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Especial 30K
O capítulo ficou uma mistura hoje:
Fofo, depressão, pornografia e preocupação
Dependendo da pessoa pode acabar se sentindo desconfortável com alguma cena.
HOLANDA
2 DE MAIO DE 2023
Charlotte passou o almoço todo em silêncio — direcionado a Max, com os demais até risos saía — e o Verstappen estava começando a ficar temeroso com aquilo. Essa era a grande coisa de se conviver com uma pessoa a muito tempo, acaba reconhecendo todas as expressões, no caso da Bakker, a falta delas.
Max poderia estar se arriscando, mas quando Charlotte seguiu para o quarto com a desculpa de ir trocar as fraldas dos gêmeos, ele se ofereceu e cortou qualquer chance de Kelly e Isabel de o interromper. Talvez estivesse agindo errado, porque aquelas duas conheciam a mente de Charlotte como se estivessem nela. Entretanto, ele também conhecia. E ele resolveria aquilo.
— Eu consigo trocar as fraldas sem ajuda.
Max ignorou sua fala, agarrando Vincent por baixo dos braços e ouvindo aquela risadinha gostosa. Anthonie o encarou com os grandes olhos, mas antes que pudesse agarra-lo também, Charlotte já tinha o pegado do chão.
— É sério.
O tom de Charlotte parecia gritar "some". Entretanto, Max apenas a seguiu pelas escadas, deixando dois degraus os separando e subindo atrás.
O quarto de Louise era o primeiro e estava sem porta, graças ao pequeno incidente de mais cedo e Charlotte o encarou. Max manteve a postura, parte do motivo para estar a seguindo era resolver aquilo. Tinha mais por trás, mas a porta era um dos tópicos mentais que o piloto fez durante o almoço.
Algumas coisas não davam para serem ignoradas mais.
O quarto dos gêmeos eram a segunda porta. Carlos passou a maior parte do tempo escorado nela, o dizendo para manter a calma. E quando Charlotte abriu a porta, revelando o quarto com o teto de nuvens, parecendo reluzir de tão brilhosa, estava a chave do quarto de Louise.
— Você tá de brincadeira comigo.
Charlotte riu. Não daquela maneira que tornava a situação prazerosa e aberta para ser uma história engraçada em família. Mas uma em que iria transformar o próximo momento a sós em uma briga.
— Schat...
— Troca a fralda do Vincent, Max Emilian. Apenas troca a fralda, porque depois vamos conversar no meu quarto.
Ele percebeu bem a maneira como o quarto deles havia se tornado apenas dela. Não precisava ser nenhum vidente ou o básico de convivência para saber que ela estava furiosa.
Mas era a droga de uma porta.
Charlotte se considerava uma trocadora de fralda rápida, mas bateu os recordes naquele dia e ainda sobrou tempo para julgar a maneira como Max trabalhava com Vincent. Anthonie até mesmo chupou os dedinhos na espera pelo irmão. Ela considerava aquilo coisa de gêmeos, porque eram raras as vezes em que os dois estavam separados.
— Limpinho e cheirosinho.
Max brincou com o menor, dando um tapinha em sua fralda ao solta-lo no chão, o fazendo rir antes de correr para fora de maneira destrambelhada. Era bom demais para Max ver como eles tiveram sorte dos gêmeos terem nascido sem nenhuma sequela, ainda mais se considerado o quão prematuro vieram. Entretanto, ali estavam eles, levando toda sua sanidade e brigando por qualquer coisa.
— Você não pensou em dar uma olhada no quarto ao lado para ver se a chave não estava lá? — a voz de Charlotte já estava alterada, as chaves tilintando ao serem lançada para cima e retornar a sua mão.
— Não. — ele foi completamente sincero, o tom baixo, enquanto se movia para o corredor, ela o havia convocado a conversar no "seu" quarto e ele faria aquilo.
— Eu só abri a droga da porta e vi a chave. Como caralhos você não pensou em fazer isso, Verstappen?
Charlotte bateu a porta ao gritar a pergunta. E Max olhou para ela. Eles vinham brigando a tanto tempo que aquilo nem parecia algo que devesse se preocupar tanto. O dia que o tal "tempo" foi iniciado mesmo, havia tido uma briga antes que os fez gritar um com o outro. Ele não se orgulhava dessa pequena bagunça que eram.
— Eu não pensei em fazer isso, porque estava enlouquecendo com a ideia de você presa com o Oñoro dentro do quarto de nossa filha.
Max continuou a falar apenas a verdade, o tom no início de suas brigas sempre era calmo. O problema era mais a frente. E ele costumava pensar que evoluía, pois costumava começar a brigar sempre um tempo depois do início da anterior. Ele poderia cronometrar se pedissem.
— Por que você enlouqueceria por causa disso, Max?
— Por que será né Charlotte?
A belga abriu a boca, tão acostumada com aquele assunto surgindo entre os dois que nem deveria ficar surpresa mais. Era como se Max usasse aquilo sempre como desculpa para os momentos em que não tinha justificativa.
— Você sabe o porquê eu perdi o controle na corrida, Charlotte?
— Porque não estava focado, começou a gritar que era corno e tinha chifres. — ele não esperava a resposta tão rápido — Eu estava assistindo a corrida, eu te disse.
— E você não pensou em me perguntar sobre isso?
— Não.
— Por quê?
— Porque seu pai esteve aqui no outro fim de semana e sempre que ele vem, mesmo acompanhado com a droga de um policial para não ser perigoso. Ele ainda é perigoso, porque ele consegue manipular uma pessoa com facilidade e essa pessoa sempre é você.
— Louise me ligou.
