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Jeon Jungkook.

(...)

- Jungkook no três a gente pula ok?! - Gritou para que ele pudesse ouvir sobre o barulho alto da turbina.

- Não! Está louco?! A gente vai morrer! - Gritou em desespero, agarrando-se ainda mais em Taehyung, como medo de ser sugado para fora.

- Nós vamos morrer de qualquer maneira se ficarmos aqui. É nossa única chance, vai dar tudo certo - Jungkook o encarou por um instante antes de assentir.

O barulho alto dos bipes vindos da cabine avisavam que havia algo errado nos controles, o som era tão desesperador quanto o frio na barriga ao ver o chão se aproximar em alta velocidade, enquanto o jatinho caía em queda livre indo em direção ao chão de bico; Jungkook estava agarrado em Taehyung como se sua vida dependesse disso, - e talvez dependesse mesmo - o piloto estava morto, seu corpo estava preso no cinto da cadeira todo ensanguentado, havia um buraco no tórax e na cabeça. Os únicos vivos eram os dois e o homem que trabalhava para o pai de Jungkook.

Mas talvez ele não estivesse vivo daqui uns minutos, pois ele também estava morrendo, fora mordido pelo piloto e agora se debatia também preso em sua cadeira, Jungkook se perguntava se ele sentia aos poucos o vírus subindo por suas veias e contaminando cada gota de seu sangue, Jungkook ousou olhar para trás e conseguiu ver o momento exato em que o corpo parou de tremer e sua cabeça cedeu sobre o banco do piloto, - ele havia se tornado um dos infectados - Taehyung pareceu notar o pânico em seu olhar e abraçou sua cintura com mais firmeza, Jungkook mirou seus olhos para ele e viu um sorriso gentil, passando-lhe confiança.

- Vai ficar tudo bem, eu prometi ao seu pai que iria te levar em segurança e é isso que eu vou fazer - disse com a voz banhada em convicção.

- Ok... - Concordou. Respirou fundo e olhou para fora a tempo de ver que eles se aproximavam do chão. - Taehyung! Nós vamos morrer!

- Não vamos, confia em mim, vai dar tudo certo! Nós vamos pular no três, se agarre em mim - Jungkook fez o que ele pediu e abraçou seu corpo com mais firmeza. - 1... 2... 3!

(...)

Jeon Nomin

Dois dias antes.

Após 23 anos, Nomin nunca esteve tão próximo de completar a experiência que mudaria sua vida, a pesquisa que deu tudo de si para concluir. Teve alguns problemas no caminho, mas nada que um pouco de dinheiro e barganha não resolvesse. Ele havia conseguido fundir duas doenças em apenas uma célula, fazer duas doenças distintas cooperarem como um sistema único, ele estava há anos tentando fazer com aquele novo vírus não matasse as cobaias em tão pouco tempo. Mas olhando no microscópio como o vírus se disseminava rápido no sangue humano, apodrecendo-o em minutos; isso mostrava que os resultados não eram muito animadores. Esta era a primeira etapa do contágio, a partir dali começava a putrefação dos vasos sanguíneos até chegar em seu destino final, o encéfalo e o cerebelo. Nomin tentava a todo custo conter os efeitos do vírus, pois a cura já havia sido produzida.

Por que conter os efeitos de uma doença se já existia uma cura?

O intuito do Biomédico Jeon Nomin, formado em microbiologia e especializado em imunologia, não era ajudar em uma epidemia e sim criá-la. Ele queria criar um surto de uma doença onde poderia vender uma cura e convencer seus "concorrentes" de que ele fora o único a conseguir conter o vírus. Mas ele havia criado o vírus tendo a cura já pronta, ele apenas trabalhou em cima disso, - pois as chances de sucesso seriam maiores - ele usou o vírus da raiva e a doença de desgaste crônico, eram doenças encontradas nos animais, mas que poderiam ser transmitidas para humanos. A parte que estava dando dor de cabeça para o biomédico, era que o vírus que ele alterou trabalhava de forma diferente no ser humano.

A cobaia que foi testada há algumas horas era a prova disso; o homem de 42 anos que fora usado como experimento para a doença era saudável, não possuía qualquer tipo de doença, o que permitia que o teste fosse feito sem complicações ou possíveis alterações na composição da doença. Porém assim que o vírus entrou em contato com os vasos sanguíneos ele começou a convulsionar e suas veias adquiriram uma coloração escura por detrás da pele, - o que não deveria e não aconteceu com os ratos dos laboratório - era para ser uma doença silenciosa que começasse a se manifestar dias após o contágio, adoecendo o hospedeiro de maneira lenta e sutil.

