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9.063 palavras
Nunca vou me acostumar com o fato da oc da Louise ser realmente parecia com a Charlotte (Steph).

MIAMI
4 DE MAIO DE 2023 - ALMOÇO

Dominique sempre quis a uma pista de boliche. Por algum motivo que nenhum da família entendia, ele queria e queria muito. E ele não costumava ser uma criança difícil de lidar, porque sempre entendeu tudo muito bem, sendo bem agarrado a Charlotte. Então, como se fosse um presente a ele — não que os outros precisassem saber — Charlotte descobriu o Bowlero, uma espécie de pista de boliche e restaurante. Eles não podiam ficar muito, porque o Max tinha que estar no paddock as quinze horas — três da tarde —, mas ela lembrou disso quando estavam no estacionamento, saindo da Red Bull Racing.

A belga não avisou aos Sainz, nem Kelly, Daniel, Isa ou qualquer outro do grupo. Apenas desejando um "bom almoço", arrumando as crianças dentro da AMG GLB 35, fornecida por Lewis, depois que percebeu o olhar de desgosto de Charlotte para cima da minivan com a logo da Red Bull.

— Eu vou dirigir.

A castanha informou ao homem, pulando no banco do motorista, eles estavam no estacionamento da sede da Red Bull Racing e Max já tinha percebido as fotos serem tiradas. Ele queria pegar o celular para ver as manchetes e tudo, mas Charlotte e ele tinham combinado de apenas ver toda a repercussão da presença dela com as crianças no final do dia. E até que os paparazzis estavam sendo respeitosos, se mantendo a certa distância.

— Foi legal conhecer o serviço do papa?

— Foi chato para caramba. — esse doce de pessoa era Louise. Os gêmeos, que já estavam acoplados as suas cadeirinhas, não falaram nada, já pescando os olhos. Kelly costumava dizer que Anthonie e Vincent sofriam de algum feitiço do carro, porque entravam quase dormindo.

— Eu achei legal. — Domi sorriu — Eles tinham um chassi pendurado no teto, mama. O abuelo disse que não enxergava as amarras e ele era o mais alto. Então, não sei como ele estava no teto. Mas ele estava.

— É que o abuelo é velho. — Louise riu, como se tivesse falado a coisa mais engraçada — Não deve ver, porque tava sem óculos.

— O respeito, filha. — Charlotte chamou sua atenção, batendo a mão na perna de Max, que estava igual Louise — Por que os gêmeos estão em silêncio?

— Dormiram né mama? — Louise murmurou como se fosse óbvio — Eles só sabem brigar, comer, cagar e dormir.

— Você também só fazia isso na idade deles. — Max comentou, vendo a filha concordar.

— E é feio falar assim dos seus irmãos.

— Perdão, eles só sabem brigar, comer, defecar, chorar e dormir.

— Isso não mudou muito, Louise.

Charlotte olhou pelo espelho a filha, a vendo colocar a língua para fora, depois sorrir ao ver seus olhos em cima de si. Dominique parecia ter engolido uma vitrola de tanto que falava, apaixonado por um modelo de chassi de vitória do Sebastian... Coisa que gerou ciúmes em Max. E a Bakker sinalizou algumas ruas, percebendo que não era apenas o carro dos seguranças que os seguiam. Um pequeno sentimento de pânico crescendo em seu peito, apenas para respirar fundo e apenas pegar a mão de Max, dando um apertãozinho antes de mudar a marcha e reduzir ao ver o destino que tinha achado na Internet. Ela agradecia a Lewis por não ter a dado um carro automático.

— Exatamente onde iremos almoçar?

— Silêncio, preciso manobrar. — Charlotte tapou a boca do pai de seus filhos, um sorriso alegre para os filhos — Como é que é mesmo?

— Espelho com espelho. — Dominique começou animado, as mãozinhas batendo — Traseira com traseira...

— Volante para a direita, vira uma volta e meia... — Louise continuou, fazendo Max olhar abismado ao ver a sua "esposa" seguindo a música — Vai na marcha ré até os dois faróis passar...

O sensor da AMG GLB 35 começou apitar, fazendo o loiro levar os olhos até a tela. Eles iriam bater. E Charlotte ainda estava seguindo as "orientações" da musiquinha por quê?

— Passou, segurou, o volante é só alinhaaaar... — Domi fez sua parte, abrindo a boca para continuar, quando Max o atrapalhou.

— Schat! Schat, vai bater! Schat! Schat, vai bater! — Max tentou pegar o volante, levando um tapa na sua mão. O que ele estava fazendo?

— Cala a boca! — Charlotte o mandou, o fazendo arregalar os olhos — Não vai bater. Nós fizemos isso toda hora.

— É! Fica quieto, papa! — Domi a apoiou — A gente sabe o que tá fazendo.

— Por isso que eu digo que velho nunca sabe ouvir. Olha o papa, até o abuelo fica quieto na hora de estacionar e ele não. — Louise bufou irritada, os olhinhos castanhos caindo em cima do pai — Decepcionante, Max Verstappen. Por isso o senhor nunca participa né?

— Schat, essa menina...

— Shiu! — Charlotte colocou a mão na sua boca, porque eles estavam na rua, alguém poderia vir e ela estava parada, normalmente estacionar com as crianças era bem rápido quando seguiam a musiquinha — Quieto! Onde estávamos?

— Na marcha ré...? — Domi não tinha certeza.

— Olha aí! Vamos ter que começar de novo. — Louise rolou os olhos — Tá louco, papa!

Max olhou para Charlotte, esperando que ela o defendesse. Charlotte, ao contrário do que imaginava, apenas estava desfazendo as primeiras orientações. Louise bateu palmas animadas, porque se Dominique tinha começado, agora era a vez dela. Eles ainda não haviam ensinados os gêmeos. Somente eles revezavam ainda. E o Verstappen encarou aquilo em choque, porque ele estava no carro, mas para eles era como se estivesse atrapalhando. Uma adição de última hora. E aquilo parecia uma tortura.

— Espel...

— Ele me atrapalhou, ainda é minha vez!

Dominique interrompeu Louise ao começar.

— Aí o problema não é meu.

Dominique gritou frustrado, acordando os gêmeos no banco de trás. Ou melhor, acordando Anthonie, que começou a chorar. E ninguém gosta de ser acordado de um soninho. Nem adulto, nem criança, nem bebê... Vincent certamente não gostava, porque abriu os olhos de maneira preguiçosa, esperando encontrar a mama sorrindo para ele e apenas conseguindo as costas do banco e Anthonie aos berros. Foi quase como um sinal, Charlotte não saberia dizer de qual, se para uma coisa boa ou uma má, porém, a reação de Vincent foi levar a mão para o lado, conseguindo de alguma forma quebrar a barreira de espaço entre ele e seu irmão, como um tapa sendo depositado na boca do mais chorão, o pegando de surpresa e fazendo ficar em um silêncio quase automático.

— Espelho com espelho! — Louise ignorou os irmãos, Dominique bufando — Traseira com traseira.

— Volante para a direita, gira uma volta e meia... — obviamente Dominique não estava feliz, mas ele não deixaria de cantar por isso... E, os gêmeos ainda quietos demais para quem só aprontava, Charlotte seguindo as instruções. Max não estava entendendo nada.

— Vai na marcha ré até os dois faróis passar... — Louise começou a bater palmas, sempre com um "ouvido" melhor para ritmo — Passou, segurou o volante, é só ligar!

