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So far away

Estava tudo bem. Ela precisava daquele choque de imagem que foi a visão que um completo estranho tinha dela. No dia ela lembra de ter se sentido a mulher mais linda do mundo, agora se sentia a bailarina mais privilegiada e talentosa do mundo ao se ver pelos olhos do garoto. Jimin já havia ido ha algum tempo, mas ela continuou ali com a desculpa de que havia muito para arrumar antes de ir para casa. Teve isso como argumento para ficar na empresa esperando o mais novo do grupo terminar sua agenda de compromissos na Big Hit.

Ficou do lado de fora do estúdio que ele usava, andando de um lado ao outro. Dançando coisas aleatórias. Cantarolando músicas que aprendera a gostar mesmo sem entender a letra. Sorriu sem jeito quando uma das maquiadoras passou por ela e entrou no estúdio com a maior naturalidade do mundo. Tentou ver qual senha ela usava para abrir a porta, mas tudo o que conseguiu foi um olhar desconfiado antes dela entrar. Voltou a andar de um lado ao outro, esperando. Passaria a noite esperando, se preciso. Mas tinha que conversar com Jungkook.

– Você precisa de alguma coisa? – Anja estava encostada na parede proxima a porta do estudio, pensando se deveria fazer aquilo mesmo ou não. Cogitando a possibilidade de que JK fosse dormir ali e ela precisasse voltar outro dia. Assustou-se quando a maquiadora apareceu falando um japonês perfeito.

– Eu... é Julia, né? Você fala japonês também? Como...?

– Os meninos me contaram... mas posso tentar em inglês, se preferir. – respondeu a moça com um sorriso gentil. Segurava uma maleta que parecia pesada de maquiagem que fez Anja se questionar se dali JK iria para algum evento.

– É que eu preciso entregar algo ao JK, mas não quero atrapalhar... ouvi dizer que ele está trabalhando numa mix-tape... – desviou o olhar da maquiadora quando ela pareceu soltar um suspiro, perdida nos próprios pensamentos.

– Só um minuto... – ela voltou para dentro do estúdio e saiu dois minutos depois e fez sinal para Anja entrar.

A bailarina esperava tudo, menos ter que entrar no estúdio, nunca havia feito isso na vida e de repente se sentiu insegura sobre o assunto. Não era assim tão importante. Poderia muito bem deixar com Jimin e esquecer aquela questão para sempre. Hesitou por um tempo ainda no corredor, batendo um dos pés várias vezes no chão com o nervosismo. Julia voltou a colocar a cabeça para fora e sorriu.

– Pode entrar. Ele não vai te morder... – falou. Anja suspirou e seguiu a moça para dentro do lugar.

A sala era maior do que ela imaginava, e estava dividida em dois cômodos por um vidro escuro. A sala onde estavam era cheia de equipamentos que ela não conhecia, caixas de som, fones de ouvido, botões de várias cores e sempre na penumbra. Questionou-se pela segunda vez se Julia conseguia mesmo maquiar alguém ali dentro, mas ficou quieta ao reparar que JK continuava sem maquiagem apesar do tempo ali. O outro cômodo ela já havia visto pelo menos em fotos, tinha alguns microfones, alguns instrumentos e ela tinha certeza que as coisas na parede permitiam que a sala tivesse o som totalmente isolado.

– Queria falar comigo, noona? – perguntou Jungkook, tirando Anja de sua contemplação daquele lugar. Como recém-fã ela começou a se sentir extremamente privilegiada por estar ali. Sorriu sem jeito.

– Desculpa, é que eu nunca entrei num estúdio desse tipo antes... – admitiu. Julia entendeu a dica e saiu de fininho, lançando uma piscadela na direção da bailarina e um olhar ameaçador para JK. Assim que ela saiu, Anja sentiu a garganta seca, ansiosa. – Eu sei que já passamos muito tempo desde aquele dia... – começou sem olhar nos olhos do garoto.

– Que d...?

– Obrigada. – interrompeu ela, esticando a mão gordinha para ele e colocando o cartão de memória na mão dele.

Jungkook olhou para o pequeno objeto sem entender, depois olhou para Anja mais uma vez e finalmente entendeu que cartão de memória era aquele.

