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0.14

ESPANHA

15 DE MAIO DE 2016

Max havia se considerado rápido ao conquistar o primeiro lugar. E a pesagem e a cerimônia de pódio passaram como um borrão de felicidades e sorrisos que deixou suas bochechas doloridas e coradas. Ele não imaginava como poderia estar saindo nas fotos, porque aquilo pouco importava. E, quando se sentou no chão, no meio de sua equipe, a placa com sua colocação ao lado do troféu do primeiro lugar. Tudo era demais. Tudo era incrível, mas, mesmo assim, seu único desejo era poder se afastar de todos aqueles mecânicos e funcionários.

A corrida havia começado as duas horas da tarde, durado uma hora e quarenta e dois minutos — se arredonda-se os segundos que levava para parar o carro depois da linha de chegada — e existia mais o tempo que levou a cerimônia do pódio, e então a dificuldade que a equipe parecia encontrar para bater uma simples foto com todos. Daniel parecia estar fazendo por gosto ao atrapalhar ou cair ou se desequilibrar. 

Todos esses percalços estavam o deixando no seu limite. Não que a felicidade geral fosse uma coisa ruim, mas o fato de não conseguir ver a sua garota, a pessoa que o motivou a continuar focado e não "desistir" ao entrar no cockpit estava o deixando irritado.

— Estou liberado?

Ele se viu questionando mais vezes que o normal, tentando escapar de mais um patrocinador. Christian, de repente, tinha conseguido a presença de todos os patrocinadores da Red Bull Racing e ele não estava sabendo? Porque era a única justificativa para ter precisado apertar tantas mãos. E a cada vez que tentava fugir do meio de todos, alguém o encontrava próximo a entrada para os boxes e o trazia de volta. Nem ao menos seu celular havia sido dado a ele, o que dificultava sua comunicação com sua garota. 

Max não gostava da ideia de Charlotte estar sozinha em sua sala, pois depois da décima colocação de Daniil, ele duvidava que Kelly estivesse ao lado da belga para comemorar seu primeiro lugar. Nunca que ele acharia justo se fosse o Kvyat. Se bem que nunca deixaria alguém o trocar, seus resultados na Toro Rosso, mesmo no ano anterior, eram consistentes com o desempenho máximo que seu carro tinha condições. Ele extraia o que podia da Toro Rosso. E, levando em consideração seu resultado atual, tinha começado a fazer o mesmo com a Red Bull.

— Eu já posso ir?

Ele acabou perguntando mais vez, causando risos em Christian e Adrian. Os dois se olharam e ele sabia que provavelmente o estavam achando um "pirralho", mas, dessa vez, nem tinha vontade de mudar a ideia deles. A única coisa que queria era poder seguir para sua sala e abraçar sua garota. Talvez conseguisse a convencer de aparecer na próxima corrida e ter a faixa com seu nome e "namorada do Max Verstappen" abaixo de seu rosto na transmissão. 

Ganhar na sua primeira corrida pela Red Bull era uma coisa improvável, mas havia acontecido. O que diferenciava isso de Charlotte aceitar aparecer na mídia? Se bem que a Charlotte parecia mais difícil de convencer do que um carro. 

— Vi a Charlotte pelo paddock mais cedo.

Adrian, o engenheiro-projetista da Red Bull, declarou. O Newey cruzou seus braços, como se pudesse adivinhar que a presença estava interligada ao desejo de ir embora.

— Sim, ela venho.

Max sorriu para o mais velho, se sentindo incapaz de não demonstrar ao pensar na sua garota, e Christian intercalou o olhar entre os dois. Ele não lembrava de Max ter citado esse nome, muito menos de Jos Verstappen.

— Quem é Charlotte?

— Minha...

— A amiga dele. — Adrian o interrompeu, meio ingênuo, apontando o indicador ao holandês — Ela estava em Xangai também.

— E você a conhece?

— Eles pegaram carona comigo. — Adrian explicou — E a menina era um amor, acabamos conversando durante o GP.

— Pera! Aquela menina que estava com você na China? A baixinha, de cabelo castanho?

— Isso!

Christian finalmente pareceu conseguir ligar a pessoa ao nome, concordando em seguida. Ele recordava de quem se tratava, até mesmo tinha ficado em dúvida sobre quem era, visto nunca ter percebido a presença. Mas, agora, fazia todo sentido. Era uma amiga de Max.

— Como vocês sabem que a Lotti está aí, será que posso ir agora?

Max nunca se sentiu tão agradecido quanto no momento que Chrisrian o liberou, o fazendo abraçar o Horner da maneira mais espontânea, ouvindo um "De nada, filho" e, então, ele correu para sua sala. Finalmente se libertando da presença de todas aquelas pessoas... Não que fossem ruins ou que desgostasse deles, mas porque sua garota estava em sua sala. Sua garota estava lá, sozinha. E ele apenas queria chegar até ela e beijar sua boca, dizer que não teria conseguido sem ela. Ele só queria ela.

E ela não estava na sua sala.

ALGUMAS HORAS ANTES

— Você vai ficar bem mesmo?

Kelly parecia uma mamãe coruja em cima de Charlotte, repetindo a mesma pergunta pela milésima vez, pouco se importando para o fato de Daniil estar com uma cara irritada. A brasileira estava começando a se acostumar com aquele semblante na face do namorado.