Max ouviu o "pi, pi, pi" da AMG GLB 35, segurando com força o apoio do teto, de uma maneira que Charlotte queria rolar os olhos pelo drama do pai de seus filhos. Os olhos focalizando os gêmeos, vendo Anthonie com a face corada, encarando com certo brilho de admiração Louise. E ela sabia que existia uma conexão confusa entre aqueles dois, mesmo que não parecessem combinar em nada. Entretanto, a belga já havia visto Louise conversando a ponto de rir com um Anthonie que quase não falava. Não era apenas a tal aposta de Dominique e a princesa da casa, tinha mais por trás. Ela realmente confiava em Anthonie, mesmo com sua pouca idade. E eles tinham o que?

— Continua a marcha ré, não mexe na direção. — Dominique sobrepôs a voz da irmã — Leva a roda de trás para cima da marcação...

— Gira tudo para a esquerda, só para concluir...

— Já tá dentro da vaga e agora é só se divertir!

Max não fazia ideia de como, mas a sua mulher tinha acabado de colocar o carro dentro da vaga, mesmo com os apitos do sensor. E Louise e Dominique bateram suas mãos, os gêmeos — dois pequenos mal humorados — comemoraram e Charlotte tinha um sorriso grande ao olhar para trás. Parecia uma coisa deles, a maneira como todos eles nem ao menos se preocuparam, mesmo com o sensor.

Ele nunca tinha participado do passeio grande com estacionamento, sua grande família sempre preferindo "excursões" mais isoladas que ficavam no meio do nada, ou dentro da fazenda. Era confuso de explicar. Eles não saiam para restaurantes, poucas pessoas na cidade sabiam quem era o pai das crianças. Claro que existia a óbvia semelhança entre os meninos e Max, mas não era algo que todos davam bola, sobrecarregados demais com suas próprias vidas para ligarem para o pai ausente das reuniões de escola ou festinhas, ou qualquer atividade. Charlotte sempre estava presente. Max nunca.

— Vocês podiam me ensinar essa musiquinha né? — Max acabou pedindo as crianças, depois que o segurança se aproximou e Charlotte acabou largando Anthonie no colo dele.

— Só não deixa ele te morder. — Charlotte avisou ao segurança, o nome era Sam, se ela não estivesse enganada — As vezes ele finge querer dormir e taca o dente na bochecha.

Sam concordou, os olhos castanhos em cima de Anthonie, enquanto o menino tinha a face concentrada. Max conhecia aquela face e já podia ter uma ideia do que rolava dentro das fraldas do filho, ainda mais quando ele parecia tão "durinho". Dominique pegando sua mão e o assustando de certa forma.

— E aí? Você vai me ensinar a música?

Louise estava de mãos dadas com Charlotte, a belga com Vincent em seu colo. Sam ia com Anthonie, o bebê de um ano e oito meses ainda durinho. Dominique olhou o pai.

— Por quê? O papa não anda com nós...

— Mas o papa vai andar agora.

— Por quê?

— Porque agora podemos fazer isso. Porque papa quer aprender a cantar a música do carro e se divertir com vocês. Isso não seria legal?

— Não sei. — o primogênito sorriu, abandonando o pai e correndo na direção da mãe.

Max respirou fundo, antes de caminhar atrás dos seus filhos e sua mulher. Quando entrou no restaurante escolhido por Charlotte, entendeu completamente a sua "esposa", principalmente ao ver Louise e Dominique pulando animados.

— Bela escolha.

O Verstappen tocou a cintura da Bakker, a vendo concordar, aquele sorriso convencido de sempre. Sam, o segurança, tinha sido contratado pela Red Bull e Charlotte não o queria antes, mas estava achando uma graça a maneira como o homem ficava de olho em cima de seus filhos.

O Bowlero, que havia sido a escolha de Charlotte, tinha diversas pistas de boliche, jogo no qual Dominique tinha muita curiosidade para participar. E, além disso, Louise parecia muito animada, conforme uma funcionária aparecia e perguntava se eles queriam orientações. Até parecia uma pequena adolescente, ditando ordens e agradecendo ao elogio ao vestido.

— Meu vovô que me deu, acho que é caro, a mama não gostou muito. — ela deu de ombros — Se vocês tiverem suco, me tragam em um copo descartável, obrigada.

Max riu, antes de Sam surgir com Anthonie e fazer Charlotte rir. Eles estavam se guiando para uma mesa para colocar as coisas, Charlotte dizendo que iria ao banheiro trocar o filho, quando Max foi reconhecido.

Sam agiu rápido em colocar distância, o grande homem quase tapando toda a frente, enquanto Dominique e Louise corriam de volta para perto, os dois se escondendo atrás da mãe. E a fã parecia entusiasmada.

— Eu... Foto... Família... Tirar...

Ela tentou dar um passo a frente, a mão do Sam sendo erguida para criar o espaço entre eles, tal qual quando fazia fila na escola. A diferença era que só o braço de Sam parecia o de três a quatro crianças.

— É só uma foto. — Charlotte murmurou aos filhos, acabando por sentar no sofá a volta da mesa — Ela é fã do papa e quer uma foto. Esta tudo bem.

Dominique pulou ao lado da mãe, os gêmeos estavam dividindo as pernas da mulher. Louise tentou passar a mão por seu braço, o vestido de mangas esvoaçantes a irritando um pouco.

— Crianças... Eu... Amar...

Max passou a mão pelos fios castanhos de Louise. Antes de sair do pequeno casulo de proteção de Sam, vendo a mulher pegar o celular. Ao menos não tinha chegado gravando ou tirando fotos sem permissão. E o holandês levou os braços para trás, um sorriso singelo e uma foto sendo tirada.

Talvez o bicampeão devesse ter sido mais simpático. Provavelmente era o esperado, mas era a primeira vez que as crianças o viam com uma fã e ele tinha medo de acabar as assustando.

— Crianças... Fotos... Eu...

Max olhou para trás, vendo o aceno mínimo da belga. Charlotte não queria ser taxada como uma pessoa mal educada ou coisa do tipo, apenas estava com medo das crianças não quererem. Ela não iria os obrigar.

— Claro. Uma foto com a minha família. — Max tocou o braço da mulher, a fazendo arregalar os olhos, aparente choque — Sam, poderia a deixar se aproximar da mesa e tirar para nós? Se não for ofensa, claro.

— Tiro, senhor.

Max havia pedido para não ser chamado de "senhor", assim como Charlotte o fez também. Entretanto, o segurança preferiu manter a cordialidade, ao menos na frente das pessoas.

Charlotte se arrumou no canto da mesa, ela era redonda, um sofá em L na volta. Era um lugar bonito. Não poderia negar. Os gêmeos se abraçaram mais a ela, mas ainda dava para ver o rostinho. Dominique também estava com a perna junta a sua e Louise acabou ao lado de seu pai, a mão tocando a de Dominique, como se estivessem entrelaçados. Max estava ao lado da filha, deixando o espaço ao seu lado a fã. A mulher parecia a ponto de pular em cima deles.

—  Será... Será que eu... Será que eu não conseguiria... Conseguiria... Segurar um?

— Não. — Charlotte declarou de forma rápida, até porque os quatro de alguma forma pareceram assustados com a oferta — Você ao lado do Max e sem um dos meus filhos no colo parece ótimo. Não é crianças?

— Sim, mama!

— Ótimo! Tira, Sam!

A fã não saiu satisfeita nas duas primeiras fotos, parecendo estar discernindo a cortada. Sam fingiu não saber mexer no celular e apagou as duas. Antes de deixar apenas a sorridente. Charlotte e Max perceberam que isso aconteceu. Louise saiu emburrada, porque não queria sorrir para a mulher estranha.

— Um pra-prazer co-conhecer vo-vocês.

Max não sabia se ela tinha uma dificuldade com a fala ou era o nervosismo, de qualquer forma, puxou um dos bonés da bolsa de Charlotte, assinando "De Verstappen, com carinho" e a entregando. A Bakker achou a última parte um pequeno exagero, mas não falou nada.

