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31

HOLANDA
3 DE MAIO DE 2023

Charlotte estava em cima da mesa, agradecia por Max ser muito mais esperto que ela e ter desligado as telas que a rodeavam, pois não acha que aquelas pessoas iriam gostar de a ver com seu "marido" praticamente em cima de si. Não que ela estivesse reclamando, ela literalmente não estava reclamando. E o pessoal tinha sumido, outra coisa que ela agradecia, pois não era muito ligada a ser exibicionista.

— Ik hou van je, mijn schat! Ik houd zo veel van je! — Eu amo tanto você, meu tesouro. Amo tanto você! Todas as palavras de Max pareciam como um sopro de vida, a fazendo passar as pernas na volta do "esposo", o puxando para mais perto, porque ela estava com tanto, tanto, tanto medo. E agora tudo tinha sumido e a trazido paz.

—Ik was zo bang en... ik hou zoveel van je... Je weet dat ik van je hou, toch? — Eu estava com tanto medo e... eu te amo tanto... Você sabe que eu te amo, né? Charlotte tocou o rosto do "marido", os olhos castanhos parecendo mais arredondados, as sobrancelhas franzidas de medo e ele concordou, sussurrando que a amava, antes de ser puxado de volta para cima do corpo feminino, os fios castanhos se espalhando em cima da mesa.

— Ah, claro! O mundo acabando e vocês se pegando!

A belga realmente levou um susto quando a voz de Carlos surgiu, mais ainda por seu "marido" ser retirado a força de cima de si e botado contra a parede. Max tinha o rosto vermelho, como se tivesse acabado de passar por um dos circuitos difíceis de F1. E o negócio era que ela era o circuito vencedor, era como se tivesse acabado de ganhar a corrida da sua vida. Porque ela e as crianças eram a sua vida. E a ver em cima daquela mesa, toda sem fôlego, o deixava com um sorriso no rosto, mesmo tendo o braço de Carlos contra o seu pescoço. Talvez Carlos o libertasse se não estivesse parecendo tão debochado.

— Você a forçou a gravar isso?

E a belga encarou seu "irmão", o vendo colocar o seu "marido" mais contra a parede e deu um pequeno pulo, os olhos indo para a porta apenas para ver Isabel ali. Ela sinalizou Carlos, ganhando uma negativa da espanhola. E aquilo era uma idiotice, porque Carlos obviamente escutaria a Hernaez.

— Cara, eu nem sabia que el...

— Tem certeza?

Max levou a mão para o braço do "cunhado", empurrando. Em seu geral, Carlos era um pouco mais treinado que Max. Porém, Max era maior, ombros mais largos, estrutura mais sólida. O problema era que o holandês não empurraria o espanhol contra parede, porque isso geraria atrito com Charlotte. E, bom, Carlos não parecia ter esse problema.

— Carlos! — Charlotte chamou, negando com a cabeça quando o outro finalmente se voltou para si, fazendo o espanhol soltar Max. Um suspiro de alívio saiu da mulher. Max a compararia com uma gata após levar um susto se pudesse.

O número um levou a mão até sua garganta, tossindo um pouco pela força. O espanhol não pareceu muito incomodado em fazer aquilo ao amigo, se movendo para a mulher.

— Você sabe que não precisava fazer isso né? — Charlotte concordou — Foi forçada? — uma negativa — Sabe que se foi forçada o papai pode ajudar e sumimos com essa transmissão e...

— Eu não fui forçada.

Carlos olhou a belga, logo olhando para Max, o vendo com aquele olhar abobalhado de sempre que Charlotte estava perto. Era muito açúcar para um casal. Carlos não achava aquilo normal. Os olhos do espanhol intercalaram entre eles, quase desconfiados ao encarar a barriga de Lottie, porque ela não era a pessoa mais carinhosa e talvez ela pudesse estar grávida novamente. Se bem que pelo seu conhecimento, Max havia tocado nela apenas nesse últimos dias e o humor de grávida de Charlotte se mostrava depois de três a quatro meses.

— Você quis assumir ele? — outro aceno, Carlos não parecia acreditar — Sério? Ele?

— O que...?