— Estou dizendo que sim. — Char trocou um pequeno abraço com a mais velha — Vou esperar o Max na sala dele. Pode ir despreocupada.

A Piquet ainda não parecia a vontade com a ideia de deixar a belga sozinha, mas Kvyat não pareceu ligar muito para isso, a pegando pelo braço e arrastando para fora. O russo estava odiando aquilo, as perguntas dos jornalistas tinham findado com qualquer humor ainda existente em seu ser.

Charlotte se viu sozinha dentro da sala de Max.

Ela imaginou que tudo acabaria de forma rápida, por algum motivo, mas quando os primeiros quinze minutos correram, Char já se sentia entediada. E, devido a toda a festa do lado de fora, foi meio fácil sair sem ser percebida.

Max!!!
Parabéns, você foi incrível
Estou te esperando no hotel

Charlotte não inventou muito na mensagem que enviou ao holandês, até porque quando saiu da sala e encontrou o mar vermelho e azul da Red Bull na volta de Max, entendeu que o homem provavelmente nem se deteria muito na sua total falta de emoção em escrever a mensagem.

Fora que ela disse que o esperaria no hotel. E ela estava animada em pensar o encontrar no hotel. Não via a hora de poder abraçar Max e jogar em sua cara o quanto era bom. Ela não se importava de ter ouvido sobre ele apenas ter conseguido o primeiro lugar porque as Mercedes bateram. Max foi incrível.

Max ganhou de dois pilotos que tinham cinco títulos mundiais em conjunto — Räikkönen o de 2007 e Vettel com seus títulos de 2010 a 2013. E ela nem fazia ideia disso até resolver procurar o nome dos ditos cujos na internet em seu momento de tédio.

— Char!

O grito a assustou, a fazendo agarrar sua bolsa e se voltar assustada na direção do estacionamento. Carlos pareceu achar engraçado ver a garota de Max daquela forma, rindo ao abanar a mão para ela se aproximar. Charlotte ficou com um pézinho atrás, principalmente por não conhecer as pessoas na volta do espanhol. Entretanto, acabou seguindo devagar até eles.

Carlos tinha conquistado o sexto lugar, o que rendeu oito pontos para a Toro Rosso, e estava animado com seu resultado. Ao lado dele, Isa perguntou quem era, juntamente com Carlos Sainz Sênior e Carlos Oñoro.

— É a namorada do Max.

Carlos não ousou explicar a bagunça que era a relação do Max e da Charlotte. Porque, até onde tinha entendido, Verstappen a pediu em namoro e depois tirou no "cara e coroa" se estavam juntos ou não. Todavia, parecia que a garota não tinha dito nem que sim, nem que não. E eles estavam apenas levando aquilo, até um dos dois fazer algo errado — Carlos estava apostando que isso viria de Max.

— Oi.

Charlotte parecia deslocada, sem saber se deveria se aproximar e abraçar o Carlos, afinal já o conhecia e, de certa forma, tinham criado intimidade para isso. Tal como foi com Daniel e Kelly. Ou se apenas erguia a mão e apertava seus dedos. Todavia, quem acabou escolhendo a ação foi o número cinquenta e cinco, se movendo para abraçar a castanha.

— Você é uma sorte e tanto em? — ele brincou ao erguer o corpo de Charlotte, apenas não a girando, porque a castanha apertou seus braços de maneira assustada — Você tá bem?

— Só estou um pouco enjoada. — ela ergueu os ombros, sabia que ser rodeada como um peão de brinquedo não seria a melhor escolha — Acho que foi toda a emoção, meu coração quase parou na boca quando o Max assumiu a liderança.

— Eu imagino, Char. Eu imagino. — não era difícil ver que Carlos estava feliz pelo amigo e, ao mesmo tempo, tinha um pequeno brilho de ciúmes. Ele era um piloto, também gostaria de ter sua primeira vitória. E Charlotte sorriu, apertando seu ombro de maneira mais delicada, como se dissesse que logo chegaria sua vez. — Deixa eu te apresentar, Char. Essa é a Isabel, mais conhecida como Isa. Esse é o meu pai Carlos. E meu primo também Carlos.

A mente da castanha deu um nó.

— Oi! — Isa tomou a frente, um pé a frente e uma pergunta implícita em sua face para saber se poderia a abraçar.

— Oi! — Charlotte a abraçou, os olhos ainda confusos para cima dos três homens.

— Carlos só sabe falar em você, menina.

Isa assim como Kelly era mais velha que ela, Hernaez um pouco menos que Kelly. E Carlos sempre soube que as duas pareciam que possivelmente poderiam se dar bem. E reparando na maneira como se olharam, ele teve certeza.

— Max já falou de você também. — Char confessou a outra — Você deu salgadinhos a ele, não?

— Sim, ele guardou para você?

— Guardou as embalagens vazias. — Char riu, as bochechas vermelhas.

— Podemos passar em algum lugar e comprar mais, se quiser.

Carlos Sênior ofereceu, achando uma graça a maneira como a mais nova estava vermelha.

— Oh! Não! Não quero incomodar.

— Não é incomodo. — Caco sorriu para ela — Já estávamos pensando em passar em algum lugar para tomarmos alguma coisa mesmo, a tia Reyes e Ana foram na casa de uma amiga, então dá para apenas acabar em algum lugar comendo comida gordurosa.

