70%
Jeon Jungkook
O sol já estava mostrando todo seu esplendor do lado de fora do quarto, seus raios adentravam pelas brechas das persianas, deixando a cama e os lençóis com linhas douradas dos raios do sol, Jungkook estava quentinho, relaxado e envolvido em algo quente. Não estava nem um pouco afim de abrir os olhos, pois havia algo fazendo cafuné em seus cabelos e rosto, fazendo-o soltar suspiros manhosos adorando o carinho, ouviu uma risadinha baixa e abriu os olhos devagar. Taehyung estava deitado de lado apoiando a cabeça no braço, para observá-lo.
— Você baba enquanto dorme, sabia? — Disse sorrindo e Jungkook fez bico.
— Cadê meu beijinho de bom dia? O “oi meu amor como foi sua noite de sono”? Você é um péssimo namorado.
— Eu sou seu namorado? — Perguntou sorrindo enquanto Jungkook se aconchegou em seus braços.
— Vou lhe conceder a honra de me chamar de namorado — Taehyung riu alto e Jungkook sorriu ao escutar aquele som maravilhoso.
— Tudo bem, obrigado por esta honra, namorado — deixou um selinho rápido e jungkook sorriu.
— Você está bem com isso? — Jungkook fez desenhos imaginários no peito de Taehyung.
— Com o que?
— Com isso, nós — Jungkook não olhou para Taehyung, mas sabia que ele estava confuso.
— Você não quer? Ou está hesitante?
— Não é isso, é que mal nos conhecemos. Na verdade nos conhecemos há alguns dias, é um pouco rápido — sentiu Taehyung voltar a fazer cafuné em seu cabelo. — Você pode se arrepender depois, ou querer ficar comigo porque acha que o mundo vai acabar, sabe?
— Jungkook, lembra o que eu disse para sua avó? Que eu estava solteiro porque ninguém havia chamado a minha atenção a ponto de eu querer entrar em um relacionamento?
— Sim...
— Você acha mesmo que eu beijaria você, estaria praticamente nu ao seu lado, fazendo cafuné no seu cabelo se eu não quisesse algo com você? — Jungkook sorriu pequeno. — Talvez sim, seja um pouco rápido, mas basta apenas nos conhecermos. Não existe tempo mínimo para namorar ou se apaixonar, eu posso afirmar que eu estou me apaixonando por você.
— Sério? — Olhou em seus olhos e recebeu um sorriso sincero.
— Sério — acariciou seu rosto. — Confesso que eu quis investir desde a primeira vez que eu te vi, porque porra, você é lindo. E olha que eu tive poucas experiências homossexuais, mas eu tenho uma atração inexplicável por você.
— Eu sou irresistível — Taehyung deu uma pequena gargalhada.
— Mas confesso também que eu tentei ao máximo não me envolver com você.
— Por que?
— Você é filho do meu chefe, é meio antiético — Jungkook sorria enquanto admirava o traços dde Taehyung. — Mas o mundo está acabando mesmo, foda-se.
— Não é como se você conseguisse resistir aos meus encantos.
— De fato — sorriu. — Eu vi uma vez que um homem pode se apaixonar em 0,7 segundos ao encontrar alguém que ele sente atração à primeira vista.
— Sério? Viu isso aonde?
— Em um site chamado euacabeideinventarisso.com — Jungkook riu. — Mas o que eu disse é verdade, nunca é cedo ou tarde demais para se apaixonar Jungkook, cada pedacinho seu é apaixonante.
— Você falando assim me deixa sem graça — escondeu seu rosto e sorriu.
— Eu sei que é cedo, mas... — Levantou o rosto de Jeon para encará-lo. — Você quer seguir adiante? Quer ficar junto comigo dando uns beijinhos por aí nesse fim de mundo?
— Quero — sorriu e Taehyung deixou um selo demorado em seus lábios.
— Vamos aproveitar a banheira de novo? Vai saber quando vamos ter a oportunidade novamente — Jungkook abriu um imenso sorriso.
— Claro que sim.