As crianças se mantiveram na mesma posição, nenhum dos três adultos os incitando a ir brincar ou correr pelo lugar. E, quando Louise, finalmente achou seguro. Ela acabou puxando Dominique para irem brincar, chamando o "tio Sam", porque ela não gostava das mulheres estranhas.

— Eu vou trocar Anthonie. — Charlotte informou a Max, pegando a bolsa grande que quase parecia uma mala que levava para as quatro crianças — Fica com o Vincent?

— Claro, schat.

Charlotte sorriu, prendendo Anthonie em seus braços e inclinando o corpo, deixando um pequeno beijo na bochecha de Max. Ele pareceu feliz, mesmo que Anthonie tenha metido a mão na cara dele para afastar.

— Mama dos nenês!

— Vamos lá, encrenqueiro. — Charlotte riu, se afastando com um dos gêmeos.

Vincent acompanhou a mãe e o irmão sumindo por um corredor, depois da mesma funcionária que ajudou Louise e Dominique ao chegarem a instruir o caminho. Max sorriu para ele, o vendo mexer as perninhas.

— Você não quer jogar? — Vivi negou, pegando o cardápio com certa indiferença, Max agradecia que tinha figurinhas — O que você quer fazer?

— Siêncio. — ele o cortou, apontando para um copo com refrigerante — Vivi qué.

— Sua mãe te dá refrigerante?

— Papa medo da mama?

Max não o respondeu, mas o "sim" estava entalado na sua garganta. No banheiro, Anthonie sempre era o mais calmo a ser trocado, Charlotte fazendo um bom trabalho depois de puxar o trocador.

— Cara, esse foi fedido.

Anthonie riu, enquanto a mãe usava a aba da fralda cheia para dar uma limpada e fazia uma careta.

— Vocês estão com quase dois anos, acho que já dá para aprender a ir no vaso. — ela murmurou, largando a fralda suja no baldinho e colocando a nova embaixo do bumbum branco de Anthonie — Você acha que consegue pedir?

Anthonie negou.

— Mas é a coisa mais fácil do mundo. Você sabe quando quer fazer cocô.

— Nenê de falda.

— Você não vai mudar muito estando de fralda ou não. Tem que pensar, daqui a pouco, seu pai não vai mais ter dinheiro de tanta fralda que você usa.

Anthonie riu. Achando muita graça.

— Fora que nem é pela fralda, você tá grandinho e o cocô tá fedorento demais, filho.

Ela terminou de o limpar direitinho.

— Oi.

Ela sorriu a recém chegada, mesmo que de primeira tenha levado um susto, passando a pomada entre as dobrinhas de Anthonie, sem saber se deveria continuar tendo aquele assunto com seu filho ou não. As pessoas costumavam dizer que era para passar apenas em casos onde tivesse assadura. Mas o filho era dela e ela passava em toda troca. Quatro filhos e apenas Dominique teve assaduras.

— Você não fala muito né?

— Não com estranhos. — acabou rebatendo, fechando a fralda de Anthonie. O gêmeo brincando com as mãozinhas.

— Minha amiga é muito fã do Max Verstappen.

— Sua amiga é a mulher que foi tirar fotos com nós? — perguntou, guardando a pomada na bolsa dos filhos.

— Com ele e as crianças.

— Sim. Com nós. — Charlotte sorriu ao colocar Anthonie de pé, puxando a bermuda ridícula dada pelo abuelo. Anthonie aparentemente a achava apertada na fralda, chegando a reclamar ao ser puxada, porém era a maior que tinha quando colocaram. E ninguém aceitou sua sugestão para ele ir com sua própria roupinha.

— Ela meio que não queria tirar com uma traidora, mas você não deu escolha.

A mulher nem ao menos fingiu entrar em um dos boxes, voltando a sair. E Charlotte encarou a porta, paralisada. Uma desconhecida tinha acabado de a insultar de certa forma e ela nem ao menos reagiu.

— Fea!

Ela se assustou quando Anthonie falou, logo rindo.

— Sim, ela é uma feia.

Os dois voltaram para o salão, vendo o garçom entregando uma garrafinha de refrigerante que imitava um pino. Max sorriu na sua direção, parecendo nervoso. E ela apenas entregou Anthonie ao pai, se movendo para onde Dominique e Louise estavam fazendo uma pequena disputa. Sam perguntou se estava tudo bem, os olhos da castanha indo na direção de onde as duas mulheres estavam, antes de concordar.

— Quem quer me ensinar?

Dominique e Louise ergueram as mãos de forma rápida e Charlotte acabou se sentando no chão, agradecendo o vestido longo e apenas ficando ali perto com os dois mais velhos. Volta e meia dando uma olhadinha para a mesa, uma pequena e quase rara culpa aparecendo as vezes ao perceber Max tendo uma leve dificuldade com os gêmeos, mas logo sendo descartada, porque ele era o pai dos dois. Saberia se virar.

MIAMI
4 DE MAIO DE 2023 - TARDE
MEDIA DAY

De alguma forma, eles conseguiram se atrasar para o compromisso, coisa essa que fez o celular de Max tocar sem parar. Porém, acontece que se torna difícil sair de um lugar, quando uma foto é postada e muitos fãs se acumulam querendo atenção. E Max acabou assumindo o volante daquela vez, os gêmeos apagando depois de comerem muitas batatinhas.

O restaurante era bom, possuía um bom divertimento e as crianças haviam gostado. Charlotte se arrependeu de ter os levado de forma rápida. Entretanto, havia prometido que estaria no paddock, na plateia, na hora que Max fosse entrevistado e era isso que faria.

— Onde aprenderam a musiquinha?

Max queria aprender a tal música para estacionar, se inserir na aparente tradição que os mais velhos tinham com Charlotte. A belga entendia, não era legal ficar de fora de algo. Entretanto, não negaria ter sentido uma leve pitada de ciúmes assim que Dominique cantou de forma lenta e pausada a ele.

Óbvio que era legal ter aquela memória só para si, mas ainda estava feliz depois de perceber que se o Max soubesse a musiquinha, nas próximas vezes cantaria e formaria novas lembranças com as crianças e para o desenvolvimento delas era muito bom.

A entrada para o Hard Rock Stadium, local que o circuito fica ao redor, estava cheio. Todos os lugares possíveis atolados de carro e talvez fosse o fato de ser um circuito de rua. Charlotte não entendia, apenas agradecia ao fato de Max ter uma vaga reservada em seu nome para facilitar o trabalho.

Camila, a RP que estava de manhã na reunião ridícula estava os esperando. Por algum motivo, Charlotte não gostava da mulher. Ela parecia regular consigo e bem profissional, explicando que seria interessante se Max desse uma resposta mais direta e não se estender muito quanto a situação do "chifre" para não expor demais. E deixar histórias possivelmente tóxicas de fora.

— Possivelmente tóxicas? — Max a perguntou, vendo alguns jornalistas tirando fotos, enquanto Bradley aparecia por trás, distribuindo os crachás para todos.

— Brigas, intrigas, essas coisas.

— Mas eu posso citar eles? Porque eu vou.

— Claro que pode, se os outros falam, por que você não poderia? — Camila rebateu, os chamando para acompanhá-la e Charlotte tinha Anthonie contra seu pescoço, Vincent abraçado com Bradley, Louise de mãos dadas com Max e Dominique com os dois — Aquela reunião da manhã foi ridícula, a imagem familiar que apresentou, surpreendeu muitas pessoas, mas não prejudicou nada. As vendas até aumentaram, tem até uma trend sobre "Sustente um pai de família, apoie o Verstappen."