— Eu falei a Max que o esperaria no hotel. — ela fez uma careta triste.

— Max? — Carlos deu risada, olhando na direção da entrada — Ele vai demorar muito, Char.

— É verdade. — Carlos Sênior concordou — Venha conosco, damos uma volta e depois te deixamos no hotel.

— Não vou estar atrapalhando mesmo?

— Claro que não! — Isa passou o braço pelo braço da nova amiga — Cinco é melhor que quatro.

Os três homens a olharam, como quem parecia não concordar. E o Carlos Sênior destrancou o carro que eles iriam, Isa foi rápida em entrar e puxar Charlotte junto consigo. Carlos Junior iria no banco de trás com as duas, mas acabou exigindo o banco da frente, porque tinha acabado de pilotar e merecia mais espaço. Então, Caco se espremeu ao lado de Charlotte.

— Como é isso? — Char perguntou aos cinco — Chamo de Carlos um, dois e três?

— Carlos me apresentou como "Carlos" só para confundir sua cabeça. — o homem ao lado dela falou, arrumando os óculos no nariz — Todos me chamam de Caco.

— Posso também?

— Claro.

Eles sorriram e Carlos riu no banco do carona.

— Ninguém costuma me chamar de Carlos quando o Junior está perto. — Carlos Sênior a informou — Ele me chama de "padre", o Caco me chama de "tío" e a Isa me chama de "suegro".

— Isso porque nem sou a nora dele. — Isa sussurrou para Charlotte — Não que eu queira também.

— E como devo o chamar então?

Carlos Sênior pensou, considerando suas opções, parecendo tentar achar uma que achasse boa o suficiente.

— Chama ele de Carlos e eu de Junior. — Carlos falou a namorada do amigo — Ele vai demorar para pensar se deixarmos.

— Você me respeita! — Carlos Sênior bateu contra seu braço.

Em um geral, Charlotte diria que foi uma viagem agradável, ainda mais quando Caco e Isa começaram a ensiná-la algumas palavras em espanhol. E os quatro riram das tentativas da belga em imitar o sotaque.

— ¡Doblar aquí! ¡El café está en esta calle!

Dobra aqui! O café é nessa rua! Carlos gritou em determinado momento, Carlos Sênior já estava no meio da rua, quando precisou fazer o movimento mais arriscado que Charlotte já considerou existir, girando o volante e invadindo a rua ao lado. O carro que estava esperando a passagem para prosseguir buzinou e Charlotte e Isa acabaram esmagando Caco contra a porta. E eles estavam rindo ao invés de estarem assustados.

— ¡Hijo de puta! ¡Tú no puedes hacer eso! — O motorista gritou, assustando Charlotte assim que Isabel a contou o que ele tinha dito.

— ¡Simplemente no puedo hacer lo que no quiero! — Carlos Sênior gritou depois de baixar o vidro.

— Ali! — Carlos apontou para uma enorme placa de café — Nós viemos aqui ano passado! 

Caco riu da cara de assustada da belga.

— Bem-vinda a uma viagem tranquila com os Sainz!

— E Hernaez. — Isa completou, já abrindo a porta quando o mais velho estacionou.

Charlotte desceu, não sabendo bem o que pensar quanto a isso.

Charlotte se moveu para o canto da mesa, ao lado do vidro, a frente de Caco e com Isa ao seu lado. Carlos estava ao lado do primo e Carlos Sênior arrumou uma cadeira para ficar na ponta, fechando a mesa. A belga se arrumou, ajustando as pernas e acidentalmente batendo com as do Oñoro, ela arregalou os olhos. Caco tremeu os lábios em um meio-sorriso antes de repetir o toque, batendo o joelho no dela. 

— Vocês querem o quê? — Carlos perguntou ao grupo, já chamando a atendente — Ano passado comemos as torrijas aqui e elas eram magníficas. Você vai gostar, corazón.

Isa sorriu para ele e Charlotte encarou a interação. 

— Você quer o quê, hija?

Carlos Sênior a tirou de seus pensamentos e ela sorriu, o pedindo ajuda e o mais velho puxou o cardápio, começando uma longa aula sobre cada prato do café e dizendo os prós e contras a ela. E foi engraçado e muito legal de sua parte. E, de repente, Charlotte queria que Max pudesse estar junto com eles, mesmo sabendo que ele estava provavelmente curtindo o momento de ter ganhado sua primeira corrida com a equipe dos seus sonhos. 

HOTEL

Max nunca havia se sentido tão aliviado quanto no momento que recuperou seu celular e pode ler a mensagem de Charlotte. Todo seu corpo relaxou e ele quase chorou, o que causou risos da parte de Daniel. E, então, os dois estavam indo para o hotel cedido aos funcionários da Red Bull e da Toro Rosso.

— Qual é a ideia para hoje?

Daniel perguntou a ele, o vendo erguer os ombros.

— O que Charlotte quiser.

— Mas você ganhou, cara. Não consegue pensar em nada que queira fazer na noite da sua primeira vitória?

— Quero comemorar... — Daniel sorriu, achando que o outro estava entendendo o que ele quis dizer — Com a minha garota. Seja lá o que ela achar que deva ser.