Se levantaram e caminharam até a banheira, enquanto enchia de água eles foram tomar café, sendo ele pão de forma, biscoitos e suco de caixinha. Jungkook pensou que talvez eles tivessem uma dor de barriga ao comer aquele presunto guardado, mas estavam com fome e não iam desperdiçar comida, talvez a dor de barriga aumentasse quando eles entrassem na água também. Mas eles não ligaram para isso quando a banheira havia terminado de encher, pois não iam desperdiçar um banho de banheira por medo de dor de estômago.
Jungkook colocou novamente o sais de banho e todos os produtinhos cheirosos que havia colocado na noite passada, quando terminou Taehyung foi o primeiro a entrar e Jungkook ficou entre suas pernas de costas para ele na água. Eles relaxaram e aproveitaram a água quente, Taehyung aproveitou que estava próximo do controle e ligou a hidromassagem. O tempo poderia congelar naquele momento, estava tudo tão perfeito e feliz que não queriam que aquilo acabasse, a única preocupação no momento seria evitar dormir na água e se afogar.
Sentindo as mãos se Taehyung lavar seu corpo, Jungkook fechou os olhos, foi além de uma limpeza, uma carícia, sentia as grandes mãos percorrer por todo seu corpo e suspirou em aprovação. Taehyung deixou suas mãos explorarem todo o tronco e coxas, acariciou suas pernas até onde conseguiu e voltou as carícias para o interior de suas coxas, o que resultou em um arfar seu. A intenção inicial era apenas tomar banho e se limpar, mas Taehyung pareceu não conseguir se conter ao acariciá-lo mais intimamente.
O que era um momento relaxante se tornou um momento excitante, regado a suspiros e gemidos manhosos de Jungkook que se contorcia de olhos fechados. Estava nas nuvens, imerso em uma bolha densa de prazer e satisfação, tudo aquilo se tornou ainda mais gostoso ao sentir os beijos de Taehyung em seu pescoço quando deitou sua cabeça em seus ombros. Jungkook gozou nos dedos de Taehyung após alguns momentos quentes na banheira, Taehyung sorriu em seu ouvido ao escutar o gemido mais manhoso que já escutou saindo de seus lábios.
Jungkook respirava pesadamente tentando recobrar seus sentidos afetados pelo orgasmo, os beijos em seu pescoço se tornaram mais carinhosos e menos maliciosos quando abriu os olhos. Se virou para Taehyung e sentou sobre suas coxas, a água já estava suja de sêmen de qualquer maneira, por isso não havia problema em sujá-la um pouco mais. Jungkook sorriu ao ver as belas íris castanhas de Taehyung antes de encostar seus lábios ao dele, havia realmente se tornado um vício, uma necessidade de seus corpos se beijarem.
Os sorrisos espontâneos durante o beijo era a prova disso, não conseguiam parar de sorrir. Taehyung parecia experimentar pela primeira vez beijar alguém significativamente, enquanto Jungkook experimentava a sensação de liberdade pela primeira vez. Não ligava se estava acontecendo tudo muito rápido, não ligava para os pensamentos arcaicos de que precisavam de anos para se apaixonar. Estavam no século XXI, vivendo intensamente, o mundo está caótico lá fora, não iriam desperdiçar a chance de serem felizes para esperarem o “tempo” certo.
Então naquela banheira, em um motel de beira de estrada eles se beijaram e iniciaram ali um laço, um namoro inocente e recente, que mesmo jovem era tão forte quanto um relacionamento duradouro. Quando o momento afetuoso acabou eles tomaram banho de verdade, se vestiram e se prepararam psicologicamente para voltarem a se aventurar nos perigos lá fora. Jungkook que agora vestia roupas novas e uma cueca limpa, sorriu ao ver seu reflexo no espelho, até que para sair no fim de mundo ele estava bonito.
Arrumaram as coisas que estavam na mochila e jogaram fora as embalagens das coisas que comeram, pegaram as garrafas de água e algumas outras coisas que acharam no motel. Às escondidas Jungkook guardou algumas daquelas balinhas e camisinhas, nunca se sabe quando vão querer “afogar o ganso” no meio do caminho. Taehyung checou o pente de munições e comprimiu os lábios ao mostrar que não havia muitas balas sobrando, teriam que usar a arma apenas em casos extremamente importantes.
