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0.20

BÉLGICA
7 DE JULHO DE 2016

Max tinha um voo marcado para aquela madrugada, a correria que tinha feito para conseguir chegar a Bélgica no domingo sendo esquecida, pois a Red Bull mandaria o jatinho da equipe para o buscar. E ele não sabia o que fazer, pois não dava para levar Charlotte para o Reino Unido junto consigo. Não depois de ter passado todos esses dias desaparecido. O que pensariam dele? Não que ele se importasse com a opinião dos outros, mas precisava considerar tudo muito bem e agir com mais cautela agora que existia um bebê a caminho.

Era duas e quarenta da manhã, ele já tinha arrumado sua mala e coisas, seu voo estava marcado para as 7sta alugada antes do jatinho chegar.

E eles estavam na sua casa.

Apesar de terem criado uma pequena discussão na entrada — Max e Sophie — Charlotte estava acomodada no quarto do piloto sob a ameaça do Verstappen de nunca mais aparecer na casa de sua mãe se ela fizesse qualquer coisa a sua garota e seu filho. E ele estava tomando café na cozinha, quando a Kumpen entrou no cômodo.

— Mãe! — ele a cumprimentou, acenando a cabeça, sem erguer o rosto para vê-la.

— Você vai ficar assim até quando? — Sophie-Marie questionou, puxando a cadeira a frente do filho — Só fiz o que fiz para sua proteção.

— Não, a senhora foi maldosa. — ele ergueu o rosto ao falar, a encarando sério — Não podia ter passado por cima do meu pedido para esperar Charlotte contar a Chloe, mãe. Olha o que a senhora fez. Aquela... Aquela mulher expulsou a Lotti de casa.

— Eu não pensei que ela faria is...

— É. A senhora não pensou. — ele a interrompeu, um olhar crítico sobre a mais velha — E quem acabou pagando o pato foi a mãe do seu neto ou neta.

Sophie-Marie se sentia culpada desde o momento que Max apareceu com a garota em sua porta e declarou que ela ficaria em seu quarto, que Chloe Bakker havia a expulsado de casa. A kartista não imaginou que a outra mulher faria aquilo assim que foi a casa dos Bakker.

— Você tem tanta certeza assim que esse bebê é seu?

— Tenho, mãe. — ele voltou a repetir, largando a xícara com mais violência que o normal na mesa — O bebê é meu e ela é minha, a senhora gostando ou não.

— Sabe que ela não é um objeto que pode fazer o que bem entende né? — Max suspendeu a sobrancelha — E, pelo que sei, vocês não estão juntos. Você já imaginou o que vai ser a sua vida quando esse bebê nascer, Max? Ou apenas esta irritadinho por uma ação errada que tive?

— Uma ação errada? Mãe, Chloe expulsou a Charlotte de casa. Mesmo se o bebê não fosse meu, a senhora não tinha o direito de passar por cima de mim e ir arruinar a vida da Charlotte. Será que a senhora não percebe a gravidade disso? De que se eu não tivesse ido até a casa dela, Lotti possivelmente estaria na rua, por que não tinha ninguém. A senhora entende isso?

— Eu não sou nenhuma idiota, meu filho.

— Mas, perdoe a palavra, está agindo como uma. — o piloto sibilou, a mão passando pelo rosto e um suspiro cansada saindo de si — Charlotte e eu estamos juntos desde março, idas e vindas, mas sempre juntos.

— Por que não nos contou?

— Porque eu sempre pensei que a senhora teria o mesmo pensamento ridículo de meu pai e não gostaria da minha garota. E, olha só, a senhora teve a mesma reação que sempre temi.

— Como você esperava que eu reagisse a uma garota aparecendo grávida de você justo no momento que está conquistando suas coisas?

— Queria que confiasse em mim.

— Como vou confiar em você, se você não me conta nada? Eu fui até aquela casa achando que você tinha transado com essa garota uma vez na vida e ido embora, para chegar lá e descobrir por uma criança que você praticamente vivia uma vida dupla na cidade e que Charlotte Bakker ia as suas corridas. Você exige confiança, mas você não confia em mim.

— Eu a amo. — ele sentenciou — Se quer tanto saber tudo. Eu a amo.

— Você não a ama, Max. — Sophie-Marie tripudiou de sua fala — Você, no máximo, tem uma obsessão pouco saudável para cima dessa garota.

— Por isso que não conto as coisas para a senhora.

— Sabe por que tenho certeza que não a ama? — Sophie-Marie o questionou, ganhando um aceno — Porque está agindo exatamente como seu pai. O jeito que fala dessa menina, como se ela e o bebê em sua barriga fossem uma propriedade nova que adquiriu. Meu, minha. Isso não é jeito de se referir a alguém que ama. E você vai cansar dela assim que a barriga aumentar e ela precisar de apoio, porque ela não vai ser mais aquele amor de pessoa. E vocês vão se arrepender e provavelmente descontar nessa criança.

— É isso que sente quando olha para mim e Victoria? Arrependimento?

— Não, porque eu amei seu pai. Mesmo com todos os defeitos dele, eu escolhi ter vocês. Essa menina... Ela não escolheu ter o bebê na barriga dela, muito menos escolheu que o pai seria você... E ela vai se arrepender quando a mídia cair em cima e vocês vão brigar e você já não a respeitava antes, dirá quando ficar irritado por ela estar no limite.

— O que a senhora sabe sobre eu respeitar Charlotte ou não?

— Eu sei que vocês estavam juntos na China e você ficou com outra mulher logo depois que ela foi embora. Eu sei que na Espanha, você nem ao menos esperou ela ir embora antes de estar com outra... Posso não ter sido informada por você, mas desde quarta estou juntando todas as informações que precisava para ir até a casa dessa menina.

— E mesmo sabendo tudo isso, não imaginou que a mãe dela a expulsaria?

— Isso é um costume arcaico. Não tinha como imaginar, Max.

