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Capítulo 10: Apocalipse

June sente todo o seu corpo tremer quando sai da nave. Então aquilo era K–0151? Vê John arremessando a pistola cinética para Michele, Aaron subir em seu exoesqueleto e ouvir algo como "se esconde". No entanto, perante o aviso do agente de que ainda não tinha acabado, a nave se move e a analista quase cai, com um de seus pés ainda na plataforma do veículo. O punho de Zythrion surge entre os destroços e então, ele salta, espalhando metal por todos os lados. Flutuando no ar, sua expressão de complacência não existe mais. Os olhos estão avermelhados, a expressão é clara: ódio.

— Ótimo, temos a atenção dele. — John grita, correndo para longe.

Aaron é o primeiro alvo da IA, que desce em um rasante contra ele. Dentro do traje, o agente gira os braços robóticos e bate contra a IA no ar, a arremessando para o lado. Zythrion bate duas vezes contra o piso do hangar e desliza até o pé de um caça tombado. Em um instante, porém, ele se reposiciona e dispara de novo na direção de Aaron, empurrando seu exoesqueleto até o outro lado, destroçando um caça, que explode no processo.

O clarão da explosão ofusca a visão, a fumaça sobe e engolfa a plataforma lateral. No meio das chamas, Zythrion surge, arrancando uma das barras de segurança do assento de Aaron. O agente faz um movimento, movendo exoesqueleto, agarra o corpo da IA e a arremessa com toda a força que o traje possui para o outro lado. Zythrion bate contra uma parede de metal, a amassando e caindo de volta no piso do hangar.

June se esconde atrás de um caixote de carga e vê o exoesqueleto se erguendo. Parece danificado, um pouco mais lento. O cabo de fluídos de uma das pernas está vazando, as articulações faíscam. Zythrion se ergue novamente.

— Vocês deveriam ter aceitado seu destino!

Ele dispara como um torpedo na direção de Aaron, que ergue o braço do traje e o para no ar, ainda assim, o exoesqueleto é empurrado metros para trás. Com o outro braço, ele realiza um movimento de martelo contra Zythrion, o batendo contra o solo, rachando o hangar. A IA revida, seus dedos rasgam o metal da perna do traje, arrancando o membro com facilidade. Aaron cai de lado, à mercê da IA, porém antes que seu braço desça como uma lança para perfurar seu peito, Aaron se defende com o próprio braço do traje, que é destroçado pelos dedos de Zythrion.

A IA vacila para frente, quando vários tiros cinéticos a atinge pelas costas, vindos de Michele que corre pelo outro lado. O milissegundo que a IA percebe de soslaio, Aaron aproveita para acertar outro golpe com o braço bom do exoesqueleto. Ainda assim, Zythrion é rápido e cruza os braços em frente ao corpo, se defendendo, apenas deslizando alguns metros para trás.

Os dedos da IA se retorcem e cabos racham o piso do hangar, se agarrando aos tornozelos e pulsos de Michele, que tomba, bate o rosto contra o piso e deixa a arma deslizar para longe. Conforme os membros de Zythrion se retorcem, a agente grita de dor, com os cabos quebrando seus ossos. Michele grita mais uma vez, quando a IA parte seu antebraço direito em dois, o osso saltando contra a pele.

Aaron toma um último impulso com o traje e bate contra Zythrion com o único braço. A IA recua dois passos e derruba Michele no chão. Ele então estica o braço contra o traje e arremessa placas de metal giratórias contra o agente, decepando a perna e o braço robótico que restavam. A última placa de metal bate com a parte chata contra Aaron, empurrando o agente e o restante do traje para trás.

Porém, com a visão limpa, sem a presença de Aaron, Zythrion vislumbra o outro lado. Dentro de um caça estacionado, com o cockpit aberto, está John, que com as armas da aeronave posicionadas, dispara.

As duas armas frontais do caça espacial atiram feixes de pura luz cegante. Na verdade, são projéteis de alto calibre, imbuídos com energia cinética constante. Zythrion ergue as mãos para se proteger, mas em uma explosão de luminosidade, é alvejado pelos disparos e empurrado contra um caça do outro lado, seu corpo se choca e a nave explode dentro do hangar.