Quando estavam prontos eles olharam um para o outro como se buscassem forças para continuar, Jungkook empunhava o taco manchado de sangue enquanto o Taehyung empunhava sua faca, que a partir de agora seria sua defesa. Abriram a porta com cuidado e verificaram se não havia nenhum perigo, ao confirmarem que não eles seguiram em direção ao carro. Seria mais um dia e meio de viagem até Seul por conta dos desvios que tiveram que fazer pelo caminho, por isso não perderam mais tempo, Taehyung abriu o portão enquanto Jungkook saia com o carro.
Quando Taehyung já estava dentro do carro também eles seguiram a direção que o GPS indicava. O caminho foi feito com os dois cantando algumas músicas do pendrive do dono do carro, que graças ao bom deus tinha um ótimo gosto musical. De vez em quando passavam por alguns infectados parados na estrada, que apenas se moviam ao ver a aproximação do carro, mas eram poucos, por conta disso eles estranharam, pois normalmente eles andavam em grupo. Estavam passando por uma cidade quando Jungkook pisou no freio bruscamente.
— Mas o que é isso...? — Jungkook disse com os olhos arregalados encarando a imagem aterrorizante a sua frente.
— Uma colônia de infectados... Jungkook tira a gente daqui! Rápido!
Taehyung disse ao ver a movimentação em massa de vários infectados um em cima do outro, provavelmente atacando algo. Aquela fora a maior de todas as concentrações de infectados que eles já viram, possivelmente dezenas — senão centenas —, aglomerados em apenas um lugar. Jungkook engatou a ré, mas parou novamente ao ver um grupo atrás deles, que estavam cercados, não havia saídas laterais. Jungkook xingou alto e acelerou indo ao grupo na direção oposta ao aglomerado, direcionando o carro em direção ao menor grupo..
— O que vai fazer?! — Taehyung perguntou olhando para trás na direção em que o carro seguia.
— Passar por cima deles com o carro — disse com olhos olhos no retrovisor, Taehyung arregalou os olhos. — Eu sempre quis falar isso. — Sorriu animado.
— Jungkook concentra.
— Ok.
O barulho do carro dando a ré chamou atenção dos infectados na frente deles, que começaram a avançar em direção ao carro, eles passavam um por cima do outro como formigas saindo de um formigueiro. Taehyung segurou no suporte que havia na porta e Jungkook conduziu o carro como se estivesse em um filme do velozes e furiosos, havia um sorriso imenso em seus lábios, se divertindo com a situação. Jungkook realmente estava gostando, a sensação de perigo apenas aumentava sua satisfação, mas a expressão assustada de taehyung chamou sua atenção
— Espera aí! Você não disse que não sabia dirigir?!
— Já dirigi uma retroescavadeira, lembra?
— Jungkook, pelo amor de deus você vai matar a gente!
— Fica tranquilo que o carro é automático, não é difícil de dirigir — Sorriu. — E eu sempre quis dar uma de Paul Walker.
— Ai misericórdia... — Taehyung disse com a voz baixinha.
Jungkook ignorou seu comentário e viu o momento em que o carro atropelou o primeiro infectado, o barulho e o impacto foram bem fortes, o vidro de trás do carro trincou. Conseguiram sentir o carro passar por cima do infectado e foi assim sucessivamente até que finalmente conseguiram se ver livres dos infectados — o vidro de trás estava completamente rachado —, porém o maior problema agora estava na frente deles, correndo atrás do carro. Eles não conseguiriam andar de ré por muito tempo, não até chegarem na esquina e ficarem sem saída.
Jungkook colocou a mente para funcionar antes que chegassem no final da rua, precisava pensar em uma rota de fuga, após alguns segundos ele teve uma ideia — talvez não tão boa —, de uma cena que viu em filmes, mas que agora era sua única opção, ele só rezava para que o filme não fosse mentiroso e não matasse eles. Quando estavam a alguns metros de um canteiro, Jungkook pisou no freio e puxou o freio de mão enquanto virava o volante, Taehyung se segurou com força gritando que o carro iria capotar,enquanto a gravidade fazia o trabalho de deixar os pneus firmes no chão.