Mas não foi o que aconteceu.

O homem deitado na maca começou a convulsionar e sua boca a espumar, o médico que injetou a amostra do vírus em seu braço tentou segurá-lo na maca, os seguranças foram acionados e ficaram de prontidão na porta da sala, para que agissem caso o homem saísse do controle. O médico tentou segurá-lo até que a convulsão parasse, para que ele não caísse ou se ferisse e após alguns segundos a convulsão parou, porém, o homem parecia ter ido a óbito, o que classificava aquele experimento como uma grandiosa falha. A partir daquele momento, Nomin bufou do outro lado da parede de vidro, tendo mais uma tentativa falha, - mas ele sabia que estava perto de completá-la com sucesso - ele sabia disso e não pararia até conseguir criar a doença perfeita.

Mas ao contrário do que todos pensavam o homem deitado na maca não estava morto - não completamente -, ele de repente abriu os olhos e se levantou da maca em um solavanco, pulou em cima do médico com a boca arreganhada e uma expressão voraz, ele mordeu, arranhou e tentou esfolar a pele do médico com as unhas. O médico gritava em dor e desespero em baixo do homem. Os seguranças rapidamente atiraram no peito da cobaia, que parou com os movimentos e caiu desacordado em cima do médico. Os seguranças ajudaram o médico a sair debaixo do homem e assim que estava novamente de pé, passou a tirar as luvas e o avental que usava para averiguar seus ferimentos.

A cobaia havia mordido seu braço, pôde ver a marca perfeita de seus dentes em sua pele, o ferimento rapidamente coagulou e começou o processo de putrefação. O médico e os seguranças viram o processo rápido das veias negras subirem por seu braço, alcançarem o pescoço e quando chegou em sua cabeça ele caiu no chão desacordado. Seu corpo convulsionou e sua boca espumava assim como a da cobaia há poucos minutos atrás, antes de ele apagar por completo, mas assim como a instantes atrás ele também se levantou e tentou ir para cima dos seguranças, que também atiraram em seu peito.

Nomin observava tudo do lado de fora da sala com uma expressão desgostosa, o vírus era contagioso assim como ele esperava que fosse, era esperado que transmitisse pela saliva por conta do vírus da raiva presente em sua composição, mas sua infecção era rápida como nenhuma outra doença e deixava o infectado muito mais agressivo que o esperado. Ele não podia usar aquela doença ou causaria uma pandemia e certamente não era isso que ele queria. Nomin pediu aos seus assistentes para levar o corpo da cobaia para o laboratório para uma autópsia, pois precisava estudar e entender o que havia de errado. Quando os seguranças perguntaram o que fazer com o outro corpo, Nomin foi frio ao dizer:

- Se livrem dele, joguem em alguma vala ou sei lá, coloquem fogo. Só não deixem que outras pessoas encontrem esse corpo.

Os seguranças, mesmo que um poucos atordoados com sua fala, assentiram e puxaram o corpo do médico para fora do quarto, o enrolaram em um saco e carregaram até a van, para que achassem um lugar para se livrar do corpo. Normalmente eles não concordaram com aquela tarefa, mas Nomin era influente e não pouparia esforços para mostrar que era inocente - e eles sabiam disso, por isso faziam sem reclamar - Nomin não ligava para o que pensariam, ele tinha um plano em mente, nada e nem ninguém iria impedi-lo de compri-lo. Nem mesmo os direitos humanos que corria atrás dele arduamente conseguiam pará-lo, ninguém podia. Mas ele sempre os convencia que sua experiência era inofensiva.

Neste momento, enquanto via o vírus pelo microscópio, o corpo da cobaia estava completamente aberto e seu encéfalo estava sobre uma bacia em sua mesa, para descobrir qualquer mínima partícula que mostrasse qual foi a causadora da rápida transmissão. Ele tomou todas as devidas precauções e cuidados para que ele não entrasse em contato com nenhum fluido do corpo do indivíduo, pois por conta da doença do desgaste crônico cada parte de seu corpo estava apodrecendo. Estranhamente as células de seu cérebro pareciam ainda funcionar, mesmo o indivíduo estando sem qualquer batimento cardíaco. Era um vírus mortal que estava aos poucos mudando o corpo hospedeiro, mas que de alguma forma não havia causado morte cerebral.