— Cala a boca! — Carlos mandou o holandês, fazendo Daniel, que tinha acabado de chegar a porta com Isabel, rir — Você quis assumir o Max? O Max?

— Sim, Carlos. Eu quis assumir o pai dos meus filhos. — Charlotte encolheu os ombros, sentindo as mãos do espanhol em seus braços, antes de ser puxada para um abraço.

— Oh, niña! — Carlos beijou sua cabeça, não parecendo mais o turrão que colocou o número um na parede, mas o homem que foi escolhido para ser padrinho de Dominique, que a acolheu em todas as vezes que precisou e, bom, que sempre esteve ao seu lado.

Choque não seria bem a definição, porque existia uma parcela de orgulho também preenchendo o peito de Carlos. Charlotte tinha vivido muita coisa e muitas situações que levaram a família ao extremo — ele não estava falando apenas a família Kumpen-Bakker, mas os Sainz também — e ela ter dado aquele passo sozinha, apenas com Lando e Charles de apoio não parecia o mais correto. Ele realmente pensou que Max poderia ter dado uma forçada. Entretanto, a escutar dizendo que partiu de si, foi como um alívio também. Talvez as coisas estivessem voltando ao normal.

— Isso quer dizer que vai para Miami?

— Será que posso ter minha mulher de volta para conversamos sobre isso? — Max se intrometeu ao ouvir a pergunta do Sainz, abanando a mão, como quem ainda dizia estar ali.

Charlotte deu um pequeno empurrãozinho no "irmão", parecendo bem feliz em ir até a porta e sinalizar para que Carlos saísse. O espanhol olhou para o holandês, os dedos próximo aos olhos antes de empurrar na direção de Max. Como quem diz "estou de olho" e se movendo para a porta. Charlotte abanou a mão a ele, nem um pouco interessada, fechando a porta na cara de Daniel e Isabel que aguardavam mesmo a vendo empurrar Carlos para fora, passando a chave.

— Onde estávamos?

Ela sorriu ao se virar, tirando a chave da porta. Em qualquer outro momento, Max levaria aquilo como uma oferta para a puxar para seu colo ou a empurrar em cima da mesa. O problema era que eles estavam nisso de transar desde o outro dia e eles tinham idade o suficiente para saber que sexo não era tudo e que precisavam conversar. Mas como se nega quando sua schat empurra seu corpo na cadeira e o deixa duro?

Schat... Eu acho...

— Shi! Shi! Shi! — ela se sentou em seu colo, a boca tocando seu queixo e a tela ficou branca — Relaxa! Fiz o que queríamos e agora podemos fazer isso e... Max!

Ele se ergueu de surpresa, agarrando as coxas da belga e a colocando sentada na cadeira. Charlotte tinha a face confusa, um biquinho nos lábios que ela nunca admitiria ter feito e ele se inclinou, tocando sua boca, e ela arfou feliz, os dedos o puxando para ir em cima de si e Max precisou de muito autocontrole para se afastar.

— Amor...?

— Vamos conversar, okay? — Charlotte voltou com aquela mesma feição de Louise quando queria fazer birra, era fofa — Eu gosto quando estamos assim de resolver tudo com sexo e... Uau! É muito bom. Mas ainda quero conversar.

— Nós sempre resolvemos tudo com sexo e deu certo...

— Eu sei. — ele tocou o rosto da mulher — Mas eu acho que podemos tentar isso de conversar hoje. Mas conversar mesmo, do tipo em que resolvemos tudo e entendemos um ao outro. Você deu um grande passo hoje.

Ela se levantou, se aproximando do loiro e colocando as mãos ao lado do quadril dele na mesa. Max a encarou, as sobrancelhas arqueadas, enquanto a via sorrir.

— Você gostou? — um aceno positivo — Gostou mesmo?

— Claro que sim, schat. — ele voltou a erguer a mão, tocando o queixo delicado e aproximando o rosto até conseguir selar seus lábios — Você me faz o homem mais feliz do mundo.

As mãos dela tocaram sua calça jeans e ele a viu sorrir antes de ficar na ponta dos pés. A diferença entre os dois não era a maior. Entretanto, Max ainda continuava sendo o mais alto. O que a fazia erguer os pés para conseguir beijar sua bochecha. Carinhosa demais para quem quase não o encostava até segunda. E ele a deixou tocar sua boca, os lábios rosados e mais volumosos requerendo atenção e ele se sentia esquecer as coisas.