— Mas eu a pedi para não falar nada, para esperar. A contei que a mãe de Charlotte poderia não reagir bem.

— Não reagir bem e expulsar a filha são duas coisas diferentes.

O celular de Max vibrou em cima só móvel, avisando a hora. Ele tinha que sair em dez minutos, o carro já havia sido enviado. E o holandês suspirou.

— Eu preciso ir. — ele suspirou, lavando de forma rápida sua xícara e se movendo para a porta, tinha que subir as escadas e se despedir de Charlotte antes, mesmo que ela já soube que tinha uma corrida naquele fim de semana, e ele parou na porta, olhando na direção de Sophie-Marie e sendo o mais educado que conseguia, mesmo seu sangue estando fervendo — Com o perdão da palavra, minha excelentíssima mãe, não seja uma vaca com a Charlotte nesses dias. Como a senhora disse, ela não vai estar 100% e ela também é muito nova. Não precisa ficar sendo tratada mal no único lugar que tem agora.

Sophie-Marie concordou.

— E ela aceitou fazer o teste de DNA que a senhora quer, disse que faria até durante a gestação, mas eu disse que não. Só vamos fazer isso quando o bebê nascer, não vamos o colocar em perigo apenas por um capricho seu.

— Não é um capricho.

— Claro que é. — ele rebateu — Você não acredita que cresci e estou formando minha própria família. Sempre pensou que ficaria embaixo da sua asa e vê a Charlotte como um empecilho a isso. Eu a escutei falando com meu pai, a maneira como disse que estava sendo enganado. Eu não sou nenhum maricas, mãe. Se estou dizendo que esse bebê é meu, é porque sei que esse bebê é meu.

Max a deixou na cozinha, subindo as escadas de casa e dando uma batidinha a porta de seu quarto antes de entregar. Um sorriso rastejou por seu rosto ao ver o corpo feminino bem tapado na cama e ele se aproximou, arrumando as cobertas nas laterais e beijando o rosto da belga. Charlotte acordou no susto, arregalando os olhos antes de reconhecer o holandês.

— Eu estou saindo...

— Mas já? — ele reparou bem como os olhos dela aguaram, o fazendo inclinar o corpo para a frente, beijando sua bochecha — Você não pode ficar mais?

— Hoje não, schat. — ele a apertou, afundando o rosto nos cabelos castanhos da mulher — Mas assim que a corrida acabar, eu volto.

— Promete?

— Prometo, mijn schat. — ele beijou a bochecha da mulher novamente — Um fim de semana e já volto.

— E seu treinamento? Milton Keynes?

— Nós conversamos sobre como vai ser quando retornar, ok?

Ela acabou concordando.

— Eu vou cuidar de vocês, schat.

— Eu sei.

Max deixou outro beijo na bochecha da castanha, antes de se afastar, recuperando a mala no canto do quarto.

BÉLGICA
8 DE JULHO DE 2016

Charlotte não saia do quarto. Simples e prático. A belga estava enfurnada no quarto de Max desde o momento que chegaram, se recusando até mesmo a ir comer. E isso, de alguma maneira, trazia um gosto ruim a boca de Sophie-Marie. Poderia não gostar da garota, mas o pensamento de que, quem sabe, ela não estivesse mentindo ao dizer que esperava um filho de Max, a deixava inquieta.

— Toc. Toc. — a ex-kartista brincou, aparecendo ao lado da porta, fazendo a mais nova erguer o rosto do livro que lia em cima da cama — Posso entrar?

Charlotte concordou, sem falar um "a" desde a saída de Max. O pensamento de que a casa era dela e teria que receber querendo ou não. E Sophie olhou a volta, as malas da menina colocadas ao lado da cômoda, as roupas de seu filho bem organizadas no armário e a cama sendo a única coisa "desorganizada", visto que Charlotte estava sentada no meio dela com seus livros da faculdade jogados no colchão e abertos nas páginas que precisava.

— Você não quis sair do quarto?

Charlotte deu de ombros, ainda sem falar nada, puxando alguns de seus livros para perto e abrindo espaço para Sophie sentar. A kartista aceitou o convite, vendo a mais nova a olhar por baixo dos cílios, um boneco de pelúcia no meio de suas pernas. Um leãozinho marrom com a camisa da Red Bull, o número de Max em seu peito. 

— Acho que esse não é de Max.

A mais velha apontou, fazendo a estudante confirmar. E ela estava cansada daquele jogo de silêncio. Não havia necessidade.

— Precisamos conversar, não? — Charlotte deu de ombros, arrumando uma mecha do cabelo atrás da orelha e deixando mais livre a face — Você não desceu para comer nesses dias, por quê?

Bakker deu de ombros.

— Eu preciso que fale comigo para podermos conversar, Charlotte.

— Não me leve a mal. — a voz dela era baixa e meio rouca, provavelmente pelo pouco uso — Suas comidas parecem ser gostosas, mas o cheiro... Ele... Apenas... Não tem como...

A castanha não precisou continuar para Sophie entender o motivo para a mais nova não descer.

— Você fica enjoada com bastante frequência?

— Sim.

— E como você se alimenta?

Charlotte sinalizou as barras de cereais paradas ao lado de um livro sobre urbanismo.

— Sabe que elas não possuem qualidades nutritivas para substituir uma refeição, correto? Que você precisa se alimentar mesmo assim.

— É difícil me alimentar quando o bebê não aceita nada que eu coma, ou me faz vomitar só de sentir o cheiro.

— Quando estava grávida de Victoria era bem assim.

E Charlotte finalmente ergueu o rosto, os olhos castanhos fixos ao da kartista. Existia todo aquele brilho perolado de inocência que Sophie-Marie apenas enxergava pela idade. A kartista não acreditava em uma palavra que saia da boca da jovem.

— Acha que pode ser uma menina?

— Você gostaria que fosse uma menina?

— Max quer que seja uma menina.

Sophie-Marie encarou o pequeno relevo bem destacado pela camisa justa que Charlotte usava, uma linha fina de pele a mostra, entre o cós da camisa ao do moletom. E ela reparou na menina puxando o travesseiro a frente, desconfortável.