— Outra que sempre é manipulada por ele. — Charlotte não estava gritando, o que mostrava certa evolução dos dois — Jos manipula você com ciúmes idiota e manipula Louise porque sabe que ela quer a aprovação dele. Então, um cabeça fraca vai lá e atiça o outro cabeça fraca e as merdas acontecem aqui em casa.
— Quando Caco teve na fazenda? — a mudança brusca a pegou desprevenida, já que ela esperava ser perguntada de Jonathan, graças a Daniel contar a Kelly, que a passou que Louise falou a Max sobre seu estagiário ter dormido no mesmo quarto que ela.
— Que?
— Faz quanto tempo que Caco não vem a fazenda?
— Sei lá... Acho que foi no Natal. Era o aniversário de Domi... Por quê?
— Não gostei que Anthonie tenha corrido para ele ao invés de seguir para mim. — a mulher piscou, tentando conectar os assuntos — Então, pensei...
Eles tinham voltado a falar do acontecimento de mais cedo?
— Pensou que ele poderia estar vindo aqui? Por isso derrubou a porta?
— Não é dessa maneira. — Max trouxe a mão até a sua face, soltando um suspiro — Você pensou em me deixar por ele e agora meu filho o prefere.
— Max, você sabe como o Anthonie é. Ele é mais sensível e corre para qualquer pessoa que se sente seguro, ele nem percebe quem é na maioria das vezes. E o Caco é um Sainz, então ele vai correr para um Sainz, porque os Sainz são família.
— É só que o Caco não é apenas um Sainz né?
— Claro que é. Ele é um Sainz como Carlos, como o abuelo, como a abuela, Ana, Blanca e...
— Você não quase me trocou por Carlos, o abuelo, abuela, Ana e Blanca... Isso foi uma coisa que fez só com o Caco.
— É e se passou quase seis anos e o Caco esta casado agora.
— Sim, ele está casado. — ela o olhou sem entender — Mas você nunca quis se casar comigo.
— Nós somos casados.
— Uma cerimônia realizada pelo Daniel, enquanto estávamos bêbados não vale. — Max debochou, coisa que nunca fazia antes, o casamento tinha importância a menos de um mês atrás — E não é questão de casar. Você sabe disso. Eu... Eu quero ter minha mulher de volta, a que fez planos mirabolantes para contarmos a mídia sobre nós... Sobre as crianças... A que parece não ter vergonha do que construímos... A que não tem vergonha de mim.
— Eu não tenho vergonha de você, Max.
— Não é o que parece.
— Você e eu somos só duas pessoas que não se casaram. As pessoas que se casaram, não são de confiança. — ela quase riu ao pensar que estava usando "Ele não esta tao a fim de você" para ganhar uma discussão — Sabe por que? Porque se está tão feliz, de verdade, sinceramente, você não precisa fazer disso um grande espetáculo. Você não teria que transmiti-lo. — e aquilo era tão verdade, se tudo estava bem agora, por que mudar? — Eles fazem porque são inseguros e acham que casar é o que deveriam estar fazendo. Mas estão mentindo para si mesmos e para os outros. Sério.
— Schat...
— Pense em você e seus amigos. Essas pessoas com quem você tem boas relações. Você é próximo deles, alguns conhecem a anos, desde época do karting. — ela precisou mudar um pouco — Mas você não precisa postar uma foto ou divulgar ou ficar falando para que as pessoas saibam disso.
— Eu não acr...
— Então por que precisa ser diferente com nós? Estamos muito felizes, eu amo você, tenho filhos com você e estou comprometida com você. A nossa vida é ótima. Por que não podemos ser felizes?
—Porque eu estou cansado. — ela deu um pequeno passo para trás — É como se não saíssemos do início, porque sempre parece com o início.
— O que?
— Você não percebeu ainda? Nossas brigas sempre são as mesmas coisas, nossas pautas sempre são as mesmas coisas. Tópico um: sermos escondidos. Tópico dois: Caco. Tópico três: ciúmes. E nós sempre estamos nesse ciclo. E isso é cansativo pra caralho, porque eu sou completamente louco por você, mas você não parece nem se esforçar um pouquinho por mim.
— Porque nossos "tópicos" não fazem sentido. — ela rebateu, os braços sendo cruzados em defesa — Você cita o fato de sermos escondidos como um problema, mas eu só vejo vantagens nisso. Olha a vida que temos, acha que teríamos essa paz toda se as pessoas soubessem de nós? Nunca. Porque ninguém consegue ser feliz nessa vida e...
— A Kelly é feliz, Charlotte?
— Sim, mas...
— A Isa é feliz?
— Sim, mas eu estava...
— Então por que você não iria conseguir ser feliz?
— Elas são exceções, Max. Não são a regra.
— Pare de usar as ferramentas que aprendeu em "Ele não esta tão a fim de você", aquele filme é bom, mas não se encaixa em tudo. — ela acabou encolhendo os ombros — Okay. Nossa vida iria mudar muito se descobrissem, mas nem tudo seria ruim. Dominique poderia começar a competir como ele pede a um ano, não precisaríamos ter medo em ir procurar alguém para saber como lidar com a Louise e essa dependência que ela desenvolveu por meu pai, sendo que eles nem se veem. E... E eu seria mais feliz com vocês do meu lado.
— Você realmente quer isso, Max? Quer que se torne público?
— Sim.
— Por quê?