— Mijn kleine leeuw!  — Meu leãozinho! Ela suspirou, o fazendo segurar seu corpo, mudando as posições e a colocando contra a mesa, Charlotte sorrindo ao perceber o que estava conseguindo, pelo menos até Max entender bem e se afastar.

— Meu Deus, schat! — ele exclamou de maneira exagerada, a mão passando pelo rosto como se estivesse suando — O que é isso? — Ela riu, nem um pouco envergonhada. — Nós vamos conversar. Conversar.

A belga cruzou os braços e ele queria voltar a agarrar, só não o fazendo porque tinha prometido a si mesmo que iriam ser diferentes, mais maduros daquela vez.

— Nós estamos juntos né? — a pergunta saiu de uma voz trêmula, Max realmente não sabia dizer se tinha imaginado coisa ou não.

— Claro que estamos juntos, Charlotte. A única pessoa que fica nessa sandice de que damos temos e me exclui é você.

— Mas você disse que pensou em me deixar.

Ela parecia frágil. Não a mulher que o empurrou na mesa ou que parecia capaz de subir em cima de si. Mas uma menina. Talvez a de dezoito anos que parecia apavorada ao contar que estava grávida. E Max poderia não entender o motivo de todo aquele "fogo", mas antes daquilo ser revelado, parecia muito simples como eles se resolviam. Sexo sempre pareceu os trazer ao normal. E, agora, ele queria conversar.

— Charlotte, eu nunca deixaria você...

— Mas você disse...

— Charlotte! — ele usou o nome, a interrompendo e a fazendo morder o lábio inferior — Esse último ano foi meio cansativo, você sabe disso... Nós não estávamos conseguindo nos acertar e isso estava nos levando ao limite... Me levando ao limite... Mas você é a mãe dos meus filhos, a primeira e única garota pelo qual me apaixonei e amo. Podemos viver vinte anos como dois estranhos, mas ainda serei completamente apaixonado por você...

— Promete? — ela pediu baixo.

— Céus, schat! A Charlotte de dois anos atrás bateria em mim, por pensar em a deixar e ainda te daria um sacode por parecer frágil.

— Ela faria né? — a belga riu, levando as mãos no rosto, sentindo a face quente contra a palma.

Max foi quem se aproximou daquela vez, a mão tocando a cintura e a trazendo para o meio de seus braços.

— Mudanças parecem estranhas, mas não acho que podemos voltar ao que éramos, mas também não quero ficar parado onde estávamos. — ela concordou, os braços apertando na volta do homem — Eu amo você! Amo nossos filhos! E amo ainda mais o fato de poder falar abertamente sobre nós... Você não sabe como esperei por isso, porque eu sentia falta de vocês junto comigo. Sentia tanta vontade de simplesmente falar a todo mundo que os gêmeos brigaram pela quinquagésima vez, ou como Louise está na aula de canto e Dominique ganhando de todo mundo no karting... Ou como eu só queria voltar para casa depois da corrida e te beijar.

— Pode fazer isso agora.

— Posso?

Ele olhou para baixo, a vendo com aquele sorriso gigante que o deixava com os quatro pneus arriados por ela.

— Você está me fazendo perder o foco de novo.

— É?

— Sim. Não vamos conseguir conversar se continuar me olhando assim.

— É?

— Porra, schat!

A boca do bicampeão mundial encostou sobre a da morena, roubando seu fôlego com o toque e a fazendo segurar seus braços, em busca de apoio. Max sorriu, os braços se apertando a sua volta, a puxando para perto e acariciando sua nuca. Charlotte ergueu as mãos até suas costas, as unhas passando pelo tecido da camiseta. Eles tinham ficado mil vezes mais confortáveis e bons naquilo, os anos haviam se encarregado de os fazer se encaixar.

Quando ele soltou as mãos da cintura e nuca de Charlotte, elas já tinham tomado caminho para baixo da dobra de seus joelhos, erguendo a mulher e a colocando sentada na mesa.

— Max... — ela chamou de forma arrastada, o sentindo beijar seu pescoço, a mão puxando o zíper do moletom e mostrando a camisa da Red Bull.