— E se ela quiser comemorar ficando no quarto?

— Então vamos pedir comida, ligar a tv e ficar no quarto com esse garotão ao lado. — ele ergueu o troféu que ganhou, um sorriso grande no rosto.

Daniel o encarou, sem entender como o cara que incomodava a todos junto com Carlos para sair no último GP's estava declarando aquilo, porque parecia estranho. Entretanto, existia todo aquele brilho novamente, misturado com a animação que apenas Charlotte parecia produzir no holandês. Era confuso de explicar a outra pessoa, qualquer outro chamaria Daniel de louco, ainda mais considerado as atitudes controversas de Max quando Charlotte não estava perto. Mas o Ricciardo percebia que o Verstappen realmente gostava da Bakker, apenas se deixava levar muito pelo que os outros falavam. Todavia, considerando a idade, até que ele estava indo bem, na medida do possível.

— Cara.

— Fala. — Max se virou para ele.

— Parabéns.

Daniel ainda não havia o dado os parabéns, mas existia mais do que apenas um parabéns simplório quanto a vencer sua primeira corrida. E Max sabia, sorrindo novamente para o australiano.

— Me sinto um pai orgulhoso.

— Vai a merda! — Max o mandou, o fazendo rir.

O hotel parecia sufocante, ainda mais quando a única coisa que Max gostaria era poder chegar ao seu quarto e encontrar sua namorada. Ele esperava que ela estivesse tão ansiosa para o encontrar quanto ele estava. Mas os funcionários pareciam afoitos e um pouco desrespeitosos — na sua concepção — ao pará-lo pedindo fotos. Entretanto, pela primeira vez, não apenas foi grosso e se manteve animado em responder as perguntas, conseguindo se guiar ao elevador depois de muito tempo gasto. E, então, respirar aliviado ao estar sozinho.

E todo o seu animo pareceu morrer assim que o celular tocou e ele viu o nome exposto na tela.

— Alô?

— Espero que não esteja dando pulinhos e se sentindo maioral apenas por ter ganhado a corrida de mão beijada pela Mercedes.

— Nossa, pai! Muito obrigada pelas felicitações pela minha primeira vitória! — Max foi debochado de uma maneira que conhecia Jos Verstappen o suficiente para o irritar, não que isso fosse difícil — Não faz ideia o quanto significa para mim.

— A vadiazinha ainda está aí ou fez o que mandei?

— Não conheço nenhuma "vadiazinha".

— Sabe muito bem de quem estou falando.

As portas do elevador se abriram e Max saiu com o celular ainda no ouvido.

— A minha garota está aqui, pai. Gostaria que você a respeitasse e a chamasse pelo nome a insultos.

— Espero que não esteja achando que a presença dessa garota aí signifique alguma coisa.

— Eu sei que a sua ausência aqui significa uma coisa.

— Sabe que não estou aí por conta dessa garota.

— Eu sei que o senhor não está aqui porque é infantil.

— Acho bom você maneirar esse tom comigo, moleque. Ainda sou seu pai.

— Infelizmente né? — Max riu — Mas fazer o quê? Algumas pessoas tem sorte, outras nem tanto.

— Você só conseguiu ganhar hoje pelo que fiz com você, moleque. Não seria nada se não fosse por mim.

— Claro, claro. — Max concordou, puxando a chave de seu quarto — Agora preciso desligar. Obrigada pela linda declaração de felicidade pela minha primeira vitória, pai. Tchau.

Max desligou o celular com toda satisfação do mundo, empurrando a porta e deixando toda a irritação de seu corpo derreter e cair no chão. Um sorriso crescendo em seu rosto.

— Os balões podem parecer meio exagerados, mas foda-se eu posso ser exagerada na primeira vitória do meu namorado.

E Charlotte tinha as bochechas vermelhas ao declarar. Eles eram namorados? Max negou, um sorriso maior no seu rosto antes de abandonar tudo que tinha consigo, desde a mochila nas costas, de qualquer jeito, o troféu, cuidadosamente posto na mesa, até o celular cair no chão e ele estava correndo até sua garota. Finalmente encostando na única pessoa que quis tocar desde o momento que saiu de seu carro.

— Você foi incrível, incrível, incrível! — a estudante declarou, as mãos do piloto nas suas coxas e seus lábios tocando a face do holandês — Não entendi quase nada, mas apenas sabia que você ia ganhar! Eu disse que subiria no pódio, não disse?

Max chutou alguns dos balões azul e vermelho, ele não fazia ideia de onde Charlotte havia conseguido aquilo ou de como os Sainz estavam envolvidos. Mas Charlotte apenas tinha visto os sacos coloridos na loja ao lado da cafeteria quando estavam saindo e a sua mente estalou com a ideia. Carlos riu ao perceber, Caco brincou que ela precisaria de folego para encher e Isa a incentivou. Mas quem acabou indo para dentro da loja antiga foi Carlos Sênior, declarando ter visto um objeto interessante e saindo com um abajur novo que, segundo ele, sua esposa Reyes iria gostar.

— Eu não falei, Verstappen?