– Eu assisti a filmagem que fez aquele dia... eu... nunca... – suspirou. – Nunca havia me visto com outros olhos que não o do medo. Eu não deveria ter quebrado sua câmera ou me exaltado. Não te conhecia e nem tinha noção do que estava fazendo e meu medo não justifica minha atitude. Mas assisti e... obrigada. Obrigada por me deixar ver isso. Não posso ficar com ele. É seu e... a dança aquele dia foi mesmo um presente improvisado, eu não tenho o direito de ficar com isso. Peço desculpas.

Anja falava o mais rápido que conseguia, deixando o sotaque russo sobressair no que dizia, mas sentia que precisava fazer aquilo para poder seguir em frente. Finalmente entendia o que Alyona sempre dissera sobre gostar de trabalhar com o BTS e agora realmente sentia isso, mas precisava criar um laço com todos os meninos para continuar seu trabalho sem entrar numa crise de ansiedade e JK era a chave para isso. Arregalou os olhos quando o garoto sorriu e recolocou o cartão de memória em sua mão.

– É seu, noona. É um presente meu para você. – falou. – Vamos trabalhar muito tempo juntos e vou poder ver você dançando mais vezes, se me deixar. – continuou. – Quer que eu filme, quando esse dia chegar?

A bailarina teve que segurar a emoção e a vontade de chorar enquanto olhava para aquele menino. Era tão jovem e tão... maduro. Sabia que não podia, mas ficou com vontade de abraçá-lo bem apertado, como se fosse seu irmão mais novo.

– Vai ter que me perguntar de novo quando esse dia chegar, mas acho que sim. Obrigada zólattse mayó*. – respondeu. Os olhos estavam marejados de emoção, mas conseguiu se conter. JK sorria gentil, feliz por ver que ela finalmente havia assistido o vídeo que havia feito e, quebrando todo o protocolo – provavelmente porque Julia havia pedido para ser legal com Anja – se levantou e abraçou a moça tímida e rapidamente.

– Estou ansioso para aprender um pouco do seu estilo de dança, noona. – falou, deixando Anja tão emocionada que teve que sair sem dizer mais nada porque não aguentaria muito mais tempo sem chorar.

***

– O que vocês estão usando? – perguntou depois que Jungkook e Jimin finalmente se juntaram ao grupo na sala de balé. Anja analisava abertamente a roupa que eles usavam e balançava a cabeça negativamente, mesmo diante da cara feia que alguns membros insistiam em manter para ela. Já havia se perdoado por suas falhas para com o grupo todo, não ia mais se deixar abalar pela expressão de poucos amigos de Taehyung.

– Peguei a primeira coisa que vi. Ficou bom, não ficou? – falou Jin, quebrando o silêncio e surpreendendo Anja. Ainda achava que ele a detestava, mas em consideração a declaração não-verbal de trégua, sorriu.

– Você é lindo mesmo... – começou em russo. –... mas sua roupa não é adequada para o tipo de dança que vamos ter hoje. – continuou em japonês, para que a entendessem já que todos eram fluentes naquela língua. – Muito menos os sapatos que estão usando. Vão ter que tirar a roupa.

O sorriso no rosto de alguns deles se desmanchou imediatamente, com exceção de Yoongi, que sorriu de lado como se soubesse de alguma piada interna que mais ninguém conhecia. O silêncio se instalou na sala e todos ficaram se encarando, até que alguns, assim como Yoongi, começaram a sorrir como se aquilo fosse uma grande piada. Anja manteve o silêncio com o semblante intacto até que todos eles estivessem sorrindo uns para os outros e finalmente lembrassem que ela estava ali.

– Estou falando sério. Tirem as roupas!

Dessa vez até Yoongi ficou sério, em choque. Foi só então que Anja caiu na gargalhada, sem poder se conter por muito mais tempo. Apontou para o espelho atrás deles e das barras de alongamento, rindo a ponto de sentir os olhos úmidos com pequenas lágrimas.

– Não... hahaha.. não precisam ficar pelados na.. hahahaha.. minha frente!!! – conseguiu dizer ainda rindo. – Tem roupas e sapatos mais adequados naquele armário. Alyona deixou tudo preparado para vocês! – falou caindo na risada de novo logo em seguida.