— Por quê...?

— Eu sabia que iria querer tirar meu moletom e eu precisava de alguma coisa sua. — ela tocou a nuca do homem — E você sempre é mais interessante quando estou usando algo da Red Bull.

— Você para de ser safada, sua sem vergonha. — ele bateu a mão contra a coxa da mulher, a fazendo rir, deitando a cabeça contra o peito de Max — Eu sabia que iria querer tirar meu moletom... Ainda toda achada!

— E você não quer tirar?

— Isso é um detalhe.

— Claro, um detalhe.

Max passou a mão por seu rosto, sentindo a pele macia contra seus dedos.

— Todos sabem de nós agora.

— Sim.

— Como você se sente com isso?

— Um pouco ansiosa, nervosa também. Mas bem... E com medo, mas bem. Acho que se estiver com você, posso fazer qualquer coisa.

— Sabe que não vou deixar nada acontecer com você né?

— O problema é que em algum momento você não vai estar comigo ou com eles. Igual em 2021.

O loiro encostou sua testa contra a da castanha, a respiração se misturando e as mãos dele contra sua cintura, embaixo da camisa grande da Red Bull.

— Eu nunca vou me perdoar por não estar com você naquele dia.

— Está tudo bem, Max. — a mulher sussurrou, porque por muito tempo ela também ficou com aquilo na cabeça, o odiando e o amando por algo que fugia totalmente de seu controle — Já passou.

As batidinhas na porta a fez sorrir, seu corpo tremia em ansiedade, a vozinha surgindo.

— Mama...?

— Eles realmente sempre te chamaram primeiro e eu nunca percebi? — o loiro questionou, a ouvindo rir.

— Mamaaaaaaaa!

— Por que a Louise sempre parece mais irritada? — Max continuou — Eu não sei quem ela puxou.

— Não sabe mesmo? — a belga brincou, empurrando o braço do "marido" para baixo.

— Mama, o Nini e o Vivi estão se empurrando. — Dominique informou e Charlotte estava correndo, abrindo a porta e vendo os gêmeos um em cada lado e Louise batendo a mão com o irmão mais velho.

— Eu disse que ela correria!

— Estavam apostando sobre eu correr para atender vocês? — a mulher perguntou, ganhando um aceno positivo dos dois mais velhos, enquanto Vincent dava um pequeno empurrãozinho em Anthonie, quando o mesmo tentou ir para perto da mãe.

— Não, estávamos prevendo o que aconteceria. — Louise juntou as mãozinhas, as separando devagar, um sorriso no rosto, antes de Anthonie se jogar em cima de Vincent — Eu que ensinei ele a socar!

— Larga seu irmão, Anthonie! — Max gritou, tentando puxar o gêmeo mais novo, mas as mãos de Nini estavam presas no macacãozinho de Vincent — Charlotte, ajuda aqui!

— Dá na cara dele, Vincent! — Dominique mandou, fazendo sua mãe dar um tapinha em sua nuca — Se ele apanhar, vai ser 4 a 6 e o Anthonie vai se aproximar mais.

— Vocês estão contando?

— No final do mês, se o Vincent estiver na frente, a Louise vai me dar dez euros da mesada dela.

— Mas se o Anthonie ganhar, o Dominique me dá vinte, porque eu fiquei com o que não sabia brigar.

Louise sorriu, vendo o pai conseguir arrancar Anthonie de cima de Vincent sem machucar o mais gordinho.

— Falta só duas agora.

E para o desgosto da arquiteta, Dominique apertou a mão de Louise, como se estivessem fechando um negócio.

— Vocês estão de castigo.

— O que? — os dois a olharam, assustados.

— Vocês estão de castigo.

— Por quê? — eles voltaram a falar juntos.

— Preciso falar? — ela apontou para onde a face de Vincent estava avermelhada e os cabelos bagunçado, enquanto Anthonie se mexia no colo de Max — Eles são pequenos, não devem apostar sobre isso, devem os ajudar a entender que estão errados.

— Mas a senhora já faz isso. — Dominique cruzou os braços — Se a gente fizer, eles vão achar que não podem mais brigar e vai acabar a diversão.