— Porque eu amo vocês. E toda vez que não posso citar vocês em uma entrevista, toda vez que me perguntam como irei comemorar uma vitória, toda vez que tentam me empurrar para alguém, a única coisa que quero falar é sobre vocês. Quero dizer que passei a semana arrumando o karting do Dominique e por isso sumi e só apareci na corrida. Quero dizer que Louise tira muitas fotos no meu celular de flores e por isso algumas acabam aparecendo no meu story. Não porque eu gosto, mas porque as vezes estou com tantas saudades dela que posto as fotos. E que os gêmeos estão me deixando com o cabelo branco, mas ninguém vê porque sou loiro. E dispensar as mulheres e os caras que tentam me empurrar dizendo que sou casado com uma belga brava que me prendeu pelas bolas desde o primeiro dia que a vi e só ficou comigo porque a amiga a fez querer se vingar. E é frustrante que eu não possa fazer isso.
— Por que você ainda está comigo?
Max sentia vontade de a chacoalhar para que ela o escutasse. Ela não o ouviu dizendo que a ama? O que mais ela queria para mostrar que ele estava com ela porque precisa estar com ela, porque ela era como o seu oxigênio. Tudo nele só parecia funcionar se ela estivesse consigo. E ele deu de ombros.
— É errado o que vou te dizer agora. — ele foi sincero — Mas essa pergunta nunca passou pela minha mente até ano passado e agora ela vem sendo feita de forma meio regular.
Algumas pessoas consideram o sentimento de "poder" e usar ele como "prepotência" e talvez Charlotte fosse, porque ela sempre viu Max como uma certeza. Ele era o Max. Max que era pai das crianças. Max que era piloto. Max que era apaixonado por ela. Esse último sempre a deixou com o ego lá em cima, porque ele poderia ter quem quisesse, o dinheiro fazia isso, dava esse poder. E existiam muitas mulheres bonitas no mundo e uma grande maioria parecia já ter enviado mensagem na DM dele — ela sabia porque tinha a conta logada em seu celular — e ele nunca pareceu se interessar nisso. Mesmo quando ela tentava, ela arrastava na cara dele algumas para ver se tirava alguma reação. Ela era meio ciumenta também, Max a aguentava com um sorriso no rosto e uma provocação simples. Mas Max era uma certeza. Assim como ela achava que era para ele.
Max era seu. Ela era de Max.
Tão certo quando um mais um era dois, Charlotte e Max eram um casal e pronto.
Esse não era o combinado?
Era como se ela nunca tivesse considerado a ideia de que ele poderia não estar mais interessado em algum momento.
Que ele poderia cansar.
E agora ele soltava essa bomba? Como assim ele estava se perguntando o porquê de ainda estar com ela?
— Meu Deus! Não me olha assim. — Max pediu, se sentindo um idiota por ter aberto aquilo a ela, principalmente ao ver os olhos castanhos que tanto amava parecendo tão assustados — É só um pensamento idiota e...
— Você não tem um pensamento idiota por um ano. Você tem pensamentos idiotas por um dia, dois. Não por um ano.
— Schat...
— Você está a um ano pensando em me deixar?
— O que?
— É isso? Você está a um ano pensando em me deixar. Esse seu "pensamento idiota" é um "estou pensando em te deixar".
— Schat, eu não quero deixar você. Se eu quisesse deixar você, já teria deixado.
Charlotte sentiu como se todo o ar dos seus pulmões tivessem evaporado, levando a mão na frente do rosto, tentando abanar e capturar qualquer resquício de oxigênio do ar. E o Max arregalou os olhos, fechando o espaço existente entre os dois e segurando o corpo bem a tempo, a fazendo se desmontar sobre ele.
— Mijn schat! — ele a segurou contra si — Estou aqui! Eu estou aqui!
Ela prendeu os dedos de maneira meio desesperada contra a camiseta, o rosto vindo contra seu pescoço, o nariz afundando na pele. Se sentia como um animal depois de tantos dias perdidos, agarrando a seu dono e buscando o conforto. E ele a sentia tremer entre seus braços.
— Amor, eu... respirar...
— Vem aqui comigo. — ele a acomodou entre os braços, erguendo sem problema nenhum e os levando até a cama, Charlotte acabou com as pernas na sua volta, o peito colado ao seu — Está tudo bem. Eu estou aqui... Foi... Foi uma frase errada, certo? — ela concordou, ainda sem conseguir respirar bem — Eu estou com você. Eu amo você. Eu sempre vou estar com você.
Charlotte agarrou seu rosto, de uma maneira desengonçada que sua unha arranhou um pouco próximo a orelha esquerda do holandês. Mas ele esperou, a vendo puxar a respiração com força para tentar recuperar a fala:
— E-e-eu am-amo você. Eu... Nós... Eu qu-que-quero você. Eu sou louca por você e eu posso fazer isso. Nós... Eu... Eu... Eu... — ela abanou o rosto, o fazendo inclinar o corpo, deixando um beijo em seu ombro — Eu posso falar agora, eu... Você liga a live para mim? Eu falo na live agora. Eu sei que todos estão se perguntando do que você tava falando na corrida e a internet esta mexendo em tudo para descobrir e eu posso fazer isso. Eu... eu amo tanto você. Eu posso fazer isso, amor. — ela tocou a boca dele — Vamos só... Você abre a live e eu conto tudo... Tudo, tudo, tudo...
— Nós fazemos isso depois, schat... — ele voltou a beijar o ombro da mulher — Está tudo bem. Respira.
— Mas eu...
— Está tudo bem.
Ela apertou os dedos contra a face do holandês e Max sorriu, as mãos acariciando a cintura da mãe dos seus filhos.
— Eu não sabia que se sentia assim.
— Assim como, schat? — Ela deu de ombros, o fazendo a puxar mais para perto, a acolhendo e a sentindo soltar a respiração em seu pescoço.