— Você quer qual sexo?

— Não me importo com isso. — ela deu de ombros — Vindo com saúde.

A kartista suspirou. Na primeira vez que engravidou, ela recordava muito bem de Jos gritando ao mundo que viria um homem. Eles nem ao menos tinham feito o ultrassom e o piloto tinha certeza que era um menino. E ela rezava a noite para que realmente fosse, não saberia dizer qual seria a reação do Verstappen se viesse uma menina.

— Eu sinto muito por sua mãe.

Charlotte retornou a não falar, apenas concordando.

— Sinto muito por ter ido até lá também. — mais silêncio — Não imaginava que ela poderia ter aquela reação e...

— Max disse que pediu para a senhora esperar.

— Sim, mas...

— A senhora não esperou.

— Você está com catorze semanas, não temos tempo para esperar. — Sophie-Marie rebateu, tentando isentar sua culpa — Por falar nisso, já marquei uma consulta com o meu ginecologista, ele é obstetra também, então já poderemos ver como o bebê está e...

— Mas a senhora não falou comigo.

— E era preciso? — a kartista a olhou — Se está carregando meu neto, precisamos ter pressa.

Charlotte apertou o travesseiro em seu colo, mordendo os lábios, enquanto a mais velha a bombardeada com informações. E ela tentou compreender como estava a situação com a kartista.

— Quando vamos fazer o teste?

Charlotte a interrompeu, a voz mais baixa, quase não saindo. E a kartista parou de falar sobre a importância de um bom acompanhamento para a encarar.

— Max disse que não devemos fazer teste nenhum até o bebê nascer.

— Você disse que eu não conseguiria nada de sua família, enquanto não comprovasse que tenho um bebê do Max na barriga. Eu estou na sua casa... Aposto que não está confortável em me deixar ficar sem saber se o bebê é do seu filho ou não. Então podemos fazer o teste para tirar a prova, Max entenderá se eu falar que sou eu quem desejo.

Sophie-Marie estava determinada a dar tudo do melhor ao bebê... Desde que fosse de Max — coisa que ela gostava de repetir. E o fato da menina apresentar certa simpatia e boa vontade para a realização do exame a dava a impressão de estar sendo feita de palhaça.

— Eu não gosto de você. — aquilo saiu de maneira muito involuntária, fazendo Charlotte arregalar os olhos — Alguma coisa em você não me deixa a vontade com a ideia de ser avó de um filho seu com Max, e eu confio muito no meu sexto sentido. Só que você foi muito rápida fazendo tudo as escondidas e aparecendo grávida com a quantidade de semanas que não tinha mais como tirar... Não acredito que seja esse amor de menina todo. Ninguém é assim.

— Não estou tentando enganar ninguém, senhora Kumpen. — a estudante declarou baixo — Eu fui desatenta, poderia ter descoberto antes, mas acho que conhecendo minha mãe, minha mente se negava a ver todos os sinais e apenas... Não tinha mais como ignorar depois de um certo tempo... E eu sei que parece estranho ter vindo até aqui para falar com Max e dizer que ele é o pai... Mas ele é o pai. Não existe mais ninguém.

— Faça-me o favor, garota. — a kartista debochou — Uma opção bem viável para ser pai dessa criança é nosso vizinho.

— Florence? Eu nunca tive nada com Florence. Somos amigos. Assim como ele é amigo de Max.

— Tá bom. — Sophie-Marie riu, nem um pouco acreditada — Não vou aceitar sua proposta, o teste só será feito depois do bebê nascer. Não irei dever nada a você.

Charlotte a encarou se levantando da cama, parecendo superior a qualquer outro. E ela engoliu em seco.

— Se a senhora quiser que eu saia, pode me dizer. — a mais nova chiou baixo, sentindo vontade de chorar.

— E você iria para onde? — Sophie-Marie se voltou tão rápido quanto se levantou para ir embora, as pálpebras estreitas — Pelo que Max falou, você não tem para onde ir... Estaria na rua se ele não tivesse a resgatado.

— Só não quero ficar em um lugar onde não seja bem vinda.

— É isso que estou falando. — A mais velha apontou — Essa sua linguinha solta que me irrita. Fala como se tivesse muitas opções, quando claramente está tentando aplicar um golpe da barriga em meu filho.

— Não estou tentando aplicar golpe nenhum.

— Pelo amor de Deus! Todos sabem que ele sempre foi meio apaixonadinho por você e você nunca deu bola a ele. Então, magicamente, vocês ficam alguns meses juntos e você aparece grávida? Vai dizer que não acharia isso suspeito?

— Não estou tentando aplicar golpe nenhum.

Charlotte voltou a repetir, mesmo tendo engolindo em seco ao perceber que a kartista estava falando apenas o que todos pensariam.

— Sabe o que eu acho? Que esta vendo ele crescer profissionalmente, vendo todo o futuro que ele tem pela frente e quer se beneficiar com isso. — Sophie sinalizou os cadernos em cima da cama — Sabe que mesmo se trabalhar uma vida sua, ainda não chegará a ganhar um quarto do que meu filho ganhará futuramente, então está tentando empurrar um bebê de alguém para meu filho e ele está caindo como um patinho.

— A senhora fala como se Max não pensasse sozinho e fosse idiota de acreditar em todo mundo.

— Não em todo mundo, mas em você sim. E você se aproveita disso. — Charlotte não compreendia como Sophie-Marie acreditava que ela se beneficiava de alguma forma sendo expulsa de casa e não podendo ver Violet — Você acha que meu filho ama você. Meu filho não ama você, Charlotte. Ele apenas fica com você porque abre as pernas a ele. E quando isso parar de acontecer, quando estiver inchada demais ou dolorida demais por conta do bebê, as coisas vão mudar e esse teste vai ser feito na velocidade da luz. Até lá, não espere ser tratada como uma princesa no reino mágico. Você está mais para uma visita incomoda.

