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0.9

XANGAI
17 DE ABRIL DE 2016

Max estava vermelho ao lado de um Carlos muito sorridente. Daniel buscava entender o que estava acontecendo e Daniil analisava suas unhas sem interesse algum. A ideia de terem uma segunda reunião com as duas equipes tinha partido de Christian Horner. Algo sobre estreitarem seus laços e mostrar que as duas equipes tinha uma ligação, que um piloto poderia acabar sendo rebaixado — Kvyat — ou surpreendido com uma promoção — Verstappen.

A temporada a recém estava em sua terceira corrida, mas muitas coisas precisavam ser colocadas em práticas se queriam ser uma marca forte no automobilismo. Max não negava que queria subir para a Red Bull, se tornando um garoto propaganda foi uma dica nada sutil de seu interesse. Todavia, a equipe só tinha duas vagas, nas quais estava sendo ocupadas por Daniel Ricciardo e Daniil Kvyat.

Max se dava bem com o número três. Em contra partida, Daniil nunca parecia preocupado em manter qualquer tipo de relação com os dois novatos. Mas existia Kelly na equação e Max sentia que o russo não deixaria a namorada o ajudando se ele roubasse seu assento. E isso dava um nó em seu cérebro... Talvez isso ocorresse pela atitude da belga mais cedo também.

— O que tá rolando?

Daniel questionou em um sussurro a Carlos, curioso demais para conseguir se aguentar até o final da reunião, não prestando nenhuma atenção a explicação de Max de como conseguiu controlar o carro mesmo com uma frenagem confusa. O espanhol deu de ombros, aquele mesmo sorriso confuso de antes que estava dando nos nervos do australiano.

— Vocês dois tem algo a compartilhar conosco?

Christian se viu questionando os dois pilotos, os fazendo se arrumar na cadeira, parecendo envergonhados por terem sua atenção chamada. Max não mentiria que se sentiu vingado ao ver o colega de equipe com a cabeça baixa. Todavia, Daniel ainda tinha os olhos em cima do holandês, mudando sua estratégia para descobrir o que estava acontecendo.

A reunião acabou depois de muitos comentários que Daniel e Carlos consideraram não serem necessários para eles. Obviamente aquela reunião estava servindo para fomentar uma rivalidade de Max com Daniil. Entretanto, o Kvyat animado demais com seu pódio para ligar e o Verstappen ansioso para retornar ao hotel para alimentar o que os chefes de equipe queriam.

— Hey, Max! — Daniil chamou o mais novo assim que os quatro saíram para ir embora, o Verstappen assim como os outros dois se voltaram para o Kvyat — Kelly disse que a Char e você vão conosco hoje.

Daniel Ricciardo cruzou os braços, porque nas últimas duas corridas, mesmo com Carlos não concluindo Bahrein, os dois haviam saído com ele. E aí, justamente agora que estava curioso com a garota do Verstappen, Max o trocou por Daniil?

— Sim, Charlotte e eu sairemos com vocês. — ele salientou o nome da belga, a cara fechada pelo apelido.

— Acho que você tá no mesmo hotel que nós, não? — Carlos sibilou algo como "todos estamos" — Ótimo! Já falei com Char sobre o horário que vamos sair. Te espero lá... Bom, se vocês quiserem ir também.

Essa última parte dirigida a Daniel e Carlos, entrando em seu carro e arrancando como se fosse superior a todos eles. O Ricciardo rolou os olhos, finalmente destrancando seu próprio carro e tendo a presença dos juniores da Toro Rosso.

— Ele se achando porque tá no pódio, pelo amor de Deus! — Daniel debochou ao sentar atrás do volante — Eu, sem chegar no pódio, ainda tenho mais pontos que ele.

— Mas não tem a garota. — Carlos riu baixo, o fazendo se voltar para o banco de trás de maneira furiosa.

— O que você tá querendo dizer com isso, moleque? Já é a segunda vez que insinua coisas com a namorada do Daniil.

— O que todo mundo sabe. — Max falou sem dar muita importância, digitando em seu celular — Que você olha para a namorada de Daniil de uma maneira que um colega de equipe não deveria olhar para a namorada do outro.

— Eu olho para ela de maneira normal.

— Não. — Carlos riu — Eu não olho para a Char como você olha para a Kelly.

— E aí de você se eu te pegar encarando minha garota dessa forma. — Max o ameaçou, dessa vez ficando sério e encarando o espanhol dentro dos olhos.

— Vocês estão loucos! — Daniel retornou a posição normal — Por que estou dando carona a vocês mesmo?

— Porque o idiota do Kvyat não deixou o carro com a namorada e como você queria chamar a atenção dela, me fez emprestar o meu carro a Kelly e Charlotte irem para o hotel. — Carlos o acusou, um sorriso debochado na cara. E, pode ser, que Daniel tenha se enganado com ao achar que a sacola que estava na frente do carro se tratava de um bichinho, pois foi rápido em dar um pequeno arranque e frear, fazendo a face do espanhol grudar no vidro — Qual é, cara?!

— Para ver se fica esperto.

Um pequeno trecho foi feito em silêncio, antes de Daniel se recordar da maneira como encontrou Max e Carlos antes da reunião. Aquela face corada do Verstappen ainda o deixava em dúvida. Em um geral, Daniel não gostava de como a Red Bull gostava de o colocar como figura de exemplo para um cara de 21 anos e outro de 18 anos. Todavia, depois que Sebastian saiu para a Ferrari, não era como se houvesse muita opção. Ainda mais com Daniil sendo da mesma idade do Sainz. E ele considerava que só poderia fazer um bom papel, se soubesse de tudo. Essa parte ele gostava... As fofocas.

— Por que você tava vermelho mais cedo?

O Ricciardo percebeu quando os dedos de Max pararam de digitar e em como Carlos deitou o corpo para o lado, puxando o cinto para conseguir rir contra o estofado. Ele se perguntou se deveria avisar que aquele carro era alugado pela equipe e provavelmente alguém já havia feito algo errado dentro. Mas, preferiu se abster. Carlos merecia depois de todos os comentários espertinhos.

— Nada.

Max precisou lutar para manter a voz normal.

— O que você tá rindo?

— Ela deixou ele duro e foi embora.

Carlos falou sem filtro nenhum, escapando por muito pouco quando o holandês levou a mão para trás, tentando o acertar. E foi a vez de Daniel rir, porque aqueles dois eram umas figuras. E a viagem se resumiu com o Sainz implicando com Max.

— Vocês vão ir conosco né?

— Não aguentei vocês dois nas últimas vezes para deixar o Daniil conseguir a garota. — Daniel debochou — Todo mundo já teve um momento com sua garota menos minha adorável pessoa. Então sim.

— Era só dizer "sim", cabrón.

Os dois saíram antes de Daniel, na frente do hotel, enquanto o australiano seguia para o guardar na garagem.

— Você avisa a hora por mensagem?

— Tenho que ver isso. — Max passou a mão pela nuca — Kelly e Daniil falaram direto com a Lotti. Não sei se ela combinou que íamos com eles ou se só sairíamos na mesma hora.

— Certo. Só avisa.

Os dois concordaram, cada um correndo para seu próprio quarto.

Max estaria mentindo se dissesse que o peito não estava acelerado em ansiedade para ver sua garota. Tudo parecia ganhar um sentido novo desde o momento que chegou ao seu quarto na quinta e a encontrou na sua cama. Ele até mesmo tinha conseguido a grande façanha de ignorar as mensagens de seu pai. Olha que isso era uma grande coisa, considerando a quantidade de insultos que recebeu depois que Jos descobriu sobre ter uma mulher em seu quarto.

— Schat! — ele a chamou, empurrando a porta e sendo recebido com a imagem do quarto vazio e a ansiedade anterior se tornou um pequeno terror — Charlotte! Schat! — e Grom não estava em cima da cômoda, onde a belga arrumava todo dia e a mochila também tinha sumido — Charlotte, não brinca comigo!

Um gosto estranho na boca ao tentar pensar onde sua garota poderia estar, visto que durante a vinda havia trocado mensagens com ela e recebido uma imagem da vista da janela como resposta. Ela estava com Kelly?

— O que?

E ela apareceu, fazendo toda a tensão de seu corpo sumir ao vê-la com os fios castanhos enrolados de uma maneira muito estranha em meias, a porta ainda meio fechada.

— Schat, o que é isso? — ele até mesmo esqueceu sua vontade de chegar agarrando a mulher, ou o medo anterior, um sorriso rastejando por seu rosto ao vê-la abrir a porta e puxar uma mecha e enrola-la na meia.

— Isso é arrumar o cabelo sem nenhuma fonte de calor. — ela piscou para ele, prendendo a presilha de maneira a deixa-la no lugar.

Max soltou sua mochila no chão, tirando seu tênis e jogando o boné para o lado, sabendo que ela reclamaria de como a aba sempre batia em si. E, então, se moveu para a porta do banheiro, vendo a bolsa dela do seu lado.

— Para que serve?

— Já disse, arruma o cabelo.

— Seu cabelo já é arrumado.

— Não do jeito que quero. — ela se voltou para ele — Tá vendo como os enrolei? Quando os soltar, vão cair enrolados e então só preciso passar algum creme e com os dedos mesmo os deixo ondulado.

Ele encostou a cabeça na porta, a vendo retornar a seu serviço. Havia um silêncio gostosinho, apesar de hora ou outra Charlotte cantarolar alguma música que estava na sua cabeça. E ele provavelmente deveria se sentir cansado ou apenas pensar em como deveria a bagunçar. Só que não acontecia, ele apenas queria continuar desfrutando daquela paz estranha que era ficar a observando se encher de meia na cabeça.

— Por que Groom esta em cima do vaso?

Charlotte se voltou para a pelúcia, parecendo só recordar dela naquele momento, dando de ombros em seguida.

— Não gosto de ficar sozinha. Fora que tinha o mostrado para Violet quando estávamos no celular.

— Ela está bem?

— Se está bem? — Charlotte riu, um pouco estranha para o piloto — Falou que é o melhor fim de semana da vida dela.

Max reparou como a voz da castanha mudou.

— Está com ciúmes dela?

— Eu estava com ciúmes de você. — falou sem pensar — O que dirá de minha irmã.

Max passou a língua pelos lábios, tinha gostado do que ouviu da mulher. E Charlotte nem parecia reparar nisso, sorrindo ao terminar a última mecha.

— Pareço a dona Florinda?

— Parece o amor da minha vida.

Charlotte negou, rindo.