***

Vinte minutos depois estavam todos posicionados ao lado das barras, uma mão apoiada num lado e a outra em diversas posições, desde mão na cintura até solta ao lado do corpo acompanhando uma cara de indignação por estarem usando calças mais justas, um suporte para proteger o corpo do constrangimento e dos movimentos e sapatilhas. Anja teve que se segurar para não rir de novo, tendo que se lembrar o tempo todo que ela os conhecia, mas o inverso ainda não tinha acontecido para eles – com exceção de Jimin.

– Vocês estão lindos! – exclamou sorrindo. Também estava vestida como bailarina, para deixa-los mais confortáveis, mas obviamente não tinha funcionado muito bem. Taehyung tentava se ajeitar discretamente, incomodado com o suporte que teve que colocar por dentro da calça e provocando questões improprias na mente de Anja. Ela sabia que ele ia ser o mais difícil de trazer para o seu lado depois de ter surtado no aniversário de JK, então foi até ele primeiro. Colocou a mesma música que ele havia escolhido naquele dia.

– Taehyung-ssi – começou, usando a terminação formal em coreano para ganhar terreno. – Pode ser meu modelo? – perguntou timidamente, se aproximando do garoto e parando atrás dele também posicionada na barra. – Minha intenção é ajuda-los com a postura e ver até onde sabem o básico do balé clássico.

Ela segurava uma vara de madeira idêntica à que sua professora havia usado quando era apenas uma criança rechonchuda tentando perder peso e não ser um problema para a família pobre. Não tinha intenção de usar da mesma maneira que era usada na Rússia, mesmo assim achou que seria útil para não precisar passar dos limites físicos de contato com eles sem que permitissem. Colocou a ponta da vara nas costas do garoto, forçando-o a endireitar a coluna, depois deu uma leve batida com ela nos joelhos, para que se aproximassem e ele finalmente ficasse na primeira posição com os pés.

– Essa é a primeira posição. – explicou. Logo todos os outros copiaram a pose. Anja andou entre eles, arrumando a postura e a posição dos pés. Parou em Jimin e sorriu.

– Posso? – ela perguntou, dando sinal de que ia usar ele como modelo para a posição dos braços. De perto, ela reparou que ele parecia um pouco inseguro, mas deixou que ela o tocasse assim mesmo. Anja ficou atrás, tirando vantagem de terem quase a mesma altura e segurou um dos braços dele. – Os braços devem ficar desse jeito, na primeira posição. – as horas seguintes foram alternadas entre balé e hip hop e muita dança entre ela e os meninos.

***

Aquele era o quinto café de Alyona. Ou seria o sexto? Ela não tinha mais certeza. Sabia apenas que estava viciada no café oferecido na Big Hit e usava as mudanças de fuso feitas durante as férias com Jimin como desculpa para continuar bebendo. Estava dando um gole longo e particularmente sedento quando Jin entrou na pequena copa. Usava uma das leggings especiais que ela e Anja tinham escolhido para as "aulas" de balé, fazendo com que a empresária babasse todo o café na tentativa de não cuspir tudo para o ar.

– O que é isso?! – ela falou, apontando para as pernas torneadas do rapaz dentro das calças justas. Fingiu não reparar na saliência evidente provocada pelo suporte que ele usava por baixo da calça, mas não conseguiu esconder o rosto vermelho com muito sucesso.

– Oi para você também. Já vi que descobriu o armário de café e de lanchinhos. Por favor, não toque nos salgadinhos de camar... – ele fechou os olhos vendo o pacote aberto ao lado do copo de café dela na bancada.

– Ah, era seu? Desculpa. Achei que todo mundo pudesse só pegar o que quisesse... foi o que me... – a voz dela foi morrendo vendo que ele realmente estava chateado pelo salgadinho – Desculpa... – falou. Pegou o pacote e avaliou o quanto tinha comido. Nem tinha sido muito, ainda tinha mais da metade do pacote. – Olha, se te anima, ainda tem bastante. Quer dividir?

Ela se lembrava muito bem de como tinham se separado na ultima vez que haviam se visto. Sabia que ele também se lembrava e, a ver pela cara dele, ainda estava com um pouco de raiva dela.

– Er... desculpa. – repetiu. Dessa vez se referia ao beijo, ao surto e à grosseria.

– Pelo...? Ah, você fala daquele dia? – perguntou indo até ela e se servindo do salgadinho. Ela não se afastou nem um pouco, mas teve que fingir frieza para esconder o nervosismo que aquela aproximação repentina causou. