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0.22

ESPANHA

13 DE JULHO DE 2016

Charlotte nunca tinha amado tanto a ideia de ter um ser humaninho dentro de sua barriga até chegar a casa dos Sainz. Era como se existisse uma gravidez na Holanda, onde as únicas pessoas que ficaram realmente felizes foram Violet e Max, e uma gravidez na Espanha, onde todos pareciam estar eufóricos com a notícia. E ela simplesmente adorava aquilo. 

Adorava a atenção, coisa que nunca havia considerado antes. Adorava as comidas cuidadosamente feitas para que ela não enjoasse. Adorava que Reyes ficasse com ela na sala até tarde explicando como cuidar de um bebê. Adorava até mesmo os livros que Caco comprou sobre os primeiros cuidados de uma mãe de primeira viagem.

Era um mundo totalmente novo.

ESPANHA

14 DE JULHO DE 2016

Kelly chegou naquela manhã em Madrid. 

Daniil não estava com ela, concentrando-se para o fim de semana na Hungria que aconteceria em dez dias, ainda tinha esperanças de retornar a subir para a Red Bull. E Charlotte não sabia se deveria começar a se preocupar com isso ou não, visto que a repromoção significaria um rebaixamento de Max novamente e talvez Sophie-Marie acabasse colocando a culpa nela e em seu bebê. 

De qualquer forma, Isa e ela se juntaram para ir busca-la no aeroporto, porque Kelly recusou a ideia de pegar o jatinho particular, não querendo incomodar.

A brasileira pareceu engraçada saindo com uma camiseta dividida no meio, um lado azul e outro rosa, com a frase: "A mamãe ainda não decidiu" e elas riram todo o caminho de volta para a casa dos Sainz. 

Charlotte ainda parecia surpresa com o fato de ter um quarto seu dentro da casa. E, de repente, sua barriga parecia enorme e era impossível não saberem que estava grávida. E elas até mesmo ganharam preferência em um café pela sua nova condição.

Ela nunca pensou em usar a desculpa de estar grávida, estando grávida.

ESPANHA

15 DE JULHO DE 2016

Isa, Kelly e Reyes estavam sentadas juntas no sofá da recepção. Carlos Sênior, Daniel e Carlos estavam de pé, conversando mais no canto. Ana e Blanca liam uma revista ao lado do bebedouro. E Max estava parado ao lado da mesa da recepcionista, os olhos fixos nas duas poltronas ocupadas... Caco estava fazendo Charlotte rir.

— Eu tinha por volta de uns nove anos, eu acho. — o primo de Carlos contava a belga, a fazendo levar a almofada para a frente do rosto, tentando esconder sua face — Não é engraçado, Lotti.

— Mas... Parece uma coisa tão mundana para você.

— Eu socar meu coleguinha por ser culé? — o homem riu, arrumando o óculos.

— Você ter se ofendido por ele ser um culé e não quando ele te chamou de quatro olhos.

— Ter quatro olhos é uma coisa que não pode mudar, ser idiota e torcer pelo Barcelona quando existe o Real Madrid é burrice. 

Charlotte acabou deitando o corpo para a frente, rindo alto.

— Charlotte Bakker. — a recepcionista chamou bem na hora que Max estava pronto para perguntar o que era tão engraçado, olhando para todas as mulheres presentes, em dúvida sobre qual seria e apontando para a porta — Pode passar... Só dois acompanhante.

A inserção da última parte foi dada assim que todos se arrumaram para entrar e Max aproveitou a oportunidade, pegando a mão da mãe de seu bebê e a puxando para longe de Caco. Sabia que Reyes não cederia a chance de entrar e ele era o pai. Era simples a conta. Se dois poderiam ir com ela, se resumia a um quando estava presente. Ele queria participar de tudo.

O doutor parecia surpreso, piscando mais vezes que o necessário e se erguendo para cumprimentar com entusiasmo Reyes e Charlotte sabia que ele tinha sido o ginecologista-obstétrico que acompanhou a gravidez de Ana e isso já fazia dezoito anos, considerando que elas nasceram no mesmo ano. E isso era bastante tempo.

— Eu não acredito. — o médico sibilou, pegando Charlotte de surpresa ao ter o corpo abraçado — Essa é a sua menor? Está tão grande e...

— Não, eu sou...

— E grávida! — ele a rodou, fazendo Max sorrir de maneira a confortar assim que Charlotte o olhou assustada, logo franzindo a testa quando o médico deu um tapa na bunda da Bakker, gargalhando ao declarar — Eu fui o primeiro homem a te dar um tapa na bunda, sabia?

E Max a puxou de perto, abraçando o corpo da garota e fazendo Reyes rir.

— Dessa não foi, doutor Guzmán. — ela esclareceu, apontando para os mais novos irem se sentar — Essa é a Charlotte, uma amiga de minha família.

— Ah! — o médico de repente pareceu envergonhado, coisa que Max achou muito do bem feito — Perdão, querida.

— Tudo bem, senhor. — Char sorriu, dando de ombros e ganhando uma olhada nada boa de Max, o fazendo se inclinar na sua direção:

— Como assim "tudo bem"? Ele bateu na sua bunda, schat.

— Mas se desculpou. — ela sussurrou de volta, o olhando sem entender.

— Mas bateu mesmo assim.

— Você também bateu, mas ele foi educado e pediu desculpas.

Max abriu a boca, chocado com a audácia. 

— Então, o que posso fazer por vocês hoje?

E Charlotte empurrou a cabeça de Max, causando uma risada de Reyes ao ver o olhar traído do Verstappen para cima da garota. E a matriarca dos Sainz percebia que aqueles dois se gostavam, mesmo que passassem a maior parte do tempo com Charlotte brigando quanto a Max estar sendo grudento demais, porque quando ele saia para treinar na academia da casa, ela acabava lá, o observando de longe e parecendo sempre pensativa.

Reyes conhecia aquele olhar e aquele sentimento. De estar com tanto medo do que viria a seguir, de como tudo aconteceria e se desenvolveria que você gostaria de viver cada segundo como se fosse ser abandonada futuramente. Era uma coisa que precisaria conversar com Charlotte, quem sabe. Sobre como ser a "esposa de um piloto" acabava sendo um pequeno fardo a ser carregado. Mas valia a pena. Sempre valia a pena.

— Essa menininha aqui está esperando o primeiro bebê.

— Primeiro de muitos. — Max acabou incomodando Charlotte, ganhando um tapa no braço.

— Você é o pai aposto. — o doutor retornou a se levantar, abrindo uma gaveta da mesa atrás de sua mesa — Você já fez o Beta HCG ou apenas um teste de farmácia, querida?

— Fiz o Beta. — e Charlotte mexeu em sua bolsa, tirando um papel dobrado em quatro e empurrando na mesa, o médico sorriu a ela, o pegando — Faço dezesseis semanas no sábado.

— Primeira consulta?

— Com um profissional, sim.

— Você mora aqui, mocinha? Porque está meio atrasada para vir a uma primeira consulta.

— Descobri a pouco tempo. — Charlotte estava vermelha ao admitir — Eu tive aquela menstruação falsa.

— Sangrou por muitos dias?

— Não, foram no máximo três dias e parecia mais uma água rosada. — ele confirmou, tirando alguns vidrinhos de dentro da gaveta e distribuindo a frente de Charlotte — Só que meu ciclo nunca foi muito regular, então...

