já tinham uma fala bem avançadinha para a idade. Talvez já estivessem na creche?
— Vincent se você não parar, vou ser obrigada. — ela declarou, apontando o objeto cheio de líquido ao menino.
Vincent parecia desesperado agora. Não mais raivoso, mas medroso. Verstappen estava pronto para embarcar em uma discussão sobre o fato de brigas não ser o melhor caminho para resolver os conflitos com o filho, aproveitando que ele estava mais calmo, quando o barulho de passos no corredor chamou sua atenção.
Kika reparou como Max arrumou sua postura, passando a mão livre pelos cabelos como quem os ajeita e arrumando o filho desesperado no colo. Como um escudo do furacão que se aproximava.
— Danny!!!
A vozinha feminina gritou e Penelope ignorou todos os outros, correndo para o colo do padrasto como um pequeno foguete. Todos repararam como Daniel Ricciardo pareceu se quebrar todo para a menina, a agarrando por baixo dos braços com muito mais carinho do que o dado aos gêmeos e beijando sua face, arrancando risos exagerados da menininha.
Kelly foi a segunda a aparecer para a clara decepção de Max. A brasileira viu todos os presentes, um suspiro contido sendo dado.
— Boa tarde, pessoal. — ela sorriu para eles, antes de seus olhos demonstrarem uma emoção real ao ver o namorado — Ricciardo!
— Piquet!
Os dois sorriram, Daniel com a Penelope com a face grudada a sua. Carlos bufou, parecendo sem paciência ao falar:
— Se beijem logo!
Kelly ao contrário do que os outros esperavam, riu, se movendo até o namorado e beijando sua bochecha, próxima a boca. Uma pequena promessa do que provavelmente viria a acontecer quando estivessem sozinhos.
— Feliz? — ela brincou com Carlos.
— Estaria mais se não tivesse precisado presenciar aquela troca de olhares.
— Ele está naquele movimento do "vidas solteiras importam". — Violet fez graça.
— Vá a merda! — Carlos xingou a mais nova.
— Meda! — Anthonie o imitou.
— Merda! — Penelope seguiu o fluxo.
— Penelope...
O tom de Daniel deixou claro que não era para a enteada imitar Carlos, enquanto Kelly crucificava Carlos em sua mente. E ele percebeu, pedindo desculpas.
E mais uma vez o barulho da porta sendo aberta chamou a atenção, a voz de três novos integrantes. Max sorriu, beijando Vincent ainda em seu colo. O gêmeo já tinha desistido de bater em Pierre, a irritação de antes sumindo, apenas deixando as bochechas gordas avermelhadas como memória.
Isabel despontou na porta que dava acesso ao hall de entrada com Dominique em suas costas, parecendo usar muita energia para manter o afilhado na posição certa.
— Eu disse que o papa tava em casa!
Dominique gritou, pulando das costas de Isabel. Carlos se adiantou, abrindo os braços, fazendo o loirinho primogênito de Max e Charlotte focar nele e não em seu pai, visto que Vincent ainda estava em seus braços.
Charles achou que pudesse estar tendo algum problema de vista, ou que tivesse uma máquina do tempo escondida em algum lugar, porque na frente deles, estava o Max. O Max criança, que disputava corrida com eles. Que jogou para fora da pista.
— Padrinho!
O menino de quase sete anos correu até Carlos, abraçando seu tronco.
— Dom! — Carlos o apertou — Que saudades, garotão.
— Hey, pessoal.
Isa conhecia a maioria dos presentes, mantinha certo contato, o que a deixava mais a vontade para cumprimentar a todos com um abraço ou, no caso das meninas, um beijo na bochecha. A loira acabou trocando um abraço maior com Charles.
— Quanto tempo, Char?
— Você sumiu desde... desde...
— Desde que terminei com Carlos. — ela completou, sorrindo debochada para o espanhol.
— Sempre bom te ver, amor.
Isa rolou os olhos quando o espanhol piscou na sua direção. Amélia cutucou Ophelia, ganhando um aceno da melhor amiga. Lily e Carmen também o fizeram. E então sem que nenhum deles percebesse, entretidos demais com Isa e Carlos, a voz chiou:
— Você só pode estar de brincadeira comigo.
A voz feminina fez todos os presentes se moverem para a parede, fugindo dos olhos castanhos. De qualquer forma, as iris estavam focalizadas apenas em uma pessoa, Max.