— Nome grande para uma hashtag. — Charlotte acabou comentando.

— Poderíamos criar um slogan ou frase para ficar no top 10.

— Não gostamos de muita exposição.

— Seu marido é um bicampeão lutando pelo seu terceiro título, mídia em excesso e distorção de imagem pode se tornar corriqueiro. — Camila tocou o braço da belga — Mas o meu trabalho é deixar isso um pouco mais leve... Inclusive, acho que a imagem do Max com o garotinho ao invés do segurança pegaria melhor. Cada um com um gêmeo, os dois mais velhos de mãos dadas e segurando a dos pais também.

— Não vai parecer meio forçado? Todos eles viram que está nos orientando. — Max sinalizou para um grupo que tirava foto de sua família.

— Quem hoje em dia não é orientado nesses momentos? — Camila não pareceu se importar, sorrindo ao perceber os olhos de um dos gêmeos — Eles são mais fofos pessoalmente.

— Obrigado. — Dominique agradeceu.

— Obri. — Louise sorriu, mexendo a mão, como se ouvisse elogios todos os dias e estivesse acostumada. Bom, ela ouvia.

Eles acabaram assumindo a posição indicada, Max olhando uma última vez para a "esposa", antes de tomar a iniciativa e começar a andar. E talvez Carlos Sainz tinha razão, porque era uma imagem forte todas aquelas crianças vestidas com lojas de grife. E o vestido da mulher também era caro, Camila tinha quase certeza que o preço era maior que seu salário.

Max passou o seu crachá, se esticando para Vincent fazer o mesmo, o gordinho rindo ao ver sua fotinho. "O Vivi, papa" e Charlotte sorriu carinhosa ao homem, porque Max havia mandado a foto de Vincent com as roupinhas da Red Bull e o menino parecia feliz com aquilo. Depois dos dois, Louise passou o seu, mexendo em seus cabelos ao ver que a foto era a de seu último aniversário. Dominique era a sua foto com o karting e, dependendo de quem visse, Charlotte tinha certeza que acharia se tratar de Max. Anthonie estava com um sorriso tão grande com seus poucos dentinhos que fez a belga rir, beijando sua bochecha. E a última foto era a de Charlotte, teoricamente deveria ser apenas a sua, entretanto, Max havia posto uma foto dos dois juntos.

— Isso é sério?

— Era a única decente que eu tinha. Você gosta de me mandar fotos reveladoras demais. — o holandês sinalizou o peito, a fazendo rir antes de negar com a cabeça — Não que eu esteja reclamando.

— Claro que não esta reclam...

— Titio! — Louise gritou, os abandonando ao correr na direção de Pierre que estava a recém chegando com Kika também.

— Princesa! — Francisca sorriu ao pegá-la no colo.

Charlotte havia imaginado algumas maneiras que vivenciaria aquele momento com a família. Em nenhum, perdia Louise para a garagem da Alpine, por conta de Kika. Claro que ela sabia do amor de Dominique, mas também não imaginava que ele a abandonaria pela garagem da Mercedes. E só restava os gêmeos consigo, depois de um longo discurso quanto a cuidarem de seus filhos aos dois pilotos.

— Primeira corrida dos gêmeos.

Max comentou ao perceber o olhar nervoso de Charlotte na direção das outras garagens.

— Que?

— Domi e Loui foram em corridas quando bebês, mas os gêmeos é a primeira vez.

Charlotte acabou sorrindo, porque era verdade. Ela não tinha se dado de conta disso. Dominique foi em três corridas quando bebê, Louise foi em mais por não ser tão parecida com Max. Entretanto, os gêmeos seria a primeira vez, visto que teve seu momento de não estar bem psicologicamente para os levar e depois estavam grandes demais para se manterem escondidos.

— Vocês gostam de estar aqui? — Ela perguntou aos dois, Anthonie ainda em seu colo e Vincent ainda no de Max.

— Tolinhos! — Vincent gritou ao perceber que estavam indo direto para a garagem da Red Bull.

Max segurou a mão da "esposa" sorrindo aos seus mecânicos, um olhar agradecido ao ver que Carola estava com as crianças também. Checo o dando um abraço de "boas vindas" com sua família. Ele apresentando a sua para todos aqueles que sempre escondeu. De repente, ele queria não ter deixado Pierre e Lewis roubarem seus dois mais velhos.

Foi realmente de aquecer o peito quando os gêmeos foram para o chão, Anthonie pedindo manhoso para voltar, enquanto Vincent já tinha corrido para o carro que Max pilotava. O Verstappen dizendo com orgulho que o Vivi provavelmente seria piloto. Anthonie, um pouco mais tímido, tinha a mãozinha com a de Charlotte, a levando consigo, os olhinhos curiosos para tudo.

— Eu disse que ele já estaria dentro do carro.

Charles não se importou sobre estar invadindo uma garagem "inimiga", arrastando Oliver e Arthur da F2 consigo e "arrancando" Vincent do chassi de Max.

— Fala, tolinho! — ele tentou imitar a voz do loirinho. Vincent estreitou suas vistas, empurrando sua cabeça quando o Leclerc tentou o beijar.

— Bejo é só pá mama e papa.

— Ele é um homem fiel. — Charlotte que apenas tinha cumprimentado o pessoal, quieta demais na opinião de todos, sorriu ao número dezesseis, ao menos ele não estava a olhando de maneira desconfiada como os outros — Charles!

— Hey, mamãe! — Max tinha uma expressão semelhante a de Vincent ao olhar para Charles com os olhos estreitos — Toda bonita em? Cuidado que eu roubo ela de você, Verstappen!

— Charles já está dando em cima da Lottie? — Carlos também ignorou a falta de convite para entrar na garagem. Invadindo. — Não adianta, Charles. Meu pai vem tentando fazer ela olhar para qualquer pessoa além de Max desde 2016. Mas ela gosta de insistir nele. Cadê o meu Mini? — Carlos passou os olhos pela garagem, abanando a mão aos mecânicos, sem se importar muito — Dominique ficou em casa?

— Lewis Hamilton. — Max rolou os olhos ao explicar — E sobre a parte do pai dele, infelizmente é verdade.

— Ele só me empurrou para aquele amigo do amigo dele uma vez...

— Ele já fez o jardineiro andar de sunga só para te seduzir. Preciso te lembrar disso? — Max tocou seu braço, a puxando para perto e perguntando em um sussurro — A menos que tenha gostado e me mentido ao dizer que achou aquilo um horror.

— Idiota! — ela riu pelo ciúmes — Cadê o abuelo? — Charlotte perguntou a Carlos, Anthonie erguendo os bracinhos a Oliver, achando ruim o fato de apenas o irmão estar em um colo.

— Ele não tinha chegado ainda. — Carlos explicou, passando a mão pelo rostinho de Vincent — Tá gostando?

— Quem naum gota de tolinhos?

— O tio Charles. — Carlos riu ao contar, porque Vincent se revoltou no colo do monegasco, levando as mãos para seu rosto e gritando que era para soltá-lo. Anthonie também pediu a Oliver, depois que o irmão foi parar no chão. E Max cumprimentou um jornalista que se aproximava.

Charlotte sorriu, quase conseguindo escapar com os gêmeos, quando Max agarrou sua cintura, a puxando para junto de si. A belga tremeu um pouco, apoiando uma das mãos ao peito do Verstappen e sorrindo quando a câmera foi erguida para capturar os dois.

Camila que sempre estava por perto, acabou atrás do jornalista, uma imagem até mesmo engraçada, porque começou a fazer pequenas poses para descontrair Charlotte, a fazendo rir ao lado de Max. A Bakker estava começando a gostar dela.

— Poderia dar uma entrevista a nós?