— Mas eles não podem brigar. — Charlotte murmurou — E não existe diversão em briga, ainda mais em briga de irmãos. — ela suspirou, passando a mão pelo rosto — A mama não quer vocês brigando, entenderam?

Vincent concordou, pedindo colo. E Anthonie mostrou seus muitos dentes — sete — para o seu gêmeo. Max riu, não conseguindo se segurar, escondendo contra as costas do filho em seus braços.

— Mama, por que tem malas no meu quarto? — Dominique perguntou, tocando o braço da mulher — Nós vamos visitar o abuelo Carlos?

Max a olhou, porque eles mal tinham conversado.

— Tem malas no seu quarto, porque vamos viajar com o papa.

Os olhos azuis de Max se arregalaram.

— Schat...

— Papa tem uma corrida esse fim de semana. — continuou, vendo Dominique e Louise se darem as mãos em animação — O que vocês acham de irmos ver?

Vê no bubelo Calos? — Vincent perguntou animado.

— Eu pensei em vermos da garagem do paddock dessa vez. — Louise gritou, se jogando em Max — Podíamos chamar o abuelo Carlos também. — e os gêmeos estavam comemorando com Louise, mesmo sem sabe bem o que era o paddock, só descobrindo quando Max disse que eles iriam ver os carros de perto.

Vincent parecia mais entusiasmado que Anthonie. O mais chorãozinho perguntando se o papa o colocaria no carro. E Max também parecia feliz, beijando sua boca na frente das crianças e ganhando um sonoro "eca" dos filhos, antes de levar os gêmeos e Louise para baixo. Sobrando Charlotte e Dominique.

— Você gostou disso?

Domi ergueu o rosto para a mãe, as bochechas coradas de sempre que era pego aprontando alguma coisa ou pensando demais. E ergueu os ombrinhos, se movendo para as escadas e sentando. Charlotte sorriu, aceitando ao convite não verbal. Eles ficaram em um pequeno silêncio, não era desconfortável, mas a mulher sabia que não duraria muito, porque Dominique não ficava em silêncio, nem mesmo assistindo TV.

— A senhora sempre disse que iríamos a uma corrida só quando eu tivesse oito anos e eu tenho seis aninhos, mama. — ele ergueu os dedinhos rechonchudos.

— E isso é um problema?

— Eu ainda não disputei com ninguém. — ele tremeu contra ela, a fazendo firmar seu corpo com um abraço mais apertado — E se eles não gostarem de mim? O vovô sempre disse que eu tinha que ser o melhor quando fosse aparecer e eu não estou nem perto de ser o melhor e...

— Dominique, respira. — a belga pediu, sabendo muito bem de que avô o menino falava — Eu não sou a melhor mama do mundo, muito menos sou a melhor namorada para o seu pai.

Se denominar "namorada" depois de tudo o que eles viveram dava a impressão de algo errado. Mas existia outra palavra que pudesse ser usada?

— E sem nem me conhecerem, já tinha pessoas não gostando de mim. — Dominique a olhava com atenção — Mas desde manhã, desde que abri o computador do seu papa e falei de vocês, todo mundo pareceu amar vocês, sabia? — ele negou — Pois é! Mas eles adoram vocês, ainda mais que você é igual ao seu papa quando ele era menor e todo mundo está animado para te conhecer e provavelmente te apertar. — Charlotte sorriu ao fazer o dito, puxando seu garotinho para seu colo — E eu estou morrendo de ciúmes, porque eu devia ser a única pessoa a fazer isso. — ela escutou o risinho — Não deixará ninguém mais te apertar né? Diga que sim!

— Mama! — ele tentou se libertar.

— Não! Não vai sair até falar que é o meu garotinho.

— Mama! — ele riu, os dois caindo contra o carpete, as pernas nas escadas ainda e ele tentando se libertar dos braços da mãe que tinha acabado de o atacar com beijos — Mama!

— Diga que é meu garotinho! — Charlotte o puxou contra si, o corpinho quase todo em cima de si — Não vou te soltar até me falar!

— Mama! — ele gargalhou quando ela começou a fazer cócegas embaixo de seu braço — Eu sou seu garotinho! Eu sou seu garotinho!