A estudante não ousou abrir a boca depois disso. E uma presença mais nova se moveu para seu quarto, ocupando seu tempo com cadernos do ensino médio, parecendo com medo de deixar Sophie-Marie sozinha no mesmo cômodo que Charlotte. Victoria era um doce de pessoa e a Bakker gostava dela. Mas, em alguns momentos, queria que todos explodissem.

REINO UNIDO
10 DE JULHO DE 2016 - MADRUGADA

Max conseguiu o segundo lugar, atrás apenas de Lewis Hamilton. E era óbvio que ele iria comemorar. Daniel e Carlos ao seu lado, mesmo ambos tendo conquistados um quarto e um oitavo lugar. Ainda estavam lá. E, no meio da madrugada, depois de muitas bebidas. O celular do holandês tocou.

Carlos foi o primeiro a ver a mudança de postura que Max teve, a mão sobre o ouvido, enquanto se movia para fora. Ele nem ao menos se despediu, apenas saiu do bar. E o Sainz puxou Daniel de cima da mulher que estava trocando saliva e o arrastou atrás do Verstappen.

Daniil e Kelly também estavam no local. Mas, mesmo que os olhos do espanhol tenham corrido na direção de onde os dois estavam. Ainda não se animou a se aproximar. Kvyat tinha conseguido seu segundo ponto pela Toro Rosso na corrida de mais cedo. E mesmo isso sendo importante, não parecia feliz.

— Como assim "elas não estão em casa"? — Max parecia irritado quando os dois saíram para fora em perseguição a ele, o encontrando andando em círculos, o celular no ouvido — Charlotte, é a droga de uma madrugada de domingo. Elas já deveriam estar em casa e... Eu sei que você não tem culpa, schat... Sim... Sim... Eu... Droga! Você sabe dirigir né? Eu lembro que você dirigia o carro de sua amiga... Isso não é hora para falarmos o quão estranho eu era na escola... Sim... Sim... A chave está na cozinha... Eu tenho um Clio... Porra, mulher! Você tá com dor, para de debochar do meu carro e só vai para o hospital de uma vez!... Schat, não chora... Eu não falei brigando... Eu... Me desculpa... Certo... Vai pro hospital... Eu estou indo para aí... Depois vejo como me resolvo com a Red Bull, não se preocupa com isso... Nós conversamos quando chegar aí... Sim... Sim, schat... Vai ficar tudo bem... Já estou chegando, schat.

Max quase atirou seu celular no chão quando encerrou a chamada, apenas não fazendo porque ainda era o único contato que Charlotte tinha. Aparentemente, sua mãe era uma irresponsável e tinha saído com uma amiga, enquanto Victoria havia ido dormir na casa de uma colega. E Charlotte estava sozinha em casa, sozinha e com dor. Dor essa que não tinha sentido antes e que estava a deixando apavorada.

— Cara, era a Charlotte?

Daniel se viu perguntando, parecendo preocupado. Não fazia ideia de um motivo plausível para que a ex-ficante de Max estar o ligando e o deixando tão nervoso. Carlos parecia mais nervoso, os olhos em conflito.

— Sim. E eu preciso ir para Maaseik, será que consigo o jatinho de novo?

— Eu duvido. Horner não parecia feliz ao manda-lo para te buscar quando sumiu.

Max coçou a testa, a mente do número trinta e três se culpando por não ter marcado a passagem de volta para assim que terminasse a corrida. Mas ele tinha uma reunião com o Bradley Sanner, seu novo preparador físico, quanto a uma nova carga horária de treino e sua mais nova situação familiar. E ele tinha passado os últimos dias pisando em ovos para não irritar Marko ou Christian.

— O que tá acontecendo, cabrón?

Carlos fez a pergunta que Daniel não conseguiu. E o Ricciardo olhou com atenção ao Verstappen, também curioso. E ele nem tinha tido tempo para contar aos dois que Charlotte estava esperando um bebê seu com tudo o que rolou nos últimos dias.

— Eu preciso voltar para Maaseik, porque minha mãe e minha irmã não estão em casa e Chloe não vai querer ir ao hospital ficar com a Charlotte.

— O que aconteceu com a Charlotte? — Carlos não conseguiu controlar seu tom de voz preocupado dessa vez, já puxando o celular do bolso.

Max limpou o suor de sua testa, contando:

— Charlotte tá grávida.

BÉLGICA
11 DE JULHO DE 2016

Alana ainda não entendia o que Charlotte estava fazendo em um hospital, muito menos o motivo para ter a chamado, mesmo sabendo que odiava esse tipo de ambiente. Mas a Thompson deu seu nome na recepção, reparou o modo como o moço pareceu aliviado com a perspectiva da sua melhor amiga ter um acompanhante. E ela entrou, sendo ensinada que deveria subir as escadas e seguir o caminho da esquerda.

A loira estranhou quando uma enorme placa anunciava que tinha acabado de entrar no setor obstétrico. Talvez o hospital estivesse cheio e Charlotte acabou sendo alocada na área das gestantes por isso. Era a única coisa que faria sentido. E ela entrou no quarto anotado no papel que o recepcionista a deu, encontrando Charlotte com aqueles marcações horríveis de hospital e tomando soro.

— Você só me apronta em? — Alana declarou, nem cumprimentando, nem nada.

O quarto que Charlotte estava era particular, além de espaçoso e possuir até mesmo uma tv. E aquilo não fazia sentido, porque mesmo se Charlotte usasse todo o dinheiro que recebia de sua bolsa. Ainda não teria como manter aquilo. Alana sabia.

— Oi.

Charlotte parecia frágil em cima da poltrona, o soro caindo lentamente e a camisola folgada em seu corpo. E Alana suspirou, se obrigando a mover até onde a melhor amiga estava. Apesar da má vontade, Charlotte ainda era sua amiga.

— Chloe não pode vir ficar com você e por isso me chamou? Já vou logo avisando que não vou passar muito tempo, sabe que tenho horror a lugares como esse.