— Depois das entrevistas do contrato. — Max descartou, beijando a bochecha de Char, antes de a deixar se afastar.

Charles não tinha entendido o motivo até ver Anthonie tropeçar, de alguma forma atingindo Vincent e os dois caindo no chão. Um negócio interessante era que um dos gêmeos acaba sendo um tiquinho mais desenvolvido que o outro. Naquele caso, Vincent se ergueu antes de Anthonie e, na sua grande ideia, chutou o irmão.

— Vincent! — Charlotte o chamou, porque Anthonie já estava chorando — Pede desculpas agora!

Os mecânicos pareciam em choque. Max tentou fazer o câmera junto ao jornalista não gravar, mas ele tinha o feito ao acompanhar Charlotte com a câmera. Então, tinham um vídeo de Vincent chutando Anthonie e o fazendo chorar.

— Dicupa. — Vincent era tinhoso, mas sabia quando se meter com a mãe. Por isso, não confrontou.

— Abraço. — A mãe mandou. Anthonie que estava em pé, olhou o gêmeo se aproximar, Vincent sorrindo ao abrir os bracinhos.

— Dicupa, manho. — Charlotte se sentiria orgulhosa da cena, se Anthonie não tivesse aproveitado a situação e dado com a mão na fuça de Vincent. E a mulher sabia que aquilo era ensinamento de Louise.

— Mama! — Vincent levou as mãos para o rosto e antes que Anthonie se atirasse contra ele, Charlotte assumiu o controle, os afastando. E Vincent correu para Max, o dedo apontando na direção de Anthonie, delatando o irmão de maneira tão clara que Charlotte quase o chamou de X9. Ela não fez, porque Carlos fez antes.

— Você chutou ele, claro que teria resposta. — Charlotte murmurou para Vincent que estava agarrado ao pescoço de Max, o dedo apontado para o irmão e parecendo furioso — Max traz Vincent aqui.

Vincent tentou escapar, Anthonie tinha as mãozinhas em punho e Carlos colocou o indicador na frente da boca ao perceber que as pessoas na volta queriam se meter. Charlotte suspirou com os dois próximos novamente.

— Se eu ver qualquer um dos dois se socando de novo, ou se batendo, estão sem TV. Não me importo com qual dos dois faça, se eu ver qualquer coisa, estão sem TV. Entendidos?

Os dois concordaram, porque a mesma ameaça já havia sido feita antes de saírem de casa. Em um geral, Charlotte tentava não ameaçar nenhum deles, sentar e ter uma conversa de como aquilo estava errado. O problema era que já tinha explicado mais de mil vezes e não estava surtindo efeito algum. E Max foi chamado para o início do evento. Sam acabou se aproximando para ocupar o lugar de ser o colo de Anthonie, mas Carlos não estava naquela leva e disse que ficaria.

— Vocês vão lá? — Max pediu a Lottie, a fazendo concordar — Ela consegue ficar atrás do palco?

— Claro. — Camila concordou, vendo o homem passar a mão pelos fios dos filhos e deixar um selinho na boca da "esposa" — Depois só preciso autografar umas coisas e tirar algumas fotos, então podemos ir em algum lugar com as crianças.

— Tudo bem. — Charlotte sorriu para ele, agradecendo por Carlos ficar junto consigo ao ver Max se afastar com a relações públicas — Você não vai?

— As duplas não ficam na mesma leva, então como Charles tá cotado com Max, eu fico para a próxima com Checo.

Charlotte concordou, Carlos a puxando para os quatro se moverem para o lugar indicado. Camila tinha ido junto a Max, ele ganhando mais uma conversa sobre possíveis assuntos que poderiam ser evitados. E sorrindo ao subir no palanque feito apenas para aquele momento, o pessoal havia achado interessante dividir os pilotos em dois grupos, e ele estava compartilhando um sofá com Alex, Charles, Pierre, Bottas, Lewis, Nico, Nyck, Lando, Fernando.

— Achei que acabaria trazendo um dos pirralhos. — Bottas brincou.

— Eles ainda estão desacostumados, fora que nunca vi Noemi, Agnes ou Laurinha na hora das entrevistas. — Max comentou, piscando para Nico Hulkenberg, porque ele quase não via Noemi, mesmo Egle vindo apoiar bastante o marido.

— Laurinha e Agnes estão no paddock, Noemi não venho nessa corrida, então, se quiser levar suas crianças na garagem, aposto que Louise gostaria. — Nico sugeriu, porque sua pequena "voava as tranças" com as duas meninas do Magnussen.

— Está tudo bem com elas? — E era a primeira vez que Nico percebia o fato de Max volta e meia estar questionando sobre as crianças do paddock, ou nas poucas vezes em que acabaram todos juntos, se sentou e acabou criando assunto com elas. Talvez o bicampeão sentisse falta de seus próprios filhos. E o alemão acabou criando um pouco mais de afinidade com o Verstappen.

 — Sim, Egle apenas levou Noemi para ver os avós dela.

— Lá em casa, Charlotte acaba levando as crianças quase uma vez no mês para a Espanha.

— Espanha? — Nyck que não havia ido a fazenda, porque tinha compromisso com um dos seus patrocinadores, perguntou — Sua esposa é da Espanha?

Max sorriu ao ouvir o termo usado pelo neerlandês. Charlotte era sua "esposa", mesmo ele dizendo que o casamento feito por Daniel não era suficiente. Ele não via a hora de colocar uma aliança de verdade na mão de Charlotte. E, pensando naquele momento, talvez agora ele conseguisse mudar a ordem dos sobrenomes dos seus filhos. Abolir o Kumpen e adicionar o Verstappen após o Bakker. Ele não negaria que apenas o pensamento o deixava feliz. 

— Minha garota é belga, mas ela tem uma relação muito boa com os Sainz.

— Sainz, tipo, dos Sainz? Carlos pai, Carlos filho?

— Faltou o Carlos espírito santo. — Charles debochou de Nyck.

— Não brinca com essas coisas. — Lando bateu na cabeça do Leclerc.

E eles acabaram em silêncio, quando a jornalista destacada para as entrevistas chegou. A maioria ali, mais ou menos, já sabia quem seria o principal alvo de perguntas e que possivelmente aquele seria o dia que menos falariam. Mas aquilo não era uma coisa ruim, todos queriam ver como Max se viraria com todas as atenções focadas em si.

— Boa tarde, pessoal!

A mulher cumprimentou, logo seguindo a agradecer a FIA e a todos que se moveram de suas casas para participar. Entretanto, os olhos de Max se focaram em um ponto laranja na plateia, um bonézinho não parecendo o suficiente para disfarçar, não a ele pelo menos, o fato de Charlotte estar no meio dos seus fãs com... Vincent? E ele se arrumou no sofá, procurando com os olhos Sam e começando a ficar preocupado, porque sua garota era receosa com qualquer aproximação, mas estava no meio de todos aqueles desconhecidos. Todavia, de repente, seu corpo relaxou ao ver Bradley ao seu lado com um Anthonie dorminhoco.

— Eu gostaria de não ser tão óbvio, mas damos aos telespectadores o que eles desejam, então... — Lewis acabou tocando o braço do holandês para chamar sua atenção, sinalizando a entrevistadora — Max, podemos começar com você?

Lando riu, não conseguindo se conter. O holandês sorriu para o amigo, um aceno de cabeça, enquanto recebia o microfone.

— Tem certeza que seus telespectadores querem saber de mim? — ele fingiu surpresa, o corpo muito mais leve ao olhar na direção onde sua garota estava aparentemente conter Vincent que queria subir em sua cabeça — Charles Leclerc está no sofá em?

— Deixa eu quieto, Max. — Charles pediu, erguendo o microfone e rindo ao baixa-lo.