O loiro sorriu, apertando os braços na volta do filho. Vincent parecia horrorizado demais com o spray para reagir no colo do pai. E Charles tinha o queixo caído, abismado. Tudo piorando quando a morena passou ao seu lado e pareceu nem o perceber.
A cena toda parecia bizarra na mente de Violet. Max tinha voltado para casa, muito antes do comum, com um bando de pessoas conhecidas a ele e celebridades a elas. Anthonie tinha ido animado para perto do piloto da Ferrari, Vincent fiel como um cão socou o piloto, por ser da Ferrari e não da RBR. Anthonie caindo no chão, Vincent rosnando para as pessoas e tentado morder. Ela com um spray com água pronto para ser ativado contra o sobrinho. Louise apagada no sofá como se nada tivesse acontecendo, mesmo com todo o movimento. Kelly ao lado de Daniel com Penelope. Sua irmã chegando e vendo tudo.
— O papa tá em casa, mama. — Anthonie gritou, batendo palminhas.
Charles finalmente se recuperou, usando o braço de apoio de Lance para se erguer. E a mulher novata na sala abriu a boca, a fechando em seguida, não falando o palavrão que estava pronta para proferir em respeito aos filhos. Charlotte não sabia dizer se era pela visita surpresa ou porque tinha muitos pilotos, mais suas ditas namoradas, na porta de sua casa. Quando Max disse que iria até ela se desligasse, não tinha levado a sério, porque ele sempre fazia a mesma ameaça e aparecia cinco ou seis dias depois. Todavia, ali estava ele. Não apenas ele, mas um bando de pilotos e suas namoradas. Ela não conhecia muito eles, apesar de ter tido um leve conhecimento, pois Max adquiriu o costume de mostrar fotos ou mandar a localização com o nome das pessoas que estava junto com ele.
— Bom dia, Lotti.
Max pareceu quase derrotado ao cumprimentá-la, os fazendo encara-lo. Aquele era o mesmo Max que afastava as fãs de maneira apressada depois das fotos? O que não tinha delicadeza nenhuma ao tratar as pessoas?
Existia um sorriso malicioso nos lábios do loiro, encarando as pernas descobertas da tal Lotti. E ele se sentiu ousado ao soltar o filho no chão e dar um passo a frente e abraçar seu corpo. Charlotte pareceu confusa no início, mas correspondeu o gesto, sendo pega de surpresa quando a boca do piloto encostou-se a sua. Aquilo era novo. Não que beijar Max fosse uma coisa incomum, mas depois do nascimento dos gêmeos, nao acontecia mais a bons meses. Mas ali estava ele, a beijando como se fossem um casal novamente, na frente de todos... Para início de conversa, ele nunca vinha acompanhado.
— Eu trouxe visitas.
— É, eu percebi.
Max sorriu, ainda abraçado a ela.
— Pessoal, essa é a minha mulher.
Ninguém saberia dizer quem parecia mais chocado. Charlotte por chegar em casa e ser recebida com a cena caótica. Ou os demais amigos de Max. Mas quem pareceu voltar ao normal antes foi a Bakker, se desencostando de Max e focalizando os olhos na mão da irmã.
— Eu não sou mais sua mulher!
E a porta se bateu uma última vez, trazendo a presença de mais um homem. Ele parecia regular com Lando, quem sabe... E a feição de Max estava fechada, o rosto ficando vermelho. E Carlos e Daniel trocaram um olhar, nada de bom viria de Max.
Primeiro que eu acho essa foto com uma tensão muito maior do que o normal, sendo ela a original com a Kelly, sendo a montagem com a Charlotte
A maneira como o Max olha e a mão apertando o copo com mais força------
Seguimos ao fato de eu querer fazer um ritmo de postagem diferente... quero fazer 4 capítulos narrando no tempo passado e 1 capítulo no presente...
Quero saber se isso fica confuso a vocês?
Se preferem a história desde o início sendo narrada e quando chegar a 2023 já ter tudo contado ou se fica bom assim?
Depois temos uma frase que pode me trazer certo problema, mas...
Se Charlotte e Max não estão juntos, isso significa que não existe traição, não é...?
🤭🤭🤭🤭
Esse capítulo parece um pequeno caos
Enfim, me falam o que estão achando
Espero que tenham gostado
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