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0.8

Gostaria de lembrar que a Charlotte tem 18 anos e o Max também tem 18 anos. Eles são jovens adultos e isso significa que eles não pensam muito e levam muita coisa para o lado pessoal e tal... No final do capítulo também vai ter uma pequena libertinagem, ninguém é obrigado a ler se não quiser. Acho que é isso.

Boa leitura!

XANGAI
14 DE ABRIL DE 2016

A entrada de Charlotte estava liberada para os próximos dias e ela ostentava a mesma quantia de crachás que Kelly. Todavia, por escolha da morena, acabou decidindo que iria ao local da corrida apenas no dia seguinte. Segundo a Bakker, não queria chegar ao local abrindo a boca de sono. Se alguma câmera a pegasse, sentia que poderia magoar Max por estar parecendo tão cansada.

Kelly comentou que aquilo era uma besteira, mas respeitou sua vontade. Apenas não ficou com a mais nova no quarto de hotel, porque precisava ir a pista garantir que seu namoro estava intacto. E Charlotte não conseguia entender como a Piquet ficava tão nervosa com aquilo. Ela tinha um namorado. O namorado sabia que namorava com ela. Ele não tinha que a respeitar? Mesmo não estando presente?

De qualquer forma, foi uma surpresa e tanto a Charlotte perceber que dividiria um quarto com o número trinta e três. Se bem que Kelly a falou sobre ser uma coisa normal se estavam juntos. Ainda assim, por algum motivo, a mais nova ainda achava que seria jogado em qualquer quarto pelo tempo que estivesse ali.

E, seja quem fosse, ela pediria a Max para agradecer a pessoa que reservou os quartos, porque depois do famoso banho dos justos, ela caiu em cima do colchão e apagou tão rápido que nem percebeu.

A morena estaria mentindo se falasse que tinha dificuldade em dormir, quando se estuda em outra cidade e tem uma irmã mais nova para ficar de olho nos dias livres. Dormir em qualquer canto se torna uma prioridade. E ela estava colocando isso em prática, mesmo tendo dormido em seu voo... Ela culpava o fuso horário.

Max chegou animado ao seu hotel, mesmo com Carlos o falando para segurar a onda. Como se eles fossem surfistas... Ele era um piloto, ele poderia maneirar a velocidade, mas nunca segurar uma onda.

— Só não a assuste com... — Carlos o sinalizou — Tudo isso.

Eles haviam passado bons dias sem se falar direito antes de chegarem a Xangai. Carlos estava estressado com a maneira como Max estava levando seu "relacionamento" com Charlotte. Porque, de repente, tinha percebido que talvez gostaria de ter a companhia de Isa no paddock também. Coisa na qual nunca tinha sido cogitada até Max falar os planos que tinha com a sua garota. E Carlos estava nesse meio termo com a Isabel desde o ano anterior.

— Boa noite, Carlos.

Max sibilou, sem o levar a sério, abrindo a porta e a fechando rápido, não dando visão alguma ao Sainz. Uma espécie de vingança pelo comentário idiota ao ver o olhar curioso direcionado para dentro.

Logo depois, se virou. E talvez Max devesse ficar irritado, ou decepcionado ao ver a mulher embolada no meio da cama com o cobertor enrolado na sua volta. Essa deveria ser a reação de uma pessoa que chamava a outra apenas para conseguir algo casual, como Charlotte gostava de pensar.

Todavia, a única coisa que Max Verstappen conseguiu pensar era em como queria se enfiar entre aquelas cobertas e se agarrar a mulher. E isso foi colocado como uma meta ao largar sua mochila no chão, reparando na dela ainda meio intocada no canto, e se movendo para tomar um banho rápido.

Por mais que quisesse apenas se enfiar embaixo das cobertas, ainda se sentia pegajoso por baixo das roupas. O banheiro pequeno de sua salinha não era o melhor, com um tempo máximo para aproveitar a água quente, ele praticamente corria embaixo.

O banho do quarto era quase um luxo, se comparado ao da bendita salinha. Mas Max não queria pensar nisso, tinha feito uma promessa de que não iria reclamar sobre nada naquele GP, porque sua garota estaria nele.

E ele apenas vestiu sua cueca, saindo do banheiro ainda com a toalha em mãos e a estendendo na cadeira, antes de se mover para a cama. Charlotte ainda estava dormindo, quase como se fosse impossível a tirar daquele momento.

O quarto está meio iluminado, as persianas abertas dando a visão da cidade se aproximasse da janela. Max quase foi até ela para fechar, mas a imagem de acordar em qualquer momento e conseguir enxergar a sua garota ao seu lado parecia maior que aquele pequeno tique. Ainda precisava ter certeza de que não era um sonho. E ele puxou a coberta, ouvindo um pequeno resmungo, antes de cair em cima do colchão.

Max ainda estava se acostumando com a mudança de horários também, então, já sentia seu corpo relaxar conforme o colchão se encaixava embaixo de si. E Charlotte parecia ter entendido que o piloto chegou, mesmo em seu sono, rolando para ser abraçada. E ele sorriu ao sentir o nariz da mulher se arrastar por sua pele, procurando seu pescoço, antes das mãos do homem fazerem carinho em suas costas.

— Como foi o primeiro treino?

Ela havia aprendido mais sobre a profissão de Max nesses últimos tempos. O piloto sempre parecia animado em a explicar e a conversar sobre horas sobre o assunto. Assim como sempre pareceu interessado quando queria falar sobre os seus desejos. Eles tinham uma boa troca.

— Bem. — ele puxou o ar, sentindo o perfume usado pela mulher — Seria melhor se tivesse ido.

— Desculpa, estava cansada.

Charlotte se sentia culpada após a fala do piloto. Ele tinha feito tudo aquilo por ela, a levado para conhecer um país diferente e, mesmo assim, tinha sido ingrata ao ponto de ceder ao cansaço e não fazer um esforcinho para comparecer. Nem o esperando acordada estava.

— Está tudo bem. — ele beijou os fios castanhos — Também estou cansado.

O incômodo diminuiu, porém, ela ainda se sentia mal por sua falta de consideração.

— Você tem algo planejado para hoje? — Sua boca roçou a pele sensível no pescoço do homem.

— Ficar no quarto com minha garota vale como plano?

Um sorriso maior cresceu na face da castanha.

— Espero muito que seja.

Max passou a mão pelos fios castanhos, tocando o queixo da mulher e o erguendo. Charlotte o encarava com um pequeno sorriso, os olhos quase se fechando, parecendo cansada.

— Estava com saudades.

Max foi sincero, esquecendo todo o papo de Daniel e Carlos. Ele poderia ser um pouquinho avançado, meio assustador, no dia seguinte colocaria a culpa no cansaço do fuso horário. Todavia, aquilo não seria preciso, pois a mulher falou baixo:

— Também estava. — declarou manhosa, arrastando o rosto de volta ao pescoço, o nariz passando debaixo para cima, até o fazer descer os olhos até os seus.

Charlotte era a garota mais bonita que Max conhecia. Mesmo que tivesse dormido com uma modelo loira que poderia facilmente ser eleita a oitava maravilha do mundo no Bahrein. Charlotte ainda era mais bonita que ela.

— Adoro você... — confessou, piscando os olhos azuis.

— Gosto de ficar com você, Max. — ela murmurou de maneira sonolenta, sem perceber muito as palavras que escolheu, se agarrando ao loiro.

Ele a apertou em seus braços, um pouco impactado demais para falar qualquer coisa a belga. E seus olhos correram pelo cômodo, quase como se quisesse que alguém estivesse presente para confirmar que não era um sonho. Apenas encontrando Groom em cima da cômoda.

— Por que Groom não está com você?

— Achei que pudesse não gostar de outro leãozinho na cama.

E Charlotte sorriu para ele, o deixando descer o rosto até o seu, assumindo seus lábios em um beijo gentil, sentindo suas mãos sobre ela. Max suspirou sobre sua boca, meio impactado com a maneira como se sentia a mercê dela. Como tudo estava se desenvolvendo.

XANGAI
15 DE ABRIL DE 2016

O segundo treino livre começava as quinze horas, o que deu uma boa margem de tempo para Max e Charlotte acordarem e ficarem juntos pela manhã, antes de Carlos aparecer na porta sem conseguir se conter.

— Bom dia, caro colega.

Max o cumprimentou ao abrir a porta, um sorriso cínico nos lábios ao ver o olhar curioso do Sainz por cima de seus ombros. Charlotte estava sentada perto a mesa do quarto, longe das vistas de qualquer um que viesse falar com eles.

A verdade era que eles estavam mantendo o costume de ficar conversando. Max estava proibido de fazer qualquer outra coisa, pois, segundo seu treinador, o desempenho masculino caía. Então, ambos tinham que arrumar atividades ou assuntos para não ficar estranho. Naquele momento, eles estavam jogando jenga.

— Você não vai me convidar para entrar?

— Schat, o Carlos quer entrar. Posso deixar ele entrar?

Max se voltou para a castanha, uma pequena dúvida na face, que a fez rir. Charlotte usou a sua vez, tirando com muita delicadeza uma das pecinhas e colocando em cima. Max suspendeu a sobrancelha, antes de vê-la se erguer da cadeira e vir até eles.

— Oi...!

Carlos precisava admitir que a garota era mais adorável do que imaginava, principalmente ao vê-la chegar ao lado de Max e deixar o loiro a abraçar de lado. Eles eram bonitinhos juntos.

— Olá, schat. — Carlos pronunciou errado o "querida" e ainda ousou demais ao inclinar o corpo para a frente, selando a bochecha da mulher — É um prazer te conhecer.

— O prazer é m-meu.

Charlotte apertou os olhos ao sentir sua voz gaguejar. As bochechas esquentando de maneira rápida demais, quase como se estivesse fervendo. E Max só faltou rosnar na direção do espanhol.

— Não a chame de "schat", Sainz! — o holandês o avisou, apertando o braço na cintura da castanha — E você está vermelha por quê?

Max questionou a mulher, um olhar sério sendo dirigido a ela. Charlotte mexeu a mão, como se a resposta fosse óbvia. E Carlos piscou para ela, a fazendo olhar para baixo.

— Por que está vermelha para ele?

— Isso é ciúmes, Max?

Carlos resolveu incomoda-lo, fazendo a castanha colocar seu corpo mais contra o número trinta e três, assim que ele pareceu querer pular em cima do outro. Max mostrou o dedo feio a ele.

— Por que está vermelha para ele, schat?

— É fofo te ver sendo ciumento, mas eu preciso ir no banheiro. — e para a surpresa do "casal", Carlos não voltou para seu quarto, invadindo o cômodo deles e seguindo para o banheiro.

— Por que ficou vermelha para ele? — Max retornou a perguntar.

— Ele... Max...

— Schat...?

— Ele parece um personagem da Disney, na hora que olhei para ele, não sabia se me lembrava o Eric ou o Flyn Ryder.

Max não conhecia nenhum dos dois príncipes da Disney que Charlotte havia citado, mas, de algum jeito, conseguia sentir ciúmes dos dois.

— É um desenho infantil.

— Hum.

— Podemos assistir de noite.

Charlotte propôs de forma nervosa.

— Por que eu iria querer assistir um filme infantil que lembra Carlos?

— Você está com ciúmes de seu colega de equipe?

Ele ficou em silêncio.

— Isso vai ser ridículo da sua parte, Max. — ela o avisou, finalmente fechando a porta e agradecendo o que quer que Carlos estivesse fazendo no banheiro para demorar — Eu viajei até aqui para ficar com você, não com ele.

— Você não o conhecia.

— Mesmo se o conhecesse. — ela se afastou dele, os olhos faiscando a porta, apenas para não ver sinal algum que o outro sairia — Que tipo de pessoa você acha que sou?

Talvez fosse errado Carlos estar escutando atrás da porta, mas ele percebeu muito bem como a mandíbula de seu colega de equipe ficou ao ver o rosto da namorada corar. E, ouvindo agora, era o momento de intervir antes que Max falasse alguma merda.

— Certo, certo. Eu vou buscar o Max e já estamos indo. — Carlos saiu com o celular no ouvido, a tela ainda apagada, mas sem criatividade para fingir de maneira mais convincente. — Aham. Já estamos chegando.

E ele fingiu desligar, os olhos do "casal" em cima de si.

— Desculpa interromper, mas estão nos chamando, Max.

O loiro concordou, um suspiro saindo antes de puxar a morena para perto.

— Te encontro lá?