— Eu chegarei ao senhor Leclerc. — a maturidade de Lando e Alex pareceram levar um choque, começando a rir pelo monegasco estar sendo chamado de "senhor" — Mas acredito que o pessoal tenha mais curiosidade sobre o fato de Max Verstappen, bicampeão mundial, ter três... Digo, quatro crianças e uma esposa.

— Era para ser três, mas a Lottie gosta de quebrar estatísticas. 

— Como assim? 

— Em 2020, no finalzinho, nós estávamos achando dois filhos pouco sabe?

— Louise não tinha criado personalidade ainda? — Alex perguntou no microfone, porque ele passou os últimos dias vendo os dois sofrendo na mão da garotinha.

— Isso não tem nada a ver. — Max fingiu rolar os olhos, apenas para sussurrar no microfone depois — Não, ainda não tinha.

— Por isso que quis mais. — Bottas acabou rindo ao comentar.

— Ha! Ha! Ha! Vocês... — Max suspirou, cruzando os braços.

— Vocês conheceram a esposa de Max? — a jornalista perguntou ao grupo e aquela palavra havia sido usada novamente, o Verstappen sorriu.

— Ele nos levou para a fazenda. — Pierre contou — Passamos uns dias conhecendo as crias e a Lottie.

— Lottie...?

— Charlotte, é a mãe das crianças e namorada do Max. — Fernando comentou pela primeira vez, explicando — Inclusive, aquela lá na plateia é ela ou estou confundindo, Max?

E foi como se magicamente Charlotte tivesse criado uma enorme seta apontando para sua cabeça, porque todos os olhares caíram em cima de si. Max viu como ela fechou os olhos, respirando fundo e abanando a mão. Vincent já estava em seus ombros, a mãozinha abanando a Max, um sorriso gigante por conseguir a atenção e o Verstappen ergueu o braço, o coração acelerado e um sorriso amoroso.

— Ela mesma. — Max confirmou — Vincent está nos ombros dela.

Os presentes perceberam como algumas pessoas tentaram tocar na belga, como se não acreditassem e ela sorriu, dando um passo para o lado, se escorando um pouco mais em Bradley.

— Estão juntos a muito tempo?

— A Charlotte considera que estamos juntos a seis anos, quatro meses e dez dias, que é a idade do nosso filho mais velho, o Dominique. Eu considero que estamos juntos desde o dia em que nos beijamos pela primeira vez, então é sete anos, um mês e nove dias.

— Como você sabe até o dia?

— É que eu sou completamente louco nessa mulher. — ele se escorou melhor no sofá, espichando as pernas e cruzando. Existia um sorriso debochado, adorando poder falar aquilo. E a belga na plateia negou, rolando os olhos. Bradley arrumou Anthonie, o gêmeo mais alto, parecendo achar um ótimo momento para dormir.

— Como vocês se conheceram, pode nos contar? — a jornalista se arrumou na cadeira que estava.

— Então, Charlotte e eu estudávamos na mesma escola. Só que eu sou um ano mais velho que ela, então estava uma turma acima e assim por diante. Nós nos conhecemos em uma festa de uma antiga colega dela, conversamos e só. Não rolou beijo, não rolou abraço, nem troca de número. Só conversamos e eu fui embora com meu pai. Então, depois de dois anos, em 2016...

— Pera aí! — Pierre interrompeu ele, o fazendo se voltar com os olhos arregalados — Você tá esquecendo a melhor parte, cara.

— Que melhor parte? — Max perguntou baixo.

— Max era obcecado nela. — Charles falou como se fosse um enorme segredo, "sussurrando" no microfone e fazendo Max quase pegar a almofada de suas costas para bater nele — Obcecado do nível de furar o pneu do carro da amiga dela, para ela pedir ajuda na hora de trocar...

— Calem a boca! Vocês nem saberiam disso se eu não tivesse contado!

— Seu erro foi contar, cara. — Lewis apoiou os dois e Max não sabia quem tinha feito a divisão, mas a pessoa o odiava, pois não deixou nem Daniel, nem Carlos para o ajudar.

— Mas assim... Eu não julgo o Max, porque eu também faria isso pela Lottie. — Charles estava tendo um prazer maior em provocar o Verstappen — Pessoal, vocês precisam ver essa mulher. Já até disse para ela. Quando cansar do Max para me ligar e... Aaaaaaaaaaa!

Ele pulou do sofá, porque Max se ergueu e ele estava correndo, enquanto Max vinha atrás dele. E Bottas riu, porque estava considerando aquela um ótimo dia para entrevistas, todos os focos em Max e sua família, os meninos brincando quanto a situação e ele podendo apenas aproveitar.

— Bastard! — Max o alcançou, o jogando no sofá em brincadeira, fazendo uma leva de fãs reclamar e ele erguer os braços em rendição — Não o machuquei.

— Acho que foi meu pulso. — Charles dramatizou, apenas para corrigir e dizer que era brincadeira — Falando sério, pessoal. Vocês precisam conhecer a namorada de Max, porque além de ser uma del... Gata! Gata, Max! Além de ser uma gata, também é um doce de pessoa depois que se conhece.

— Estamos todos orgulhosos do Max. — Lewis comentou, ouvindo exclamações surpresas da plateia — Ele tem uma família linda e amorosa.

— Sabia que perseguir ela por anos, daria em algo... — ele piscou para a câmera — É aquilo, pessoal, não desistam de seus sonhos, porque daqui sete anos você pode ter quatro filhos com ele.

— Mas em 2016, como aconteceu? — a jornalista questionou, e Max viu como o pessoal parecia estar meio que abrindo caminho para que Charlotte fosse mais a frente do palco — Se passaram dois anos sem se falar, como foi o reencontro?

— Maaseik que é a cidade natal da Lottie e onde minha mãe mora, tem um festival de aniversário, eu fui no dia e acabei encontrando ela, nós meio que bebemos muito e ficamos... Só que no dia seguinte, quando eu estava lá, pronto para a pedir em casamento e declarar amor eterno, ela me chutou da casa dela que eu esqueci até meu boné e...

— Max Emilian Verstappen! — Charlotte não precisava de um microfone, não quando o "marido" estava falando a parte polêmica que Camila havia pedido para ser deixado de lado — Cala a boca!

— Ó, minha mulher! — ele riu nervoso, como se não soubesse da sua presença, Vincent ainda em seus ombros — Ela não me queria, mas quem desiste é fracassado. Fiz um filho por término. Vivíamos terminando, ela me deixava e...

— Ela te deixava? — a jornalista parecia ter ganhado o dia ao perguntar.

— Charlotte? Ela ameaçava, mas me deixar mesmo foi apenas quatro vezes. — Charlotte queria se esconder, principalmente quando todos os olhos estavam sobre si — Coincidentemente, o número de filhos que temos.

— E as crianças foram planejadas?

— Não, mas sou piloto né? Fiz pole com o Dominique, volta mais rápida com a princesinha Louise e a dobradinha com os gêmeos.

Charlotte iria o matar, estava decidido. Ela não viveria mais um segundo ao lado do Max, porque eles já tinham conversado sobre como seria contado a história. Ele não precisava comentar, revelar, tudo aquilo. Mas ele estava e ainda com um enorme sorriso, como se não fosse nada.

— Nossa! Ele fala né?

Charlotte riu ao olhar para o lado e encontrar Kika.

— Não é, menina? Eu disse que não era... Era... A Louise não estava com você?

Louise tinha se enganchado em Pierre e Kika ao chegarem, nem ao menos foi a garagem da Red Bull, porque não queria soltar o pescoço de Pierre como durante a madrugada. Entretanto, Pierre estava no palanque dando entrevista com Max e ela considerou o fato da sua filha apenas estar com Kika na garagem da Alpine. Mas se Kika estava ali... Onde estava Louise?