Ao contrário do contágio, o vírus fazia o processo de putrefação do cérebro de maneira lenta, seus órgãos continuavam aparentemente intocados pelo vírus, mas precisaria fazer mais análises para ter certeza. Durante o processo de infecção o vírus enlouquecia todo o sistema nervoso humano, o que os deixava com "energia total" deixando-os mais fortes, mais rápidos, porém, menos racionais. Nomin observou que todos seus fluídos corporais tinham o vírus presentes em sua composição como: saliva, suor, sangue e possivelmente a urina também, ao entrar em contato com alguma ferida ou sangue ele era extremamente contagioso.

E isso era péssimo, se ele for olhar pelo lado médico isso era desastroso, se acabasse se espalhando viraria uma pandemia além de mortal, seria catastrófica, era um vírus de alta proliferação e que procurava novos hospedeiros deixando-os agressivos, para possivelmente matá-los em alguns anos talvez, após a infecção. Mas precisava fazer mais testes, precisava acima de tudo de tempo, pois o mais estranho era o porquê de seu cérebro ainda estar ativo, sendo que ele deveria ter parado as atividades assim que o homem morreu, seria viável apenas se aquele tiro certeiro não o houvesse matado, o que é biologicamente impossível.

- Doutor Nomin! Desculpa interromper, mas é uma emergência! - Minjae, seu assistente entrou abruptamente na sala, parecendo ter corrido uma maratona.

- O que aconteceu? - Tirou a máscara de seu rosto e caminhou para o outro lado de sua sala, para descartar a máscara e a touca.

- O médico que foi infectado, ele não morreu com o tiro - Nomin arregalou os olhos e o encarou aturdido. - Um dos seguranças ligou há pouco e disse que o médico infectou os outros três seguranças que estavam na van, ele fugiu de lá ao ver que seus companheiros convulsionaram igual ao médico após serem mordidos.

- E eles não atiraram nele?! - Perguntou retirando as luvas e andando para fora do laboratório.

- Disse que atiraram, mas não surtiu efeito, o homem só parou quando levou um tiro na cabeça e a partir dali não levantou mais - seguiu Nomin quando ele saiu do laboratório às pressas.

- Merda! Os três infectados estão soltos nas ruas? - Minjae assentiu. - Isso é péssimo!

- Já está circulando na internet os vídeos dos infectados, parece que eles estão atacando as pessoas.

- Onde eles estavam quando isso aconteceu? - Nomin perguntou indo em direção ao seu escritório.

- Incheon.

- Droga é perto daqui, ative a sirene de emergência e não deixe ninguém sair daqui, a partir de agora estamos em código vermelho de infecção. Assim que terminar pegue suas coisas e vá para Busan com o agente Kim - Minjae assentiu e correu para longe. - Preciso fazer uma ligação...

Todos os seus pesadelos estavam se tornando realidade a partir dali, se aquilo se espalhasse certamente seria o fim de sua carreira e de seus objetivos, só tinha uma coisa que ele se importava fora sua pesquisa e ele morava em Busan com os avós, longe de toda essa confusão. Precisava dele ali com ele ou não poderia garantir sua segurança, se algo acontecesse com ele tudo estaria perdido, com sorte Doyeon não viu as notícias e não viria atrás dele para interrogá-lo. Quando estava próximo de seu escritório ouviu a sirene do laboratório tocar, a voz da robô eletrônica começar a dizer repetidamente: "Alerta vermelho, devido a um problema na contingência, as saídas serão fechadas imediatamente. Estamos em lockdown, apenas pessoal autorizado tem permissão para sair do laboratório".

- Isso só pode ser um pesadelo - ele murmurou desgostoso após entrar em sua sala, pegou seu celular e discou o número que estava salvo como "emergência".

- Senhor Nomin - a voz rouca soou após o segundo toque, seu tom era respeitoso e profissional.

- Taehyung preciso que você vá a Busan com Minjae e busque meu filho Jungkook - disse procurando pela pasta de sua pesquisa. - Não posso dar muitas informações agora, mas tem que ser hoje!

- Sim senhor - Taehyung respondeu de imediato.

- Pegue o jatinho particular no aeroporto, vou deixar o piloto avisado sobre a viagem.