Charlotte riu, beijando a bochecha vermelha de Dominique, o deixando cair ao seu lado do carpete. E ela o olhou, Dominique respirando rápido e com um sorriso no rosto. E ela levou a mão até a dele, apertando os dedinhos pequenos.

— Somente uma pessoa sem cérebro é capaz de não gostar de você, meu amor. — o loirinho a olhou — E mesmo se exista um sem cérebro por aí, sempre existira a mama e o papa. Nós sempre iremos o amar. Você e seus irmãos são tudo para nós.

Dominique se moveu no chão, uma pequena jogadinha de corpo, até se encaixar contra a mãe de novo.

— A senhora está errada.

— Querido, eu e seu pai o amamos e...

— Não. Não nisso. — ele colocou a cabecinha sobre o braço dela — A mama é a melhor mama do mundo.

— Aí, seu pirralho! — ela o agarrou de novo, o baixinho a abraçando forte — Eu amo tanto você!

Ele riu, dessa vez sendo o responsável por dar beijos babados no rosto da mãe.

— Como é que você consegue beijo e eu mal consigo um abraço?

Charlotte sorriu assim que Dominique saiu de cima de si, pulando em Max. O número um se equilibrando no último segundo, quase levando os dois para o chão, visto que o menino se jogou em cima de si de surpresa.

— Eu te amo, papa.

E Dominique desceu correndo, ignorando os protestos de Charlotte sobre não dever fazer isso nas escadas. Max caiu ao lado da belga, os olhos vidrados no fim das escadas, quando ela tocou sua mão.

— Você vai chorar?

— Não. — a voz parecia trêmula.

— Tem certeza?

— Não. — ele puxou o nariz, a fazendo rir.

— É normal chorar.

— Cala a boca, schat.

Ela se solidarizou, não porque ele a mandou calar a boca, mas porque os olhos azuis estavam aguados.

— Eu não consigo acreditar, parece que foi ontem que você o teve e hoje ele tá dizendo que me ama.

— Bem vindo a vida de papa. — ela deitou a cabeça no ombro do número um — Hoje estão dizendo que nos amam, amanhã estão dizendo que nos odeiam na adolescência.

— Que?

— Eu falava esse tipo de bobagem antes. — ela sentiu o beijo sendo depositado em sua cabeça — Nós não conversamos tanto, mas você tinha razão em querer conversar e não resolver tudo com sexo. Obrigada por me fazer perceber isso.

— Eu gosto de sexo de reconciliação.

— Eu gosto de sexo com você. — Max sorriu — Mesmo quando é uma volta rápida.

— Eu gosto de sexo com você. — ela sabia que nada de bom viria ao ser imitada — Mesmo quando é estranha e fala que meu pau é grande.

— Seu idiota! — ela o empurrou, ouvindo a gargalhada, enquanto Max deitava as costas no carpete e ela só conseguia pensar em como Dominique seria a cara de Max ao vê-lo assim — Senhor, ele vai ser igual você!

— Ele quem? — ele mexeu a sobrancelha.

— Dominique e os gêmeos provavelmente.

— Louise vai ser igual você.

Os dois estavam sorrindo.

— Está muito silencioso.

— Danny e Carlos estavam arrumando as coisas para a disputa de karting. Os gêmeos estão sendo paparicados pelas namoradas, Vincent odiando cada segundo, enquanto Anthonie se diverte. Louise e Penelope estavam com sua roupa de karting e Dominique provavelmente deve estar colocando a dele.

— Ele vai ganhar delas não é?

— Pierre e Esteban se bateram em uma corrida de karting da Alpine, então eu acho que o Dominique ganha até deles.

— Ele vai ser o melhor né? Não estamos o atrasando por dar prioridade aos estudos?

— Eu sei que estamos fazendo o que achamos melhor a eles. — Max sorriu a ela — As vezes, vamos errar. As vezes, vamos acertar. Você me ensinou isso quando Louise se atirou no chão e você apenas deitou ao lado dela porque não sabia o que fazer.

— Eu nunca sei o que fazer com ela.

— Eu não sei o que fazer com você na maioria das vezes e você não sabe o que fazer comigo na maioria das vezes e ela conseguiu puxar isso de nós dois.