— Não sei ainda. — ela fez doce, virando o rosto assim que o loiro tentou a beijar.

— Ainda tenho que pegar minha mochila. — Carlos interrompeu o que provavelmente seria o Verstappen falando algo errado — Vamos?

— A pegue e nos encontramos lá embaixo.

— Vamos.

Carlos arregalou os olhos, sinalizando a castanha e sorrindo amarelo. Max pareceu entender, correndo para pegar sua camisa da Toro Rosso e recolocar o boné. E o Sainz abanou a mão para a mulher.

— Bom treino!

Charlotte declarou, os braços cruzados. Max concordou, saindo no corredor com Carlos, ouvindo a porta bater.

— Cara... Você não pode ser assim.

Max rolou os olhos para o mais velho. Odiava quando Carlos tinha razão e agia como se fosse o maioral em relacionamentos. Fazia um ano que ele conversava com Isa e apenas no início do mês passado começaram a sair. A menina parecia fugir dele. E agora ele se achava no direito de interferir no seu relacionamento.

— Nós vamos nos resolver de noite. Não se preocupa.

E aquilo era verdade. Foi necessário apenas dois filmes da Disney, uma salada do nutricionista e abraços em cima da cama. Talvez transar com Charlotte fosse uma das coisas mais gostosas que ele já fez. Mas ficar de bobeira com ela? Aquilo era a definição de perfeição ao loiro.

XANGAI
16 DE ABRIL DE 2016

Os olhos do loiro encontraram a Bakker ao descer do carro, ele não a via desde que saiu pela manhã do quarto. Charlotte ainda estava no banheiro, o que o fez apenas conseguir um beijo muito rápido antes de embarcar com Carlos e a deixar esperando por Kelly.

E talvez esse tenha sido o seu erro. Deveria ter aguardado até a namorada de Daniil aparecer para saber qual seria o plano das duas, visto que Charlotte faria sua primeira aparição apenas no classificatório. E a merda toda era que ela estava do lado de Kelly usando uma saia tão curta que dava para ver seus joelhos, camiseta da Red Bull e um boné da Red Bull com o número vinte e seis. Não o seu trinta e três. Mas o vinte e seis. O número do Kvyat!

Charlotte sorriu na direção dos boxes da Toro Rosso, ambos tinham combinado que ela ficaria com a Red Bull, ao lado de Kelly, já que queriam manter a discrição. O problema era que os olhos de Max estavam sobre ela de uma maneira muito estranha, não se desviando em momento algum, a testa franzida como se estivesse se dando conta de algo. E ela abriu as mãos, torcendo para que Max compreende-se o pequeno gesto para entender o que estava acontecendo, sentindo os braços se arrepiando sem motivo nenhum aparente.

— Se essa é a ideia de discrição do seu namorado, todo mundo saberá que estão juntos até o final da sessão.

Kelly afirmou a mais nova, tocando seus ombros e a puxando para acompanha-la até um monitor. A afastando de onde o número trinta e três ainda as olhava.

— Ele não é meu namorado.

Charlotte a corrigiu pela primeira vez. Percebendo que não tinha o feito nem com a aeromoça no voo.

— Bom, então precisa avisar a ele disso.

Charlotte iria comentar sobre o fato de Max saber disso quando seus olhos encontraram uma pessoa "conhecida" passando a frente do boxe. Ela acompanhou a mulher, quase precisando virar o pescoço para a perseguir, fazendo Kelly a imitar.

— Você a conhece?

A Bakker poderia dizer que a pequena stalkeada feita por Alana naquela meia hora tinha servido para descobrir a nacionalidade e o fato da mulher ser mais velha que ela. Ou que os loiros eram falsos. Mas ela apenas sibilou:

— Eu não, mas Max a conhece.

Kelly diria que Charlotte ainda veria muito aquele tipo de mulher zanzando pelo paddock. Porque era a verdade. Ela mesmo tinha feito um papel semelhante para conseguir seu namorado, mesmo que não se orgulha-se disso. Todavia, suas palavras não poderiam mudar o fato da mulher ter entrado nos boxes da Toro Rosso com um enorme sorriso no rosto direcionado exclusivamente ao número trinta e três.

— Eu senti uma leve oscilação na terceira curva, como se o freio tivesse sido tocado. — Verstappen conversava com o mecânico, sinalizando o ponto que sentiu diferença no chassi, quando uma mão tocou seu braço.

— Max! — e uma mulher pulou em cima dele, o fazendo levar um susto, quase abraçando ao achar que se tratava da Schat, a afastando de maneira delicada, ou o mais perto que conseguiu, em seguida — Não tinha conseguido te ver ainda! Oii!

— Oi. — ele acenou com a cabeça, nenhum sorriso sendo direcionado a mulher, vendo quando o mecânico os abandonou, o fazendo coçar a nuca. Ele queria o seu capacete naquele momento, quem sabe assim não seria interrompido.

— Eu te disse que conseguiria vir ao GP da China!

Ela parecia animada ao falar, gesticulando bastante, como se quisesse ser pega pelas câmeras espalhadas pelos lugares.

— Me falou?

Ele não recordava dela.

— Sim! Na festa do Bahrein.

E a mente do loiro pareceu ter recebido a gasolina apenas naquele minuto, fazendo o motor funcionar e uma carga de imagens flutuar em sua cabeça. E, merda, ele estava tão ferrado.

— Oh, sim. — a voz saiu falhada, o obrigando a tossir, antes dos olhos seguirem para a garagem da Red Bull, percebendo muito bem quando Charlotte e Kelly fingiram ler algo no celular da Piquet — Festa do Bahrein, que foi no Bahrein e acabou no Bahrein e não se estende para a China.

Max sorriu ao finalizar, bem forçado, de uma maneira que provavelmente deixaria claro para qualquer pessoa sua falta de interesse para que retornasse a acontecer.

— Mas pode se estender.

— Mas não vai. — ele forçou uma tosse, desviando os olhos para onde o chassi de Carlos estava, procurando o amigo.

— Max... — ela voltou a tocar o braço do piloto, os dedos correndo de seu ombro até a mão, onde ela apertou seus dedos, piscando os olhos claros — Pode se estender...

O piloto a encarou.

— Eu não quero ser desrespeitoso com você, nem te ofender. — ele foi sincero, afastando seu corpo da loira — Mas aquilo só aconteceu porque a minha garota não estava presente... Ela está aqui agora.

A loira tripudiou das palavras do loiro.

— Se ela fosse realmente sua garota, nem Bahrein teria acontecido. — ela piscou para ele, tirando um papelzinho que tinha no bolso desde antes de aproximar do piloto, o levando ao zíper do macacão e empurrando para dentro das vestes — Caso sua garota durma.

E ela beijou a bochecha do holandês, se afastando com um sorriso grande no rosto. Max foi rápido em abrir o macacão para se livrar do papel, não vendo quando a castanha ao lado de Kelly o encarou.

— Eu disse que as mariposas eram perigosas.

A Piquet comentou, meio sem saber como poderia entrar naquele assunto com a Bakker. As duas mal se conheciam e no dia anterior, acabou não indo a pista ver o segundo treino livre, pois tinha coisas para fazer. O que atrasou um pouco a vinda de Charlotte também, apesar de ter descoberto depois que a castanha provavelmente não iria querer ir, visto que tinha tido um pequeno atrito com o número trinta e três.

— Você está bem?

— Sendo sincera? — a mais nova nem olhou na direção da Toro Rosso — Na verdade, não estava colocando muita expectativa, já imaginava que isso iria acontecer.

A brasileira a encarou, um pouco impactada. E a belga sorriu para ela, arrumando o boné do Kvyat em sua cabeça e a questionando algo referente a tabela do campeonato.

Horas depois, quando Max finalmente conseguiu ficar sozinho com a Bakker, ele começou um início de explicação sobre a cena, como se tivesse ficado o tempo após pensando sobre, quando a morena o interrompeu:

— Eu não estou te entendendo.

— Schat, eu juro que ela chegou do nada em mim e...

— Max. — ela o interrompeu, pegando a mochila com suas coisas e tirando uma muda de roupa com a maior calma, antes de continuar — Não estou te entendendo, você não me deve explicação.

— Como...?

— Nós não temos nada.

E Charlotte poderia rir do modo como a feição do número trinta e três pareceu ir ao chão, ou como ele ficou vermelho. Mas ela esperou chegar embaixo do chuveiro para fazer isso. Usando pela primeira vez o número de Kelly e mandando uma simples mensagem a brasileira.

Eu acho que quebrei ele

Você acabou de mostrar quem manda
Boa garota!
Meu orgulho!

XANGAI
17 DE ABRIL DE 2016

— Essa saia não tá meio curta?

Max perguntou, colocando uma camisa na mochila, como quem não se importava, mesmo que os olhos estivessem grudados nas pernas da Bakker. Charlotte desceu os olhos, parecendo analisar sua escolha, até mesmo empinando a bunda na direção do espelho, como se não afetasse o loiro.

— Não mostrou nenhuma polpa, então não.

Ela piscou para ele, o vendo concordar, uma feição seria na face. A castanha passou o rímel, dessa vez não iria usar as vestes de Daniil, pois Max havia conseguido roupas da Toro Rosso com o seu número. Eram bem discretas para o gosto da mulher.

— Nós vamos sair hoje né? — ele se aproximou dela, abraçando seu corpo por trás e sussurrando em seu ouvido —As pós corrida sempre são divertidas.

— Sim! — ela se virou, beijando a boca do loiro de forma rápida — Já combinei com a Kelly e o Daniil. Eu não te falei?

Max passou a língua pelos lábios. Não entendendo bem em que momento a mais nova tinha o excluído das decisões. Ou quando havia decidido deixar de lado o fato de que aquela amizade era falsa. Não era?

— Você vai conosco né? Se bem que pode querer sair com os outros e ficar com outras pessoas.

E Charlotte sorriu, o dando outro pequeno beijinho, antes de se afastar.

— Nossa! Já está na hora de irmos né? Combinei de me encontrar com Kelly na entrada. Vamos?

Max não sabia bem o que estava acontecendo, alguma coisa parecia ter se transformado desde o dia anterior. E ele estava tentando se justificar da maneira que podia. Mas quando não se sabe o que aconteceu, fica difícil. Então, quando os elevadores se fecharam, os deixando sozinhos, a única coisa que ele fez foi levar a mulher contra as paredes, colando sua boca a dela.

A belga tinha certeza que deveria o empurrar. Max e ela realmente não tinham nada, ele estava livre para trocar bilhetes com quem quisesse. Só que era muita falta de respeito fazer isso na sua frente. E ela poderia justificar um afastamento com aquilo, se ela tivesse se afastado.

— O que você tá fazendo?

A castanha questionou ao sentir a boca do loiro raspando por seu queixo, descendo por sua garganta, tocando próximo a gola da camisa. Max sorriu ao erguer o rosto.

— Eu não posso querer você?

O problema era que Charlotte ouvia sua mãe falando o quanto era indesejada. Ouvia Alana inventando histórias de como ela era levada como segunda opção pelos caras. Escutava até mesmo Florence a chamando de 02. Florence Bilard que não tinha moral nenhuma com ninguém. Então, quando escuta que, na verdade, você era desejada. Isso parece te fazer esquecer qualquer coisa e apenas seguir o fluxo. Ou, no caso da mulher, continuar beijando o piloto. Continuar até o barulho do elevador chegando a outro andar os despertar e um homem careca entrar com uma camisa da Red Bull.

— Senhor Newey! — Max o cumprimentou, passando a mão pela sua roupa e vendo Charlotte abaixar sua saia. Talvez houvesse um pequeno sorriso na face do piloto ao reparar na ação da mulher.

— Max! — o engenheiro projetista cumprimentou, logo os olhos seguindo a moça.

— Essa é a Charlotte, ela é minha...

— Amiga. — ela completou, não dando chances ao loiro para falar mais que isso — Sou amiga do Max.

Adrian observou a maneira como o piloto da Toro Rosso encarou a garota. Quase sentindo vontade de rir. Percebendo como a própria menina parecia estar se segurando.

— Isso... — Max engoliu em seco — Minha amiga... Ahn... Charlotte.

— Adrian Newey. — ele estendeu a mão para a menina após apertar o botão do térreo — Prazer em conhecê-la.

— Charlotte Bakker. — ela apertou sua mão — E o prazer é meu.