- Pegarei o carro e irei para o aeroporto imediatamente. Chegarei lá possivelmente amanhã no final da tarde após fazer os preparativos da viagem.

- Certo - praguejou internamente pela demora da viagem, mas não podia fazer nada quanto aquilo. - Taehyung garanta que absolutamente nada aconteça a ele, entendeu? Proteja ele com a sua vida! Não posso garantir a segurança dele de onde ele está e eu o quero a salvo aqui comigo, vá armado por que você vai precisar.

- Sim senhor, eu não irei lhe decepcionar - estava nítido em sua voz que ele estava confuso.

- Sei que não irá. Deixo meu bem mais precioso em suas mãos - desligou a chamada e enviou uma mensagem para o piloto, para preparar o jatinho enquanto Minjae e Taehyung não chegavam.

Agora que ele sabia que as coisas estavam muito ruins, precisava esconder todas as coisas que tinha sobre a cura e como ela foi feita, não podiam de modo algum replicar sua descoberta, aquela seria sua vantagem naquela possível pandemia. Pegou todas as suas anotações e colocou tudo na trituradora de papel, vendo sua descoberta e estudo de mais de duas décadas virando picadinho, não se sentia nem um pouco arrependido por aquilo. Ele vasculhou sua memória se havia mais alguma prova de como a cura foi criada e lembrou-se que ele incendiou algumas coisas tempos atrás, para que Doyeon não soubesse e não o questionasse sobre o assunto, eram as suas formas de garantir que seu conhecimento não caísse nas mãos de ninguém.

Ele saiu de seu escritório trancando-o com o chip de seu crachá, precisava ir para o laboratório novamente para estudar um pouco mais, ele tinha pouco tempo para descobrir as características do vírus no corpo humano. Precisava buscar Jungkook antes que Doyeon tivesse a oportunidade de o impedir, pois assim que ela descobrisse que ele foi o responsável pelo vírus, a primeira coisa que ela faria seria afastar seu filho dele. Falando nela, viu o momento em que a mulher caminhou em sua direção a passos pesados assim que chegou na porta do laboratório, ela estava com uma equipe dos direitos humanos atrás dela. Ele bufou e esperou ela chegar até ele, foi recebido por um tapa forte em seu rosto que o fez rir, era sempre assim.

- Foi você não foi? - Ela gritou e ele a encarou com a bochecha ardendo.

- Não sei do que você está falando - resolveu se fazer de sonso.

- Não se faça de desentendido Nomin, a van da nossa corporação foi encontrada no centro da confusão e um dos nossos médicos estava morto!

- Isso não tem nada haver comigo. Quem te garante que foi eu? - A seguiu com os olhos quando ela começou a caminhar em direção ao seu laboratório.

- Te conheço há mais de 24 anos Nomin, acho que tempo o suficiente para saber sobre todos os seus planos do projeto RDC desde o início dessa sua loucura. E outra, os seguranças não seguem ordens de ninguém fora você e eu, então quem mais poderia ser?

- Projeto RDC? - Um homem atrás dela perguntou.

- É um projeto que ele tenta desenvolver há mais ou menos 23 anos, ele usa o vírus da Raiva em fusão com uma outra chamada Doença do desgaste crônico. Apenas os dois já causam danos graves à saúde animal, em humanos os dois juntos conseguem ser ainda pior, mas pelo o que eu vi no noticiário ele conseguiu fundir as duas de alguma forma e agora a doença está se espalhando - ela encarou Nomin com olhos incriminadores e parou em frente a porta.

- Você não pode entrar aí, eu cancelei o seu acesso depois que você destruiu a minha última pesquisa sobre bactérias - ele cruzou os braços e sorriu ao ver o crachá dela ser recusado.

- Ah é? - Ela virou para ele e sorriu. - Tudo bem então.

Ela largou seu crachá e sorriu caminhando até Nomin, que a encarou desconfiado ficando em alerta com sua aproximação, ela podia ser menor que ele em altura, mas sua mão era bem pesada e seus tapas eram dolorosos. Ela parou a alguns palmos de distância e tirou do bolso de seu jaleco um pequeno tubinho, parecia um spray e levantou na altura de seu rosto. Quando ele finalmente entendeu o que era aquilo era tarde de mais. Ela apertou o pequeno spray, que espirrou em seu olho e ele ardeu como o inferno, Nomin gritou colocando suas mãos sobre os olhos e os homens que estavam atrás dela ficaram chocados. Nomin sentiu enquanto ela tranquilamente tirava o crachá de seu pescoço.