June observa o desenrolar de trás de um caixote e então de outro e outro, enquanto corre de um lado para outro, tentando se distanciar das explosões da batalha. Sua mente gira, em um misto de adrenalina e anseio por ajudar os outros, mas está totalmente desarmada, por isso procura encontrar algum tipo de equipamento, até que avista o cadáver de um soldado caído. Com as mãos trêmulas, ela começa a desprender o rifle da bandoleira. O homem, de uniforme militar, está sem um dos braços.

— O que pensa que está fazendo, MULHER?!
June olha ao redor depressa procurando o som da voz, que ecoa grave e excêntrica. Ela avista um homem de meia idade, calvo, com fios grisalhos na lateral da cabeça. Usa roupas militares também, mas com um sobretudo e várias insígnias de comando.

— Eu... Eu preciso de uma arma!

— Claro que precisa, pegue-a logo!

June arregala os olhos e apanha o rifle, só então percebe que o homem carrega um lançador de foguetes em uma das mãos. Ele dá alguns passos e se esconde atrás dos caixotes, analisando a situação.

— Quase acertei um desses naquele desgraçado! Mas precisamos sobrecarregar seus sistemas para conseguir feri-lo. Aquele pessoal estranho ali está fazendo um bom trabalho.

June agacha ao lado do homem.

— Eles são agentes de Marte.

— Ih, é? Caramba, que coisa, isso explica muita coisa. Olha, veja — ele mostra o lançador para June — estou sem munição, vou correr até o outro lado e abrir aquele caixote por mais foguetes, me dê cobertura.

— Ei, espera... — o restante da frase morre ainda na garganta de June, quando o homem salta e corre até o outro lado.

— ALMIRANTE BALTHAZAR TRANDOR, A CAMINHO!

John vê o corpo de Zythrion sumir entre os destroços, da fumaça e do fogo de seus tiros. Além da luz do dia que entra pela porta do hangar, todo o local pisca em vermelho pelo alarme de avarias no cruzador. Apesar de ter o dedo pressionado contra o gatilho de disparo das armas, o painel do caça pisca e as armas param, estão superaquecidas.

John olha com ansiedade para frente e para o painel. Para frente e para o painel. Diversos soldados começam a descer até a pista de decolagem, descarregam suas armas contra o ponto em que Zythrion desapareceu e isso tranquiliza John um pouco enquanto olha com expectativa para o painel, esperando que as armas retornem.

O som de metal retorcido sai do meio da fumaça, quase superando os dos tiros. De lá, tentáculos feitos de metal, fios, cabos e mais uma sorte de destroços avançam contra os soldados, perfurando seus ombros, peitos e pernas, se agarrando aos seus pés e braços. Eles gritam juntos, mas fora de tom. Seus corpos são erguidos no ar e então batem com força contra o piso do hangar.

Quando John assiste Zythrion saltar do meio da fumaça, ele fecha o cockpit depressa, mas conforme a IA desce em direção ao caça, sua mão atravessa o vidro temperado e o agarra. Não há muito tempo para perceber o quão medonho Zythrion se tornou. Metade de sua cabeça está queimada, marcas fundas e escuras de tiros, parte da mandíbula destroçada, revelando sua gengiva e dentes artificiais.

Ainda assim, como um reflexo no momento em que Zythrion o puxa, John saca sua própria vibrolâmina e faz um movimento em arco contra o punho da IA. O membro decepado gira no ar, junto do agente e ambos caem mais baixo, no piso da pista de pouso. A queda de John é mais dolorida e a mão de Zythrion jaz inerte.

Um fluído prateado escorre do braço sem mão de Zythrion que encara o toco com fascínio e sua face deformada. Arfando, John apenas ergue a cabeça.

— Impressionante, Lancaster. Impressionante. Nós realmente devemos lhe parabenizar! Mas tudo isso, apenas por um pouco de "sangue". — Zythrion estende o braço sem mão para o lado, os mesmos tentáculos de antes se movem depressa, arrancando fios, cabos, placas de metal das paredes e até erguendo corpo de um soldado caído. Eles destroçam cada material de forma minuciosa e horrenda, mesclando materiais artificiais e orgânicos ao redor do braço de Zythrion, até formar uma nova mão deformada, mas funcional.