— Então acabou deixando de lado? — ela concordou — Isso é normal, querida.

Charlotte suspirou ao saber que não era a única.

— Certo. Como vamos começar? — Max abriu a boca para dizer que ele quem deveria saber e não eles, quando o doutor Guzmán continuou — Todo início de gravidez, a gestante ganha uma caderneta... — ele puxou um caderninho, o oferecendo aos dois, fazendo Charlotte pegar com as mãos meio trêmulas, parecia tão real — E é realizado o que chamamos de testes rápidos e primeira pesagem.

— Eu não fiz esses. — Reyes comentou, apontando para os líquidos.

— É que se passaram dezoito anos né? — o doutor brincou, oferecendo a mão para que Charlotte cedesse a sua — É rapidinho, uma picadinha e coloco nesses objetos e aplico o líquido, esperamos alguns minutos e já temos o resultado.

— Esses testes são do quê? — Max perguntou, vendo o doutor furar o dedo indicador de Charlotte e pegar seu sangue.

— Sífilis e VDRL, além de HIV e hepatite. — deu de ombros, sorrindo para a mais nova — Apenas para precaução. Você faz também, papai.

Max ergueu a mão, o dedo sinalizando a si mesmo, era a primeira vez que o chamavam daquela forma. Diferente de Charlotte que Kelly e Isa pareciam ter adquirido a mania de chamar de "mãezinha" e a incomodar. E o número trinta e três sorriu com aquilo, era legal ser chamado de "papai".

— Também vamos pedir alguns outros exames, mas esses são em laboratórios. — o doutor falou depois de finalizar os testes rápidos nos dois, sorrindo sempre, parecendo animado com a ideia de ter sido escolhido para fazer o acompanhamento — Tipagem sanguínea, fator Rh, hemograma, eletroforese da hemoglobina, glicemia, exame para infecção urinária, papanicolau, essas coisas. — Charlotte concordou, mais séria dessa vez, o que trouxe um estilo de orgulho diferente a Reyes por vê-la tão responsável — Você tem sentido dores ou alguma coisa?

— Enjoo. — ela choramingou só de lembrar.

— Isso é comum, querida. 

— Eu sei. — ela riu ao admitir.

— Dores?

— Ela tinha baixado o hospital na semana passada. — Max revelou, ganhando um tapa no braço — O que é isso, mulher?

— Não se mete.

O doutor riu daqueles dois, antes de perguntar o motivo.

— Não era nada demais, apenas estava com a imunidade um pouco baixa porque não estava me alimentando e me hidratando corretamente, já foi resolvido e não precisava ser comentado. — ela falou olhando para Max no final, sorrindo envergonhada ao médico.

— Estava com muito enjoo para comer? — o doutor perguntou.

Não, a mãe de Max me olha como se eu fosse uma criminosa e me deixa desconfortável até para beber água, então não queria sair do quarto. Essa era a resposta que Charlotte gostaria de falar, mas apenas acabou concordando, encolhendo os ombros.

— É. Essas coisas podem virem a acontecer, principalmente no início da gestação, mas eles tendem a diminuir perto das dezesseis semanas, ou seja...?

— Estamos perto. — Charlotte sorriu, olhando para baixo.

— Exatamente, mãezinha. — ele concordou — Agora vamos fazer sua primeira pesagem e medir sua barriga, coisa que vamos repetir como um pequeno ritual em toda consulta. Tudo bem para você?

— Sim. Por que não estaria?

— Algumas gestantes podem acabar se sentindo desconfortáveis com a ideia de outras pessoas fora do círculo de confiança em encostar em suas barrigas. — explicou, a vendo franzir a testa — Mas se você não tem isso, melhor ainda.

A castanha acabou de pé em cima de uma balança, sendo medida desde sua altura até as dimensões de sua barriga. Tudo sobre a supervisão de Max, que cuidava as mãos do médico ao mesmo tempo que parecia decorar cada palavra dita.

— Ultrassom não vamos poder fazer hoje já, porque estamos com a máquina na manutenção, todavia, eu vou te entregar essa requisição com todos os exames de sangue no qual precisa fazer. — o médico começou depois e tudo pronto, indo até sua mesa e anotando na guia, ganhando um aceno da gestante — E você já deixa marcado sua consulta para o próximo mês, onde vai me trazer todos esses exames e virá usando uma blusa mais soltinha para não precisar ser tirada, ok?

Charlotte concordou novamente.

— Você tem alguma pergunta que queira fazer?

Ela deu de ombros.

— Olha, te vendo aqui, não vejo motivo para fazer um exame mais intrusivo ou coisa do tipo. Está bem coradinha, sua barriga, pelo que vi, está crescendo normalmente. Mas, se você quiser fazer um ultrassom mais rápido para sabermos melhor, posso te indicar um colega meu para adiantar.

Charlotte olhou para Reyes, a pergunta explícita em seu rosto.

— A escolha é sua, querida.

— Acha que tenho que fazer rápido?

— A escolha é sua, querida. — repetiu a matriarca dos Sainz.

— Schat...

— Cala a boca que o bebê tá na minha barriga. — ela silenciou o holandês, o fazendo erguer as mãos, levemente acostumado com a mudança súbita de humor que Charlotte parecia cada vez mais propícia a adquirir, logo sentindo a boca dela em sua bochecha — Desculpa, não deveria ter falado assim com você.

 — Está tudo bem, schat. — ele a puxou para perto ao vê-la aguar os olhos, antes de virar para o médico — Mudanças de humor meio seguidas, normal ou devo me preocupar?

— Normal.

— Obrigada. — Max sorriu, beijando a cabeça de Charlotte e a arrumando melhor já que estavam sentados em cadeiras diferentes — Você quer muito ver o bebê ou acha que podemos esperar mais um pouquinho?

— Eu li que com quinze a dezesseis semanas o ultrassom já aponta qual é o sexo com uma margem de segurança boa.

— Por isso ficou nervosa? — ela concordou — Que tal esperarmos a outra consulta? Porque aí dá para vermos bem, bem. Mais margem de segurança.

— Você acha? — ela ergueu o rosto, o fazendo concordar e ela se afastou, como se não estivesse quase chorando e declarou — Deixamos para quando voltar, doutor.

— Certo.

Ele riu ao escrever algo em seu caderno.

— Então a vejo daqui um mês com esses exames prontos, caderneta completada e a maquina de ultrassom arrumada. Combinado?

— Combinado. — e Charlotte estava sorrindo.

O doutor se ergueu, pedindo desculpas pelo tapa em sua bunda novamente e a fazendo rir. Max ameaço o dar um tapa na próxima consulta se ocorresse de novo. E Reyes só sabia sibilar um "jovens", não sabendo se poderia os julgar, porque era como eles quando conheceu Carlos. E Charlotte recebeu uma dieta nova no meio da caderneta. E foi meio engraçado sair para fora e ver tantas pessoas esperando. E o médico brincou:

— Acho que vai ser difícil escolher quem serão os padrinhos assim.

— Vai ser nós. — Carlos pulou, arrastando Isa pela mão e já espichando o braço — Está tudo bem com a Char e o bebê?

— Esse é aquele menininho que chorava quando venho na primeira consulta? — o doutor Guzmán acabou apontando, antes de apertar a mão de Carlos.