- Foi tão fácil que não teve nem graça - Doyeon colocou o crachá na porta e ela se abriu.

Escutou ela entrando no laboratório e todos os outros homens também, Nomin ainda estava se encolhendo com a ardência em seus olhos, mas caminhou às cegas para dentro da sala, tateando o local até chegar na pia que ficava próxima a porta, onde poderia lavar seu rosto. Ele enxaguou seus olhos e mergulhou seu rosto na água em sua palma, tentando amenizar a ardência enquanto ouvia passos dentro do laboratório, provavelmente Doyeon vendo suas experiências na cobaia. Ouviu o som do látex e teve certeza de que ela estava observando o vírus pelo microscópio, pois ele havia deixado o encéfalo aberto e a lente com uma amostra na lâmina.

- Nomin o que você fez, meu deus?! Não acredito que você fez testes em humanos - ouviu ela caminhar para longe do microscópio.

- Que droga mulher quase me cegou! - Ele caminhou até ela com os olhos vermelhos e ela simplesmente o ignorou, concentrada em ler o que havia nas pastas na mesa ao lado do encéfalo.

- Eu sabia que você era louco, mas sociopata? - Ela o encarou. - Você deveria ter parado assim que viu esses resultados! Isso aqui claramente está fora de controle e mataria o que quer que entrasse em contato com ele.

- Era inconclusivo, não tinha garantias de que ele reagiria dessa forma em humanos! Eu precisava testar - disse de braços cruzados, odiava quando se metiam em seus assuntos.

- Qual é o índice de contágio deste vírus? - Ela disse rispidamente, novamente ignorando-o. Nomin comprimiu os lábios e desviou o olhar, mas não respondeu. - Você não fez um levantamento?

- Isso tudo aconteceu rápido demais, não deu tempo de fazer.

- Quanto tempo até o vírus chegar ao cérebro? - Ela continuava lendo o que estava documentado.

- Apenas alguns minutos após entrar em contato com a corrente sanguínea. Após isso a pessoa começa a convulsionar, desmaia e tem impulsos agressivos quando se levanta novamente.

- Você escreveu que o contágio acontece ao entrar em contato com algum fluido corporal - ela o encarou com as sobrancelhas erguidas, querendo que ele continuasse a passar informações. Nomin olhou para os homens que escutavam tudo silenciosamente e suspirou derrotado, já havia dado tudo errado de qualquer forma, não tinha como ficar pior.

- A primeira coisa que o infectado fez foi morder a vítima, o vírus se espalhou pela ferida e a cobaia convulsionou assim que a infecção atingiu a cabeça. Assim como a raiva faz com os animais, a doença do desgaste crônico começa a apodrecer todos seus vasos sanguíneos até chegar ao encéfalo, onde ele se instala e atua.

- Se isso for verdade e um infectado conseguir infectar uma pessoa a cada um minuto, dez pessoas são infectadas em dez minutos... Se essas dez pessoas infectarem outras dez cada uma, em dez minutos teremos mil infectados. Não quero nem fazer as contas de quantos infectados teremos em uma hora! Isso é a conta de apenas um infectado, não quero pensar no número aproximado dos outros que foram infectados nesse meio tempo.

- Você falando desse jeito parece pior do que é, eu o criei, eu posso controlar - Nomin suspirou.

- Não, você acha que pode, mas não! Pelo amor de Deus, por que você é tão obcecado com isso? - Ela revirou os olhos e paralisou por um instante quando percebeu. - Não... Você não faria isso.

- Eu não faria em outras circunstâncias, mas neste momento é preciso - Nomin disse entendendo de maneira imediata o que ela estava querendo dizer.

- Não, não era preciso - ela se enfureceu, em passos apressados ela foi para cima dele segurando seu colarinho com força. - Maldito foi o dia em que eu me casei com você! Agora eu vou ter que dar um jeito na sua bagunça e impedir um genocídio, eu não sei qual é o seu problema, mas você deveria se tratar!

- Eu tenho a cura, ela está pronta e comprovada, ela mata o vírus assim que entra na corrente sanguínea - ele a encarou de cima, sério.

- A que custo Nomin? Eu vou dar um jeito nisso, não interfira e não faça nada o que esteja planejando fazer! Eu preciso dar um jeito de buscar Jungkook, ele não está seguro onde ele está agora - o largou e foi em direção a saída da sala, sendo seguida pelos outros.