— Eu só... Eu pensava que você entendia que eles precisavam de mais atenção e... E eu sei que foi errado te afastar, mas eu... Nós... Somos uma certeza... Você é meu, eu sou sua.
A forma como Charlotte tremia a cada respiração, os dedos pressionando seu rosto, os olhos parecendo tão conflitantes e Max queria a proteger. O problema era que ele tinha a atingido. E ele passou o nariz pelo da mãe de seus filhos.
— Eu estou aqui.
— Você se sente amado por mim né? — questionou, os dedos acariciando as bochechas brancas de Max, passando pela barba por fazer — Max, eu não... Eu não sei como mostrar isso... Mas eu juro a você, meu amor. Eu amo muito você. Mesmo que não pareça... Eu sou louca por você. Tudo o que construímos... Os filhos que temos... Eu posso fazer o que quiser para provar isso, apenas preciso que me diga o que quer que eu faça...
— Por que está cedendo agora?
— Porque eu não posso perder você, Max. Eu... Eu realmente não posso.
— Você não vai me perder, schat... Foi só... Foi uma idiotice ter pensado nisso por tanto tempo.
Charlotte concordou de maneira cautelosa, as mãos soltando o rosto de Max para se arrastarem aos seus ombros e ela foi lenta, temendo assustar ou afasta-lo, antes de gentilmente pressionar os lábios contra os do holandês.
Foi um beijo casto, medroso, e Lotti recuou alguns centímetros para poder encarar os olhos azuis de Max por não retribuir.
— Schat...
— Shi! Shi! Shi! — ela se mexeu em seu colo, os dedos pressionado os ombros com força, como se tivesse medo de Max fugir — Estou com saudades... Você tem saudades de mim?
— Sim, mas...
Charlotte bateu os lábios contra os do holandês pela segunda vez, de forma mais agressiva, o fazendo fechar os olhos. E ela sorriu, erguendo as mãos até a nuca e a pressionando, o fazendo deitar um pouco a cabeça para trás e ela sentia como se estivesse o devorando. Era... diferente. Meio desesperador...
— Porra, schat! — Max murmurou de maneira apressada e Lotti o atacou mais uma vez, pressionando em cima do loiro. E Max soltou um gemido involuntário, a sentindo empurrar a língua em sua boca.
Eles passaram um ano e pouco separados sexualmente até aquela manhã, quase dois anos, e, então, sua mulher estava moendo em cima de si pela segunda vez no dia. Max não conseguia pensar bem, todo o esforço para se controlar parecendo desaparecer e a conversa sumindo de sua mente. E Max acabou a puxando junto consigo para trás, a deixando por cima de seu corpo e se acomodando em cima do colchão. Eles sabiam muito bem o que viria. E os lábios de Charlotte encontraram os seus mais uma vez, enquanto apoiava seus joelhos no colchão e ficava praticamente de quatro em cima de si.
Max acabou lamentando alto quando Charlotte escorregou a mão por dentro de seu moletom.
— Eu vou vim rápido de novo, schat...
— Tudo bem. — ela tocou seu queixo, deitando ao seu lado e jogando sua respiração em sua pele — Você pode vir, se quiser.
O pulso da mulher balançou e ele praguejou, antes de assumir o controle de suas reações e conseguir mudar a posição dos dois. Ele ficou surpreso ao ouvi-la rir, como se estivesse aguardando aquilo.
Ele agiu dessa vez, capturando a boca de Lotti, a sentindo sorrir contra si. E ele apoiou as mãos no colchão, se arrumando entre as pernas dela e se equilibrando para mudar seus beijos para baixo. Primeiro o queixo, depois o pescoço, sentindo os dedos da mulher contra seus braços e a respiração se tornar mais alta.
Charlotte tinha alguma queda instantânea sempre que tocavam seu pescoço.
— Amor... Minha roupa...
Ele concordou, puxando o fecho do seu casaco, afastando-se apenas um pouco para reparar nas vestimentas da belga.
— Por que está usando meu casaco da Red Bull?
— Vincent pediu.
Ele riu, empurrando o tecido de cima dos ombros feminino, a fazendo erguer as costas da cama, o deixando levar a peça embora. Max sempre bagunceiro o jogando para qualquer canto. E ela nem teve tempo para reclamar, porque estava o imitando e mandamos o que ele usava junto.
— É incrível como você consegue ficar linda até usando as minhas roupas. — ele beijou o colo de seus peitos, a ouvindo gemer.
— Vem aqui!
Charlotte o puxou de volta, beijando sua boca e já puxando as roupas do holandês para longe. Seu desespero anterior parecendo mais uma necessidade e a forma como as mãos do loiro se fecharam em seus peitos a fez se mexer em cima da cama, choramingando alto.
— Ainda estão sensíveis por conta dos gêmeos? — ele a olhou preocupado, mesmo ela não tendo produzido leite o suficiente para alimentar aquelas boquinhas sem a ajuda da fórmula, ela ainda tinha enchido ambos, o que fazia Anthonie e Vincent ainda quererem se pendurar na mãe.
— Não, apenas... É bom quando é você. — ela segurou atrás da cabeça do loiro, um sorriso envergonhado e dois toquinhos que o fez inclinar novamente e suas bocas se encontraram de novo.
Max não lembrava se tinha visto Charlotte trancar a porta, porém, pela quantidade de barulho que estavam fazendo, espera que as pessoas tivessem o mínimo de noção e não deixar as crianças entrarem. Os terríveis estariam acompanhados né? E ele quase desistiu de não ir até a porta, mas quando o corpo da Bakker ficou totalmente a mostra, ele não se aguentou, escapando da cama em uma habilidade desconhecida e correndo até a porta para a trancar.