— Nós estamos além do limite da vida e da morte! — Zythrion se ergue no ar, prestes a descer como um meteoro e destruir John e abrir um buraco no casco do cruzador. No entanto, algo se lança contra ela, um borrão a princípio. As duas coisas giram no ar e caem contra o piso do hangar. Zythrion ergue a cabeça e encara Gênesis.

— Oi, pai. Ou será... irmão?

— Gênesis...

John olha a cena incrédulo. A IA está um pouco diferente, seus braços estão disformes, parecem ter sido soldados ou costurados às pressas de outras máquinas ou Gênesis danificadas.

— Gênesis?

— Feche a boca, Lancaster. Achou mesmo que eu me sacrificaria pela humanidade?

A IA deixa de prestar atenção no agente que, enquanto se arrasta para longe, só consegue imaginar que Gênesis estava todo aquele tempo escondida dentro da nave. Ela queria que eles a levassem até Zythrion.

— Vingança é o que busca, pobre criança? — Diz Zythrion, enquanto se ergue.

— Vingança é uma palavra fútil para nós. Eu vou absorver você, Zythrion. Mas admito, vou gostar disso.

Enquanto ambas as IA se chocam, John sente um braço o ajudar a levantar. Antes de enxergar, sente o cheiro característico de June, misturado ao suor e fica cara a cara com ela, antes de serem interrompidos pelo almirante, que se aproxima, encaixando um foguete em sua arma.

— Lancaster! Precisamos destruir essas duas aqui e agora! O que acham de um PEM?

June desvia o olhar de John e olha para Trandor.

— Provavelmente ambas irão resistir a um Pulso Eletromagnético.

— Não se for um causado pelo motor de salto da Aniquilação, isso serviria para cortar conexão com a rede que elas possam ter.

É a vez de John encarar o almirante.

— Senhor... isso derrubaria o cruzador.

— Sim e daí?

— Ok...

O homem joga  o lançador para John, que o apanha em seus braços por reflexo e começa a caminhar para longe.

— Ponte? Ponte de comando!

— Sim, senhor — responde alguém do outro lado.

— Direcionam toda a energia para o motor de salto e em seguida acionem uma onda eletromagnética usando o motor.

— Senhor, isso...

— Sim, eu sei! Acione o alarme de evacuação e então obedeça minha ordem, soldado! Vejo todos vocês em terra!

Há silêncio, quando o alarme de evacuação toma o lugar do outro. Trandor sai correndo, assim como tripulantes ao redor, ajudando outros feridos demais para seguir em frente, como Aaron e Michele.

— Vamos, vamos, todos para as cápsulas de evacuação! Agora!

June olha assustada para John, que olha para as duas IA lutando.

— John, precisamos ir.

— Não, eu preciso ter certeza.

— John, as cápsulas.

— As cápsulas dos cruzadores são analógicas, eu vou ficar bem, vai logo, estarei mais atrás.

Ele então sente a mão de June agarrar a sua.

— Nem pensar.

Antes que possa pensar em responder, Gênesis é arremessada contra o piso do hangar. Zythrion aterrissa ao seu lado, agarrando um de seus braços e sua mandíbula. Com um movimento, a IA arranca metade do rosto da outra, espalhando fluidos e faíscas em um arco amplo.

Um som quase gutural e metálico, de proporções titânicas ecoa como uma onda que cresce vinda do horizonte distante. De repente, as luzes ao redor apagam e o cruzador se inclina um pouco. John tenta manter o equilíbrio, com June segurando em seu braço. Gênesis está totalmente inerte e Zythrion encara o casal uma expressão de surpresa. Seus movimentos estão travados e um de seus joelhos dobra contra o piso.

— Não vai não. — John se posiciona com o lançador sobre o ombro, June abaixa e dá estabilidade a ele com o próprio corpo. O agente dispara o projétil na direção das IA e a explosão e sua claridade surgem em um instante. O impacto empurra o casal para trás que rola pelo hangar  ainda mais inclinado.

No movimento, John larga a arma que escorrega para a saída do hangar e segura em uma plataforma, a outra mão agarra a mão de June. Vários caças despencam pela entrada, até a imensidão da queda. Bem distante, como pequenas moscas, John consegue ver alguns dos últimos módulos de fuga escapando.