Ela exigiu a resposta, os dedos se infiltrando entre os fios loiros, empurrando o boné de sua cabeça e o deixando cair no chão. Max concordou, a fazendo abrir um sorriso maior. E eles se olharam. Existia aquela mesma tensão do primeiro dia, da situação do banheiro, quando Max se sentia a ponto de cair de joelhos e implorar para que ela fosse sua e, naquele momento, ele só queria a certeza de que ela era sua para sempre.

— Você é muito linda! — Max sussurrou, não fazendo ideia do motivo para estar tão baixo, mas parecia certo.

— Você que é muito lindo. — Charlotte respondeu, sem zombaria como Max provavelmente pensaria se viesse de qualquer outra pessoa. E o número trinta e três sorriu, apertando as mãos nas coxas da mulher, enquanto sentia os dedos da futura arquiteta pressionarem na sua camisa, o puxando para mais perto. E seus lábios se conectaram, Max sentiu os lábios quentes e cheios de Charlotte e era como tocar o céu.

— Ainda não consigo acreditar que estamos assim. — Max declarou, um sorriso enorme no rosto — Parece que é um sonho louco e que vou ter que acordar em algum momento. 

— Ganhar sua primeira corrida é um sonho louco?

— Ter você parece um sonho louco. — ele começou a caminhar, finalmente saindo de perto da porta.

Charlotte não o respondeu, ocupada demais em apenas juntar a boca ao do homem. E Max se deixou aproveitar, tinha acabado de ganhar a primeira das muitas corridas de sua vida — era o que esperava — e estava com a sua garota. A vida poderia ser bonita e nada rígida como a imagem que seu pai o fez ter a vida toda. E eles se separaram depois de um momento, ambos sorrindo loucamente. E Max os arrastou até a cama, empurrando as muitas cobertas e pondo sua garota no centro.

— Como vamos comemorar?

Charlotte o perguntou, o convite de mais cedo dos Sainz presente em sua memória. Eles iriam jantar em um restaurante e, depois, Carlos levaria os mais novos para uma festa, ela não fazia ideia de qual era, mas o piloto da Toro Rosso declarou ser digna de um vencedor como Max. E ela confiava que seria mesmo.

Max subiu na cama, os joelhos afundando no colchão e deixando o corpo suspenso em cima de Charlotte. Ela se arrumou embaixo dele, abrindo as pernas para que o piloto pudesse se encaixar e fazendo sua saia subir. Verstappen sorriu malicioso.

— Podemos fazer o que quiser, schat.

Depois que fazermos isso. Foi o pensamento de Charlotte que completou, porque sua boca estava ocupada demais com a de Max. E suas mãos não estavam afastando o corpo masculino, mas o trazendo mais para perto, degustando do beijo. Ela nem se deu ao trabalho de tirar suas roupas, apenas desceu os dedos para abrir a calça do número trinta e três, empurrando sua peça íntima para o lado e o sentindo se enfiar dentro de si.

— God! Je bent de beste!

Deus! Você é a melhor! Charlotte não tinha certeza se ele poderia usar o nome sagrado de Deus em algo tão pecaminoso quanto aquilo, mas gemeu ao escutar, os dedos apertando o tecido da camiseta de Max. E ele tocou seu pescoço com a língua, sussurrando em holandês algo que ela não conseguia escutar. E estava tudo tão bom, eles mal tinham conseguido se tocar desde sua chegada no dia anterior, depois que Max declarou estar proibido de fazer algo que mudasse o seu desempenho. E, agora, nem um dia depois da corrida, ele já estava dentro dela.

A coisa em si não foi a mais demorada ou a mais romântica, apenas aconteceu de forma rápida e intensa para depois o corpo dele cair ao lado dela. Max acabou a envolvendo em um abraço apertado e Charlotte fechou os olhos, se agarrando a ele também. E eles ficaram assim por um longo tempo, apenas se apoiando um no outro. 

COMEMORAÇÕES COM OS SAINZ

Fato engraçado sobre Johannes Verstappen... Ele não se dava bem com Carlos Sainz Sênior.

Fato incrivelmente engraçado... Max era muito fã de Carlos Sainz Sênior.

Fato ainda mais cômico... Carlos Sainz Sênior adorava Charlotte Bakker e adorava ainda mais que ela não gostasse de Jos Verstappen.

E eles passaram um jantar muito agradável na companhia da grande família Sainz comemorando a primeira vitória de Max e o sexto lugar de Carlos pela Toro Rosso. Estava um clima tão bom, que Charlotte quase desistiu de acompanhar os outros para a tal festa e quase fez Max ficar com ela e a família Sainz.

— Como assim você não sabe jogar golf? — Carlos Sênior parecia chocado com aquilo e o Caco riu ao ver o tio abrir os braços em completo desalento — Vocês dois vão para Madrid conosco amanhã.

— Eu não posso. — a belga declarou, levantando da sua cadeira e baixando o tecido do vestido, um olhar triste no rosto — Sinto muito.

— Por que não pode? — Carlos Sênior olhou desconfiado para o holandês — Você não está proibindo essa garota de fazer o que deseja né Verstappen?

— Sou completamente inocente nisso. — Max se defendeu, tocando a cintura da castanha e a puxando para mais perto, beijando sua têmpora — Se alguém manda em alguém aqui, esse alguém é ela.

— Mando menos do que você fala, pelo visto. — ela beliscou o piloto, fazendo os demais rir — Mas eu faço faculdade, senhor. E já volto para a Bélgica amanhã.