Charlotte tinha os olhos de águia em cima de si.
— Só conferindo a porta.
Ela concordou, mas ainda seguia cada movimento feito pelo homem, parecendo apavorada com a ideia de precisar piscar e ele fugir. Max retornou para a cama de forma rápida ao entender seu medo. Ele tinha dito que pensava o porquê de ainda estarem juntos. Claro que ela estaria o monitorando a partir de agora. Ele estaria se tivesse ouvido a mesma coisa.
Max apoiou os joelhos na cama, agarrando as canelas da Charlotte e a puxando para perto, a fazendo rir, tirando um pouco de toda a tensão que tinha se instalado pelo corpo feminino. E ele inclinou o corpo, voltando a beijar o pescoço da mais nova.
— Max... Para de enrolar...
Pediu baixo, as mãos presas nos braços do número um. Ela parecia ansiosa. E ele riu contra a pele de Charlotte, descendo os lábios e parando em cima de seus seios. Ela forçou as unhas em seu antebraço e ele passou a língua a volta. E somente com aquele estímulo, a belga tinha certeza de que estava perto. Talvez a volta rápida fosse sua daquela vez.
— Max, meu Deus, eu não... — ela tentou o avisar, acariciando onde apertava e sentindo uma mão entre suas pernas — Amor...
Ele desceu a boca, passando a boca de cima para baixo e refazendo o caminho com a língua. E Charlotte empurrou sua cabeça para trás, sentindo cada poro de seu corpo em alerta e a pele arrepiada. Mas, nada a preparou para quando sentiu a respiração do loiro no meio de suas pernas.
— Kun je je benen voor me openen, Schat?
Você pode abrir as pernas para mim, querida? Ela deveria se envergonhar da maneira como as abriu sem nem pensar duas vezes. Entretanto, antes que qualquer sentimento pudesse ser externado a boca de Max já estava sobre si, passando a língua de maneira curiosa e exploratória. E ela levou as mãos para os fios loiros, um pensamento medonho de que Max não podia pensar em a deixar, não quando passava os braços por baixo de suas pernas e a chupava com tanta vontade. Não fazia sentido. Alguém que estava pensando em deixar a outra não fazia aquilo.
Após alguns momentos, a língua foi substituída por dois dedos. Eles deslizaram sem dificuldade, a dando um pequeno tremor ao lembrar de quando Chloe chegou bêbada em casa a anos e os encontrou. Ela disse que lá não voltaria ao normal. E se não tivesse realmente voltado e isso fosse um fator para afastar Max? E... E...
— Está ruim? — Max perguntou baixo, mordendo a parte interna da coxa da belga e a fazendo abrir bem os olhos, quando ele empurrou mais fundo, a fazendo gemer — Schat, está machucando?
E ele tentou afastar as mãos, quando ela choramingou, negando de forma rápida.
— O que foi? Está machucando?
— Não. Não. Está bom.
Ela reparou como ele respirou aliviado.
— Você ficou quieta.
— Laat je mij je kussen?
Você vai me deixar te beijar? Ela pediu, o vendo sorrir, as bochechas vermelhas que a faziam lembrar da primeira vez. Tudo na feição de Max a lembrava de antes e aquilo não era ruim. Ela gostava de como as coisas não mudavam entre eles. O sentimento não mudava.
Ele parou ao seu lado, a mão ainda entre suas pernas e o antebraço escorado no colchão, o corpo inclinado para cima do seu e existia aquele sorriso. Céus! Ela era apaixonada naquele sorriso. E o holandês inclinou, tocando sua boca e ela gemeu o sentimento voltar a mexer sua mão.
Era uma sobrecarga diferente. E ela gemeu e agarrou de forma desesperada o braço do loiro, buscando abrandar a sensação. E Max se moveu, se encaixando em cima da mulher, passando a mão lambuzada pelo lençol, enquanto tocava o rosto dela e levava o outro braço para a mesinha ao lado da cama.
— Essas camisinhas estão na validade?
Ele perguntou sem olhar, apenas puxando a embalagem e tirando o produto. Charlotte encolheu os ombros, um sorriso tão preocupado como o dele e o vendo deslizar a camisinha pelo seu membro.
— Dominique me disse que cinco é melhor que quatro esses dias. — ela tentou brincar, o vendo franzir a testa, não parecendo tão certo daquilo — Não que eu esteja falando que quero engravidar de novo, mas também não seria ruim e...
— Eu entendi, Charlotte. — ele a interrompeu, pescando a embalagem jogada no colchão, a fazendo morder os lábios. Ele não tinha usado o apelido. Tinha usado o nome. Ele não queria mais bater o recorde do Schumacher? Porque eram sete né? Ele dizia antes que queria sete... Ela não entendia bem como sua mente estava entrando em colapso com tão pouco tempo. — Válido até o fim do ano. Está tudo certo.
A Bakker concordou, sem saber o que poderia dizer. O que dizia ao "marido" quando queria provar que amava ele? E ele se ajustou em cima da mulher, lentamente se encaixando e começando a empurrar sob ela. E, mesmo sendo devagar, ela acabou fechando os olhos, porque fazia tempo e, pela manhã era ela quem tinha o controle, mas agora era ele e o ângulo era diferente e ela estava sendo esticada.
— Está doendo? — ele perguntou contra seu ouvido, uma das mãos tocando o rosto da castanha e ela abriu seus olhos, o vendo de perto, aquela expressão preocupada.
— Você é grande. — ela o viu arregalar os olhos, as bochechas ficando mais vermelhas. E era isso que um homem gostaria de escutar né? Céus! Fazia tanto tempo que ela não se preocupava em tentar flertar com alguém que não sabia nem fazer mais isso com o próprio "marido". — É bom.