Max não precisou explicar qualquer coisa ao engenheiro, ou se quer foi convidado a participar do assunto, porque de alguma forma Charlotte conseguiu transformar a descida de elevador em um questionário sobre a profissão de Adrian Newey. E o engenheiro pareceu realmente interessado em responder cada uma das suas perguntas, até mesmo a convidando para seguir de carro com ele... Charlotte os arrastou para o carro.

— Eu já li muito sobre a Universidade de Southampton. — Bakker pontuou ao saber onde foi a formação do homem — Lembro que quase enviei um pedido para ser aceita.

— E por que não enviou?

— Irmã pequena e mãe ocupada.

Adrian riu junto com a menina, enquanto os três desciam no estacionamento.

— Irá acompanhar dos boxes da Toro Rosso?

Charlotte estava pronta para responder, quando Kelly abanou para eles da entrada, seus crachás no peito e o namorado ao lado. Daniil não parecia feliz em estar aguardando a chegada da namoradinha do Verstappen.

— Não, eu fico com Kelly.

— Ótimo! — Adrian ofereceu o braço a mulher, antes de se virar ao piloto — Não se importa né Max?

— Oh, não. — ela riu, aceitando o convite — Max se preocuparia apenas se fosse uma loira no meu lugar.

Max não se considerava uma pessoa burra. Porém, talvez tivesse tirado o crédito de como um assunto poderia influenciar nas ações de outra pessoa. Ou como poderia se arrastar por muito tempo. Ele acreditava que aquela cena com a loira tivesse sido finalizado. Mas ali estava Charlotte praticamente o arrastando na sua cara.

— Você tinha razão.

Max sibilou a Daniel ao passar ao seu lado, a mão agarrando o braço de Carlos e simplesmente o puxando para os boxes da Toro Rosso. Claro, o Ricciardo os seguiu.

— Exatamente no que eu tinha razão?

Daniel se esparramou em cima da cadeira da sala, pegando uma das bolinhas dispostas na mesa e sorrindo ao joga-la para cima.

— Não deveria trazer Lotti para um GP antes de saber o que temos.

— Eu disse isso desde o primeiro dia e só agora você concorda e ainda dá os créditos ao Ricciardo? — Carlos parecia revoltado ao perguntar.

— Só de ontem de noite para cá, ela já me jogou na cara duas vezes que não temos nada e ainda falou ao Newey que só me importaria com ela se fosse uma loira.

— Porra! — Daniel o olhou com pena.

— Isso foi por causa de ontem? — Carlos perguntou ao colega de equipe.

— O que aconteceu ontem?

— Uma loira venho no boxe e deu em cima do Max.

— Por que loiras vem dar em cima de você e não em mim?

— Porque todo mundo sabe que seu tipo é a namorada do seu companheiro de equipe. — Carlos respondeu a pergunta do australiano, um olhar debochado ao ver o choque correr sua face.

— Não sei do que está falando.

— Cara, eu te vi comprando café a ela ontem. — Carlos riu do Ricciardo — E ela ainda recusou, nem café compra direito.

— Vai a merda! — Daniel amaldiçoou, o rosto vermelho — E só para saber, ela já tinha tomado café, por isso não aceitou.

— Claro, se você se sente melhor com isso.

Max tinha certeza que Daniel poderia bater em Carlos se os dois entrassem em uma disputa. Se bem que Carlos tinha cara de quem daria uns bons socos. E ele acharia graça de tudo antes de os separar. Só que ele não tinha tempo para apenas observar.

— Será que podemos voltar ao fato da minha garota estar irritada comigo?

— Ela até que demorou para ficar irritada. — Carlos continuou como se nem tivesse tido uma pequena troca de olhar esquisita com o Ricciardo.

— Sainz tem razão.

— Por que minha vida não pode ser mais fácil?

Daniel e Carlos encararam o holandês, quase rindo de seu drama. Max se sentia uma piada. Talvez ele fosse uma piada, porque sair da nona posição para conseguir apenas o oitavo lugar na corrida não era o desejado. Ainda mais quando sua garota estava nos boxes.

— Foi uma boa corrida.

Kelly sorriu para a castanha.

— Max pontuou né? Os pontos é até o décimo...

— Isso! Ele pontuou.

Charlotte respirou aliviada. Não sabia se seria visto como um pé de coelho ou uma passada embaixo da escada. Sorte e azar nunca foi algo que ela foi capaz de discernir bem.

— Será que ele vai demorar?

— Dá tempo de ir no banheiro se arrumar.

Kelly piscou a ela.

Existia um pequeno movimento acontecendo por fora da pista, nos boxes, que provavelmente não seria nem quisto aos pilotos. Mas Kelly Piquet estava adorando. E era, de forma básica, apenas a brasileira passando algumas táticas úteis a mais nova de como fazer o Verstappen ficar na sua. Se bem que ela não achava que fosse necessário uma interferência da sua parte. Mas era divertido a maneira como as duas se divertiram planejando o dia da corrida.

A Piquet não tinha tido a melhor noite. Daniil tinha recebido um ultimato na corrida anterior sobre seu assento e parecia mais interessado em xingar todos a resolver o problema. E, nesse todos, incluía a namorada.

Então, depois de uma roda deprimente de choro no banheiro, foi meio recompensador a Kelly trocar mensagens com Charlotte sobre o caso Max Verstappen.

A menina era boa. Max também parecia alguém legal. E a tratava bem e somente o fato de ter tentado se explicar demonstrava que estava totalmente na Bakker. Isso tirando a maneira quase assustadora no qual a perseguia com os olhos.

Kelly tinha certeza que Max cuidava cada movimento feito pela castanha, além de espelhar algumas manias sempre que estava perto. Fora a maneira como ele parecia muito mais sociável próximo a ela. A Piquet tinha certeza que antes do GP da China, tinha trocado apenas cumprimentos com o loiro, para agora estar sendo questionada até sobre seu estado de saúde.

Okay. Talvez não fosse muito. Mas ainda era muito. Era difícil de explicar.

— Eu já volto.

Kelly sorriu para a mais nova, a vendo se afastar. E tudo estaria nos conformes se a Bakker não visse uma certa loira do lado de fora, ela parecia estar aguardando alguém. E, de forma interessante, quando os olhos das duas se cruzaram, Charlotte tinha certeza que a mulher sabia quem ela era. Ou o que representava. E ela não gostava de criar rivalidade feminina ou criar histórias na sua cabeça, mas seu estômago queimou e ela sentiu vontade de vomitar.