- Já providenciei a escolta dele - Doyeon parou no lugar e virou-se para ele com um olhar mortal.

- Quem você mandou atrás dele? - Sua voz saiu mais ameaçadora do que o normal.

- Minjae... - O olhar da mulher ficou ainda mais sombrio. - E Taehyung.

- Confio mais nele do que em você - ela pareceu mais aliviada.

- Sei que sim querida - disse em óbvio sarcasmo e ela lhe mostrou o dedo médio.

- Como ele foi buscá-lo?

- De jatinho - ela fez uma careta.

- Eles não vão chegar lá a tempo Nomin.

- Precisamos confiar no Taehyung.

- Não há muito o que fazer sobre isso, apenas rezar para que eles cheguem bem e essa confusão não cresça demais - ela suspirou e olhou para Nomin. - Não se atreva a sair daqui, procure um modo de parar essa pandemia. Falarei com o pessoal dos direitos humanos e ver o que eu posso fazer para tentar reverter essa situação.

- Nós podemos usar-

- Não termine essa frase, a resposta é não!

(...)

Kim Taehuyng

- Jisoo vai com a mãe para o laboratório, lá é seguro, fale com a Doyeon e evite passar por Incheon - Taehyung dizia enquanto colocava as coisas no carro. - E vá rápido por favor, vocês viram os noticiários não é?

- Tae o que está acontecendo?

- Não sei, o doutor Nomin não me disse nada, Minjae apenas me disse por mensagem que estamos em alerta vermelho e corremos risco de vida, aparentemente é alguma doença altamente contagiosa. Quando eu receber mais informações sobre isso eu aviso vocês tudo bem?

- Tudo bem, estamos arrumando nossas coisas.

- Tomem cuidado, por favor.

- Eu que deveria estar preocupada aqui né Tae? Quem está indo se aventurar nessa confusão é você.

- Vai ficar tudo bem, estou bem armado - disse vendo Minjae chegar em sua casa de moto, ele desceu dela com pressa e correu em sua direção. - Preciso ir, Minjae chegou, tchau amo vocês.

- Também te amamos, não sei o que está acontecendo, mas volta para gente, tá? Por favor.

- Vou voltar, eu prometo - desligou a chamada e colocou seu celular na bolsa.

- Tae não podemos esperar, precisamos ir agora! - Minjae colocou suas coisas dentro do carro

- Por que? - Caminhou para dentro da sua casa para pegar o restante de suas coisas.

- Eles estão vindo para cá, precisamos sair daqui antes que eles cheguem. Pegue o necessário rápido.

- Ok.

Taehyung e Minjae correram para arrumar as coisas para entrarem no carro, após ver se estava tudo nos conformes pegaram algumas roupas e lanches, pois a viagem para Busan levaria algumas horas. Depois de Taehyung trancar a porta de sua casa ele a observou, não sabia se essa seria a última vez que veria sua residência, mas esperava que não. Andou às pressas até seu carro e entrou, viu Minjae entrar também e teclar furiosamente no celular. Após colocar o cinto de segurança ele deu partida no automóvel sem demora. Ficaram em silêncio por alguns instantes enquanto Taehyung dirigia, até que os gritos das pessoas do lado de fora chamaram a atenção dos dois, que viram as pessoas se atacando como animais.

- O quê é aquilo? - Taehyung perguntou ao ver um homem completamente descontrolado atacando uma mulher.

- É um infectado - ele endireitou-se no banco e apertou o cinto de segurança. - Taehyung acelera.

- O quê? - O encarou confuso.

- Acelera! Se eles vierem até nós, será o nosso fim! - Gritou desesperado ao ver um infectado ir em direção ao carro deles. - Atropela!

- Que?! Não!

- Se ele morder a gente vamos ficar iguais a ele - Minjae explicou, vendo o homem cada vez mais perto deles. - Taehyung acelera! Ele vai matar a gente!

Taehyung estava em pura confusão mental ao afundar o pé no acelerador, o carro avançou em direção ao homem que corria em direção a eles e Minjae gritou quando o carro o atropelou, o corpo voou sobre o capô e aterrissou no chão sem qualquer delicadeza. Pelo retrovisor Taehyung viu o homem se levantar e a partir dali tudo ficou ainda mais caótico; várias pessoas correndo desesperadas e os carros indo em direção ao deles completamente desgovernados, Taehyung desviou dos carros como um verdadeiro mestre do volante. Minjae já havia fechado os olhos e rezava todas as orações que ele se lembrava.