— Bom flerte! — piscou através do vídeo. E Max sentiu aquela mesma necessidade de quando chegou ao corredor, o sorriso se fechando aos pouquinho, a vendo com o seu preguiçoso — Oh! Você quer me beijar tanto agora.

Max sentiu o sangue fluir por seu rosto ao ouvir sua provocação. Ele realmente queria muito a beijar, ainda mais quando existia aquele sorriso em seu rosto. Assim que o pensamento entrou na sua mente, estreitou os olhos em desafio, levando ambas as mãos até as ancas da mulher, a virando o mais rapido que conseguia. E ela tinha razão, ele queria a beijar. E ele o faria.

Charlotte pareceu tropeçar de surpresa, grudando a bunda no móvel, enquanto Max a pressionava, as mãos apertando-se em seu quadril. O Verstappen sorriu quando a Bakker finalmente começou a retribui-lo. Charlotte gemeu antes de o puxar mais para perto.

— Não parece que era somente eu quem queria beijar agora.

— Eh? — ela inclinou o queixo para trás, um sorriso sujo nos lábios.

— Schat...! — sua voz parecia soar como um pequeno aviso, ao mesmo tempo que uma prece. E Charlotte puxou a camisa do número trinta e três, os peitos grudados a ele, o vendo descer os olhos.

— Nós vamos sair daqui uma hora.

E ela o empurrou, piscando ao juntar os grampos em cima da pia e se movendo de volta ao quarto. Max suspirou, começando a entender o joguinho que Charlotte estava fazendo.

— Daniel e Carlos também vão.

— Ótimo! — ela sorriu para ele — Ainda não tive tempo para conversar com eles direito.

A hora que se seguiu pareceu evaporar, principalmente porque enquanto ele tomava seu banho e escolhia entre as duas camisas que levou, Charlotte passava alguma coisa que deixou os olhos ainda maiores. E olha que ele já achava os olhos de Charlotte grande. Bom, não era uma coisa ruim também. Ela parecia cada vez mais bonita para sua falta de sanidade. E Carlos acabou surgindo em algum momento, se atirando ao seu lado, enquanto a via se arrumar.

— Mas então essa é a sua primeira viagem grande?

— Sim. — ela sorriu ao espanhol, passando o batom — Minha vida é cuidar da minha irmã, ir para a faculdade e... Sei lá, estudar?

— Eu lembrei de uma coisa. — Max sorriu para ela — Você disse que estava pensando em arrumar alguma coisa agora que sua faculdade não vai ser mais turno integral né?

— Aham. — ela passou o rímel por seus cílios.

— E você era boa na escola, não?

— Aham.

Carlos desviou os olhos quando a morena inclinou o corpo para a frente, não parecendo se dar de conta que tinha dois caras olhando para suas costas. Reparando como Max o encarava de forma fixa. O Sainz tinha certeza que se o seu olho escorregasse na direção da Bakker, teria seu pau cortado.

— Victoria está precisando de uma professora particular.

Charlotte parou de passar seus produtos, os fechando antes de se voltar ao holandês. Carlos considerou a chance de sumir do quarto. Talvez eles devessem conversar aquilo sem a sua presença.

— Você esqueceu que seus pais não gostam de mim?

Não. Carlos não sairia dali. Nunca que ele perderia de saber aquela fofoca. Max não o contaria se pedisse depois. Então, precisava continuar presente.

— Meu pai não gosta de você, a minha mãe não tem nada contra.

Carlos intercalou a atenção entre os dois, tentando imaginar um motivo para Jos Verstappen não gostar da garota. E não fazia sentido, porque desde que a conheceu, Charlotte estava sendo um poço de simpatia.

— Mesmo assim.

— Meu pai é um idiota. — Carlos arregalou os olhos, encarando o melhor amigo, porque era a primeira vez em ano que ouvia Max falar mal do Santo Jos Verstappen — E ele não mora conosco, ele mora com a nova mulher longe de Maaseik.

— Não.

— Mas Lotti...

— Não vou me enfiar na sua casa como se fossemos algo, Max.

Carlos precisou fingir uma tosse ao escuta-la, pois Charlotte tinha acabado de colocar um limite bonito a Max.

— Eu iria pagar, Charlotte. Não iria te enfiar na minha casa esperando que trabalhasse apenas porque transamos.

Talvez ele tenha falado isso no calor do momento. E Max sabia disso, pois se arrependeu de cada palavra após sair de sua boca. E ele ficou a encarando, esperando uma resposta, qualquer coisa. Ele poderia e merecia. Uma memória não tão boa vindo a sua mente, palavras muito parecidas ditas por seu pai... Gott! Como gostaria de ser socado pela belga.

— Estão prontos?

Charlotte escolheu não rebater e isso foi pior do que apenas botar a boca nele. E Max queria se ajoelhar na frente da mulher e implorar seu perdão, mas a única coisa que saiu de forma baixa e vergonhosa foi um:

— Sim.

— Só vou colocar meu vestido e descemos então. — a mulher passou ao lado dos dois, a mão tocando o ombro de Max, antes de entrar para o banheiro. Carlos reparou em como o mais novo a acompanhou com os olhos.

— Vou avisar o Ricciardo.

Carlos comunicou, enquanto Max se levantava da cama, concordando sem dar importância. O Verstappen estava dentro do banheiro antes mesmo que a mulher pudesse fechar a porta.