— Não, ela foi atrás de Daniel e Kelly quando os viu passar na frente da garagem.

Coisa simples que Kelly e Charlotte tinham, sempre que acabavam saindo com o filho uma da outra, elas se mandavam mensagem. Kelly não havia a dito que Louise estava consigo, ou seja, Louise não estava com ela.

— Como assim ela foi atrás? — o tom da belga saiu um pouco alterado, do tipo que algumas pessoas pararam de prestar atenção a entrevistada dada por Max para acompanhar a conversa das duas.

— Ela foi atrás, disse que ia com os padrinhos e a baby P e correu para fora da garagem.

— Você não a seguiu?

— Não, ela foi com os padrinhos.

Bradley antes mesmo da resposta de Charlotte soltou um "Tem muitas pessoas aqui, vamos manter a calma" e a belga engoliu o grito que estava pronto para sair na direção de Francisca, respirando fundo e se aproximando da portuguesa.

— Louise tem quatro anos, quase cinco. Nenhum ser responsável deixa uma criança correr atrás dos padrinhos, porque eles podem não ter a visto e ela pode se perder. — Charlotte deu duas batidinhas leves no braço de Kika e Vincent que já estava irritado por ter saído dos ombros da sua mãe, quis fazer birra quando ela se moveu para fora do lugar indicado para ver as entrevistas, Bradley vindo com o Anthonie no colo e a mulher nem esperou que a Cerqueira tivesse vindo consigo.

George que estava vindo para seu turno de perguntas, se aproximava de mãos dadas com Carmen e, incrivelmente, Dominique ao seu lado. Charlotte tinha deixado o filho mais velho ir para junto da Mercedes porque Carmen prometeu ficar de olho em cima do menino. E ela realmente estava. Charlotte estava pegando uma enorme adoração pela Mundt.

— Vocês viram a Louise?

— Ela estava com Kika e Pierre na Alpine.

Charlotte concordou, perguntando se Dominique queria a acompanhar, não comentando que a irmã estava perdida, porque ela estava em sua fase de negação. Sua mente meio confusa ao perceber o que Jos poderia usar contra si, caso voltasse com a ideia louca de tomar seus filhos. Ela tinha acabado de perder um deles. E mesmo Louise não sendo a mais querida de seu amado "sogro", ele ainda seria capaz de tentar a levar apenas por descaso a si.

— Você está bem? — George acabou perguntando ao vê-la apertar os lábios.

— Sim. — Charlotte encolheu os ombros, puxando Dominique para perto e Vincent puxando uma mecha do cabelo do irmão — Obedece direitinho a tia Carmen tá?

— Claro, mama. — Dominique sorriu a ela, as bochechas coradas.

E Charlotte o deixou seguir, olhando apenas para confirmar se Bradley estava perto. De repente, ela queria retornar a fazenda, porque lá ela conseguia descobrir em segundos onde Louise estava, pois qualquer um dos trabalhadores a responderia com uma simples mensagem de texto ou as câmeras a acusariam.

— Ela está bem, deve estar na garagem da Red Bull.

Carlos estava na Red Bull e Louise não. E Charlotte sozinha era alguém desesperada, mas com Carlos ela era ainda mais, porque ela correu para o "irmão", o pegando de surpresa, porque ele estava conversando com Checo e Carola.

— Ela sumiu! — declarou já com a voz embargada — Ela estava com Kika e Pierre, então ela foi seguir Daniel e Kelly e a Kelly não me mandou mensagem nenhuma e...

— Respira! — Carlos pediu, a afastando e apenas vendo Vincent de volta ao chassi de Max, os mecânicos na sua volta, mesmo que ainda olhassem a Charlotte como se esperassem um surto — De quem está falando?

— Louise.

— Kika e Pierre entregaram Louise a Daniel e Kelly? — Charlotte negou — Então como ela sumiu?

— Eles a deixaram sair... Eles não foram atrás...

A expressão de Carlos relaxou, não por saber, mas em entendimento.

— Vamos achar ela, ok?

— Onde minha filha tá?

Charlotte estava chorando. 

A garagem da Red Bull pareceu ficar em alerta com aquilo. Nenhum deles de verdade a conhecia, mas era a mulher de Max e eles conheciam Max, ao menos achavam que sim. E, enquanto Carlos a acalmava, dizendo que chorar não faria Louise aparecer, na garagem da Aston Martin, um jogo era feito.

— De novo? — a voz da menininha era irritada — Não é possível! Como você tem tantos "+2" nas suas cartas?!

— Compra, Louise. — Lance sinalizou o baralho.

— Isso tá muito do estranho. — a menina chiou brava, pegando mais duas cartas.

— Estou com menos cartas que vocês! — o mecânico ao lado dela anunciou, a fazendo bufar ao ver apenas duas cartas.

Lance encarou o mecânico, porque ele tinha acabado de fazer Louise comprar mais duas cartas para ela não ganhar e o Juan queria ganhar? Não, não, não. E o Stroll tinha um reverso da exata cor enviada. Era uma jogada arriscada, mas ele tinha razão, porque o mecânico não tinha nenhuma carta verde.

— Sua vez, Louise.

A menininha olhou para as cartas em suas mãos, um pequeno biquinho ao não ter uma carta verde, apenas um cinco vermelho, zero azul e um "+4". Ela suspirou, pegando mais uma carta no baralho, conseguindo um zero verde e despachando os dois, mudando a cor.

— Vermelho? — Lance choramingou, fazendo parte do papel que precisava antes de mandar um "+4" a Juan, que colocou outro "+4", somando oito cartas a Louise.

— Vai comprar oito! Lá, lá, lá, lá, lá!

Lance brincou, apenas para a menina colocar outro "+4" e o sorriso sumiu.

— Você vai comprar doze! Lá, lá, lá, lá, lá!

— Não quero mais jogar!

O Stroll avisou, jogando as cartas na mesa.

— Vai chorar, bebezão?

Louise provocou, o fazendo estreitar as vistas, e ela começou a correr. O número dezoito indo atrás, os dois brincando. Lance gostava de crianças, já havia pedido para Chloe e Scotty para o dar um sobrinho, mas eles ficavam naquela de que eram novos demais. Max e Charlotte eram bem mais novos que eles, mas já tinham quatro.

— Charlotte, eu achei eles!

Louise travou os pézinhos no chão, sorrindo na direção da entrada da garagem. O tio Carlos estava com um enorme sorriso, sua mama vinha correndo com os gêmeos e o papa também estava junto? Ele não deveria estar na parte das entrevistas como o tio Nando? Ah tá! O tio Nando também estava correndo para a garagem, deveria ter terminado as entrevistas.

— Filha! — a mama parecia que estava chorando, Louise não entendia bem, mas ela parecia meio perdida, olhando brava pro tio Lance — Devolve a minha filha!

— É!

— Ela tá jogando com o Lance. Eu disse que não estava acontecendo nada. — Fernando murmurou aos dois, mesmo que Charlotte já estivesse agarrando Louise e a abraçando apertado — Eu disse que ela estava passando sozinha, nós estranhamos e a trouxemos para cá. Nunca iríamos fazer nada com ela, Max.

— O que foi, mama? — a menina pegou o rosto da Charlotte — O que foi?

— Por que você correu da Kika? Por que não foi até a mama? Eu... Filha, você não pode fazer isso... Eu fiquei... Eu quase morri de preocupação.

— Eu tô aqui, mama. — a menininha abraçou os ombros dela — Eu estava com o tio Lance, ele não sabe perder.

— Não sabe?

— Não, mama.