Charlotte não fazia ideia do que estava acontecendo consigo. Sua mente não fazia sentido algum e seu peito estava acelerado de uma maneira errada. Por que ela tinha que querer ir ao banheiro? Por que simplesmente não ignorou a modelo bonita do lado de fora? Não. Ela tinha que olhar para a mulher. Comparar as diferenças...

Foda-se! Max não queria ela.

Max apenas teve a benevolência de a levar para um GP. Um GP na China, porque assim não precisaria se preocupar com arrumar alguém. Ele sabia que a teria de qualquer forma não era? Ela conhecia um país novo e ele a comia sem preocupação quando chegasse a hora.

Céus! O estômago dela embrulhou novamente e ela correu para o banheiro, parecendo uma rata, não conseguindo nem sustentar o olhar da deusa loira. Era tão ridículo.

— Bem-vinda a vida de uma WAG, querida.

A voz de Kelly era baixa do outro lado da porta. Charlotte ainda trancada no cubículo, graças a Deus não tinha vomitado, mas se olhava no espelho e se perguntava o porquê de estar se prestando aquele papel.

— Abra a porta.

Ela obedeceu, dando de cara com Kelly. A morena sorriu para ela, ao invés de puxa-la para fora, entrando no cômodo pequeno e levemente sufocante. De repente, Charlotte se perguntou o quão ridícula estava parecendo e o motivo pelo qual levou Kelly Piquet a aceitar embarcar naquela loucura de fingir ser sua amiga.

— Você está bem, querida? — Kelly a sentou em cima da privada, fechando a porta e se acrocando a sua frente.

— Sim.

A mais velha suspirou ao vê-la olhando na direção da parede. Charlotte não estava bem.

— Me fala o que aconteceu?

— Você vem em todas as corridas?

— Sim. — a brasileira confirmou — Não sou louca de deixar Daniil sozinho com todas essas mariposas na volta.

Charlotte encarou a morena. Parecia fora de série que Kelly estivesse preocupada com as "mariposas" envolta do seu namorado, porque Kelly era linda. As pessoas a conheciam tirando o Kvyat e, bom, ela era a namorada. Teoricamente não era para as "mariposas" ficarem longe do que era dela? Todos sabiam do namoro.

— Elas não respeitam você? Tipo, todo mundo sabe que ele namora e...

— Algumas respeitam, outras não. A vida é assim. — a mais velha passou a mão pelos fios castanhos da outra — O que aconteceu?

— Nada.

— Charlotte... Quer mentir para mentiroso?

A Bakker mordeu a parte interna das bochechas.

— A loira de ontem esta ali fora... Chega ser injusto que seja tão bonita.

— E daí? Você é linda também.

— É. Sou tão bonita que aparentemente o Max a deu alguma esperança para continuar aqui.

— O que?

— Ela não estaria parada ali se ele não tivesse a dado alguma esperança para ficar.

Kelly suspendeu as sobrancelhas, a olhando de forma cômica.

— Isso é sério?

— Sim.

— Charlotte, pelo amor de Deus, aquele garoto só sabe olhar para você. — a mais nova continuou olhando para a parede — Literalmente, chega a ser meio preocupante a maneira como ele parece estar atento a cada movimento seu.

— Não é assim.

— Claro que é. — a Piquet rebateu, se erguendo do chão assim que suas pernas pareciam moles — Duvido que Max a deixe para ir dormir com uma qualquer.

— Você ouviu a parte que falei sobre ela ser linda? A que ele dormiu em Bahrein parece uma boneca.

— Ah, faça-me o favor! — Kelly a puxou para a frente da pia, se colocando atrás da morena e a fazendo encarar seu reflexo — O que você vê?

— Não vamos fazer essa atividade do "vamos ter amor próprio?". Sério. Não quero fazer isso.

A Bakker tentou sair da posição, apenas para as mãos da Piquet se prenderem em seu quadril e a manter no lugar. Charlotte arregalou os olhos.

— Você é linda. Esse batom claro parece que faz sua boca ficar maior, de alguma maneira, seus olhos são lindos e seu rosto parece todo moldado. Você parece uma boneca. Não elas.

— Kelly...

— Fora sua bunda, sério. — a brasileira pegou a belga de surpresa ao bater a palma contra sua polpa — Acho que Max quase quebra o pescoço toda vez que caminha. E nem é só ele. Até meu namorado faz isso, o que é ridículo da parte dele. E tem seus peitos. Não vamos esquecer deles. Porque você usando uma blusa básica da Red Bull conseguiu dar foco a eles. Então para de ficar se comparando com essas Maria Gasolina e olhe para você. Você é bonita, gostosa e simpática. Se Max te dispensar por conta de uma boneca loira, pode deixar que eu te arrumo outro Ken bem rápido.

As bochechas da estudante estavam quentes após ouvir todo o discurso da mais velha, mas existia um sorriso na sua face.

— E outra coisa. — Kelly juntou o corpo das duas, sussurrando ao pé do ouvido da mais nova, os olhos das duas se encontrando no espelho — A meia hora após a corrida é bem importante, é onde separa o joio do trigo... Elas não podem entrar na sala deles... Nós podemos.

Kelly piscou para Charlotte, se afastando com um sorriso malicioso, e já abrindo a porta.

— Eu estou indo garantir que meu namorado continue tendo olhos apenas para mim. — Kelly a informou, olhando o relógio em seu pulso — E você? Vai ir fazer Max ter olhos só para você?

Charlotte não fazia ideia de quando havia se tornado aquela pessoa mesquinha e gananciosa. E daí se Max quisesse dormir com outras mulheres? Céus! Como ela era burra! Alana mesmo havia a dito que Max estava saindo com outras mulheres, no meio de sua mentira sobre ainda trocar mensagens com ele. Mas a avisou, da sua maneira.

— Char! — Max sorriu ao vê-la aparecer com Kelly. Carlos estava junto com ele, ambos pareciam cansados e suados, mesmo que esbanjassem sorrisos maiores que a cara quase — Você deu sorte! Pontuamos hoje!

— Daniil conseguiu o terceiro, Kelly. — Daniel informou a brasileira, passando ao lado das duas — Pódio hoje.

— Isso! — ela comemorou, fazendo o Ricciardo sorrir ao ver a animação — E você?