— Ele mesmo. — Reyes sorriu ao abraçar seus ombros — Esse é o Carlos. Aquela a Blanca e a com a revista na cara é a Ana.

— A que eu dei o primeiro tapa na bunda?

— Essa mesmo. — Reyes riu e Max achou um horror que eles falassem aquilo como se fosse normal. Nunca que ele deixaria aquele doutor bater na bunda da sua bebê. Max estava torcendo para que viesse uma menina.

— Eu sabia que conhecia teu nome! — Carlos Sênior chiou, se aproximando com um grande sorriso — Eu te soquei depois que você soltou a Aninha!

— Sim! — e Max não sabia como o Carlos Sênior poderia abraçar alguém que batia em crianças.

De qualquer forma, não pode prestar muita atenção, porque Charlotte o puxou para conversar com a recepcionista.

— Ele pediu para retornar no próximo mês.

— Certo. — a mulher atrás do balcão não parecia ter mais de vinte e cinco anos e abriu com uma praticidade a agenda no computador, analisando as datas — Mês que vem vai ser meio corrido, mas você acha que conseguiria retornar no início?

— A máquina de ultrassom já vai estar pronta? — Max abraçou o corpo de Charlotte ao vê-la morder os lábios em nervosismo.

— Ela está pronta na próxima semana, querida.

— Então sim. 

A mulher passou a mão pelo pescoço, analisando os dias.

— Está ansiosa?

— Muito. — Max respondeu por ela, ganhando um tapa no braço e os outros na volta riram.

— Eu tenho para o dia primeiro de agosto.

— Po...

— Não tem outro dia? — Max interrompeu Charlotte, ganhando um olhar confuso da belga — Dia primeiro é um dia depois do GP da Alemanha, schat. Fica meio complicado para vir.

— Ah. — ela concordou, mordendo a parte interna das bochechas — Que dia teria depois?

— Agosto é meio complicado, porque ele vai ter um curso no meio do mês. Que tal no dia 26?

— Sério? — Carlos se moveu atrás deles — Só esses dois dias?

— O que tem dia 26? — Isa perguntou, estranhando.

— Voltamos do recesso de verão. — Daniel respondeu — Tem corrida no dia 28.

— Quem sabe você vem só na do próximo mês... — Charlotte sugeriu, mordendo os lábios e Max viu os olhinhos aguando — Não precisa estar em todas as consultas...

— Marca para o dia primeiro. — ele pediu a mulher, voltando a puxar Charlotte para perto — Eu dou um jeito, assim como dei na segunda.

— Tem certeza? — a voz da belga parecia frágil.

— Confia em mim. — ele beijou sua têmpora. 

E Carlos Sênior não sabia como se sentia ao ver a belga concordar de maneira efusiva. O piloto da Dakar não queria ficar comparando o Verstappen com o pai, mas em alguns momentos parecia impossível não o fazer. E ele tinha medo daquela menina acabar se decepcionando e perdendo todo aquele brilho que parecia a rodear. Ele não tinha gostado do que aconteceu durante o GP da Espanha. 

BÉLGICA

25 DE JULHO DE 2016

A primeira vez que Charlotte conversou com Jos Verstappen foi em 2014, quando o piloto chegou a festa na casa de Alana para buscar Max e eles acabaram discutindo. Charlotte lembra de que agradeceu que nunca mais precisaria se prestar aquele papel de ficar cara a cara com o antigo piloto, até as batidas na porta serem insistentes e ela ter sido avisada por Sophie que a mulher ia ao mercado e Victoria estar na escola. Então, quando abriu a porta usando um short solto e um moletom enorme de Max, foi pega de surpresa com a imagem do Johannes Franciscus Verstappen.

— Então você realmente está aqui.

Um arrepio subiu pela coluna da belga, como um aviso. Não confie nele. Não confie nele. Não confie nele. Sua mente parecia gritar e ela tinha o peito acelerado, porque até mesmo o Carlos Sênior havia a dito isso. Não devia confiar no Verstappen. Ela sabia que o espanhol não estava falando de Max, então sobrava o pai dele.

— Saía da frente. — ele a empurrou contra a parede, a assustando com o toque contra sua barriga, ele não sendo nem um pouco delicado — Ficando como uma orca na frente não tenho como entrar.

Charlotte queria chorar desde aquele momento e isso se tornou mais necessário quando a mala passou em cima de seu pé, a fazendo gemer. E Jos a olhou, nem um pouco afetado, antes de continuar a entrar.

O pai de Max realmente não entendia a fixação de seu filho pela vadiazinha, ainda mais ao vê-la agora. Charlotte, na sua visão, estava absolutamente destruída e ela nem estava na metade da gravidez, pelo que sabia. Aquelas roupas não a ajudavam, parecendo a engolir inteira.

— Já vai subir? — ele chamou sua atenção ao vê-la tentando escapar para as escadas, a fazendo travar — Quando Sophie-Marie disse que você parecia um bicho se escondendo no quarto, não acreditei. Mas chegando agora... Aí, aí.

— Não sou um bicho. — ela entrou na sala, o vendo jogado em cima do sofá que ela se sentia julgada sempre que se aproximava, os pés do homem em cima da mesinha do meio e a mala ao lado — Apenas não quero incomodar.

— Você estar aqui incomoda. 

— Bom, eu vou ficar aqui por mais uns meses antes de ir para os Sainz.

Jos a olhou, as pálpebras estreitas. E ela conhecia a rivalidade que os dois tinham e se sentia mais confortável mostrando ao Verstappen que teria o apoio dos Sainz se fosse preciso. 

— Nós ainda precisamos conversar sobre essa sua ida para os Sainz.

— Não temos nada para conversar sobre minha ida para a casa deles. — ela falou, tramando as pernas, não se sentindo a vontade para sentar e nem para sair — Já está decidido.

— Neto ou neta minha não vão nascer na Espanha.

— Vai, vai sim.

Jos se arrumou no sofá, o dedo sinalizando a cozinha.

— Pegue uma cerveja para mim.

Ela continuou parada.

— Você é surda? — ele gritou, a fazendo dar um passo para trás, quase caindo — Pegue uma cerveja para mim. Agora!

— A casa não é minha para pegar e nem sua.

Ele riu, como se tivesse acabado de ouvir a pior idiotice.

— Não pensa isso quando come das panelas de Sophie, ou demora no banho, ou finge que está carregando um filho de Max.

Não era realmente uma surpresa que Jos falasse aquilo a ela. Charlotte esperava aquilo desde o primeiro dia que colocou os pés dentro daquela casa. Mesmo quando Max declarou que ele não iria aparecer, pois tinha conversado com seu pai e o feito prometer não aparecer. Sophie-Marie também tinha prometido não ir até sua casa e olha onde estavam? Porém, ainda doía. E ela se moveu para a cozinha, abrindo a porta e pegando uma das garrafas disponíveis, retornando e oferecendo ao antigo piloto.

O gesto acabou fazendo o moletom colar em seu corpo e ela reparou como os olhos azuis pararam em cima de sua barriga. Ele tinha encostado nela de maneira quase desrespeitosa ao empurra-la, mas existia algo agora. Algo que a fez se sentir sozinha e desprotegida. E ela largou a garrafinha em cima da mesinha, ao lado do pé do homem e se moveu para longe.

Jos pareceu sair do estupor da imagem de ver a barriga de uma grávida, mexendo a cabeça de um lado a outro, antes de se mover e a chamar de "imprestável" para pegar a cerveja.

— Está de quanto tempo?

— Completei dezessete semanas ontem.

— E eu lá sou médico para saber o que é isso? Quantos meses está com o monstrinho na barriga.

— Não fala assim. — ela ergueu a voz, se arrependendo ao vê-lo erguer o rosto até ela — Faço quatro meses no sábado que vem.

Pela primeira vez, ela viu uma pequena sombra de satisfação passar pela face do pai de Max e ela deu um passo a frente, ficando atrás da poltrona. Talvez saber mais da gravidez, pudesse o ajudar a ser mais... Charlotte nem sabia qual era a palavra que poderia usar para falar de Jos.

— Quando ele nasce?

— Ainda não sabemos o sexo.

— Se for do meu filho, vai ser um homem. — Jos bebeu sua cerveja — Agora se vir uma perereca, não é uma Verstappen. — Charlotte pensou na vontade de Max em ter uma menina — Sangue da família é forte, o primeiro sempre é homem. — e ele a olhou atrás daquela poltrona — Se bem que pelo andar da carruagem, certamente vai vir só um mesmo.

Ela franziu a testa, sem entender, o vendo rir.

— Se bem que mesmo estando acabadinha, ainda tem uma bunda boa.

E ela voltou a dar aquele passo para trás, uma pequena ânsia de vômito subindo em sua garganta ao entender a insinuação. 

— O que foi, garota? — ele rolou os olhos ao vê-la o encarar estranho — Não venha com essa cara de choro depois de aplicar um golpe da barriga no meu filho.

— Claro, porque eu queria muito estar grávida aos dezoito anos e ser expulsa de casa. Meu sonho. — acabou debochando, o vendo engolir longos goles de cerveja. Ela se mexeu incomodada. A coragem de debochar sumindo tal como a sombra no breu.

— Você não vai ter esse problema por muito tempo. — Jos acabou falando, a fazendo franzir a testa.

— Claro, meus problemas vão desaparecer magicamente.

— Quando o bebê nascer e você provar que ele é de meu filho, provavelmente vão mesmo.

— Como?

— Se for de meu filho, não vai precisar se preocupar.

— Claro, porque cuidar de um bebê não gera preocupação.

Jos riu ao falar:

— Você não vai cuidar de bebê nenhum se for de Max.

— Claro que vou. O bebê sendo de Max ou não, como o senhor gosta de salientar. — ela se mexeu, a mão encostando a barriga — Ainda vai ser meu. Preciso cuidar, dar de mama, ensinar... Tudo.

Jos se sentou, a cerveja quase vazia em mãos, os olhos em cima dela.

— O que foi? 

Ela perguntou, de repente, não se sentindo a vontade. Não que estivesse antes.

— Ninguém te contou ainda? — ele tinha um sorriso maldoso.

— Contou o quê?

— Como as coisas vão ser depois que o bebê nascer.

Charlotte mexeu as mãos, como quem perguntava o que aquilo significava.

— O bebê será de Max.

— Isso é óbvio, ele é o pai junto comigo.

— Não. — ele riu novamente — O bebê será de Max.

— Não estou entendendo o que está falando.

— Vamos lá, querida. — ele debochou ao usar a última palavra — Você sabe do que estou falando.

Charlotte ainda o olhava.

— Quando essa criança... — ele apontou para a barriga — Nascer. A primeira coisa que vamos fazer é a tirar de perto de você para fazermos os testes necessários.

— E quando eu vou vê-lo? — ela perguntou confusa. Em tudo o que lia ou via, a primeira pessoa que o bebê via ao nascer, conhecia, era a mãe. Precisava se aquecer no colo da mãe. Então como eles poderiam querer leva-lo para fazer esse tal teste? Não fazia sentido.

— Se ele realmente for de Max, nunca.

— Que? — ela tinha os olhos arregalados.

— Não acha mesmo que vamos deixa-lo com você né?

Não fazia sentido. Charlotte pensava. Eles nem queriam o seu bebê e agora Jos estava ameaçando o pegar e não deixa-la se aproximar? Como assim?

 — Meu Deus! Você realmente achou que ficaria com o bebê? — ele foi maldoso ao rir, a fazendo ter a visão turva — O que pensou? Que ficaria na casa de Sophie com o bebê e Max? Que viveria um conto de fadas? O sonho das fãs com meu filho?

— Não quero Max, quero o bebê.

Talvez aquilo fosse mentira. Mas existia um abismo gigante entre ficar sem Max e ficar sem aquele ser-humaninho que estava na barriga dela. Era meio incrível como antes julgava e debochava daquelas mães que diziam que os filhos eram sua vida, até ela estar grávida. 

— Você quer o dinheiro dele.

— Eu só quero o meu bebê.

Jos riu.

— O que está pensando? — ele a encarou firme — Está com aquela carinha de quem vai querer gastar seu tempo e a minha paciência ao pedir a guarda. Não vai adiantar, querida. — Ele fez uma pequena pausa ao falar o adjetivo e ela tremeu os lábios — Conheço pessoas influentes o suficiente para que seu pedido nem seja gerado.

Charlotte deu um pequeno pulo quando a porta da frente bateu. E Sophie-Marie entrou, não tendo escutado nada que o antigo esposo tinha dito e apenas encarando o rosto choroso da mais nova. Em um geral, a kartista não tinha nada contra a Bakker, ela provavelmente adoraria a menina se Max tivesse a apresentado antes e eles começado uma relação, tudo com calma. O problema era que Charlotte tinha queimado a largada e Jos poderia ter razão e o golpe ter acontecido bem embaixo de seu nariz.

— Tem umas sacolas no carro, pode me ajudar a pegar? — Sophie-Marie perguntou a gestante, a vendo concordar e praticamente correr para fora, e ela suspirou antes de virar para o ex-marido — Chegou faz tempo?

— Agorinha, sua nora me recebeu.

Sophie rolou os olhos, o vendo beber o restante de sua cerveja.

— Soph? — ela estranhou a abreviatura, o vendo engolir antes de continuar — Você acha...?

— É dele. — ela confirmou, o vendo se jogar para trás, praguejando, e Charlotte reapareceu com as sacolas — Na cozinha.

— Sim, senhora.

Os dois a acompanharam seguir para o outro cômodo.

— Ela não vai conseguir nem um centavo.

— Não acho que ela queira...

— Não se iluda, Sophie-Marie. Não seja ingênua. Essa... vadiazinha... Ela vai afastar ele de nós, dos planos que temos para a vida dele e...

— Eu posso subir? — Charlotte apareceu pedindo, realmente nem um pouco interessada em saber a troca de assunto, fazendo os dois a encararem — Estou meio indisposta.

— Que novidade! — Jos debochou, reparando como a menina baixou a cabeça — Suba lá!

— Senhora Kumpen?

— Pode subir, Charlotte.

Jos sinalizou as escadas.

— Escuta o que estou te dizendo, se você não me apoiar ao falar com Max. Essa menina vai ter esse bebê e ainda o levar para longe.