Era por volta das oito da manhã, era o terceiro soro de reidratação que Charlotte tomava. Aparentemente, além de não comer comida suficiente para fornecer energia ao bebê e a ela, também não estava se hidratando corretamente. E juntando isso com o estresse, fez seu corpo reagir produzindo dores abdominais que a assustaram e a levaram ao hospital. Segundo o enfermeiro, ela poderia ter entrado em um estado mais grave se o corpo não tivesse apresentado o "pedido de socorro". E ela estava se sentindo péssima.

— Por que está aqui afinal?

A castanha ainda não tinha contado a ninguém sobre estar grávida. O assunto tinha morrido com sua mãe e Violet do seu lado. E, bom, Max não deveria ter tido tempo de informar Alana nas "mensagens" que ela dizia receber do número trinta e três.

— Imunidade baixa devido a falta de alimentação adequada. No meu estado, não posso ficar sem comer por um intervalo grande de tempo, nem substituir as refeições por barras de proteínas. Além, claro, de não beber água o suficiente.

— Seu estado? O que tá rolando?

Charlotte suspirou, vendo a melhor amiga se sentar na cama, não parecendo nem um pouco interessada e apenas analisando aa unhas.

— Eu tô grávida.

E Alana deixou a mão cair em seu colo, a boca aberta sem saber o que dizer e os olhos subindo até a melhor amiga. Ela conhecia a regra de Chloe. Nas poucas vezes em que se encontrou com a mãe de Charlotte, sempre ouviu a mais velha afirmando que a filha deveria se cuidar, porque se não iria direto para a rua.

— Como é?

— Estou grávida.

— Mas... Mas... Como?

Charlotte rolou os olhos para a pergunta estúpida.

— Amiga. — Alana pulou da cama, dando uma pequena corridinha até a poltrona e se ajoelhando a frente de Charlotte — Quem é o pai?

Não houve um parabéns, coisa que Charlotte já esperava não ocorrer. Porém, ela poderia perguntar se ela estava bem antes né? Ou perguntar se o bebê estava bem. Ela poderia ter acabado de perder o bebê. Sei lá. A mente da castanha estava trabalhando de forma estranha, seus sentimentos confusos e ela se sentia meio sentimental ao ponto de ter se magoado com o fato de Alana ter questionado de quem era o bebê antes de perguntar se ele estava bem.

Era confuso como a vida funcionava. Ela nem tinha conhecimento de que estava grávida até duas semanas atrás e agora estava ofendida pela sua melhor amiga não se preocupar com seu bebê. Aquilo não tinha sentido.

— Você não vai perguntar do bebê?

— O que tem ele?

— Não vai perguntar se ele está bem?

— Conheço você. Se alguma coisa tivesse acontecido com o pentelho, já estaria se acabando de chorar e apesar de estar com uma cara péssima, ainda não tem a expressão de quem perdeu um bebê. Então, me conta, quem é o pai?

Esse era o jeito de Alana, não ligue tanto. A mente de Charlotte trabalhou em colocar desculpas, porque estava cansada e com medo de perder mais uma pessoa. E ela passou a mão sem o soro pelo nariz, o puxando antes de contar.

— É do Max.

Charlotte reparou na mudança súbita de postura que a Thompson adquiriu, se erguendo de onde estava acrocada a sua frente e cruzando os braços. E a castanha suspirou, não adiantava toda a briga que precisou enfrentar antes de ir para a Espanha. E ela era culpada por ter feito Alana pensar que eles não tinham nada demais. Eles já tinham antes, dirá agora que envolvia um nenê. 

— Max...? O meu Max?

— Ele nunca realmente foi o seu Max.

— Claro que foi, nós conversamos.

— Me mostra as conversas. — Char pediu, mesmo sabendo da verdade, uma parte sua não ficaria surpresa se realmente acontecesse.

— Eu... Eu não tenho que te mostrar nada.

A castanha concordou, ainda a vendo na defensiva. E Charlotte encarou o seu soro em completo silêncio. Alana ainda parecia estar digerindo a notícia e se falasse algo, poderia acabar a deixando mais irritada. E a Bakker apenas queria que a melhor amiga ficasse junto consigo até Max chegar. Ele tinha dito que viria. Ela acreditava que ele viria.

— Você é uma vadia.

— Quem somos nós sem uma amiga vadia? — Char tentou, usando as mesmas palavras que a amiga tinha usado em abril e Alana não pareceu ficar mais feliz com aquilo — Eu sinto muito.

Charlotte não sabia o porquê de estar se desculpando. Quem sabe por estar com medo de acabar perdendo mais uma pessoa por uma coisa que não tinha mais o controle. Ou porque Alana era muito importante para si, pois sempre foram amigas. Não importava, ela apenas estava querendo que a loira não a olhasse daquela forma.

— Você levou minha brincadeira muito a sério.

A estudante de arquitetura franziu a testa, sem saber do que a outra falava.

— Que?

— Estava brincando ao sugerir sobre ter um filho com ele a faria se livrar de uma vida de estudante.

— Não foi planejado. — Charlotte se defendeu, porque era a segunda vez que falavam isso para si.

— Charlotte... — a loira debochou.

— Não foi, Alana. Eu nunca faria isso.

E o pior era que Alana sabia que a melhor amiga não era capaz de fazer isso mesmo. Charlotte era a "mais certa" das duas, o próprio pai da Thompson gostava de endeusar sua melhor amiga e se sentir orgulhoso por tabela a cada pequena conquista acadêmica da castanha Alana cansou de escutar a cada fim de mês, quando a nova parcela de seu curso era descontada, a mesma conversa de sempre de como deveria ser igual a Charlotte e ser mais esforçada, mais estudioso, de como foi medíocre sua tentativa por uma bolsa ao ponto deles terem que fingir sempre terem desejado fazer o pagamento para "abrir vagas aos mais necessitados". A loira se perguntou o que seu pai diria agora se soubesse que Charlotte esta esperando um bebê.