— Me desculpa, schat.

Ela bateu na mão do loiro assim que ele fez menção de tocar seu braço. E Max se encolheu próximo a parede. Engolindo em seco ao vê-la tirar o short jeans que usava e a camiseta.

Charlotte só poderia estar fazendo por gosto.

Certo que o banheiro não era o maior do mundo, mas ela não precisava esbarrar o corpo seminu nele ao inclinar o corpo para pegar o vestido pendurado na porta. Ela nem precisava inclinar o corpo, mas tinha o feito, quase esfregando os peitos na cara do holandês. Existia quase uma placa neles: "Olhe! Você não pode tocar" e o pior era que ele tinha cavado seu próprio buraco.

— Eu não quero ficar brigado com você.

Max declarou ao ajuda-la a fechar o vestido, segurando a mulher pela cintura e conectando seus olhos através do espelho. Era a segunda vez que Charlotte se via nessa posição no dia.

— Não estou brigada com você.

— Eu simplesmente não te entendo... — Ele espalmou as mãos nos quadris da mulher, aparentando frustração e ela arregalou os olhos — Eu juro que estou tentando fazer com que isso de certo, achei que tudo isso tivesse deixado claro, mas desde que chegou metade do tempo passa se escondendo das câmeras, metade junto a Kelly trocando cochichos como melhores amigas, metade dizendo que não somos nada e metade com ciúmes de tudo...

Charlotte franziu a testa.

— Você não é muito bom em matemática né?

— Oh my Lord!

Max quase bateu novamente as palmas contra o quadril da mulher, se não fosse o fato de Charlotte tocar suas mãos com as dela.

— Você já viu o que comentam nas fotos da Kelly? — ela o perguntou, mais seria que o normal — A Kelly é filha de um tricampeão mundial e as pessoas a reduzem a uma vadia oportunista por estar namorando o Daniil, Max. Tem noção disso? A Kelly é filha de um cara respeitado no esporte e aguenta comentários sobre o corpo dela, a personalidade dela e até o quanto é mais velha que Daniil... O que acham que vão falar de mim?

— Eu não me importo com o que vão falar de você.

— Se você não se importa com o que vão falar de mim, então não sei o porquê de estar fazendo tudo isso. — ela afastou as mãos do loiro, se virando para ele — É legal o que fizemos, Max. Trocar mensagens, conversar pessoalmente, dividir a cama... Mas essa vida que você tem... Isso não é para mim. Eu sei disso. Você sabe disso. Todos sabemos disso. Desculpa se percebi isso antes de você.

— Está me dando um pé na bunda em Xangai?

— Não. — ela sorriu, aproximando seu rosto do holandês, passando o nariz pelo do homem — Estou tentando te mostrar desde que cheguei que isso vai acabar em algum momento. E não é por mal. Porque eu gostaria que isso se mantivesse, mas você precisa de uma pessoa como Kelly, que vem em todos os GP's, que entende do esporte, que não se sente mal ao ler comentários ofensivos e que pode o dar 100% de atenção como ela faz com Daniil... Não quero viver minha vida em função de outra pessoa, ou preocupada se essa outra pessoa vai fazer o mínimo por mim. Eu não posso e nem quero apenas isso.

— E o que você quer?

Podemos adaptar que de certo para os dois lados. Essa era a frase que ele queria ter dito, não feito uma pergunta. Ele queria saber tudo de Charlotte, apesar de sempre ter pensado que poderia a descrever, era pura mentira.

— Me formar. — ela soltou uma lufada de ar — Minha mãe sempre me disse que deveria me formar e só construir família depois dos 25 anos... E eu sempre me imaginei a partir dos 25. Arquitetura não é um curso fácil e nem era o que eu queria, sendo verdadeira, mas não é ruim... E dá dinheiro... Então, quando me formar, quero conquistar um mercado e me mudar para a Holanda, quem sabe ter uma fazenda enorme a alguns quilômetros da cidade, onde eu possa sair para o trabalhar de carro escutando minhas músicas preferidas e abandonar o estresse na cidade quando o fim da noite chegasse para poder doar tudo o que tenho a minha família quando voltasse. Quero dar um cachorro chique a minha irmã, planejar cada centímetro de minha casa e saber que vivi tudo o que podia até me assentar.

— Nós podemos fazer isso.

— Não, você não pode. — ela o encarou — Sua vida são viagens longas, hotéis caros, comentários em redes sociais, carros rápidos e festas pós-corridas. A minha é estudar para dar a minha irmã o que ela quiser. Consegue pegar a diferença?

— Charlotte...

— Temos dezoito anos, Max. Não é como se tivéssemos uma ligação para a vida toda. — e ela tocou os lábios aos do loiro, o fazendo esquecer seu rumo novamente — Esse é o único GP que vou participar.

Ele abriu a boca para protestar.

— Só... — o indicador da mulher foi forçado contra os lábios, ao lado da pintinha de Max — Faça essa memória valer a pena, Verstappen.

Carlos era um bom fofoqueiro. Charlotte soube disso no momento que chegou no saguão do hotel e o encontrou junto com Kelly, Daniel e Daniil. Ninguém questionou a demora dos dois mais novos, apenas perguntaram se estavam prontos e se dividiram nos carros. A castanha acabou na parte de trás do carro de Daniil com Max e o loiro olhava para a janela, mesmo que seus dedos ainda estivessem entrelaçados com os da mulher. Kelly percebia que existia algo acontecendo.

— E por que você não tem nenhuma rede social? — em algum momento eles tinham chegado a esse assunto no caminho, e Daniil parecia realmente interessado.

— As pessoas acabam esquecendo o real sentido de tirar fotos ao ter uma rede social. O registro do momento se torna um segundo plano, pois está preocupado demais em saber quantas curtidas e quantos comentários vai conseguir... O que os outros vão pensar.

— Então não gosta?

— Das redes sociais? Não. De tirar fotos? Sim. Quase não tenho memória ou dinheiro para revelar todas.

— Gosta de revelar fotos? — Kelly sorriu para a nova amiga.

— Eu tenho fascinação por todo o processo. — Charlotte sorriu — Por um tempo, fazer fotografia foi cogitado.

— E por que não foi escolhido?

— Não tinha na universidade mais próxima a Maaseik. — ela deu de ombros, vendo Daniil estacionando o carro.

— Por que arquitetura?

— Minhas escolhas eram: direito, medicina, jornalismo, serviço social, inglês, relações públicas, administração, finanças, ecologia e arquitetura. Por eliminação foi arquitetura.

— Por quê? — os quatro desceram do carro, Kelly se abraçando ao namorado, todos esperando o segundo carro.

— Direito e medicina são cursos superestimados, precisa ter gosto pela coisa para aguentar. Sempre fui desesperada demais para algo desse tipo. Serviço social tem vários campos de atuação, mas era outra área que não me via atuando. Jornalismo e relações públicas não preciso nem falar né? Eu não tenho interesse nenhum na exposição oferecida e me enfiaria no meio? Não sou louca ainda. Finanças e administração parecia chato demais, assim como inglês. E então me sobrou arquitetura.

— Que não deve ter sido o mais fácil. — Kelly supôs — Pelo menos no meu país, a nota de corte para entrar não é a mais baixa.

— Charlotte sempre foi a mais inteligente. — Max falou pela primeira vez, os dedos firmes na cintura da mulher ao puxa-la para se encaixar em seus braços, tocando os fios castanhos e a deixando sem jeito — Primeira da turma por anos.

— Isso não é verdade. Alana sempre esteve ao meu lado.

— Alana sempre esteve a vinte segundos de distância de você. Nem ao menos conseguiu uma bolsa.

— Ela não quis concorrer a uma bolsa, achou que seria errado concorrer tendo dinheiro para pagar.

— Isso é o que ela diz depois de não ter conseguido, schat. — Carlos e Daniel se aproximaram — Acredite em mim, ela não conseguiu entrar.

— Do que estão falando? — Daniel questionou.

— Escola.

— O nosso pequeno Max era bom na escola, Charlotte? — Daniel sorriu para a garota.

— Nunca ouvi comentários ruins. — ela deu de ombros — Não éramos da mesma turma, Max terminou a escola no final de 2014, eu em 2015... Max é alguns meses mais velho...

— Sou de setembro, a Char de fevereiro.

— 30 de setembro, não?

— Você leu minha página no Wikipedia, schat? — eles sorriram, porque aquilo era muito a cara da garota.

— O papo está legal, mas quero uma bebida e comemorar como mereço minha vitória. — Daniil beijou a namorada, fazendo os quatro se voltarem para o lado para não encarar — Vamos!

Carlos e Daniel foram atrás dos dois, e quando Charlotte se mexeu para acompanha-los, Max segurou seu rosto, a pegando de surpresa ao beija-la no meio da rua. Como se apenas o fato de estarem parados ali juntos não fosse um escândalo se vazasse. Todavia, Max confiava que o fato de sua jaqueta ter um capuz o protegia de ser reconhecido. Fora que ninguém conhecia Charlotte, ninguém dava muita bola para a amiga de uma famosa. Kelly tinha sido a estrela do fim de semana, não sua amiga com o boné do prodígio da Toro Rosso.

— 13 de fevereiro. — Max sussurrou para ela, a fazendo sorrir.

— Como você sabe?

— Na primeira vez que falou comigo, minha cara estava toda destruída e eu não estava no meu melhor momento, mas você me distraiu falando que aquele era o seu aniversário.

Charlotte quase não lembrava de como havia conhecido Max Verstappen. Sua mente estava tão embriagada que chegava ser vergonhoso. Mas ela recordava que ele chegou a festa de Alana — desceu ao nível dos mortais, pensou no dia — com uma jaqueta parecida com a usada nessa noite, tapado da cabeça aos pés e apenas subiu as escadas. Existia uma corrente com uma plaquinha dizendo que os quartos eram proibidos e ela se achou no direito de subir para o mostrar, expulsar do espaço, apenas para o encontrar no quarto de hóspedes, sentado no canto e com o capuz caído. Aquela não era a visão que esperava de um futuro campeão mundial de F1. Não era a que ele passava ao andar de maneira altiva pelos corredores como se todos não fossem nada comparado a ele.

— Eu falei tanta coisa naquele dia que nem lembro.

Ela não queria que aquele dia fosse um marco aos dois. Preferia pensar que tudo começou na festa da igreja. Eles mereciam mais.

— Foi a primeira vez que minha mente se concentrou em algo fora minha carreira.

— E foi aí que eu consegui um ódio mortal de seu pai por mim. — ela sussurrou envergonhada — Sendo sincera, achei que ele apareceria a qualquer momento no quarto e me expulsaria a ponta pés.

— Você o chamou de coisas ruins.

— Talvez eu tenha passado um pouco dos limites quando ele te ligou, mas eu estava bêbada e pedi desculpas no dia seguinte quando ele apareceu para te buscar.

— Aquilo foi legal.

— Eu ter pedido desculpas?

— Você ter me defendido dele. — Max sentia vontade de apenas deitar em algum lugar e ficar conversando com Charlotte sobre aquela noite, ou qualquer outra, apenas para que nunca acabasse, que a noite não tivesse fim — Foi a primeira vez que alguém me defendeu dele.

A garota abriu a boca, quando Kelly gritou da porta para os dois se apressar. Ela tocou a boca do loiro, esperando que aquele gesto o mostrasse que não se arrependia do que fez, o vendo sorrir.

— Os pombinhos resolveram se juntar a nós.

Eles estavam em um bar, aparentemente conhecido a Daniil e ao Ricciardo, porque os dois sabiam quais eram os melhores drinks. Carlos e Max não haviam os acompanhado no ano anterior, então apenas escutavam.

— Quer beber alguma coisa? — Max questionou a castanha, eles estavam de pé junto a uma mesa assim como os outros, a mão dele descansando nas costas da mais nova.

Charlotte analisou os copos em mãos de todos, negando em seguida. Max riu, decidindo se juntar a ela apenas em tomar um refrigerante.

Max não sabe bem em que momento Kelly acabou mais alterada que o normal, acompanhando seu namorado com pulos estranhos após poucos copos de uma bebida misteriosa. Todavia, ela havia conseguido a grande conquista de fazer todos a acompanhar. E ele estava com a mão em cima da mesa onde os seus copos estavam distribuídos, a alça da bolsa de Charlotte contra seu pescoço por estar atravessada em seu corpo, analisando as duas dançando.

— Eu deveria ter convidado a Isa.

Um Carlos bêbado o declarou. Verstappen tomou um gole de seu refrigerante, não se dando ao trabalho de desviar os olhos da sua garota, nervoso demais com a maneira como Daniil parecia rodear além de sua namorada, Charlotte.

— Por quê?

— Olha a Charlotte! — ele apontou para a castanha, bem no momento que ela mexeu seu corpo, sorrindo com Kelly antes de parar os olhos em cima de Max, abanando a mão para ele, mesmo com a luz baixa, Max ainda sabia que ela estava vermelha — Isa iria gostar de conhecer ela. E olha a Kelly! Nós nunca tínhamos conversado com ela e Daniil, mas agora ela está sendo legal conosco. Nós vamos marcar, no próximo GP que a Char for, a Isa estará.

Max finalmente desviou os olhos deles, se sentindo seguro o suficiente por ver Daniel Ricciardo com os três e engolindo em seco. Carlos parecia animado com a perspectiva das meninas se encontrar.

— Charlotte disse que esse vai ser o único GP que vai participar, cara.

— O que? Por quê? Aconteceu alguma coisa? Você fez alguma coisa? Foi por aquele comentário sem noção? Você não pediu desculpas...?

Max precisou tapar a boca do espanhol para conseguir abrir a sua. Os olhos em alerta, deixando claro que gostaria de explicar, mas precisava de espaço para isso.

— Ela disse que não quer essa vida, somos novos e não devemos nos apegar a uma coisa que não vai dar certo.

— Uma coisa que não vai dar certo? — Carlos parecia quase revoltado ao repetir — Max, eu aposto que você sorriu mais com Charlotte nesse fim de semana do que a temporada toda passada. Você nem ao menos ficou incomodado quando seu pai ligou, sendo que toda vez que ele está longe nos fins de semana de GP, você é uma pilha de nervos... Essa garota... Charlotte é legal. Não é nenhuma dessas loucas que você costuma sair depois dos GP's e, sendo sincero, me arrependo de ter te incentivado a ir com calma. Quero que você se case com ela, porque ela te faz bem e...

— Mas ela não quer. — ele interrompeu o número cinquenta e cinco — Também acho tudo isso, mas Charlotte não quer isso. O fim de semana foi legal, mas ela só quer isso. Que seja um fim de semana. Me disse que é para fazer o fim de semana valer a pena, porque vai ser o único. O que eu posso fazer?

— A faça mudar de ideia.

Max tinha certeza que não deveria escutar seu amigo em um bar que não conhecia e ainda por cima bêbado. Mas Carlos parecia melhor em assuntos como aquele bêbado do que sóbrio... E não custava né?

— Vá até aquela garota e a faça mudar de ideia, ou pelo menos não te bloquear quando voltar para a cidade dela.

Max olhou para onde Charlotte tinha as mãos no rosto, enquanto Kelly tentava a ensinar alguma dança maluca. Ela estava rindo, apesar de parecer envergonhada.

— O que está esperando, seu idiota? — Carlos empurrou seu braço — Vai lá!

Algum tipo de confiança maior passou pelo corpo do número trinta e três e ele caminhou até o quarteto, interrompendo o que seria a quinta tentativa de Kelly ao ter os braços preenchidos por uma Charlotte animada.