Charlotte confirmou, tremendo um pouco o queixo, enquanto Max entendia o que acontecia, porque ele saiu da coletiva com Charles, quando Bradley chegou correndo com Anthonie dormindo em seu colo e disse que Louise tinha desaparecido. Entretanto, o Alonso que tinha ouvido a conversa acabou contando que a menina estava na Aston Martin e Charlotte chorou mais um pouco e tudo parecia fora do controle.

— Eles são crianças legais. — Lance comentou.

— É porque você não me viu cantando. — Louise sorriu, Max tinha certeza que se ela virasse um pouco a cabecinha, seria igual aqueles cachorrinhos novos — O senhor quer me ouvir cantar, tio Lance?

— Louise, acho que agora não é o mom...

Charlotte tentou, apenas tentou, porque a menina já estava cantando antes que terminasse a frase.

— Se você está feliz, feliz, feliz, bata palmas — ela bateu as mãozinhas — Se você está feliz, feliz, feliz — seu rostinho animado ao cantar — Bata palmas, bata palmas — Anthonie acordou no colo de Bradley — Se você está feliz, feliz, feliz, bata palmas...

Charlotte havia a ensinado aquela música, porque Louise não sabia se expressar e vivia gritando e se atirando no chão. Era complicado de explicar, porque nem ela entendia o que rolava. Então, quando ela estava muito feliz, vinda das aulas de ballet, a belga comprava pipoca com o carinha da praça e Louise cantava a parte de estar feliz.

— Se você está com raiva, com raiva, com raiva, bate os pés — ela sapateou ao lado de Lance e Vincent começou a pular ao reconhecer a música — Se você está com raiva, com raiva, com raiva — e Charlotte viu os gêmeos indo ajudar a irmã na coreografia, não eram passos muito elaborados e Louise parecia feliz em não estar fazendo sozinha — Pise seus pés, pise seus pés...

Louise era mestre em ficar irritada. Qualquer coisa, ela passava um dia bem, então ela saia e ia a sua aula e voltava irredutível. Uma vez ela se recusou a entrar no carro e disse que odiava Charlotte. A belga até aquele instante não sabia o motivo, apenas calculava que fosse algo ligado a não querer sair da escolinha de ballet.

— Se você está assustado, assustado, assustado — Louise olhou para sua mama, querendo sua ajuda. Sabia que a mãe esqueceria o fato de não ter ido ate si.

— Diga: "Oh não!"...

— Diga: "Oh não!" — Louise cantou junto a Charlotte a segunda vez — Se você está com medo, com medo, diga: "Oh não!"... A vez de vocês, maninhos!

Anthonie e Vincent se olharam, como se estivessem sem saber o seu papel.

— Se você está com sono, com sono, com sono... — Louise puxou a primeira linha.

— Tile uma soneca! — Claro que Anthonie saberia, era o que ele mais fazia.

E Charlotte acabou esquecendo a traquinagem de Louise, ou o fato de estar furiosa com Kika, porque seus filhos estavam bem e brincando.

Lance e Carlos precisaram ir para a área de entrevista e não parecia correto se manter ali, mesmo que Louise estivesse ganhando de lavada do tal Juan no Uno. E Dominique apareceu quando eles estavam indo para a garagem da Red Bull, abraçando Charlotte e dizendo que tinha pedido a tia Carmen para voltar, porque mesmo gostando muito do tio Lewis e do tio George, ele estava com saudades de casa.

Max viu seu primogênito abraçar os três irmãos, antes de simplesmente acabar fazendo Charlotte sentar em uma cadeira e o pegar. Ele teria o treino livre no dia seguinte, teoricamente já estava dispensado para ir embora. Mas Vincent ainda parecia gostar de ficar entrando e saindo do chassi, Anthonie tinha achado graça em pular de colo em colo e Louise disputava com o Uno roubado de Lance com algumas pessoas. E Max não sabia bem o que esperava ou quais seriam as notícias que surgiriam. Mas, para um primeiro dia, tudo parecia estar indo bem.

Eu estou pensando em postar mais capítulos atuais, apesar de não querer me estender muito nos dias

Tipo, o capítulo de hoje é uma extensão do capítulo anterior

Mas, no próximo, quero fazer 1 dia ter apenas um capítulo, para não acabar gerando muitos capítulos para uma quantidade pequena de tempo

Exemplo (não querendo desfazer): O livro "Discombobulate" tem 55 capítulos, porém eu acabei me empolgando na hora de dividir e apenas um mês e pouco se passou. Não acho que fui organizada e agradeço muito por não terem me abandonado mesmo com isso.

Enfim, acho que entenderam ?

De qualquer forma. Vamos focar no desenrolar do capítulo de hoje agora.

Eu não quero ser uma pessoa ruim ou insinuar que o Max não é um bom pai. Entretanto, agora que ele foi "assumido", não posso ignorar a maneira como a dinâmica mudou

Mesmo ele sendo um pai "presente", ele ainda não passava muito tempo com as crianças, então elas vão ter mais intimidade com a Charlotte. Brincadeiras e musiquinhas.

Um exemplo é a musiquinha para estacionar

Max pode acabar muitas vezes se sentindo meio excluído por não saber, mas ele não tem muito o que possa falar, a convivência de agora será algo novo para toda a família

Ali o Dominique falando que não sabe se gosta do papa estar participando mais, porque ele está acostumado apenas com a mama dele...

Não é uma coisa para tocar hate

Mas algo que eu imagino precisar desenvolver

A vida de um piloto é muito corrida, ele precisa manter os compromissos profissionais, a agenda de treino, trabalhar a mente e tudo mais

O max praticamente vivia uma vida dupla, uma com as crianças, outra com a Red Bull e agora os dois mundos estão se fundindo e isso pode acabar trazendo conversar que precisam ser debatidas e situações que não gostam muito a tona

É bom que eles estão juntos agora e poderão passar por essas mudanças juntos, podendo evoluir como casal e família

Seguimos para a primeira interação da Charlotte e das crianças com uma

Pela personalidade que tentei criar a ela, imagino que tenha sido uma coisa "okay", não sei como vocês imaginavam que seria?

Eu acho que com toda a situação. O conjunto da obra. Ela não deixaria a pessoa ser tão "intrometida" como pegar uma criança, ou tocar sem a permissão.

A Charlotte ainda não sabe bem como precisa lidar. Na própria reunião com a Red Bull, ela falou tudo aquilo por se sentir pressionada e ela vai acabar meio que parecendo indiferente a algumas pessoas por não saber o que deve ou não fazer

Max abrindo e revelando bem mais do que o necessário na entrevista...

Ele é terrível.

Então tivemos três tipos de situações com as crianças

Os gêmeos querendo ficar juntos com ela, porque ela é segurança, eles quase nunca se afastam dela

Dominique querendo ir para a Mercedes, porque ele ama a Mercedes e acabando ficando na responsabilidade da Carmen.

Louise tendo ficado com Kika e Pierre.

Houve uma pequena diferença bem óbvia entre a responsabilidade aplicada entre Dominique e Louise. A Charlotte imaginava que Kika e Pierre seriam como a Carmen que ficaria de olho, acompanharia e tudo isso, mas acabou se encontrando na situação de Kika ter deixado a Louise ir atrás dos padrinhos.

Daniel e Kelly não a viram, então ela possivelmente acabaria perdida se não fosse por Fernando e Lance

Charlotte poderia ter surtado de maneira mil vezes pior

Assim como também não acha que ela estivesse 100% correta. Ela deixou a filha sair de sua supervisão. Coisas como essas poderiam ter acontecido.

Mas...  Na opiniao de vocês, se houvesse uma briga. Quem estaria certa?

Em um geral, o que acharam do capítulo?

Espero que tenham gostado

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