BÉLGICA

26 DE JULHO DE 2016

Max tinha um sorriso orgulhoso no rosto ao chegar em casa, abrindo a porta sem cerimônia alguma e parando os olhos no sofá, onde esperava encontrar a mulher. Ela não estava ali. E os olhos dele foram rápidos em procurar qualquer sinal de Charlotte pela sala ou corredor, o sorriso se fechando devagar.

Não tinha sido fácil convencer Bradley a libera-lo dos últimos dias antes de um GP, para início de conversa, seu personal estava hospedado no hotel da cidade com muita má vontade. Porém, o Scanes estava recebendo uma fortuna a mais que o salário dado pela Red Bull por fora para além de treinar Max, manter a boca fechada quanto a situação atual.

Não que Max estivesse envergonhado por ter engravidado a mulher dos seus sonhos. Porém, sabia que o assunto não chegaria de forma boa para os patrocinadores. A mídia bateria forte na sua falta de responsabilidade, ainda mais por conta da idade que ele e, céus, Charlotte tinha. Então, ir para casa na terça-feira depois do GP da Hungria ter acontecido no domingo, tendo que retornar na quinta porque o GP da Alemanha aconteceria no fim de semana, provavelmente não era a melhor ideia.

Entretanto, o autódromo de Hockenheimring ficava a apenas quatro horas de Maaseik e, duvidar, ele sairia de madrugada do mesmo dia. Ele apenas precisava ir até em casa para saber como sua garota estava. Suas garotas estavam. Max ainda se mantinha firme em suas palavras. Viria uma menina. Mesmo com a tradição ridícula que Jos tinha dito antes de sumir da Hungria no domingo.

— Onde ela está?

Perguntou a Victória. Sua irmã o encarou, dando de ombros. Ela não tinha dito nada sobre Charlotte estar em casa, apenas que estava quando saiu. Quer dizer, a Bakker tinha esse costume louco de passar o dia inteiro na cama estudando para suas provas, ou, quem sabe, dando alguma ajuda a ela nos momentos que precisava. A Verstappen não era nenhuma idiota, gostava da presença da — aparentemente — cunhada e estava feliz com ela morando ali. Bom, menos quando Max estava em casa e roubava todo o tempo de Lotti. Ou quando sua mãe resolvia atender ao diabinho no seu ombro e infernizar a vida da Bakker.

Fazia quase vinte dias que Charlotte havia se mudado para a cada deles, que a vida dos quatro havia mudado de forma brusca. E fazia todos esses dias que Jos não dava qualquer sinal de vida a filha. Victoria não tinha recebido sinal de vida nenhum do pai, muito menos soube da visita no dia anterior.

Diferente de Max, que precisava aguentar mensagens e ligações cada vez mais perturbadoras quanto ao que poderia fazer com seu filho, como se Jos tivesse o direito de opinar sobre aquela parte da sua vida. Ele não o tinha.

— Filho! — Sophie-Marie apareceu, o abraçando ainda na porta, sem ver o olhar curioso de Max pela casa.

— Oi, mãe. — ele retribuiu o abraço — Onde está Lotti?

— Ela não estava se sentindo muito bem e passou o dia no quarto — Sophie sorriu, beijando a bochecha do filho — Mas e você? Fez um voo longo, quer alguma coisa? Parabéns pelo P4! Eu fui no mercado e comprei umas coisinhas que você gosta ontem e...

— Ele quer a Charlotte, mãe. — Victoria a interrompeu, fazendo o irmão bater com a mão atrás de sua cabeça — Eí! Não estou mentindo!

— Não briguem os dois! — Sophie pediu, antes de suspirar, abraçando o filho mais uma vez, antes de o deixar subir as escadas — Não corra nos degraus, Max Emilian!

Ela gritou, meio desacreditada que aquele era o garoto que teria um filho dali uns meses. Ele nem cuidava de si mesmo, como cuidaria de outra pessoa? As vezes, ela acreditava mesmo na proposta feita por Jos de pegarem o bebê e o criarem do seu jeito. Eles tinham feito um bom trabalho com Victoria e Max. Entretanto, Sophie-Marie também não mentiria ao dizer que sua mente a pregava peças conflitantes. Como acreditar no potencial de Charlotte para criar o bebê. Talvez fosse toda a propaganda enganosa e bom papel que a estudante passava a ela com suas pesquisas sobre bebê e dúvidas persistentes nas poucas vezes em que se encontraram pela casa. Era confuso para a kartista entender como a mente da menina funcionava.

Jos dizia que ela era uma golpista. E Sophie-Marie não negaria ao dizer que confiava nela. Mas existia alguma coisa. A maneira como sempre se escondia, como nenhum comentário havia surgido ainda quando a gravidez, que a deixava com um pé atrás. Que a deixava com o estômago embrulhado com a ideia de estar errando com Charlotte Bakker.

Céus! Ela apenas torcia para que Deus conseguisse iluminar sua mente e seu coração para tomar a melhor decisão a sua família quando a hora chegasse.

Talvez Charlotte não fosse o problema.

— Lotti...

Max quase sussurrou o apelido da mulher, fechando a porta atrás de si, a vendo enrolada no meio da cama, o cobertor em cima de si. Ele se aproximou, sentando na ponta da cama e levando a mão até o cobertor, o puxando para baixo e sorrindo ao encontrar os olhos castanhos da Bakker.

— Oi...!

— Oi.

Ela não parecia muito propícia para conversar como normalmente ficava e ele levou a mão até a sua face, tocando a bochecha corada. Sua mãe tinha dito que ela não estava muito bem, quem sabe poderia estar com febre. Charlotte fechou os olhos, aproveitando o carinho.

— Você está bem?

— Seu bebê está me deixando enjoada.

Ele a destapou mais um pouco, vendo a barriga mais volumosa e arredondada. Charlotte parecia tão bonita com o barrigão, mesmo que se sentisse ofendida se comentasse. E, sendo sincero, qualquer pessoa diria que não era um barrigão. Mas a pequena elevação que vinha de cima do umbigo tinha aumentado. Ele tinha certeza.

— Eu sei que quer tocar, você pode.

Ele acabou sorrindo novamente, porque sua mãe tinha dito que Charlotte tinha voltado da Espanha e a proibido de toca-la, que se sentia angustiada quando se dirigiam ao bebê. Mas ela tinha o autorizado, mesmo sem ter pedido. E ele não entendia o motivo para isso ter acontecido, porque quando o doutor perguntou, ela havia negado sentir qualquer coisa. Fora que quando estava lá, era quase impossível não ver um Sainz com a mão na barriga da Lotti. Mas ele respeitava. Era o bebê delas, mas a barriga dela.

— Não vou te incomodar?

— Não. — ela não costumava ser tão monossilaba e aquilo o preocupava, era um dos motivos que o levou para casa, visto que Charlotte não respondia nenhuma de suas mensagens desde o dia anterior — Pode falar com o seu bebê também.

Max odiava quando Charlotte colocava o bebê como somente dele. O bebê era dos dois. Eles tinham o feito. Ela estava com o bebê na barriga. Era dos dois.

— Nosso.

— Como?

Os olhos castanhos estavam abertos novamente, o encarando séria. E ele não sabe de onde tirou coragem para tocar a bochecha de Charlotte antes de declarar:

— Nosso bebê. — Lotti piscou — Meu e seu, nosso.

Por algum motivo, os olhos dela aguaram, o deixando nervoso.

— Não é só seu?