— Você venho me salvar! — A Bakker riu, animada por estar com eles, nenhuma gota de álcool no corpo, mas a energia de quem tinha bebido demais — Sério, Kelly! Sinto muito, mas não tenho essa coisa que você tem.

— O quadril solto? — a brasileira riu, vendo a outra acenar — Mais uns GP's e você consegue, querida.

— Isso mesmo. — Carlos gritou, se aproximando deles e tocando os braços de Charlotte, a fazendo escorar as costas ao peito do Max, meio surpresa — Você precisa participar de mais GP's!

A castanha sorriu sem graça, se sentindo incapaz de contar sobre sua decisão de não retornar a outro e, sim, ficar na sua cômoda vida em Maaseik.

— Eu poderia te levantar — Max não era o maior fã de músicas, mas aquela ele conhecia — Eu poderia te mostrar o que você quer ver e te levar onde você quiser — sussurrou no ouvido da mulher, o plano de Carlos parecendo fazer sentido — Você poderia ser a minha sorte, schat — aquilo não era uma mentira — Mesmo se o céu estiver desabando, sei que vamos estar sãos e salvos...

Ela se virou nos braços dele, passando os seus pelos ombros masculinos, os olhos castanhos brilhosos, as bochechas rosadas, a boca carnuda. Max tinha certeza que Charlotte poderia o matar se quisesse, talvez ele agradeceria se isso o possibilitasse apenas passar o restante do tempo possível com ela.

Estamos sãos e salvos!

Ela cantou com o refrão. E Charlotte se sentia diferente com a presença do loiro com ela. A fazia ter vontade de fazer coisas que nunca faria sozinha, dizer coisas que nunca faria, mexer cada centímetro de seu corpo contra ele. E Max a segura, como uma fortaleza, prendendo os dedos em suas ancas e ela retorna a se virar.

Kelly tem um sorriso grande na sua direção, como quem se orgulha de um pupilo. E ela sente os dedos apertando seu vestido, o puxando para baixo, e ela leva uma das mãos para trás, traçando a linha de músculos sob o algodão da camisa, tentando lembrar de respirar quando uma das mãos desliza pela lateral de sua coxa. E ela treme.

Rough sex on the bedroom floor
Hop in the shower, she begging for more
Do Not Disturb on the hotel door
Waking the neighbors

A belga nunca tinha ouvido aquela música, mas a maneira como o toque junto a ela fez sua pele queimar deveria ser estudado. A medida que a música avança, as mãos de Max enrolam-se novamente em seu quadril. Quente e forte, a arder cada vez que a ponta dos dedos tocam a bainha. E ela se sente tensa. O peso da mão parece bom, a fazendo balançar lentamente para trás até sentir as costas encontrar o peito.

Max percebe como Carlos se dispersa entre os presentes no bar, ou como Daniel se distrai com uma mulher atrás deles. Um olhar preocupado. Ele até se perguntaria se não era a namorada de Daniil, se não fosse o fato de Kelly estar com o Kvyat dançando mais a frente.

Max e Charlotte não são mais o centro e isso era bom. A Bakker considerava pela maneira como estavam agindo. Nenhuma gota de álcool e ela ainda estava se esfregando a Max como se tivesse alcoolizada, sem vergonha nenhuma.

— Schat, je weet wat je doet, toch?

Querida, você sabe o que está fazendo, certo? A pergunta a faz rir, continuando a mover o corpo com o dele, sentindo os dedos do loiro escorregando por seu quadril, chegando a pele, ajustando sua força para pressionar a carne quente. Charlotte abre os lábios, buscando mais ar.

Max beija o ombro descoberto, a sentindo passar o bumbum sobre sua virilha de forma ligeira, enquanto finge dançar no ritmo da música. Um sabor... Um pequeno convite.

Charlotte o sente descansar a cabeça em seu ombro, o puxando com as mãos pelo estômago, a voz mais baixa e tonificada.

— Venha para casa comigo, schat?

A boca de Max passa por sua bochecha, os seus corpos ainda estão se movendo, as mãos vagando pela barriga da mulher, e ela sentiu seu peito se acelerar, longe do padrão estético preferido por todos. A voz de Alana surgindo em sua mente, acusando cada dobrinha que ela tinha. E ela se assustou com o aperto dado pelo holandês novamente.

— Vamos embora agora, schat.

Charlotte sentia que a terra inteira estava girando, o seu famoso controle que a fez conseguir manter a postura no banheiro mais cedo evaporando com um tchauzinho. E ela tomba a cabeça para trás, enquanto ele pressiona seu quadril em sua bunda.

— Me diga, schat.

Sua voz soa de maneira rude que agita a mais nova. E Max beija o pescoço de Charlotte, os dentes passando de maneira superficial e ela olha para a frente, reparando em como Kelly sorriu ao encontrar seus olhos. A brasileira parecia preocupada com ela, apenas para respirar aliviada.

Daniel que não estava mergulhado na tensão entre os casais, percebeu quando uma mulher, que olhava eles, se moveu na direção do casal. Max ocupado demais com sua garota. O Ricciardo duvidava que a própria belga tenha reparado na aproximação. Mas Carlos tentou acabar com o encontro antes que ocorresse, pois fingiu uma dancinha estranha que fez a Bakker rir e bateu "sem querer" na loira, a fazendo dar uns passos para trás. Kelly, que estava ao lado de Daniil reconheceu a loira de mais cedo em uma velocidade superior a qualquer um, se movendo para perto da nova amiga e sussurrando a Charlotte.

— Maxie! — o gritinho fez todos se voltarem a loira, e Daniel reparou no sorriso que Kelly e Charlotte trocaram, como se tivessem esperando aquilo depois da troca de segredos.

— Merda! — o holandês tinha vontade de chutar qualquer coisa ao se virar, a mão ainda descansando no quadril de sua garota, a puxando para perto, enquanto dava a atenção ao chamado — Boa noite!

— Maxie! Finalmente te achei! — e ela retornou a pular em cima do loiro, igual no dia anterior, o que fez Charlotte se afastar de maneira muito rápida, quase se sentindo atropelada, a mão de Kelly parando na sua e a puxando para junto de si — Parabéns pela pontuação!

— Obrigado. — ele colocou distância entre os dois, a mão empurrando de forma discreta o corpo feminino, os olhos procurando a Bakker.

— Eu vou pegar uma bebida. — Daniil avisou a todos, não se importando nem um pouco com os presentes.

Daniel o viu se afastar, um olhar confuso ao ver que não havia perguntado a Kelly se ela gostaria de outra bebida também.

— Você quer alguma coisa, Kelly? — O Ricciardo perguntou a ela, ganhando sua atenção.

— Oh, não. Não precisa, Danny.

E a loira ainda continuava ao lado de Max, os olhos de Charlotte e Carlos em cima dela. O Verstappen e a Piquet cuidando as reações da Bakker. E Daniel intercalando entre cuidar a saída de Daniil ou olhar a confusão.

— Você precisa de alguma coisa?

Charlotte se viu perguntando a loira. Sua feição estava neutra demais para a confusão que vinha sentindo em seu interior e Kelly parecia ser a única a perceber isso. Talvez fosse por ser mulher, ela não fazia ideia. A única coisa era que a belga gostaria muito de ir para casa, desde o segundo que essa loira se aproximou. E isso era meio injusto na sua cabeça, pois estava se divertindo até dois segundos atrás, antes da aproximação. E ela nem deveria sentir isso. Max era livre para fazer o que quisesse. Assim como ela era livre.

— Apenas vim cumprimentar Maxie.

Kelly soltou uma risada atrás de si, que fez Charlotte a acompanhar de maneira um pouco mais discreta, sentindo os dedos da brasileira contra os seus.

— Já o cumprimentou, fofa.

Kelly garantiu, vendo Max, sem rodeio nenhum, se movendo para o lado da castanha novamente, a mão em sua cintura. Um pequeno gesto.

Charlotte sentiu como um banho de água fria, pois Max estava fazendo isso naquele momento, mas a um GP, quem sabe teria feito o mesmo com a loira. Talvez esse fosse o perfil de Max.

— Até o próximo GP, Maxie.

O loiro estava odiando aquela intimidade. A maneira como falava, dando a entender que existia algo por trás. E a maneira como Charlotte parecia tensa ao seu lado. Ou como estavam aproveitando até momentos atrás e, agora, todos pareciam sobrecarregados.

— Eu adoro essa música!

Kelly declarou com a saída da loira. Puxando Charlotte de perto de Max, colando seu corpo ao dela e sussurrando:

— Não sei se isso a faz se sentir melhor, mas ele declarou de forma bem óbvia quem era a escolha dele.

— Nesse GP. — Char sibilou, sem coragem de encarar o holandês. Ou se lembrando de que não teria GP's futuros para comparar.

— Então o faça te escolher em todos.

Então os dedos de Max estavam a puxando novamente, os corpos mais próximos, e ela esticou o pescoço para trás, pressionando a boca contra a sua orelha, os olhos meio fechados em vergonha.

Max vira a cabeça para a enfrentar, um pequeno sorriso, tentando ser otimista sobre o fato de ainda a ter. De que ninguém havia estragado nada. E eles ainda eram uma unidade, nem que fosse apenas a promessa do fim de semana.

O hálito de Max batendo contra seu rosto, antes da mão masculina apertarem suavemente seu queixo, o trazendo para o lado, antes de a beijar. Mais suave do que esperava. Talvez mais suave do que ela precisava, mas então o homem estava aprofundando o beijo. Tornando-o quente e molhado, os dedos empurrando para o cabelo, e Char mal consegue o acompanhar.

E Max a arrastou pelo caminho quase, a troca de saliva, a necessidade, os toques. Tudo a levou ao limite e quando chegou ao hotel, sua mente parecia um enorme carrossel... Rodando, rodando e rodando...

Ela sempre gostou de um bom carrossel...

Não temos nada nos ligando

Corta para 2023 com a Charlotte com 4 ligações

, ,

Eu fico entre uma fofoca e uma intensidade superior com esses dois

Não sei dizer

Eu tenho um amor especial pela relação deles, tento ser imparcial nas fics, mas essa e do Carlos tem um lugar a mais que as outras

A maluquinha, a sereia e a bruxa do ocon também, mas a schat e a cariño me pegam...

O que estão achando?

Contar, eu tinha estipulado uma média de 5K por capítulo, mas esses últimos tem extrapolado um pouco...

Estamos no capítulo 0.9

Significa que o próximo é o 10

Estão animados para voltarmos a 2023?

Espero que tenham gostado

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