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• PRÓLOGO •

Las Vegas, Nevada.
3 de Maio de 1977; 08:45 da noite.

|42 anos antes do Novo Mundo|

O homem estava trancado no quarto de um hotel barato nas ruas de Las Vegas. As luzes e a ostentação que a cidade tinha ficavam do lado de fora daquele quarto. Aquele pequeno quarto de um hotel que o homem alugara por 20 dólares por noite cheirava a podre e fazia o nariz do homem coçar. As paredes eram cobertas de mofo e a cama rangia a cada pequeno movimento que ele fazia quando estava deitado nela.

Mas, mesmo assim, o homem preferia aquilo à estar morto e esquecido aos vermes.

Ele olhava pela janela, inquieto. Suas mãos tremiam mais que nunca. O acidente de carro que sofreu havia feito isso a ele, mas não eram apenas as sequelas do acidente que o deixavam daquele jeito. Ele sabia que estava sendo caçado e sabia que não tinha muito tempo. Se tivesse família, estaria tentando dar um jeito de falar com eles. Dizer que os amava e que sentiria falta. Mas aquele homem se considerava um miserável, sem família, sem amigos... Apenas ele e o ar que respirava. De certa maneira, era sortudo. Ninguém sentiria sua falta ou choraria por ele. Por outro lado, ninguém lembraria do pobre bastardo quando finalmente se fosse.

O homem respirou fundo, olhando para baixo e balançando a cabeça. Não havia conseguido correr longe o suficiente, mas havia feito o que precisava fazer. Ele não era mais o único que carregava o peso da informação que ele tinha. Talvez tenha conseguido fazer algo de bom afinal. Salvar algumas vidas do que estava por vir.

Ele nem sequer se surpreendeu com a batida lenta e calma em sua porta, olhando de relance para a madeira enegrecida e esperando que, quem quer que estivesse do outro lado, falasse algo.

— Serviço de quarto! — uma voz feminina e cansada falou do outro lado da porta.

O homem se manteve calado, sem mover mais do que seu pescoço para encarar a porta. Suas mãos agora tremiam ainda mais que antes. Talvez o que o irritasse mais era que ele morreria num hotel sujo e fedorento no meio de Las Vegas.

— Senhor Rodríguez, está aí? — a voz persistiu.

Silêncio.

— Luiz, abra a porta. — a voz então mudou, fazendo o homem sorrir tristemente.

Agora quem falava era um homem. Sua voz não era grossa ou intimidadora, mas era tentadora. Uma voz que faria você confiar na pessoa instantaneamente. Felizmente, o homem sabia a quem a voz pertencia.

O barulho da porta sendo aberta invadiu os ouvidos de Luiz Rodríguez. O maldito havia destrancado a porta com tanta facilidade que deixava Rodríguez
levemente impressionado se não fosse o medo. Logo Luiz pôde ver o homem bem em sua frente. Ainda o assustava o fato de que o homem parecia normal, exceto é claro por seus olhos. Por um momento eles tinham o castanho de um olho comum, no outro a íris se tornava transparente, como se fosse um gel dentro de seus olhos, sempre em movimento e sempre mudando de cor. Seus olhos e sua falta de expressão eram aterrorizantes.

— Acabou essa sua brincadeirinha de pega-pega... — o homem falou num sussurro sombrio, mas Rodríguez manteve a compostura. — Eu venci...

— Eu consegui passar a informação para algumas pessoas. No mínimo salvei algumas vidas humanas.

— A não ser que vivam nas zonas que julgarmos importante no mundo, essas pessoas irão morrer de qualquer maneira, Rodríguez... — o homem começou a dar passos lentos para perto de Rodríguez, mas ele se manteve no lugar. Não havia mais para onde correr. — Acha mesmo que sua raça asquerosa não vai morrer ou ser subjugada?

— Acho que vão lutar. Não sei se já percebeu, mas somos teimosos.

— Irão morrer como você, Luiz. Na podridão e sozinhos.

Para el infierno contigo, hijo de puta.

O homem nem sequer mudou de expressão antes de ir para cima de Rodríguez. Ele tentou lutar, mesmo sabendo que aquele era seu fim. Não podia cair sem lutar.

Não demorou muito até que uma faca atravessasse o peito de Rodríguez, fazendo com que ele parasse ao sentir a dor de ter um de seus pulmões perfurados. Ele percebeu o quanto ele preferia ainda conseguir respirar e sentir o cheiro pútrido do hotel. Agora ele só seria mais um desses cheiros.

O homem segurou Rodríguez de pé por mais alguns momentos, fazendo com que ele olhasse para seu rosto enquanto se contorcia de dor, os olhos do homem agora nem sequer mudavam para o castanho novamente, se mantendo no transparente doentio que Rodríguez aprendeu a odiar.

— É uma pena que não vai estar aqui para ver o novo mundo que vamos construir aqui, Luiz... — a voz do homem era como um sussurro na noite. Rodríguez odiou cada palavra. — Vai ser um show e tanto...

Rodríguez tentou falar algo mas seu corpo doeu, fazendo com que ele apenas gemesse de dor, tentando respirar normalmente. O homem soltou Rodríguez no chão e limpando as próprias mãos, suas roupas manchadas com o sangue do homem que morria aos seus pés.

— Aproveite sua estadia. — sua voz mudou para a feminina que havia falado antes de entrar no quarto, olhando sem emoção alguma para o homem no chão antes de sair silenciosamente.

Rodríguez tentou se levantar algumas vezes, sem sucesso. Enquanto ele sangrava até a morte, esperou que pudesse ter feito algum bem em sua vida. Esperou que, mesmo que não se lembrassem de Luiz Rodríguez o pobre bastardo imigrante sem família e sem amigos, ele pudesse ter ajudado alguém para que mantivesse sua família e amigos a salvo quando o Novo Mundo começasse.

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