— Você está estranha. — ele a avisou, mesmo assim, beijou a bochecha da castanha — E, mesmo sendo grande, você sabe... Você me leva bem...
A mente da belga dispersou novamente. Aquilo era bom ou ruim? Por que ele tinha que ser tão confuso e a situação tão difícil?
— Para de ficar preocupada. — ele acabou murmurando, o polegar passando pelo rosto da mulher — Você nunca ficou assim antes, relaxa. Ainda sou eu.
— Não quero que seja ruim.
— Quando que foi ruim, Charlotte?
Ela encolheu os ombros e ele sabia que nunca deveria ter falado aquilo mais cedo. Isabel, a única que sabia daquela pergunta insistente e ridícula, o avisou sobre isso. E ele foi burro. E agora sua mulher estava toda tensa.
— Sempre é bom com você. — ele tocou a boca da castanha — E eu vou ficar mole se continuarmos com isso.
— Não. — ela tocou sua cintura e ele riu — Max... Vamos lá!
Ele concordou, voltando a se encaixar, começando um ritmo lento, seus lábios encontrando o pescoço de Charlotte, mordendo a área e a ouvindo suspirar. Ele ajustou o a velocidade em determinado momento, arrumando o quadril e mudando o ângulo, a fazendo prender os dedos em suas costas, sobrecarregando Charlotte.
Um gemido escapou e era muito mais alto para os gostos da mulher, deixando seu rosto quente e suas mãos tremendo para esconder o rosto. Max continuou a bater naquele lugar, sentindo as coxas se apertando na lateral de seu quadril, a maneira como a respiração de Charlotte mudava, se tornando mais rápida.
A arquiteta suspirou quando ele impulsionou, tirando sua bunda do colchão, o quadril se erguendo para acompanhar o movimento. E Max desceu a mão do lado de seu rosto e pressionou contra a lateral de seu pescoço, chegando próximo ao seu ouvido também. E ele beijou sua boca, a fazendo arfar.
Ela o sentia pressionar tudo contra si, suas coxas tremendo e ela as espaçando ainda mais, em busca de mais contato. Que ele viesse mais fundo. A parte dolorida do início parecia prazerosa e ela se sentia quente.
Ela se sentia com febre. Sua intimidade se apertava e ela se sentia na beira de um abismo. Ter julgado Max pela manhã? Não fazia sentido quando tinha certeza que se desmancharia em pouco tempo.
Então ela levou o braço para trás, os dedos encontrando o metal da cabeceira da cama, a dando mais a sensação de estar febril ao encostar a parte gelada e gemer. O choque térmico com a sensação quente de seu corpo. E Max passou a língua pelo seu pescoço e ela passou as unhas da outra mão pelas costas de Max. Uma parte de sua mente imaginando as marcas, feliz com o pensamento. E ele soltou aquele som rouco que a levou ao limite.
Max estava gemendo e a levando a borda.
Os movimentos do quadril se tornando erráticos e ela o puxou para perto, derrubando o corpo grande de Max em cima do seu, e ele mexia apenas o quadril de uma posição que o impossibilitava de ser rápido. E a precisão tinha seus motivos para a deixar sorridente. Pois, em segundos, ela sentiu os dentes do número um em seu ombro e ela derreteu. Tão perdida na euforia para sentir dor. E ela soltou a cabeceira, trazendo as duas mãos no rosto do holandês.
— Eu amo você.
E ela beijou o lábio inferior do piloto da Red Bull, o puxando para si e Max sorriu, concordando em seguida e se impulsionando mais algumas vezes antes de cair. Ela o abraçou, se sentindo quente.
Ambos acabaram ficando ali, uma bagunça de respiração descompassada durante vários minutos. Charlotte não sabia o que isso significa para os dois, se queria dizer que tudo tinha voltado ao normal de antes de 2021 ou a uma queda drástica de 2023. A única coisa que ela sabia era que, naquele ponto, alguma coisa tinha mudado. E ela poderia se preocupar com aquilo — coisa que estava fazendo — ou deixar as coisas rolarem. A segunda opção pareceu mais atraente e ela riu ao sentir a boca do holandês em seu ombro antes de cair para o lado.
— Por favor, não fala para as meninas sobre aquilo. — ela o olhou sem entender — O negócio sabe... — ele sinalizou sua parte debaixo — A Kelly conta ao Daniel e eu estou morto.
— Do que está falando?
— Sobre o pai dos seus filhos ser grande, schat.
E ela o encarou, o vendo começar a rir.
— Cala a boca!
— Foi você que disse. — ele a puxou para perto, beijando seu ombro mais uma vez.
— Que vergonha.
— Tudo que um homem quer ouvir. — ele voltou a rir — Você só tá meio atrasada, devia ter dito em 2016.
— Seu ego já era grande em 2016.
— Não só ele né?
— Max! — ela gritou e ele voltou a rir — Isso não tem graça.
— Oh! Tem sim! — ele se colocou em cima dela de novo, a olhando com a face vermelha e um sorriso no rosto — Linda!
Charlotte passou ambas as mãos de forma lenta pelos braços do holandês até chegar aos ombros e o puxar para si. Max a beijou, muito mais gentil do que em todos os beijos anteriores e ela queria poder ficar com ele para sempre naquele pequeno casulo que eles formaram.
Mas teve uma batidinha na porta.
— Mama! — a primeira vozinha era de Domi.
— Por que ele sempre pede por você primeiro?
— Mamaaaaaaa! — Louise bateu na porta também, mais desesperada, parecendo Max mais cedo.