— Claro que não. — ele acabou se movendo, ocupando de maneira desordenada o espaço vazio ao lado de Charlotte na cama — O bebê é nosso. Tão seu quanto meu.

— Mas seu pai...

— Meu pai teve aqui?

Ele se preocupou. Jos não costumava ser a melhor pessoa para conversar, e agora que o bebê existia na equação, as coisas pareciam ter piorado. Fora que Jos estava no GP da Hungria. Como ele poderia estar em Maaseik? Por que ele tinha ido a Maaseik para início de conversa? Eles não haviam conversado sobre acharem melhor o manter longe de Charlotte? Ele não disse que só queria vê-la depois que o bebê nascesse?

— Sua mãe tinha ido ao mercado e Victoria estava na escola. Eu estava sozinha e... Ele... — ela mordeu os lábios, parecendo nervosa — Disse que quando o bebê nascer, ele vai ser só de vocês e que não vai nem me conhecer... Que vocês tem mais estrutura e que não vai adiantar nem tentar entrar na justiça, que conhece pessoas importantes e...

— Shi! Shi! Shi! — ele a interrompeu ao ver as lágrimas rolando pela sua face — Jos estava mentindo! — ele não tinha coragem nem de o chamar de pai — Eu nunca vou tirar o nosso bebê de você. Muito menos te excluir da nossa vida. Eu disse que estaria com você, Lotti. Não estava mentindo. Vou estar com você.

A mulher engoliu o bolo que parecia instalado na sua garganta desde a visitinha do pai de Max. Encarando o antigo ficante. Max tinha bolsas escuras abaixo dos olhos e parecia cansado, mas ainda tinha um sorriso grande no rosto. E ela franziu a testa.

— Ele vai ser criado por nós. Não "nós" minha família. Se bem que minha mãe e minha irmã provavelmente vão ajudar. Mas "nós" Você e eu juntos. Ele é o nosso bebê.

— Você promete?

— Prometo.

— Mesmo?

— E alguma vez descumpri alguma promessa para você?

Ela negou.

— Vem aqui. — ele a chamou, se arrumando melhor na cama.

Charlotte se moveu, encaixando-se contra o homem, e puxando sua mão para encostar na sua barriga. Max mexeu os dedos, como quem avalia seus limites, a vendo com os olhos fechados.

— Você está tão bonita.

— Devo estar parecendo um balão. Eu tô toda inchada e enorme.

— Acho que é o balão mais bonito que já vi.

Charlotte voltou a abrir os olhos, o encarando. E Max sentiu a face corar, enquanto continuava a mexer os dedos contra a barriga dela.

— Pare de me encarar.

— Por quê?

— Porque não gosto.

— Por quê?

— Porque sim.

Ela soltou um riso baixo e ele suspirou, descansando a cabeça no travesseiro, sentindo seus músculos relaxar, a tensão de sempre indo embora.

— Você e esse boné parecem inseparáveis. — ela chiou baixo, tirando o boné da cabeça do piloto e o atirando para longe, antes de passar os dedos por entre os fios loiros... Ele nem tinha lembrado que estava de boné. — Aposto que dorme com isso.

Max ficou em silêncio, porque dependendo do dia, ele acabava apagando e nem se lembrando de tirar o boné. Tinha quase certeza que isso aconteceria se ela não tivesse comentado.

— Vou precisar cuidar para não ser espetada por ele a noite? — ele voltou a abrir os olhos, a encarando — Não irá mais dormir no sofá, não quando a cama que estamos cabe muito bem nós dois.

Lembrar da hospedagem no sofá o dava dor nas costas apenas com a recordação. Entretanto, Charlotte era mais importante com o bebê e ele não queria acabar sendo um espaçoso e a apertando sem querer. Carlos, o pai de Carlos, havia comentado sobre não dormir com Reyes porque achava mais confortável a ela ficar sozinha na cama. E, bom, Max queria tentar ajudar nessa facilidade para Charlotte.

— Não quero te incomodar.

— Eu estou acampada no seu quarto, acho que se alguém está incomodando, não é você.

Charlotte realmente não se sentia a vontade naquela casa. A maneira como a olhavam, os sussurros de Jos e Sophie no dia anterior. Ela apenas queria voltar para casa, a sua casa, ver sua mãe ir para a farmácia a noite, cozinhar qualquer porcaria gordurosa com Violet e abraçar sua irmã. Como ela sentia saudades da irmã. Os pequenos encontros após o horário de aula pareciam poucos, mas ela sentia seus pés doendo se fosse a pé e ficar pedindo a Victória para a levar acabava sendo demais. Principalmente quando retornava para casa e precisava aguentar comentários ácidos sobre ser folgada de Sophie-Marie.

— Por isso devemos usar proteção, crianças. — ele murmurou, encarando a barriga da mulher, tentando aliviar o clima que ficou assim que ela falou.

— É só um. — ela o lembrou — Disse "crianças", mas vamos ter apenas um.

— Agora.

Ela franziu a testa e as bochechas de Max pareciam estar ficando roxas ao continuar:

— Vamos ter um nessa gravidez... Tipo, eu estava conversando com o pessoal e... Eu não falei de você, obviamente, mas... Mas eles disseram que eu tenho cara de pai de família, sabe? Muitas crianças e casa grande e... Sei lá... Eles podem ter razão... Eu... Eu gosto da ideia de ter muitos filhos e... E não ficar sozinho...

A mulher o encarou, parecendo pensar em algo, mordendo os lábios antes de se arrumar mais na cama. Max estava falando sério sobre ter mais filhos com ela? Quer dizer, ela não estava em sua melhor forma. Jos mesmo gostou de ressaltar no dia anterior. E Max queria ter mais filhos com ela?

Eles nem tinham tido o primeiro.

— Char, eu sei que parece uma loucura e que provavelmente estou pulando algumas etapas, porque estou sempre pulando etapas quando se trata de você... — ele suspirou alto e ela não conseguia o compreender — Mas você ter falado que estava grávida me deixou mais animado do que quando realizei meu sonho em correr em uma equipe grande... Do que quando ganhei na Espanha e... E eu sei que somos novos e que você deve estar vivendo uma montanha russa de emoções, mas eu quero formar uma família com você. Uma família de verdade.

A mente da belga pareceu entrar em curto ao escuta-lo. Não fazia sentido nenhum. Ela estava na casa da mãe dele, sem nada para oferecer além de uma imagem esfarrapada sua com moletons velhos dele e um short de pijama inseparável. E ele anda a queria? Como assim?

— Me beija.

As palavras praticamente pularam de sua boca.

— O que? — ele tinha os olhos arregalados.

— Me beija.

Pediu de novo.

— Mas...

— Só me dá a droga do beijo!

Ele concordou, apoiando o antebraço no colchão para ficar com as costas fora da cama e "mergulhou", beijando os lábios da mulher.

Charlotte ofegou, parecendo surpresa, mesmo o tendo pedido. E suas mãos se agarraram ao colarinho da camiseta e ela falaria com ele sobre o fato de ser um garoto propaganda de sua equipe até em casa. Mas a maneira como se beijavam era tão bom que ela não queria o deixar sair. Mesmo quando ele se separou, ela o trouxe de volta, porque beijar Max era bom. Eles se encaixavam e ela parecia sempre querer mais. E ela percebeu que não beijava ninguém desde o dia que contou sobre o bebê. E era tão bom. Ela... céus! Ela não queria que ele se afastasse.