— Como sua mãe reagiu?

— Me expulsou de casa.

— Previsível.

— Sim.

Alana queria quebrar o espaço entre as duas e abraçar sua melhor amiga. Ao mesmo tempo, que queria ligar para todos os conhecidos que gostavam de dizer que Charlotte era melhor que ela e contar a grande novidade.

— Onde está ficando?

— Com a senhora Kumpen.

— A mãe do Max? — Alana estava irritada agora — Você quer me dizer que não planejou isso, mas está enfiada dentro da casa do cara? Charlotte!

— Eu não tinha para onde ir.

— Metade daquela merda de faculdade ofereceria um lugar para você ficar se quisesse e... — a mente da loira não era a mais sã, isso já se era um pouco visível, mas o pensamento que cruzou sua mente a deixou estática — O bebê é do professor, não é? Por isso que não pediu ajuda a ele.

— Que? — Charlotte a olhou sem entender, usando de uma força fora do normal para se erguer, apoiando a mão no apoio do soro.

— O bebê é daquele professor que te leva para cima e para baixo. Sua vadia! Está querendo empurrar o bebê para o feinho da F1, enquanto está grávida do seu professor.

— Você tá louca?

Aquilo estava passando do limite.

— Faz todo sentido agora. As mentiras que usou, Max ter vindo atrás de você. Ele não queria você. Ele queria que parasse de mentir usando o nome dele.

— Alana, você nos ouviu discutir aquele dia na rua.

— Eu não ouvi nada, apenas o vi gesticulando e você fugindo dele.

Aquilo não fazia sentido.

— Alana, nós discutimos, você me chamou de traidora por estar com ele, sabendo que você o queria.

— Eu não me recordo disso.

Charlotte a olhou como se fosse louca.

— Você está brincando comigo né?

— Amiga, eu não vou te julgar se o bebê não for dele.

— Alana, o bebê é dele.

A loira soltou uma risada debochada e Charlotte apontou para a porta. Ela estava nem aí, preferia ficar sozinha a precisar continuar ouvindo as lorotas de sua melhor amiga. Depois, quando estivesse medicamente melhor voltaria a tentar conversar com Alana.

— Fora.

— Que?

— Para fora, agora.

— Foi você que me chamou.

— Eu sei. — a castanha suspirou — Mas agora preciso ficar sozinha. Como você mesmo disse que não poderia ficar muito, estou a liberando.

Alana não pareceu feliz com aquela expulsão, porém, pegou sua bolsa na cama e se moveu para a porta. Ela chegou a colocar a mão na maçaneta, se voltando para onde Charlotte estava e a vendo retornar a sentar na poltrona, os olhos esperançosos em cima do celular.

— O bebê é dele mesmo?

Charlotte ergueu os olhos, concordando.

— Dizem que o pai dele ameaçou a garota que o ajudou naquela festa... Aquela lá em casa em 2014.

Charlotte acenou, se recordava bem daquela situação, porque ela havia sido a garota. E se antes Jos Verstappen não parecia a pessoa mais amistosa consigo, dirá agora que havia engravidado de seu filho. Talvez era ilusão demais considerar que ele ficaria feliz com um bebê novo na família, certo? Talvez o nenê em sua barriga viesse para o tornar mais feliz. Tornar a vida de todos melhor.

Alana ainda não havia girado a maçaneta e havia aquela questão em sua face. O pedido para ficar, que iria se comportar. A relação das duas sempre foi aquilo, se desentenderem de algum assunto e retornar depois de poucos minutos. E Charlotte normalmente cedia com muita facilidade. Entretanto, daquela vez, a castanha realmente preferia se manter sozinha naquele quarto aguardando Max a ficar revivendo o ciclo de comentários sem noção de sua melhor amiga, se ofendendo e precisando perdoar sempre. Ela não culpava a Alana por não ter noção, apenas não tinha saco para continuar naquele instante.

— Eu estou indo.

Charlotte concordou, ainda sem pedir para que ela ficasse. E Alana estava começando a ficar nervosa. Preocupação beirando sua face. Parecia errado a deixar sozinha.

— Me manda mensagem quando chegar em casa.

Charlotte se sentia mais a vontade trocando mensagens com Alana a convivendo com ela. Por mensagens poderia apenas fechar o celular e fingir que não leu a próxima ofensa. As vezes, rolar as mensagens e somente rir das antigas, quando tudo se mostrava bem óbvio e elas eram apenas amigas.

Alana finalmente girou a maçaneta, ou ela girou, porque a loira foi praticamente jogada para trás e três pilotos entraram com os olhos mais arregalados que os de um tarsius. E a loira foi reclamar, quando suas próprias vistas apenas acompanharam os três correndo até a poltrona.

— Schat! — Max foi o primeiro, se jogando aos seus pés e praticamente afundando o rosto contra a camisola do hospital — Ele está bem? Você está bem? Schat, fala alguma coisa!

O loiro abraçou sua cintura, encontrando as mãos nas costas da castanha e Charlotte tinha aquele olhar doce que trazia uma sensação de irritabilidade para o corpo de Alana.

— Ele te proibiu de falar? — Carlos estava gritando, como se o fato de estar em um hospital tivesse deixado Charlotte surda — Um aceno para "sim", dois acenos para "não".

— Ou vocês apenas estão gritando tanto que ela não consegue falar. — Daniel retrucou por último, vendo a castanha sorrir para si — Você está sozinha aqui ou... Quem é você?

Max virou o rosto, esperando encontrar sua irmã ou sua mãe e franzindo a testa ao reconhecer Alana. A loira estava encolhida atrás da porta, não parecendo nem um pouco com aquela garota do dia da festa. Max não a via desde aquele fatídico dia.

— Olá, Alana.

— Essa é a Alana? — Carlos não foi nem um pouco discreto, passando os olhos de cima a baixo na loira, se recordando de todas as coisas impossíveis nas quais Max havia a citado.