— Ela também? — Max choramingou, enquanto via Charlotte se movendo para o banheiro — Não vai responder eles, mama?
— Mama!
— Mama!
— Até eles? — Max abriu os braços, fazendo a castanha segurar a risada ao vê-lo pelado daquela forma e a olhando com uma feição brava.
— Amor... — ele negou.
— Mamaaaaaaaaaa! — os quatro falaram juntos.
— A mama tá tomando banho, desçam e fiquem com as madrinhas de vocês. — Charlotte gritou para eles.
— E o papa?
— Olha, eles lembraram que eu existo. — Charlotte voltou a se aproximar do holandês, beijando o queixo do Verstappen.
— O papa tá com a mama.
— Bano qua mama?
Anthonie perguntou, fazendo os dois se olharem.
— É banho, burro.
Claro que esse amor de pessoa era a Louise.
— Essa menina precisa de um psicólogo, amor. — Charlotte acabou comentando antes de gritar — Não fala assim com seu irmão, Louise!
— Todos nós precisando de um psicólogo. — Max deu uma batidinha nos quadris da mulher, vendo o sorriso malicioso.
E um gritinho foi ouvido, junto com um único de choro.
— Não bate nele, Vincent! — Dominique gritou e os dois foram rápidos em pegar suas roupas, se perguntando onde estavam os adultos da casa.
— Bate nele de volta, Anthonie! Deixa de ser trouxa! — Louise berrou.
E a Charlotte abriu a porta usando só o moletom que Max estava antes e o Verstappen com a parte de baixo, pegando Dominique com as mãos embaixo dos braços do Vincent, Anthonie no chão e Louise parecendo uma líder de torcida.
— O que vocês estão fazendo?
— Papa! — Anthonie finalmente reagiu, empurrando o Vincent e fazendo ele e Dominique caírem de bunda no chão, pulando do chão e se jogando para Max.
O holandês o pegou com um sorriso no rosto. Uma parte sua adorando que ele não tivesse pedido por Caco. Ele pediu o papa.
— Fala, meu filho. O que aconteceu?
— Vivi bate no Nini.
— Vincent, não pode bater no Anthonie. — Max falou com o mais gordinho — Você não prestou atenção no que a mama falou ontem?
Vincent cruzou os bracinhos, parando ao lado de Louise e Dominique estava sentado no chão ainda. Charlotte encarou aquela interação dos cinco. Max se abaixou perto das crianças.
— Vincent pede desculpas ao Anthonie.
O gordinho olhou para a mãe, como quem perguntava para ela o que o pai estava falando. Charlotte puxou o moletom para baixo, um pequeno medo de sua intimidade ficar a mostra. Talvez devesse ter colocado uma calcinha antes de abrir a porta.
— Vincent, o papa tá falando com você.
— Mama...?
— Obedece seu papa, filho.
Vincent pareceu suspirar, se aproximando de onde o pai estava e abrindo os braços para Anthonie. O mais chorãozinho escondeu o rosto no pescoço do pai.
— Querido, o errado é você. Não ele. Você que precisa pedir desculpas. — Char corrigiu o filho.
Dominique se moveu para a mãe, abraçando a cintura da Charlotte. Louise encarou a situação, os gêmeos na volta do papa e o Domi com a mama. Ela olhava para os dois, sua mentezinha infantil sem entender para qual dos dois deveria se aproximar. Seu abuelo sempre dizia para ir para a mama. Mas o vovô Jos dizia para ir para o papa.
— O que foi, filha?
Charlotte perguntou a menina, oferecendo a mão para que ela pudesse se aproximar. Louise encarou a mãe.
— Eu vou descer.
E virou de costas e saiu. Charlotte olhou para Max, como quem perguntava se o homem tinha entendido.
— Criança, schat.
— Certo. — ela sentiu uma pequena pontadinha no coração ao tirar os bracinhos de Dominique — Certo. Vocês três desçam que a mamãe e o papai vão tomar banho.
— Untos? — Anthonie sorriu de maneira fofa.
— Sim. — Max concordou.
— Não. — Charlotte falou junto, já prevendo o que viria.
— Toma bano junto! — Vincent gritou e Max olhou para a belga, a vendo levar a mão na cara.
— Banho junto! — Dominique entrou na onda.
— Certo. — Charlotte suspirou — Vamos ver as roupas de vocês. E você busca sua irmã.
— Louise?
— Só essa irmã que você tem, Dominique. — Charlotte falou, coçando seu braço.
— Você podia fazer outra. — Domi sorriu inocente.
— Não. — Max falou rápido, ganhando a atenção dos quatro — Deu de criança por agora.
Fato infantil e interessante da Charlotte: ela nem transava com Max até aquela amanhã, mas Max não precisava falar com aquela segurança toda. E ela ficou pensando isso.
Mais tarde, quando conseguiu finalmente se reunir com o seu grupinho principal, enquanto Max arrumava a TV na sala para todos verem um filme, porque no dia seguinte Daniel e Carlos montaram uma disputa de Kart. Ela perguntou baixo a eles:
— Com qual de vocês Max falou sobre estar querendo me deixar?
Daniel que estava jantando depois de todo mundo, derrubou a comida do talher, os olhos arregalados, olhando para Kelly como quem buscava uma explicação. A brasileira encarou Carlos, como se ele fosse a primeira linha para o papo acontecer. Carlos olhou Martin, que sorria para o celular sem nem prestar atenção. E tinha Isa, que fingia não ter ouvido.
— Vamos lá! O Max não consegue se aguentar, então ele falou com alguém.
Violet apareceu na sala, distribuindo para todos sacolinhas de pipoca e indo até onde o grupo estava reunido.