Um silêncio se instalou fazendo a belga começar a mexer sua perna. Max a olhou de lado, começando a contar.

— Merda! Parece errado estar parada no silêncio deles. — ela pulou do lugar — Levanta! Vamos atrás dos pirralhos!

Max encarou a mão que ela o oferecia.

— Silêncio não é bom?

— Não quando você tem quatro filhos. — ela mexeu a mão, o fazendo aceitar — Gritaria e barulho é sinal bom, silêncio quer dizer que eles estão aprontando.

— Quando eles não estão aprontando?

— Quando estão dormindo.

— É muita ilusão torcer para estarem dormindo?

— É.

Ele se ergueu, tocando a mão dela apenas para juntar seus dedos, porque de alguma forma conseguiu colocar a força necessária nas pernas para se erguer sem precisar do apoio. Charlotte percebeu, sorrindo na direção do número um da Fórmula 1.

— Você me olha como se estivesse apaixonada.

— Não se ilude, só estou aqui pelo dinheiro.

Max abriu a boca, tingindo choque e Charlotte deu um empurrãozinho em seu peito.

— Tá com você.

E desceu as escadas correndo. O deixando para trás. Ele percebeu quando ela ficou nervosa com o silêncio, o pensamento longe nas crianças, porque as crianças parecia ser tudo o que Charlotte era. As pessoas costumavam o colocar muitas funções, era o piloto número um da Red Bull, era o bicampeão mundial e agora adicionado a cartela o fato de ser pai. Mas Charlotte era a mãe das crianças. Mesmo sei a conhecerem, quando ele abriu o celular, a primeira coisa que tinha era "A Mãe dos Filhos de Max Verstappen". Nem o nome foi dado e ele não fazia ideia, mas eles tinham até mesmo as notas da faculdade na matéria que leu. Mas ela sempre era citada como a "mãe das crianças".

A relação dos dois era muito imatura, o abuelo Carlos gostava de falar aquilo em todas as vezes em que se encontravam. Porém, quem sabe, com a inserção de Charlotte em seu mundo, o mundo do automobilístico, a mídia, as coisas se desenvolvessem.

Não que ele esperava muitas mudanças, mas seria bom parar de ignorar a pergunta quanto a relacionamentos e poder apenas falar que sua mulher estava na garagem ou em casa o apoiando. Ele queria poder falar de como Dominique seria o próximo campeão mundial. E como ele fez uma aposta com Louise quanto as brigas dos gêmeos.

— Você vai perder!

A voz de Charlotte retumbou na casa.

— Eu estou te dando vantagem!

E ele desceu as escadas, deixando aquilo para trás e apenas correndo atrás de sua mulher. Talvez ele tenha a deixado vencer. De qualquer maneira, os dois estavam suados ao chegar no circuito de karting e Dominique esta dando uma volta em cima de Carmen.

— Aperta o acelerador! Não deixa ele te pass... Ele passou! — George levou a mão no rosto, parecendo envergonhado.

— Corre, mon amour! — Pierre berrou a namorada, ao mesmo tempo que ela acelerava, tentando escapar do pirralho um.

— E o Verstappen 1 passa em uma volta excelentemente técnica a Gasly 2.0! — Daniel narrou depois que Dominique abanou a mão para Kika — E o pirralho é debochado!

— Esse é o meu garoto! — Charlotte gritou, fazendo Dominique se desconcentrar e quase errar a freada — Aí merda!

— Ele errou! Ataca ele, kika!

De algum jeito, Pierre tinha conseguido o alto-falante de Daniel e agora gritava ordens a namorada, enquanto corria de George que também queria ser o estrategista de Carmen. E Lily, namorada de Alex, estava aparentemente sendo o novo alvo de Dominique.

— Onde os outros estão?

Max perguntou, abraçando o corpo da "esposa" e reparando na falta dos gêmeos.

— Vincent achou interessante obrigar Charles a leva-lo para brincar de esconde-esconde. — Kelly falou — E levou junto para a brincadeira a Ophelia, Lando, Logan, Oscar, Amélia, Lily, Esteban, Lance e Fernando.

— Anthonie?

— Anthonie estava com a Isa, depois que caiu e eu não quero insinuar nada, mas vi o Carlos indo com os dois para o campo das vacas. — Daniel tinha um sorriso malicioso no rosto.