— Podemos marcar um fim de semana então.

— Eu cuido da minha irmã.

— Ótimo! A leve também, gostamos de crianças né?

Reyes concordou com o esposo.

— Quando quiser aparecer, querida.

— Isso! — Carlos puxou os dois — Você vai lá em casa outro dia, combinamos e tudo mais. Mas agora, vamos sair todos. Tchau, tchau.

Charlotte riu assim que Carlos arrastou a todos eles, fugindo antes do pai os fazer pagar a própria conta e mandando educadamente ela ficar em silêncio — Cala a boca, Charlotte! — quando ela perguntou se não deveriam ter pagado ao lado do caixa.

— Schat, não parece, mas ele provavelmente limpa a bunda com dinheiro.

Max a informou quando entraram no carro.

— Oh! Não sabia.

— Eu sei. — ele a abraçou de lado no banco, franzindo a testa em seguida — Por que minha garota está no meio?

— No que isso muda na ida para uma festa? — Isa perguntou do banco do carona, virando-se para Max.

— Nada. — Max declarou, mesmo que seus olhos tenham fixado nas pernas de Charlotte o restante do caminho, estreitando toda vez que coincidentemente Caco acabava roçando nela.

— Chegamos! — Carlos informou, estacionando o carro. E Max pulou de dentro, puxando a belga junto consigo e a afastando de maneira tão óbvia de Caco que causou risos em Isa.

— Graças a Deus! 

— Para de ser assim! — Charlotte pediu, séria demais para ser ignorada.

— Ele...

— Ele nada. — ela o calou, sorrindo envergonhada para os três — Vamos entrar?

Charlotte costumava não acabar se incomodando com coisas pequenas, ela tinha uma boa capacidade de ignorar certas situações incomodas. Mas era a terceira vez que a mesma situação incomoda a incomodava. E ela sabia que não poderia culpar Carlos por ter a trazido aquela festa, porque ele não tinha controle sobre as pessoas. Isa e Caco tinham acabado de a conhecer, então não podiam ser seu alvo de raiva. Por conta disso, a única pessoa do grupo presente que poderia receber todo o seu ar irritadiço se resumia a Max.

— Schat, eu não tinha ideia que ela estaria aqui.

— Eu não quero falar disso aqui. Então, vamos dançar e aproveitar hoje, conversamos disso amanhã.

O problema sempre se resumia a uma loira. Não qualquer loira. Mas sempre a maldita loira. E ela estava do outro lado, um microvestido que a deixava parecendo uma deusa e não sendo nem um pouco discreta na maneira como estava dançando para Max. E Charlotte poderia estar fazendo um drama enorme em cima da presença da mulher, mas ela se achava no direito de estar brava, quando viu que Max e ela tinham conversado no bar.

— Schat, estou te dizendo. — ele tentou abraçar o corpo da castanha, ignorando que de forma bem discreta os outros três tivessem sumido e deixado só os dois na mesa, continuando o assunto, sem dar bola ao pedido da castanha — Eu nem sabia que ela estava na cidade, fiquei até surpreso quando ela me abordou no bar.

— Eu estou pedindo para conversarmos disso depois. — ela repetiu, não querendo estragar a comemoração, ela realmente estava querendo continuar com o pessoal sem parecer uma surtada — Podemos apenas curtir agora e depois conversar? Ficamos aqui e só peço que não fique em cima de mim também.

— Você é a minha garota, schat! — ele precisou gritar, achando que ela não tinha o escutado — Eu tô dizendo que não sabia que ela estava aqui.

Charlotte respirou fundo, pensando apenas o porquê de ainda se prestar a isso. Max recomeçou mais uma rodada de explicação, não sendo nem um pouco discreto ao apontar na direção que a bendita loira estava. E isso era a pior parte, porque ele não conseguia apenas deixar isso para depois e seguir a noite.

— Essa mulher vem em todos os GP's e você, muito coitadinho, não imaginou que poderia ser ela tocando seu braço no bar?

— Eu achei que era você.

— Claro, Max! Eu sou loira agora. — ela soltou um pequeno riso — Provavelmente sou daltônica e por isso não reparei que sou loira e é por isso que você nos confundiu. 

Ele engoliu em seco ao perceber que tinha falado a coisa errada.

— Certo, schat. — ele suspirou — Eu errei, não deveria ter a deixado me tocar.

Charlotte estreitou os olhos.

— Vamos esquecer isso? — ela sentiu vontade de rir, porque ela tinha tentado isso a menos de dois segundos e agora ele estava agindo como se tivesse tido a grande ideia?

— Eu pensei que ela havia sido esquecida no GP da China quando ela chegou em você, mesmo me vendo. Mas aí no GP da Rússia, você foi lá e ficou com ela de novo. — ele engoliu em seco, na verdade, ele meio que já esperava que o assunto fosse voltar — E eu não estou brava com ela, ela não está fazendo nada errado. Quem tá sendo errado aqui é você.

— Onde eu estou errado, Charlotte? 

— Você deu abertura para ela, Max. Ela só tá debochando de lá, porque no último GP você não conseguiu segurar a porra do pau dentro das calças. Foda-se que antes tenha ficado com ela, mas depois do GP da China você já estava comigo.