Quando eles pararam, os dois pareciam sem jeito, mas ele acabou soltando um riso leve com uma carinha boba e então arrumou uma mecha de cabelo da morena atrás de sua orelha.

— Eu acho que posso ser a mãe dos seus próximos filhos.

Ela acabou confirmando, o explicando de maneira indireta o motivo para ter pedido o beijo. Max tocou a face dela, existia carinho, mesmo parecendo tão desajeitado. E Charlotte aguardou até ele começar a falar:

— Quero uma casa cheia.

Seu pomo de Adão se destacou com a posição, o fazendo parecer tão macio ao toque. E Charlotte não era nenhuma daquelas mulheres que comentavam nas fotos do Instagram de Max, que o enchiam de elogios e tudo. Ela nem tinha Instagram. Muito menos era aquela que ficava o enchendo de hate.

Primeiro porque Max não fazia o seu tipo... Ou era o que ela pensava. Se bem que levando em consideração tudo o que acontecia desde março... Bom, ela preferia morenos antes. Enfim, segundo que ele não tinha aquela beleza clássica e fascinante. Mas Max era diferente. Ele era carinhoso, atencioso e a fazia se sentia como se fosse capaz de qualquer coisa por ela. Mesmo aprontando as deles.

E ela estava adorando aquilo, poderia parecer errado, mas o modo como ele fazia o seu corpo reagir, aquele frio da barriga de saber que quando ele chegasse iria ser o centro do mundo de alguém. O modo como ele era delicado com ela, corando ao falar algo que pudesse ser levado para outro lado a fazia delirar, adorando aquela intensidade exposta de maneira tão simples.

Parecia diferente do cara que aparecia nas polêmicas com a bendita Francine, como na madrugada de domingo... Ao mesmo tempo que a encarava do mesmo jeito sempre que estavam próximos. Ele a desejava e mesmo parecendo escroto, ela se sentia tão bem sendo desejada por ele, mesmo tendo uma barriga bem grande para a quantidade de semanas. E era diferente. Não existia uma palavra certa para descrever além disso.

E ela não estava mentindo. Ela se sentia bem em se imaginar carregando mais crianças para Max. Seriam filhos deles. E Max parecia alguém bom para ter filhos, mesmo tendo a família que tinha. E ela se deu de conta de como sempre imaginou a casa cheia também, queria aquilo de muitos filhos, mesmo que nunca tivesse realmente pensado sobre... E ela ainda se lembrava de como foi bom fazer um filho com ele.

— Acho que podemos fazer isso.

Max concordou, tomando coragem de iniciar mais um beijo com a mulher. E Charlotte o recebeu bem, tocando o ombro dele e o puxando mais para perto. Ela suspirou quando o loiro desceu beijos por seu pescoço.

— Poderíamos ir treinando enquanto o primeiro não nasce... — Ele sussurrou contra o seu ouvido — Podemos ver qual é a melhor posição para ser feito...

— A mais certeira? — ela quase ronronou, o sentindo distribuir beijos naquela região.

— Eu não faço ideia, Lotti. — ele suspirou contra o ouvido da mulher — Apenas sei que estou faminto por você desde o momento que a vi lá embaixo com o porta retrato nas mãos, parece que nunca estivesse dentro de você.

Max percebeu como ela se arrepiou, sem saber que Charlotte se sentia tonta pela maneira como ele sussurrou cada palavra de forma maliciosa no seu ouvido.

— Você está também?

Ela não o respondeu, engolindo em seco. Max subiu em cima do seu corpo, se acomodando entre suas pernas, seus olhos encarando os castanhos e Charlotte gemeu quando as mãos agarraram suas coxas.

— Não sei se posso fazer sexo grávida.

— Na internet diz que é muito bom. — ele beijou a face da castanha, a vendo fechar os olhos — Mas vamos começar devagar, ok?

Ela concordou.

— Só beijos até o dia primeiro?

— Parece bom.

Max sorriu com sua resposta, beijando sua boca antes de levar a cabeça até a barriga da mulher.

— O que você acha? O papai pode beijar a mamãe?

E Charlotte riu quando ele tocou sua barriga com a boca. As palavras de Jos parecendo apenas um eco distante. Porque ela confiava em Max. Como ela confiava em Max.

BÉLGICA

27 DE JULHO DE 2016

Sophie-Marie gostava de afirmar conhecer todas as pessoas que moravam em sua casa, era uma coisa que causava orgulho. Mas, assim que acordou pela madrugada, um barulho alto a assustando e a tirando da cama, considerou a possibilidade da "nova inquilina" finalmente estar colocando seus planos em dias e mostrando sua face.

Entretanto, foi chegar aos pés da escada para encontrar Victoria. Sua filha estava sentada no último degrau — primeiro, dependendo do ângulo — e sorriu para ela.

Sophie-Marie abriu a boca para perguntar o que ela estava fazendo, visto que havia conferido o horário e já passava das três da manhã. Até sua filha mais nova levar o indicador a boca, pedindo silêncio e apenas sinalizando com o queixo a cozinha.

A kartista não entendeu, pelo menos, até escutar uma risada conhecida. Max estava rindo. E ela sentiu vontade de apenas seguir o som para descobrir o que fazia aquele som se propagar por sua casa até outra risada surgir. Charlotte estava rindo. E era a primeira vez que ela escutava aquilo.

Ela se abaixou, ocupando o lugar ao lado da filha, as espremendo naquela escada. Dois degraus acima, havia um prego saindo e causava barulho se pisado. Ela não havia pedido para virem arrumar, pois trazia fortes recordações de tempos atrás, quando sua casa tinha todo um ar diferente. E aquelas risadas pareciam a carregar a aquele tempo.

Victoria acabou apoiando a cabeça no ombro da mãe, a causando estranheza. Não que fosse difícil carinho ser trocado entre elas, todavia, partia mais da mais velha.

Maxie! Finalmente te achei! Parabéns pela pontuação! — as duas se olharam quando ouviram a voz da menina seguida da risada do Verstappen.

Você lembra o que ela falou? — e Max continuava a rir.

Ela pulou em cima de você!

— E você está com ciúmes!

— Oras! Seu...!

— Seu! — elas o ouviram interromper a estudante — Eu sou seu.

E uma risada alta saiu de Charlotte. As duas sabiam que se tratavam da garota e a maneira como soou as dava a impressão de estar sendo por conta de cócegas.

— A senhora ainda acha que eles não se gostam?

A pergunta de Victoria assustou Sophie-Marie.

— Eu não sei.

A kartista realmente não sabia.

— Talvez a senhora tenha razão sobre eles não se amarem. — Sophie-Marie encarou a filha, a ouvindo com atenção — Eu perguntei a Charlotte se ela amava Max...

— O que ela disse?

— Que "amor" é um sentimento muito forte e que só acontece quando as duas pessoas se conhecem e que ela não conhecia Max o suficiente para isso.

— E o que mais?

— Ela esperava que pudesse o conhecer o suficiente para isso um dia.

Victoria sorriu para a mãe, se levantando da ponta do degrau, batendo as mãos contra a parte traseira de seu pijama e oferecendo a mão para Sophie-Marie, a vendo olhar com apreensão para onde daria na cozinha.