- Tá tudo bem agora - Taehyung avisou Minjae, quando eles já haviam saído do centro da confusão. - Saímos da avenida.

- Se acostume a essa rotina de fugitivos, porque agora é isso que somos - suspirou e voltou a digitar em seu celular.

Taehyung olhou pelo de canto de olho para o homem ao seu lado, sem entender de fato o que aquelas palavras significavam, mas em breve ele saberia. O caminho foi feito em silêncio, estavam perdidos demais em seus pensamentos para falarem algo, precisavam chegar no aeroporto o mais rápido possível, por isso Taehyung não ligou em ultrapassar o limite de velocidade. Quando chegaram, Taehyung pegou sua mochila e Minjae fez o mesmo; os dois foram em direção a entrada, vendo que não havia quase ninguém ali e as pessoas que ainda estavam no local corriam para fora às pressas.

- Parece que a notícia já chegou aqui também - Minjae disse olhando em volta. - Vamos, o piloto está esperando a gente.

Taehyung seguiu Minjae até a área de embarque, ninguém ligava para eles ou tentavam pará-los, estavam todos preocupados em correr para longe dali o mais rápido que suas pernas aguentavam, pois provavelmente os infectados logo estariam indo para lá também. Os dois passaram pela área de embarque que se encontrava vazia e seguiram até onde o piloto estava do lado de fora, ele parecia inquieto enquanto esperava e suspirou aliviado ao ver os dois ali, pediu para eles subirem no avião para que eles saíssem o mais rápido possível dali.

- Vamos logo, pelo o que eu estou vendo nas notícias tem infectados bem próximos daqui - o piloto entrou no jatinho atrás dos dois. Taehyung viu Minjae caminhar pelo interior do jatinho e se sentou ao lado do piloto na cabine.

- Você pilota? - Taehyung perguntou vendo Minjae colocar o cinto da poltrona da cabine, com um olhar surpreso.

- Quem você acha que leva o Nomin para todo lugar do país para fazer pesquisas? - Ele sorriu e ligou os controles.

Taehyung sorriu e foi se sentar em uma das poltronas daquele jatinho luxuoso, colocando o cinto em seguida e relaxando no assento, ele parou para refletir sobre o que estava acontecendo, se sua irmã e mãe haviam chegado bem no laboratório era uma delas, sabia que Doyeon cuidaria muito bem delas, mas se preocupava com Nomin. Taehyung nunca confiou muito nele, mas tinha uma dívida com o biomédico depois que ele e a doutora Doyeon salvaram a vida de sua mãe, por isso não ia contra suas palavras. Mas Nomin era um homem frio, não ligava para ninguém nem para nada, a não ser sua pesquisa.

Taehyung era um ex policial e agente, se apaixonou tanto pela profissão o que o fez sair da Coreia e seguir carreira desde muito novo, com muito esforço conseguiu ainda jovem ser reconhecido como um dos melhores policiais da interpol. Mas não parou por ali, conseguiu com uma indicação de seu superior fazer parte do FBI e sua carreira decolou. Porém aos vinte e oito anos deixou sua carreira e os Estados Unidos para trás quando sua mãe adoeceu, ele estava a procura por um tratamento efetivo quando Doyeon apareceu em sua vida, Nomin no início não queria ajudar, porém viu que aquilo era uma boa oportunidade de testar seus novos medicamentos.

Por ter salvado a vida de sua mãe, ele prometeu trabalhar para os dois biomédicos. Mas trabalhou para os Jeon's durante dois anos e não sabia que Nomin tinha um filho, - sabia que Doyeon tinha um - mas pensou ser de outro casamento. Nomin nunca falou na existência de um filho, nunca nem sequer mencionou a possibilidade de ser pai, Taehyung sempre esteve com ele durante esses dois anos garantindo sua segurança, mas de repente quer que ele proteja o garoto com sua vida. Não sabia se era preocupação excessiva de pai ou se existia algum interesse oculto por trás da palavra "meu bem mais precioso".

Quem era Jeon Jungkook afinal?

~❤️~

Capítulo betado no dia 08/03/2021 por MandeJin❤️

Capítulo reescrito no dia 05/04/2021.

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ZOTAEKOOK

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