— Quarto, atrás do seu namorado.

— Na próxima, Danny!

A brasileira garantiu a ele, o dando um pequeno abraço, antes de acompanhar os mecânicos do seu namorado para irem assistir o pódio. Daniel convidou os três, a oferta sendo aceita por Carlos sem pensar muito. Todavia, quando Max pensou em acompanhar eles, Charlotte segurou seu braço.

— Podemos ir na sua sala?

Ela não fazia ideia de onde tinha tirado coragem para questionar aquilo, muito menos se Max entendeu o que estava por trás de sua pergunta. Mas se ele falasse qualquer coisa sobre não poder leva-la a bendita sala, iria aceitar a proposta de Kelly e arrumar um outro Ken. Entretanto, ele concordou ainda com uma feição confusa. E, novamente, ela se sentiu mesquinha por entrelaçar os dedos com os do piloto ao passar ao lado da mulher de mais cedo. Ela não olhou para ela, seus olhos estavam focados demais em Max para isso.

— E estamos com quantos pontos? — ela perguntou um pouco mais alto que o normal, fazendo a atenção do número trinta e três parar em si, anulando qualquer olhadela a loira.

— 13 pontos no campeonato agora. — ele sorriu, o rosto ainda vermelho e os fios loiros parecendo quase castanhos de suor — Mais quatro pontos para a conta, schat.

A sala de Max era pequena comparada a de Daniil, mas também não tinha como ser diferente, estando na equipe menor. Mas ainda tinha um chuveiro, o que era mais do que o esperado a mulher.

— Vai tomar banho. — ela mandou, dando um empurrãozinho no piloto.

— Eu achei que queria conversar.

— E quero. — ela se aproximou do loiro, tocando seu rosto — Mas preciso que tome banho. E rápido.

— Você é cheia de mania. — ele rolou os olho, mas obedeceu.

O coração de Charlotte estava acelerado, ainda mais quando começou a ouvir o barulho da água caindo no chão. Max parecia feliz do lado de dentro, cantarolando alguma coisa e a fazendo querer o ver. O que ela estava pensando? A imagem da mesma loira retornou a sua mente e ela não conseguiu se segurar mais, empurrando a porta.

— Schat...

Ele arregalou os olhos assim que a morena tirou a camiseta e a saia, os tênis já não estavam em seus pés desde que entrou, fazendo companhia ao bone no chao. E quando ele pensou em questionar o que estava acontecendo,  foi interrompido pelos lábios de Charlotte. O loiro precisou de dois segundos para raciocinar, tendo as mãos da morena pelos seus cabelos, agarrando com tanta força quanto pressionando os lábios.

O chuveiro ainda estava ligado quando Max a puxou para junto de si, a trazendo para o boxe e a molhando com a pouca água quente que ainda tinha disponível. Charlotte sorriu contra seus lábios, abraçando seus ombros e o puxando mais contra si. Todo espaço de corpo colado ao seu.

— Charlotte, eles me multam se não for a entre...

Ele fechou a boca ao senti-la pressionar seus quadris. A mulher levou ambas as mãos para sua face, mordendo seu lábio. Max pegou a mensagem, abrindo os lábios e a deixando deslizar a língua para dentro, a ouvindo soltar um som que certamente deveria ser um pecado.

Max não fazia ideia de quanto tempo eles ficaram apenas nisso de se apertar e se beijarem, mas sabia que o tempo parecia mais curto que deveria e mais rápido do que queria. Pois, a água caiu gelada por suas costas, o dando um pequeno susto. E Charlotte estava rindo dele, antes de deslizar a mão para desligar o chuveiro e entrelaçar suas línguas mais uma vez.

Tudo parecia muito confuso e tentador na visão de Max. Ele queria muito continuar aquilo, mas sua mente parecia o lembrar a cada segundo que Charlotte não era o tipo de mulher que o abordava no banheiro e ficava trocando beijo. Céus! Charlotte não queria nem que ele ficasse muito perto de si para não causar alarde.

— Você tá bem?

A Bakker rolou os olhos ao escutar a pergunta, empurrando o corpo masculino contra a parede.

— Eu não posso querer você?

Max tinha perguntado aquilo mais cedo, antes dos dois saírem do hotel e se separarem. Quando o elevador estava vazio e ele conseguia manter as mãos em cima da mulher. E ele lembra dela com um sorriso grande ao ouvir. E ele estava com a mesma reação.

Charlotte o encarou, sentindo os joelhos fracos ao ver o olhar faminto que o piloto estava dirigindo exclusivamente a si. Um pensamento mesquinho se tornando presente em sua mente ao lembrar da loira do lado de fora. Ela duvidava que Max a olhasse assim.

A belga retornou a se aproximar, começando a beijar o pescoço do piloto, deixando mordidas e pequenos chupões como se estivesse cobrindo a pele. E, então, ela lambeu toda a linha frontal do pescoço de Max, sob o pomo de Adão, até chegar ao queixo do loiro, sorrindo antes de colar seus lábios aos dele mais uma vez.

Max soltou um pequeno rosnado assim que ela se afastou, a fazendo rir.

— Schat...

— Confia em mim. — ela o interrompeu, beijando seu queixo e sorrindo ao vê-lo com as pupilas dilatadas na sua direção.

Ela passou o nariz pelo do holandês, o vendo fechar os olhos com o carinho. E então ela estava levando a boca mais para baixo, tocando com os lábios o queixo, o pomo de Adão, a clavícula, depois em todo o tronco até o abdômen forte. E os olhos de Max estavam bem abertos quando ela caiu de joelhos e o olhou através dos cílios.

Charlotte nunca tinha visto alguém a olhar com tanta fome e luxúria. A maneira como o azul cristalino de Max parecia uma tormenta. Existia possessão e certa vulnerabilidade na forma como ele estava encostado na parede, ambas as mãos contra ela, como se buscasse a estabilidade.

— Dat ga ik niet doen, schat.

Eu não vou fazer isso, querida. Ele a avisou assim que percebeu o que Charlotte estava esperando. Os olhos castanhos pareciam debochados ao encara-lo, enquanto as mãos tocavam suas coxas. Max fechou os olhos, jogando a cabeça para trás, a deixando bater na parede.

— Alsjeblieft, mijn schat.