— Você está bem? — Kelly soltou do nada, os olhos na amiga.

— Sim. — e foi sincero, as mãos caindo em cima dos braços do "marido" e ganhando um aperto mais forte em resposta — Acho que estamos indo por um bom caminho.

— Ótimo! — Kelly a puxou dos braços de Max — Por que está na hora de mostrar pro pirralho um como é perder.

Daniel parou ao lado de Max, vendo as duas pararem onde as meninas estavam descendo, primeiro parabenizando Dominique e depois Louise e Penelope por não terem recebido uma volta do garotinho de seis anos. Ao lado das parabenizações, George, Pierre e Alex falavam com as namoradas, nada felizes pela atuação.

— Eu com uma volta a mais, pilotei mais que você. — Francisca declarou, batendo com o capacete no peito do namorado.

— Opa! Capacete sobrando! — Kelly sorriu ao pegar — Não se preocupem, vamos colocar o pirralho no lugar agora! — ela piscou a Kika — Capacete, Lottie!

— Me empresta o seu? — Max pediu a Alex, vendo a mãe de seus filhos se aproximar e a golfista a recém estava desafivelando — Por favor... Mais rápido e...

— O capacete da vitória é meu. — Charlotte o avisou.

— Eu cheguei e pedi antes.

— Max, eu acabei de voltar a transar com você, se quiser que isso continue acontecendo, acho bom esse capacete estar em minha cabeça.

— Eu mesmo fecho para você, schat!

George riu.

— O que você tava falando sobre péssima pilotagem? — Carmen cruzou os braços.

— Falei nada, amor. — ele estalou a língua — Brincadeira.

Carmen puxou as luvas que usava, batendo com elas no peito do britânico.

— Acho bom.

Max viu Charlotte se mover para colocar as luvas com Kelly e tirar o tênis que usava, preferindo ficar de meias como todos que tinham entrado no karting antes. George olhou para Lily, Alex e Pierre.

— Mulheres são complicadas.

Alex comentou, tentando aliviar o clima.

— Bom saber disso.

E Lily saiu da mesma forma.

— Sabe, como um cara casado a seis anos com a mesma mulher e com quatro filhos, escolham bem as palavras que usam perto delas. — Max deu uma batidinha no ombro de cada um, se sentindo o cara.

— Por quanto tempo quer nos dar conselhos de relacionamentos? — Pierre questionou, porque o holandês estava com aquela feição convencida.

— Oh, cara! Desde sempre.

— Max! Está todo mundo querendo começar e você de papinho? — o berro de Charlotte fez o Verstappen dar um pequeno pulinho assustado.

— Eu durmo com essa mulher.

— Você vai estar morto se demorar mais um segundo. — Alex sinalizou onde a Bakker vinha.

— Ela é meio assustadora.

E quem falou isso foi George. George que mandava as pessoas par a brita e tinha o apelido de "terrorista" entre os fãs.

— Ela é um doce!

— Quem é um doce? — a belga pegou o braço do pai dos seus filhos, os olhos estreitos.

— Uma mulher que conheci no último GP.

— O que você perdeu por que tava chorando por mim?

Pierre precisou de muito esforço para apertar os lábios e não gargalhar alto. Mas o som ainda saiu alto.

— Não, o último que ganhei.

Charlotte o olhou de cima a baixo.

— Você vai estar na brita na segunda curva.

— Duvido.

Lewis e Valtteri que estavam voltando de um tuor muito interessante com alguns trabalhadores, arregalaram os olhos quando o impossível aconteceu. Era como se vissem uma variante de Monza 2021, porque o karting de Max e o de Charlotte se bateram e os dois estavam fora antes mesmo da terceira curva.

— O que tá acontecendo? — Lewis perguntou ao ver a mulher sair do karting já tirando o capacete, enquanto Max nem tentou tirar, só começou a correr.

— O rei do casamento dorme no sofá hoje.

Senhor, acabei agorinha esse capítulo

Minha beta leu na velocidade da luz

E vamos que vamos

O que acharam do capítulo de hoje?

Espero que tenham gostado

morrendo de sono para fazer uma nota mais sofisticada

Beijo

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