— Sim, Sainz. — Char falou pela primeira vez, sorrindo para a melhor amiga, esquecendo que estava tentando a expulsar da sala e apenas tentando passar confiança a loira — Essa é a minha melhor amiga, a Alana. Alana, esses são Carlos Sainz Junior e Daniel Ricciardo, ex-companheiro e atual companheiro de equipe do Max. E o Max.

O australiano se adiantou em ir apertar a mão da loira, enquanto Carlos se mantinha com um pequeno pé atrás, devido a tudo que tinha escutado vindo de Max. E o holandês se ergueu, analisando o acesso no braço da mãe de seu nenê, dando com o indicador na sacola do soro.

— Por que ela está aqui e não alguém da minha família?

Max perguntou baixo, parecendo incapaz de olhar nos olhos de Charlotte. E ela levou o braço sem o acesso até o de Max, tocando seu cotovelo antes de deixar os dedos escorregar até chegar a mão do número trinta e três. Verstappen cedeu, a encarando com aquelas esferas azuis e Charlotte sorriu para ele.

— Obrigada por ter vindo.

Ele sorriu a castanha, apoiando a mão no encosto ao lado de sua cabeça e inclinando o corpo para frente. Charlotte o deixou beija-la, sentindo o toque delicado por seu rosto. E Alana fez um barulho enojado, fazendo a castanha afastar o piloto, mesmo não querendo.

— Como esta o bebê do padrinho? — Carlos aproveitou para se reaproximar, a mão espichada, pronta para tocar a barriga de Charlotte, quando Max deu um tapa — Ei! O que é isso?

— Não toca na schat! — Max o empurrou para longe.

— Max! — Charlotte chamou sua atenção, negando com a cabeça, antes de responder a Carlos — Depois desse soro, vou estar prontinha para outra.

— Vira essa boca para lá! — Daniel pediu, e os dois abandonaram a figura loira de Alana e se movendo para a poltrona novamente — E nós ainda não decidimos quem vai ser o padrinho.

— Max me prometeu a meses.

— Como é? — A castanha olhou para o loiro.

— Era mais como um sonho futuro, não pensei que íamos realizar tão rápido.

— E não pensou que seria interessante me perguntar antes?

— Qual é, Lottinha? — Carlos ignorou a ordem de Max ao sentar na ponta da poltrona e passar o braço na volta da castanha, a puxando contra seu peito — Vai dizer que não quer esse espanhol boa pinta como compadre?

Charlotte riu, o fazendo piscar para Max. Daniel rolou os olhos e o holandês rosnou para o Sainz.

— Controla teu cachorro, Lotti. Acho que ele não tomou as vacinas de raiva ainda.

Bakker iria comentar com Alana sobre os meninos serem engraçados, porém, quando procurou na volta, a loira já havia desaparecido. Certamente aproveitando a pequena algazarra para fugir. E ela não sabia dizer o que sentia com aquilo.

— Como vocês chegaram aqui tão rápido?

— ¡Papá!

— Tio Carlos está na cidade? — Charlotte pareceu rapidamente eufórica, os olhos na porta, como se o piloto de rali fosse entrar.

— Não, ele não pode vir. — Carlos a fez se encolher, desanimada — Mas ele pediu para ligar e dizer como está. Quer saber do netinho dele.

— Aaaaaah!!! — os três levaram um susto com a reação que Charlotte teve, pulando da poltrona, fazendo Carlos cair de onde estava sentado e se atirando em Max — Alguém está feliz com o nosso bebê, amor!

Não foi muito difícil para Daniel entender agora o porquê de Charlotte estar com a melhor amiga no quarto e sem a presença da mãe de Max. Fora a sua reação com a ideia de Carlos Sênior querer saber do bebê. E o australiano encarou o soro, se perguntando se era uma boa ideia a belga estar na casa de Max.

— Você me chamou do que? — Max se viu perguntando, meio impactado e Charlotte arregalou os olhos, se afastando como se o pequeno furacão de animação tivesse desaparecido e soltando uma risada sem graça.

— Acabou meu soro. — ela encolheu os ombros, voltando a se sentar na poltrona como se nada tivesse acontecido — Você pode chamar a enfermeira para mim?

— Schat...?

— A enfermeira, Max.

Ele mordeu os lábios, antes de sair. E Carlos a viu respirar aliviada.

— O que aconteceu?

— Como? — ela sorriu para ele.

— Por que está aqui?

— Imunidade baixa devido a falta de alimentação adequada. No meu estado, não posso ficar sem comer por um intervalo grande de tempo, nem substituir as refeições por barras de proteínas. Além, claro, de não beber água o suficiente. — ela repetiu o mesmo que disse a Alana.

— Por que não estava comendo ou bebendo água? — Daniel questionou, cruzando os braços e Charlotte se encolheu na poltrona, começando a se sentir pressionada.

— Você está louco? — Carlos fez o australiano o encarar sem entender — Isso é jeito de falar com ela?

— Você acabou de falar da mesma maneira.

Daniel acusou.

— Eu falei de um jeito totalmente diferente. — Carlos rebateu, ficando na frente do Ricciardo — Vai ver o motivo do Max estar demorando.

— Oh, Sainz! — Daniel o olhou sem entender.

— Vai, vai, vai!

Ricciardo apenas se deixou ser escorraçado do quarto, porque Max estava realmente demorando. E Carlos passou a tranca, se virando com os olhos estreitos para a belga.

Charlotte voltou a se encolher.

— O que a bruxa da mãe do Max fez?

A castanha esperava qualquer pergunta. Qualquer mesmo, desde a quem era o pai do seu filho, ao motivo do Carlos Sênior parecer tão interessado a ela. Mas não aquilo.

— Como?

— Isa me falou que você só poderia estar assim por conta da Sophie, então o que aquela bruxa fez?

— Eu não... eu não sei o que você tá falando...

Charlotte acabou rindo de nervoso conforme falava, não dando segurança nenhuma ao espanhol. E ele negou.