Max não acreditava que estava brigando com a sua garota no meio de uma festa de comemoração da sua primeira vitória e o pior era que quem tinha insistido para continuar foi ele. Se tivesse feito o que Charlotte pediu, apostava que estariam rindo com Carlos e Isa, ao invés de discutindo.

— Max. — ela respirou fundo, voltando a ter o controle de suas emoções e controlar a irritação para não acabarem com a noite, era injusto — Eu entendo que você tem bastante "oferta" por conta de toda a fama e tal... Pode não parecer, mas eu também recebo investidas de outras pessoas.

Ele fechou a cara, não gostando do rumo da conversa.

— A diferença que eu só aceitei as investidas antes do GP da China.

— Como assim "aceitou as investidas"?

Talvez a Charlotte estivesse se sentindo vingada ao declarar:

— Ué? O Florence não te falou?

Nunca que ela tinha dormido com o Florence. E aquele beijo apenas aconteceu porque ele deu uma forçadinha de barra, não havia bem sido uma coisa que ela pensava que ia acontecer ou deixaria, mas estava irritada e aconteceu. E foda-se, ela podia jogar na cara de Max.

— É isso então? Você fica de boa se ficar com outro cara?

— Não é essa questão.

— Charlotte, se você se sente melhor indo e ficando com um cara para podermos seguir em frente. — ele não sabia de onde aquele papo torto estava saindo e nem como estava tendo a cara deslavada de o falar — Você pode fazer.

— Isso é sério? — ela o perguntou.

— Duvido que você faça.

Talvez ele estivesse sendo imaturo, mas se a loira estava ignorando a presença da Charlotte. O mesmo não acontecia para ela, pois os caras não estavam nem olhando para sua garota, mesmo que isso fosse quase impossível quando a Bakker usava aquele vestido curto. Todavia, nenhum parecia ter coragem de chegar nela com ele do lado.

— Mas se quiser, eu deixo.

— Você não tem que deixar nada.

Max sorriu para ela. Charlotte estreitou os olhos, passando a mão pelos cabelos, escolhendo sair de perto do holandês antes que acabasse cedendo a um desejo meio arcaico e socasse a cara do Verstappen.

— Cha-Cha! — um Daniel muito bêbado sorriu ao vê-la se aproximar.

— Ele não. — Max a avisou, sendo que o pensamento nem tinha passado na sua cabeça.

— Dan-Dan! — ela gritou, uma animação desconhecida, pulando em cima do piloto — Chegou agora?

— Meia hora. — ele estava bem bêbado — Você tava com o dedo na cara do Max, por isso não fui cumprimentar.

— Acontece. — ela forçou uma risada, apenas para reparar na volta — Kelly!

E o Max sentiu um arrepio passar pelo corpo, porque a Charlotte tinha confessado que só fez o que fez no GP da China por causa da Piquet. Não que ele tenha reclamado, na hora ele adorou. Entretanto, depois daquilo, ficou meio claro que a namorada do Kvyat não era exatamente a boa influência que esperava para a Bakker.

— Charlotte!

As duas se abraçaram antes da belga reparar na falta do Daniil.

— E o...?

— Não faço ideia. — a brasileira riu ao interrompê-la, um pouco altinha — Vim com o Danny. 

O australiano abraçou o pescoço das duas. Charlotte riu, mexendo o corpo junto com o Ricciardo quando ele fez uma dancinha estranha. Max se foi para o lado de Carlos.

— O que houve? — Carlos perguntou, abraçando a Isa.

— Vai ficar tudo bem.

— Vai? — Isa questionou de forma debochada, vendo as duas mulheres começando a dançar juntas, avisando em seguida — Só quero dizer que se isso der ruim, eu estou com elas.

Carlos se perguntou o quanto poderia acabar sendo prejudicado pelo babaca do Daniil sendo um idiota com a namorada e o Max não percebendo a loira que até ele sabia que daria problema. Apenas torcia para as duas mulheres não estressarem a Isabel, porque se não ele mataria seu antigo colega de equipe e o atual. Incrível como mesmo não aparecendo, desde na área de pontuação a festa, o Kvyat conseguia o preocupar.

— Eu disse que ela podia ficar com um cara.

Carlos sentiu vontade de choramingar assim que escutou Max, ele apenas tinha ido pegar uma bebida. Será que nem beber em paz conseguia? O espanhol suspirou, agradecendo quando sua bebida foi entregue e finalmente se voltando para o Verstappen.

— Max... — outro suspiro — Me diz como você consegue ser tão burro? Na boa, só me diz isso.

— Eu pensei antes de falar.

— Pensou bosta né? Porque pensar bem, não pensou.

— Me escuta antes, cara.

Carlos olhou na direção de onde tinham vindo, analisando uma aproximação suspeita.

— Ela disse que antes do GP da China, como não tínhamos nada, os dois podiam ficar com quem quiser. Ela achou de boa eu ter ficado com a menina lá. — sinalizou a mulher de antes e Carlos se perguntou se deveria ensinar o holandês a ser mais discreto — E ficou com o duas caras do Florence.

— Florence aquele seu amigo? — Carlos sentiu vontade de rir.

— Ele não é meu amigo. — Max informou sério — Mas sim.

— Então...?