Após o barulho alto de pneu derrapando no asfalto o carro parou, Jungkook sorriu grande e mudou a marcha do carro para direção acelerando novamente, cantando pneu o carro partiu para longe daquela cidade, deixando os infectados para trás, que corriam atrás do carro sem parar. Jungkook havia dado um cavalinho de pau pela primeira vez, não conseguia tirar o sorriso do rosto por conta disso, estavam regressando pelo caminho que vieram, sabia disso, sabia também que teriam que procurar outra rota, mas mesmo assim estava feliz.
— Jungkook vamos voltar...
— Por que? — Franziu o cenho confuso e olhou rapidamente para Taehyung.
— Acho que perdi meu fígado lá atrás — Jungkook riu e Taehyung o encarou indignado. — Para o carro.
— O que? Por quê?!
— Jungkook para o carro — sua voz soou mais firme.
— Mas e os infectados?
— Estão longe o suficiente, agora para esse carro — Jungkook fez bico, mas parou. Taehyung saiu do carro e deu a volta.
— Vai para o banco do passageiro.
— Mas... — Taehyung ergueu uma sobrancelha e Jungkook fez um bico maior ainda antes de pular para o outro lado de braços cruzados.
— Você no volante é mais perigoso do que os infectados — disse após entrar e fechar a porta.
— Palhaçada... — Seu bico estava imenso.
— Coloca o cinto.
— Tá bom papai — revirou os olhos e colocou o cinto.
— Você vai pedir perdão para o papai aqui quando ele estiver te castigando por toda essa malcriação mais tarde — Jungkook o encarou de olhos arregalados.
— Era para eu levar na malícia?
— Era.
— Ah, tá bom — se endireitou no banco e Taehyung sorriu antes de voltar sua atenção à estrada.
Jungkook voltou a ligar o GPS e procurou por uma segunda rota, a que encontrou levava quase um dia a mais de viagem, porque estavam indo pela direção contrária, apenas para não passarem por aquela cidade. Não tinham escolhas a não ser seguir por aquele caminho, agora eles tinham que contar com a sorte para que nesse caminho eles não encontrassem nenhuma horda de infectados. O caminho foi feito com conversas, pausas na rua para urinar e pequenos cochilos, Jungkook conseguiu convencer Taehyung de deixá-lo dirigir quando ele ficou cansado, prometendo não dar uma de Vin Diesel na estrada.
Quando o céu escurecia sobre suas cabeças e eles estavam longe de qualquer cidade, — estando em uma estrada longa e deserta — eles estacionavam o carro no acostamento ou dentro da mata para passarem a noite, deitavam o banco de trás usando as mochilas e roupas de travesseiro. Seus corpos juntos aqueciam um ao outro quando o clima esfriava, mas não eram noites muito relaxantes, pois qualquer ruído Taehyung acordava aflito, mesmo que o carro fosse filmado ele tinha medo. Quando acordavam comiam o que havia sobrado da comida.
A comida estava acabando e a gasolina também, eles agradeceram aos céus quando chegaram até um posto de gasolina. Enquanto Taehyung abastecia e enchia os pneus murchos, Jungkook entrou na loja que havia ali e pegou o máximo de comida que conseguiu, levando tudo para o carro, agora eles iriam sobreviver à base de salgadinho, refrigerante e chocolates. Ele encontrou um telefone ao lado do caixa e ligou para sua mãe novamente, estavam a apenas um dia de Seul, precisava contar a ela que estava chegando.
Mas ninguém atendeu o telefone.