— Charlotte. — sua voz saiu firme e ela apertou os lábios, sentindo as lágrimas voltarem a se acumular.

— Não é o que ela faz... — ela esperava falar aquilo com Alana, estava preparada para pedir ajuda a amiga e agora estava começando com um espanhol que conhecia a poucos meses, que era melhor amigo de Max e antigo companheiro do número trinta e três — É o jeito que ela me olha... O bebê é do Max.

A belga não fazia ideia de quantas vezes já havia repetido aquilo.

— Ele é do Max, Carlos. Por favor, me diz que sabe disso? — ela não acreditava que estava pedindo que o espanhol confiasse em si, porque pessoas que esperava o fazerem não estavam.

— Claro que eu sei. Só um idiota não sabe que só o Max seria capaz de meter um filho em você tão novo. — o espanhol passou a mão pelos cabelos, entendendo tudo — O que ela fala?

— Ela não fala. Ela só... Ela diz que não gosta de mim e não confia em mim. E toda vez que saio do quarto, você tem que ver, o jeito que ela me olha... é como se o bebê fosse nascer e se acusar, gritando que não é de Max e... E eu não me sinto a vontade para sair do quarto. Estou naquela casa a dois dias e não consigo nem beber água sem ter os olhos dela em cima de mim...

— Velha desgraçada!

— Carlos, não fala assim.

— Como não, Charlotte? Essa velha tá prejudicando sua gravidez. Ela sabe que não pode te estressar? Que mesmo você sendo saudável, a gestação pode se desenvolver de forma negativa fazendo isso a você?

Uma batida na porta os assustou, os fazendo encarar a porta, enquanto a voz de Max soava do outro lado "Hey, vocês dois!".

— Eu vou falar com o Max.

— Não. — Charlotte pulou da poltrona, a cabeça acenando de maneira negativa e a mão alcançando o braço do espanhol — Por favor, não.

— Ela tá te tratando como se fosse uma criminosa.

— Ela é a mãe dele!

— E o foda-se? — Carlos e ela se encararam, ao mesmo tempo que um baque mais forte soou da porta, antes dela cair no chão. Sainz trouxe Charlotte para trás de suas costas, como se um assaltante estivesse apontando uma arma na direção da belga e a outra se encolheu.

— Se eu apostasse não estaria tão certa.

A voz de Sophie-Marie comemorou. E Charlotte deu um passo para trás, enquanto Carlos encarava a kartista com raiva. Max, ao contrário do que Sophie esperava, sorriu para a castanha, nada de malicioso passando por sua mente, apenas o alívio de quem sabia que a sua garota e o seu bebê seriam protegidos se não estivesse por perto. E Carlos começou:

— Max, eu preciso...

— Max, o Carlos falou comigo, disse que o tio Carlos pediu para que eu fizesse o meu acompanhamento médico na Espanha. — Charlotte não fazia ideia do que estava falando, mas foi a única desculpa que saiu de sua boca — Como estou no início, eles vão mandar o jatinho me buscar todo mês, mas no final, lá pela vigésima nona semana, vou precisar ir para a Espanha ganhar o bebê. Não é, Carlos?

— Na Espanha? Por que não aqui? Ou na Holanda? — Max pareceu perdido ao perguntar e Daniel parecia um espectador de fora.

— Porque... Porque...

— Porque meus pais gostaram muito da Lotti. E é tradição da minha família todas as crianças serem tratadas e nascidas na Espanha. E como Charlotte está sem o apoio da família dela, meu pai pediu para que minha família assumisse esse papel.

— E eu aceitei.

Charlotte respirou aliviada. Já o espanhol encarou os olhos castanhos da garota. Eles pareciam implorar. Por favor. Por favor. Por favor. E ele concordou, não acreditando em si mesmo por ter continuado de boca fechada, mesmo vendo a maneira como Sophie-Marie encarava a mais nova. Desacreditado que Max não percebesse sozinho. E zangado por ter cedido tão facilmente.

Vamos começando sobre essas novas diretrizes do wattpad que estão movimentando todo o cenário de leitura da plataforma

Até então nada aconteceu com as minhas fanfics e eu continuarei postando de maneira normal

Todavia, entretanto, por que farei isso?

Porque todo capítulo postado aqui, estará sendo postado no SPIRIT, pela conta @maxiel_charlosgasly, mesmo nome de perfil daqui. Atualmente, Lullaby e Corrupted estão "completas" e Discombobulate está indo aos pouquinhos

Então, se vocês não acharem aqui, os convidou a ir montar um cadastro e seguir por

Entretanto, se não for do seu interesse, e a historia sumir, pode esperar até a plataforma daqui voltar ao seu normal que certamente retornarem a postar aqui

Mas até , estarei nos dois

Enfim, agora sobre o capítulo

Eu gosto de trabalhar personalidade, mesmo sendo de pouquinho e pouquinho, com pequenas a mostras e eu, por algum motivo, vejo a Sophie-Marie como alguém fenomenal, incrível mesmo, mas ao mesmo tempo parece tão manipulável e Maria vai com as outras

Não sei explicar

E na fanfic, infelizmente, ela será muito influenciada pelas ideias do Jos e consequentemente vai demorar mais tempo para gostar da Charlotte

Alana é a Alana

Victoria está no meio termo, ela quer muito acreditar na Charlotte e sabe que o filho é do irmão, mas não tem coragem de bater de frente com a mãe dela

Mesmo vendo que o que ela faz é errado

Kelly e Isa sabem da gravidez, virão a aparecer no próximo capítulo de 2016

Max está meio maravilhado demais para perceber as coisas

Daniel percebe, mas não consegue acreditar

E o Carlos ativou o mood irmão protetor do nada

Que até a lotti ficou surpresa

E ela toda animada que alguém acreditava e tava feliz pelo bebê? Que coisa mais querida, chegou até a chamar o Max de "amor", mas disfarçou bem

E , o que acharam?

Espero que tenham gostado

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