— Que cara de enterro. O que tá rolando?
— Você sabia que Max quer me deixar?
— Ah, pronto! Você tá ficando paranoica igual o Max. — Violet riu, sentando ao lado de Martin, o assustando ao sentir metade do corpo feminino contra o seu — Opa, Martin! Pouco espaço, sabe como é. — ela sorriu, como se fosse inocente, fazendo Daniel rir — Você sabe de alguma coisa, querido?
— Do que?
— Max querer deixar Charlotte.
Martin encarou o piloto loiro mostrando a grande variedade de filme da Disney, enquanto as crianças juntos aos demais decidiam entre Enrolados ou Moana com a Kika defendendo que a Ariel era sim melhor a rainha dos mares, enquanto Louise dizia que ela perdeu o posto quando decidiu ir para a terra por causa de macho e que ela nunca faria aquilo — Max estava orgulhoso que a filha pensasse isso.
— Max, tipo, o Max? — o DJ apontou para o amigo, ganhando um aceno — Lotti, você deve estar enganada. Quem te disse isso?
— Ele. — Charlotte cortou a fala de Kelly sobre ela estar se tornando paranoica antes mesmo que começasse, fazendo a brasileira fechar a boca.
— A Isabel tá muito quieta. — Carlos comentou, fazendo a ex-namorada virar o rosto tão rápido na sua direção que chegou a estalar o pescoço.
— Não me diga. O traidor tinha que abrir a boca, não é mesmo?
— Ah, então é verdade? — Carlos cruzou os braços a fazendo querer esgana-lo.
— Ele falou com você? — Charlotte interrompeu a discussão, olhando a amiga com curiosidade.
— Sim, mas isso faz tempo, amiga.
A belga encarou a espanhola. Max disse que aquele pensamento tinha se tornado meio recorrente no último ano. E Isabel tinha vindo a sua casa com bastante frequência no último ano.
— Por que você não contou? — Kelly colocou em palavras a sua dúvida.
— Porque todos sabemos que ele nunca faria isso. — Isa soltou uma pequena risada.
— Mas ainda era uma possibilidade.
— Improvável. — a espanhol completou.
— É. Mas quando Carlos estava te traindo eu te falei, antes mesmo de falar com ele. — Carlos encarou a mãe de seu afilhado, sempre tinha se perguntava quem era a pessoa que o deletou.
— Amiga... — Isa olhou para Kelly, em busca de ajuda, mas a brasileira também estava a olhando sem entender — É o Max. Max é apaixonado por você desde sempre e para sempre.
Charlotte seguiu os olhos para onde o grupo maior olhava a TV. Max estava no centro, largando o controle e sorrindo na direção deles, pronto para vir até onde estavam e apenas parando quando Anthonie tocou sua perna, batendo no espaço ao seu lado. Os gêmeos estavam deitados em um puf grande do quarto de Louise e Max acabou se ajeitando com eles.
— Tudo bem, Isabel. — Violet passou o braço por trás da cabeça de Martin, tocando a mão da irmã e sorrindo — Isso ficou estranho. Desculpa. Eu... Eu só me assustei quando ele me contou.
Charlotte sorriu para todos, se levantando sem dar explicações e seguinte para perto de onde estavam os demais. Isabel sentiu os olhos de Kelly e Violet sobre si. Enquanto Carlos via seu primo oferecer espaço ao seu lado, ganhando um aceno de obrigada, mas ela seguindo até onde Max estava com os gêmeos, se sentando ao lado do puf com a cabeça encostada perto de Vincent. O gordinho tocando seu cabelo. E Dominique saiu do lado de Lewis para se atirar contra a mãe.
Louise se manteve ao lado de Carmen, mesmo quando Charlotte a chamou, se encolhendo mais contra a namorada do Russell e fazendo a escuderinha — Penelope — a abraçar. Elas eram fofinhas abraçadas. Mas Charlotte tinha os olhos preocupados em cima das duas mesmo assim. Ainda era a garotinha da casa.
Eu acho muito que a oc escolhida para ser a Charlotte combina muito com o Max, não sei te dizer, mas eu acho eles um casalzinho muito bonito
A Charlotte levou um tombo, um santo susto, que a fez esquecer até mesmo da bendita porta do quarto da Louise
Jos sendo uma praga em qualquer tempo, em 2016 ou 2023, incrível. A pessoa quando nasce para ser incomodativa, ela é né?
Então, temos um tema sensível: "Caco"
E eu quero saber o que estão achando da opinião de vocês quanto a esse enrosco? Porque aqui ficou meio evidente a opinião divergente do casal...
Então o Max soltou a bomba de que pensou o porquê de ainda estar "casado" com a Charlotte
E eu entendo o lado dela gente
Sendo sincera, eu entendo mesmo
Mas, assim, eu entendo o lado do Max também
E eu não sei explicar o que aconteceu primeiro com Charlotte se foi uma pequena crise de ansiedade ou uma crise de pânico. Mas aconteceu, ela se assustou demais, quando você está acomodada com algo, demora para perceber que pode estar perdendo algo
E ela falou que vai assumir o menino Max
Será que vai?
Então tivemos uma pornografia básica de um casal tentando se acertar...
Então, como eles ainda são pais de um bando de crianças, claro que eles chegariam em algum momento
E temos uma Louise bem... estranha, não?
Charlotte não gostou que a Isa sabia e não falou nada para ela... E o Carlos chocado que ela foi a delatora
Um filminho infantil porque eles são muito família
Charlotte entrou no mood recuperar o maridinho
E acho que é isso
Então, o que acharam?
Espero que tenham gostado
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