— Então para ficarmos de boa depois da Rússia, disse que ela podia ficar com alguém aqui.

— Você é burro?

— Claro que não. — Max sorriu, como se tivesse feito a melhor coisa ao propor aquilo a ela — Mas eu conheço a minha garota e ela não vai ficar com ninguém se eu tiver presente.

— Você acha isso por quê?

— Porque eu conheço ela. 

— Bom... — Carlos coçou a cabeça, meio envergonhado pelo que diria — Você não a conhece tão bem assim.

— Por quê?

Carlos sinalizou onde eles estavam com o queixo, fazendo o holandês se virar o mais rápido que conseguia e ter a visão de Charlotte beijando alguém. Um gosto amargo subindo pela garganta do Verstappen, baixando os olhos, apertando as mãos para não correr até onde sua garota estava e quebrar a cara do cara.

— Cara, você tá bem?

Carlos encarou o antigo colega de equipe e Max precisou piscar para conter a vontade de chorar. Por que ele ia chorar? Ele mesmo não tinha certeza, porque a ideia tinha partido dele. E agora que Charlotte tinha a seguido, parecia tão errado. Então, a única coisa que queria era poder sentar em algum canto e começar a chorar, talvez torcer para sua garota fazer igual ao dia que se conheceram na festa da sua amiga e ir até ele. Sua garota, sua Charlotte.

— Não.

— Eu te disse que não era uma boa ideia.

Carlos chiou irritado, não querendo que o amigo olhasse na direção de onde estavam, ainda mais quando ele finalmente conseguiu ver o rosto da bendita pessoa que tinha enfiado a língua na boca da Charlotte. Pronto, ele precisava ensinar seu próprio primo a deixar de ser fura olho. Ou dar parabéns a Caco, porque levando em consideração as últimas investidas de Carlos Oñoro, ele tinha evoluído bonito. Droga! Carlos não sabia qual poderia apoiar agora.

— Respira, cara! — Carlos pediu, dando uns tapinhas no ombro do loiro — Tá tudo bem. Tá tudo bem.

— A minha garota... — Max choramingou, se esforçando muito para não chorar.

— Ela ainda é sua garota. — Carlos murmurou — Ela só está fazendo o que disse, cara. Não pode falar qualquer coisa para mulher, porque elas são vingativa. Tu acha que eu falo essas coisas com Isabel? Se eu apronto uma, ela me vira duas na cara. Tem que pensar.

— Mas a schat...

— É mulher também. Não pode falar as coisas quando tiver com a cabeça quente.

Max concordou, discernindo as informações que o espanhol, mas ele ainda não conseguia entender. Na verdade, seu cérebro sabia disso, compreendia. Mas se ao menos ele pudesse fazer seu coração entender.

— Agora vamos voltar para lá. — Carlos chamou, o vendo negar — Se você não voltar vai provar o ponto que ela estava certa e que pode continuar irritada contigo por conta da loira. Um beijo não é nada comparado ao que você fez, então coloca seu melhor sorriso e vamos voltar.

Max choramingou.

— Eu vou voltar para lá. — Carlos apontou para o grupo. Pela graça do Senhor, Caco e Charlotte já estavam longe um do outro quando Max olhou — E você vai no banheiro, limpa sua cara e volta com o maior sorriso que conseguir. Toma vergonha na cara! Não tenho idade para ter filho pequeno que fala as coisas e não aguenta os B.O depois. 

Carlos voltou para junto dos outros praguejando em espanhol, batendo o braço com o de Caco e já abraçando Isabel. 

— Charlotte e Caco aprontaram.

— Eu acho que ela fez é pouco.

Isa deu de ombros, sorrindo para ele. E Max surgiu depois de um tempo, a cara fechada, mesmo que os olhos estivessem vermelhos. Charlotte o olhou de lado, percebendo quando o holandês escolheu ficar um pouco mais longe.

— Pare de o olhar como se tivesse feito algo errado. — Kelly mandou a Charlotte, encostando suas mãos no quadril da belga e a fazendo rebolar no ritmo da música — Você só fez o que ele disse para fazer.

— O rosto dele está vermelho.

— Igual o seu ficou quando soube da Rússia. — a brasileira devolveu, girando a belga e sorrindo — Essa birra vai durar até o momento que você quiser que dure, então só desce agora comigo e sorri para ele.

— Mas o Caco...

— Ele concordou em te beijar só para provar o seu ponto em cima do Verstappen. — Kelly cortou a outra — Desce!

Charlotte fez. Charlotte literalmente fez. E Max soube que estava ferrado em um nível que nem seu pai poderia prever. E o pior era que gostava. Gostava era pouco, ele amava aquela desgraçada que estava rebolando a bunda e olhando para ele como se fosse um anjo. Ele estava tão, mas tão ferrado.

O capítulo foi tão fofinho no começo

tudo se desenvolveu e vamos ser sinceros

Charlotte nem fez grande coisa

Mas eu fiquei com do Max do mesmo jeito

Mas como diria o Carlos: ele pediu para levar também

Caco foi na brotheragem ali

Bem best da Char

, ,

Esse povo tudo louco

Lembrando que o Max e a Char são bem novos, na verdade, os únicos que são mais ou menos mais adultos são o Daniel e a Kelly

O que acharam?

Espero que tenham gostado

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