— Mas a senhora não pode fingir que não é bom o escutar rindo desse jeito, mãe.

As duas deram o primeiro passo, subindo o primeiro degrau, o que fazia a madeira ranger e elas prenderam a respiração, com medo de serem descobertas pelo casal na cozinha.

— Angelique.

— Vai ser um menino, Max. Pare de me dar apenas opções de nome femininos.

Sophie-Marie queria voltar a sentar, escutar mais. Eles estavam decidindo o nome da criança, ou conversando sobre isso. E ela queria entrar lá e pedir para participar.

— Por que vai ser um menino? Tem que ser uma menina, uma moreninha igual você... Clarisse!

Não vai ser Clarisse! E vai ser um menino, porque está no seu sangue. Primeiro sempre é um menino.

— Como você sabe disso?

— O avô dele disse. Vai ser um menino.

Talvez Sophie-Marie não estivesse na cozinha, mas Max estava para ver a maneira como Charlotte ficou desconfortável por citar Jos.

— Nomes masculinos então?

— Sim. — ela se arrumou em cima da bancada, de repente nervosa, mexendo as pernas de um lado a outro, vendo os olhos de Max acompanhar o movimento — Pare de me olhar assim.

— Assim como?

— Você sabe. — ele riu, as bochechas ficando vermelhas — Por que você tá ficando corado?

— Fico assim na presença de mulheres bonitas.

Charlotte estreitou os olhos.

— Não acredita em mim?

— Vou perguntar a Francine na próxima vez que a vir de novo. — ela o empurrou com o pé assim que tentou se aproximar — Talvez seja no chá do bebê, já que vocês parecem impossíveis de se desgrudar.

— Charlotte, isso foi domingo. Nós não tínhamos conversado de novo. — ele se defendeu, agarrando o pé da belga assim que ela tentou o afastar de novo.

— Nós nunca conversamos. — ela não queria pesar o clima, mas aquilo estava a incomodando — Quer dizer... Sei lá... Tio Carlos disse que não devo me preocupar tanto com isso, porque você parece um filhote de urubu...

— Aí! — ele se aproximou, segurando as coxas da castanha e se pondo entre suas pernas, perto demais — Isso machucou meu coração.

— Acho que ele esta errado. — Max sorriu antes dela continuar — Você parece mais um filhote de peixe. — Max fechou a cara, enquanto ela escorregava o indicador da sua testa até o começo do nariz — Os olhinhos separados.

— Nossa! Tudo que um homem quer ouvir.

Max tinha o rosto quente, sentindo as pernas da castanha ficarem presas nas suas costas, o impossibilitando de se mover. Tinha medo demais de a machucar de alguma forma para a afastar.

— Gosto disso. — confessou, o fazendo a encarar com um pequeno brilho — Não achava que gostava antes, mas eu realmente gosto agora.

— Schat...

— E eu gosto desse apelido também. — Charlotte passou os braços pelos ombros do holandês, um sorriso pequeno e envergonhado — Não quero que fique com Francine mais, Max... Sei que não posso exigir isso de você, mas não quero que fique mais com ela.

Charlotte considerou a possibilidade de estar jogando sujo ao passar seu nariz pelo dele, soltando um som parecido com um ronronar que esperava nunca precisar repetir. Mas ela estava seguindo a dica de Kelly. E queria que aquilo desse certo.

— Ik beloof je dat je haar naam niet meer zult horen, schat.

Prometo que não ouvira o nome dela de novo, querida. E o fato de ser dito em holandês fez Charlotte acreditar. Max falando em holandês sempre a fazia acreditar. E ela beijou o queixo do número trinta e três, o distraindo, enquanto uma das mãos ia para o lado, procurando o prato com o merengue, a trazendo de forma rápida e lambuzando a lateral do rosto de Max.

— Charlotte! — ele gritou, logo tendo a boca tapada pela belga.

— Shi! Shi! Shi! — ela riu baixo — Sua mãe e sua irmã estão dormindo.

— Por que fez isso?

Charlotte deu de ombros, voltando a apertar as pernas na volta da cintura do holandês, os olhos nem abertos quando se aproximou, beijando novamente o queixo do piloto, antes de seguir com os lábios para a bochecha melecada.

Max fechou os olhos.

— Esse era o meu desejo de grávida.

Ele riu, finalmente abraçando o corpo da mulher, a ouvindo rir em seu ouvido. E, na manhã seguinte, apenas três horas depois de Sophie-Marie ter acordado com o susto, a kartista encontrou o filho tomando o café plena seis e quinze na bancada.

— Bom dia! — ela cumprimentou, esperando ser ignorada ou qualquer coisa do tipo, visto que Max tinha olheiras grandes e uma cara de cansaço óbvia.

— Bom dia! — Mas ele sorriu para ela, terminando seu café e a dando um beijo na bochecha.

— Você vai para onde?

— Treino. — ele declarou, dando de ombros — Bradley já deve estar me esperando.

E ela saiu atrás dele. Max estava colocando um moletom novo da Red Bull e arrumando o tênis de corrida. E parecia fora do normal para a kartista, porque ele nunca aparentava animação pela manhã, ainda menos para treinos na adolescência. Sophie recordava de Jos reclamando disso. E ali estava Max, sem ter dormido muito, o que ela supunha apenas e parecendo feliz.

— Você está bem?

— Sim. — ele sorriu — Estou em casa.

E a resposta apesar de ser fofa, a trouxe um gosto estranho a boca, porque a kartista percebeu que não se tratava da casa em si. E, sim, da pessoa que provavelmente deveria estar dormindo no quarto dele.

Eu fui pesquisar fotos de barrigas de 17 semanas, e essa foi a mais próxima da realidade que encontrei. Entretanto, precisamos imaginar um pouquinho maior, porque mesmo a Charlotte sendo magra, ela ainda não segue o padrão modelo e está mais para aqueles de falsas magras

Será que deu para entender?

Enfim, sobre o capítulo

Finalizamos julho e esse mês terrível para a Lotti

Mais ou menos também

Tivemos a primeira participação de Jos e podemos dizer que não foi a melhor maneira de conhecer a nora

Fora que ele empurrou a barriga da Lotti

Isso foi de uma falta de vergonha imensa

Victoria não saber que o pai esteve na casa mostra o abismo de atenção dado a Max e ela também

Os sainz----

Eles apenas são os melhores

E, contar, o médico ter dado um tapinha na Char foi porque quando fui a primeira consulta da minha irmã, eu fui de acompanhante com minha mãe, porque meu cunhado não podia ir, o médico fez isso com ela

E minha mãe riu tanto, que precisei colocar

Toda a questão de acompanhamento do pré Natal irei usar como base o oferecido pelo SUS, para quem não sabe, eu trabalho em um posto de saúde, então tenho uma breve ideia de como funciona e vou usar isso como base

Assim como venho usando para compor a maioria das coisas e até personalidades

Max se mordendo de ciúmes do Caco em cima por distrair a lotti da consulta

Tivemos uma breve insinuação de que Max aprontou depois do GP da Hungria em...

Em 2016, não faço ideia de quem era o personal do Max, então acabei usando o Bradley Scanes por isso

Ele vai ser o hnico, tirando os meninos, que sabem do bebê até agora e desde o início.

Acho que é isso

O que acharam?

Espero que tenham gostado

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