Tentando não pensar muito sobre aquilo para não ficar cabisbaixo ele contou a Taehyung e resolveram seguir viagem, talvez ela não tivesse escutado o telefone ou a linha caiu. Ele tentou, mas tentou muito não pensar naquilo, mas não conseguiu, sua mente sempre o traía e pensava na sua mãe, se ela estava bem, se estava segura ou se havia acontecido algo. Jungkook inevitavelmente ficou cabisbaixo, mas agora estava confuso, pois Taehyung parou o carro de repente, estranhou ao vê-lo sair do carro e ir em sua direção do outro lado. Jungkook franziu o cenho quando a porta foi aberta e seu corpo foi puxado para fora com cuidado.
Taehyung fechou a porta e encostou seu corpo no carro antes de colar seu peito ao dele, Jungkook piscou atordoado quando seus lábios se tocaram em um beijo lento e suave. Não haviam mãos bobas, não havia malícia, era puramente carinhoso e significativo. Jungkook fechou os olhos e contornou seus braços no pescoço de Taehyung, que tinha as mãos firmes em sua cintura, fazendo um carinho singelo ali. As línguas se encontraram e se envolveram naquela dança lenta e sincronizada, era puramente carinhoso. Quando se afastaram, Jungkook encarou as orbes intensas de Taehyung.
— O que foi isso? — Perguntou baixinho e recebeu uma série de beijinhos por todo seu rosto.
— Dando carinho pro mimo — Jungkook sorriu com a fofura. — Não gosto de ver você triste.
— Obrigado por me confortar — sorriu pequeno. — Só estou preocupado com a minha família.
— Vai ficar tudo bem, hm? Não vamos tirar conclusões antes de chegarmos lá ok? — O menor assentiu e ficaram trocando beijinhos por mais alguns minutos.
Quando voltaram para a estrada o clima estava menos tenso, Taehyung fazia de tudo para distrair Jungkook de sua própria mente. Em poucos dias de convívio Taehyung já havia notado algumas de suas manias e inseguranças, principalmente sua mente auto destrutiva e isso o preocupava muito, pois não era algo que gostava de expor. Jungkook sentia tudo com muita intensidade, tinha medo que se algo ruim acontecesse ele não conseguisse suportar a dor, por isso agradecia por Taehyung estar ao seu lado para lhe dar força. A viagem seguiu tranquila, sem mais interrupções de infectados.
Após tantos encontros inesperados, eles notaram algumas coisas sobre os infectados também, como: eles sempre andavam em grupos, eram poucos os que encontravam vagando sozinhos. Quando não tinham uma presa eles ficavam ociosos, o que mostrava que o objetivo do vírus era apenas espalhar a doença. Jungkook torcia para que seu pai estivesse trabalhando com sua mãe em alguma vacina, pois mesmo que ele não fosse um bom pai, ele era um ótimo profissional, suas conquistas foram feitas pelas suas grandes descobertas científicas.
Após mais um dia inteiro dirigindo eles resolveram passar a noite em um motel drive in, estacionaram o carro em uma das cabines e dormiram juntos. Estavam cansando demais para pensar em qualquer coisa maliciosa naquele instante, estavam a apenas algumas horas de Seul, por isso suas cabeças se ocupavam apenas naquilo, conseguiriam chegar lá rapidamente quando o sol se instalasse no céu. Naquela noite Taehyung conseguiu dormir mais tranquilamente, pois ele sabia que estavam seguros ali e não tinham o que temer.
Quando Jungkook acordou na manhã seguinte, ele notou que estava como nos últimos dias, fazendo Taehyung de colchão. Ele sorriu e resolveu aproveitar que ele dormia para trocar suas roupas, ele tirou a camiseta e as calças, em seguida a cueca. Pegou as roupas que estavam separadas e as vestiu após passar desodorante e creme hidratante, checou o cheiro da camisa nova e a vestiu, fazendo o mesmo com o restante. Quando terminou, se virou e viu Taehyung o encarando com um sorriso ladino.
— Por quê está com as bochechas coradas? — Taehyung sorriu largamente e se sentou. — Eu já vi tudo.
— Isso não quer dizer que eu vou ficar andando nú na sua frente do nada, oxi — Taehyung riu.
— Eu não ligo muito sabe? — Tirou sua camisa. — Eu vou trocar de roupa também, se quiser assitir fique a vontade.