Por favor, minha querida. As palavras saíram arrastadas e muito antes de Charlotte aproximar as mãos do monte da frente. Ela quase riu ao vê-lo ceder apenas com um toque em suas coxas. Todavia, sua reação foi apenas inclinar seu corpo, os olhos ainda focados na reação na face de Max, enquanto tocava com os lábios a protuberância.

— Porra!

Um sorriso presunçoso se espalhou pelo rosto da mulher, inclinando a cabeça para trás ao sentir os dedos de Max tocando sua nuca e seu queixo. Ela o encarou, um brilho pervertido na face, o ouvindo praguejando em holandês. Como ela adorava que parecesse muito mais agressivo do que realmente era.

— Je maakt me gek, schat.

Você me deixa louco, querida. Ela gemeu, levando a mão até a base do pênis, sentindo as veias e a maneira como estava úmido. Max choramingou, os dedos dando duas batidinhas na parte de trás de sua cabeça. Ele não queria força-la a isso, nem a apressar. Apenas... Mostrar que não aguentava mais.

A primeira coisa que a castanha fez foi acariciar a base, sorrindo na direção do número trinta e três, antes de inclinar o corpo novamente, deixando beijos desde a base até a ponta em um ritmo lento, quase arrastado. Max choramingou, os dedos apertando os fios castanhos.

Quando ela chegou a ponta, deixou um pequeno beijo, antes de pressionar a língua contra a ponta. Max puxou os fios, os olhos fechados, a cabeça caída.

— Je bent zo goed voor mij, schat.

Você é tão boa para mim, querida. Charlotte estaria mentindo se não dissesse que gostava dos elogios, mesmo que fosse por algo nesse estilo e não uma coisa mais romântica. E ela voltou a base do pau de Max algumas vezes, estabelecendo um ritmo lento, se acostumando com o gosto do loiro em sua língua.

— Alsjeblieft, mijn schat. — Max cantarolou, a afastando para olhar dentro de seus olhos ao implorar — Alsjeblieft.

Charlotte concordou, como poderia não ter pena do loiro? E ela finalmente pegou a ponta de Max na boca, fechando os olhos e chupando, escutando o gemido alto. Torcia para que ninguém pudesse escutar, visto que estavam no banheiro e não propriamente na sala.

A Bakker balançou a cabeça, levando mais e mais de Max a boca, sentindo cada veia contra sua língua. O Verstappen era grande e os dedos atrás de sua cabeça a incentivavam a leva-lo todo.

Charlotte se afastou quando o sentiu bater no fundo de sua garganta, olhando para cima e vendo como o loiro a encarava, um pequeno rastro de saliva e ela sorriu.

Max precisou fazer muito esforço para não pedir a morena em casamento naquele exato momento. Foda-se o ir com calma. Ela seria dele. E ela estava mergulhando novamente, o levando a boca e massageando o restante com a mão. O mesmo ritmo. E Max queria sentir ciúmes da ideia de como Charlotte sabia fazer aquilo tão bem, porém sua mente estava nublada demais para pensar nisso.

Em dado momento, Charlotte parecia estar o provocado ao sentir a mão de Max em seus cabelos, fazendo o Verstappen apertar os dedos, afastando a cabeça da mulher apenas para a olhar nos olhos.

Max odiava e adorava a maneira como ela parecia sempre o encarar com deboche ao fazer.

Antes que Charlotte percebesse, Max já estava a elogiando em holandês, a fazendo gemer em resposta, fazendo o quadril do loiro estremecerem um pouco.

Nesse ponto, o rosto da morena estava corado e os olhos mais brilhantes. Charlotte não costumava ser o tipo de pessoa egocêntrica que se achava, mas a maneira como Max a encarava a dava a entender que estava dando certo.

Ela sentia as bochechas quentes, seus cabelos ainda embolados entre os dedos do loiro, os lábios inchados e vermelhos. Ela provavelmente estava uma bagunça. E então ela acariciou as coxas do homem, os olhos fixos a face do holandês, reparando quando ele começou a respirar com dificuldade.

— Estou tão perto, schat... — Ele sussurrou, os dedos apertando os cabelos femininos — Você é tão boa para mim... Só mais um pouquinho e...

Charlotte se afastou, os lábios mais vermelhos e cobertos de saliva, respirando fundo. Ela se levantou, vendo a feição confusa do loiro. Ela acariciou seu rosto, escorregando seu corpo ao dele. Max a encarava sem entender.

— Você não pode se atrasar para sua entrevista, Maxie.

E ela falou aquilo em um tom doentiamente doce, aproximando-se e tocando os lábios de maneira suave aos do número trinta e três. Fugindo do boxe antes que ele soubesse como reagir, pegando uma toalha na qual Max nem tinha visto ela trazer e as roupas no chão. E o Verstappen ficou contra a parede, muito confuso, muito nu e muito duro atrás dela.

Charlotte se vestiu da maneira mais rápida que conseguiu, um pequeno medo do loiro aparecer antes que estivesse longe, escapado por pouco de o encontrar ao sair no corredor. E Carlos a viu quando colocou os pés para fora.

— Me diz, por favor, que o motivo para estar com os cabelos molhados não é o que estou pensando?

— Você provavelmente não vai acertar o que acabou de acontecer. — Charlotte piscou a ele, correndo para o boxe da Red Bull para encontrar Kelly.

A brasileira sorriu ao ver seu estado, além do sorriso enorme na face. Kelly a encarou com uma sobrancelha levantada, percebendo os lábios inchados e avermelhados.

— E aí? — Kelly levou as mãos a cabeça da mulher, tentando a ajudar a recuperar a compostura.

— Duvido que ele consiga pensar em qualquer coisa.

Um sorriso presunçoso nos lábios e uma sensação desconfortável em sua calcinha. Mas Charlotte tinha razão, porque Max não conseguiu responder nenhuma das perguntas feitas pelos jornalistas.

Gente, esse capítulo ficou gigante

Mas é que tem muita coisa para acontecer até o capítulo 10

Esses dois são complicadinhos de se entender, mas justifico tudo com o fato dos dois serem jovens...

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Vou viajar para ver meus sobrinhos agora, uma feliz Páscoa a todos vocês, quero ver se consigo finalizar o novo capítulo de DISCOMBOBULATE até hoje de noite, se não só amanhã

Espero que tenham gostado

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