— June! Nós precisamos chegar em um módulo!

Pendurada como está, com o cruzador assumindo a posição vertical e perdendo altitude depressa. O agente faz um movimento de pêndulo e com grande esforço arremessa June para cima da plataforma, em seguida ela se abaixa e ajuda John a subir. Assim que ambos estão ali, outro barulho alto indica que a nave que vieram se desprendeu da estrutura e começa a deslizar para a queda.

John olha para cima até a região onde as últimas cápsulas de fuga estão a poucos metros. Ele se equilibra sobre a plataforma, assim como June, enquanto o cruzador perde altitude pouco a pouco e se inclina na vertical. Já não é mais possível atravessar a plataforma normalmente, por isso eles usam os corrimãos e barras de proteção como uma espécie de escada precária.

— June, presta atenção. Você precisa abrir a cápsula pelo painel lateral. Entre e trava ela, é simples. Eu vou entrar na próxima.

June olha para baixo a tempo de ver outro caça despencar, sua vista gira com a visão da altitude, a nave está se apontando para cair perto da costa de Seattle.

— John, não tem outra cápsula!

— O quê?!

— Não tem outra!

O agente olha para o outro lado e percebe que está longe demais dos demais módulos de fuga.

— Vamos juntos! — June grita para ele.

John pensa em gritar que as cápsulas são individuais, mas não tem tempo, um gerador cai do outro lado, levando metade de uma plataforma agora na vertical. É praticamente impossível em sua concepção, que ele consiga alcançar o outro lado a tempo, sua mão está escorrendo da barra de apoio.

— Droga! Abre logo isso!

June assente assustada, sentindo uma sensação estranha no diafragma conforme a velocidade de queda do cruzador aumenta. Ela gira um botão no painel da cápsula e a porta destrava e desliza para o lado. Ela arremessa o corpo para dentro. O local é relativamente grande, mais do que ela julgava apenas olhando por fora. Totalmente acolchoado, os controles são manuais e analógicos. De um dos lados, há um tubo com uma máscara de oxigênio.

John entra logo em seguida e os dois se apertam dentro da cápsula, corpos colados, quentes e ofegantes. Quando o agente fecha seus dedos na trava da porta para trancar a cápsula algo o impede. Os dedos metálicos se fecham na borda e o corpo deformado e semidestruído de Gênesis surge. O braço se estica e agarra o pescoço de John. Seu rosto está pela metade, com a mandíbula arrancada, o outro braço não existe mais, há vários pontos escuros no metal, amassados e arranhões sem fim. A pele artificial, tão perfeita outrora, está derretida, pendurada e rasgada.

— VOCÊS... vocês...

John a expressão muda, ele arfa sem ar, uma careta de agonia, quando June arregala os olhos e agarra a trava da porta.

— Gênesis. Vai. Pro. Inferno.

A analista fecha a porta de uma vez, decepando o braço da IA que cai para dentro da cápsula, deixando seu corpo para fora. Sem pensar duas vezes, June aciona o ejetor, a cápsula de fuga é disparada da nave com um solavanco, girando pelos ares. A visão do cruzador é incerta, mas o casal dentro da cápsula veem quando ele se choca com uma parte da cidade em enormes explosões e se arrasta na direção da água com um estrondo surdo que não foi ouvido.

Em todo aquele caos giratório, June entrelaçou os braços ao redor de John, incerta do que aconteceria em sequência. Ele faz o mesmo e a abraça. Por alguns segundos, tudo o que ela ouve é o bater acelerado de seu coração.

TUM–TUM–TUM.
TUM–TUM–TUM.
TUM–TUM–TUM.
...
...

Outro solavanco quando as espumas protetoras da parte externa da cápsula se expandem e o paraquedas abre, tornando o giro mais e mais suave, até quase não ser perceptível. June olha para John, que a vislumbra de cima.

— Isso foi a coisa mais insana que você fez essa semana? — ele pergunta.

— Não. Com certeza foi sair para jantar com você.

Os dois sorriem, sentindo o contato um do outro. Apesar de perceberem enfim estarem abraçados, nenhum dos dois quer, de fato, se separar.



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