Taehyung começou a abrir os botões de sua calça lentamente, o encarando com um olhar intenso e um sorriso safado, Jungkook virou o rosto sentindo vergonha, pegou uma lata de refrigerante quente da bolsa para beber e se distrair, ele não olharia, sabia que estava sendo provocado e não daria o gostinho a ele. Depois que Taehyung terminou de se vestir, se juntou a ele para comer os lanchinhos, eles calcularam a rota e viram que em menos de três horas estariam em Seul. Quando voltaram às ruas com o carro, quem estava na direção era Taehyung.
Quando finalmente viram a placa de identificação escrito “Seul” eles sorriram, mas ficaram temerosos, pois a capital estava muito próxima ao epicentro da pandemia. Enquanto passavam pelas ruas da cidade conseguiram ver o caos que ficou naquele lugar, pelo tanto de corpos no chão eles deduziram que houve uma resistência antes da cidade sucumbir ao vírus. O carro teve que ser estacionado a alguns quarteirões do laboratório, haviam muitos carros na rua impedindo a passagem, por isso dali em diante eles andavam a pé.
— Jungkook vamos andar abaixados atrás da fila de carros, ok? — Taehyung disse baixinho ao ver alguns infectados em pé parados.
— Ok...
Eles respiraram fundo e se abaixaram, Jungkook estava com o taco de beisebol em suas mãos e Taehyung com a faca, mas a arma estava presa na cintura dele, destravada. Resolveram deixar as mochilas no carro, para que elas não atrapalhasse sua locomoção, andaram abaixados atrás no carro pisando no chão devagar para não fazerem ruídos. Quando chegaram em uma parte que havia uma distância considerável dos carros eles pararam, Taehyung olhou para ver se havia algum infectado próximo e a resposta era sim, Jungkook também pode ver, havia vários.
Havia alguns infectados parados entre os carros e uma mulher de costas para eles bem próxima de onde estavam, atrás do carro, Taehyung pediu silêncio a Jungkook e se preparou para ir primeiro. Viu ele respirar fundo e correr para o outro lado do carro com cuidado para não fazer barulho, encostou suas costas no carro e praguejou baixinho ao pisar em um caco de vidro, fazendo um barulho baixo. A infectada pareceu despertar e virou em direção ao barulho, Jungkook sentiu seu peito apertar ao vê-la ir em direção a Taehyung.
Taehyung segurou sua faca com firmeza ao perceber a aproximação, quando ela estava a apenas meio metro de distância de onde ele estava um barulho de vidro se quebrando chamou a atenção de todos os infectados que estavam ociosos, uma vitrine havia se partido e todos caminharam até ela. Jungkook havia jogado uma pedra para distrair os infectados, foi uma medida um tanto desesperada, mas pareceu funcionar quando todos seguiram na direção do vidro quebrado e eles conseguiram sair sem serem notados.
Viraram a esquina com cuidado e suspiraram aliviados quando viram que estavam sozinhos naquela rua, no final dela ficava o laboratório, por isso ainda atentos caminharam rapidamente até lá. Olhavam para os lados incessantemente para que não fossem pegos de surpresa e andavam pela calçada, a rua estava com alguns carros e corpos no chão, não queriam correr o risco de algum deles estar “vivo” e atacá-los. Quando chegaram ao final da rua viram o laboratório, mas em vez de ficarem felizes sentiram suas suas expressões transpareciam apenas preocupação
— Está tudo... Destruído — Jungkook disse sentindo seus olhos marejar.
~❤️~
Eu fiz uma playlist de ZO para que vocês escutem junto com os próximo capítulos, para ajudar no choro, rs. (O link está na minha bio)
A música tema dos próximos caps é Blinded (que tbm está na playlist), então se preparem para a tristeza hein?
Bebam bastante água e lembrem-se: O final é feliz, não desistam da estória antes de ela chegar ao final ok?
Porque agora sim chegamos ao ápice da estória, preparem seus corações.
Reescrito no dia 09/04/2021.
Tag da fic no Twitter:
#ZOTAEKOOK
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro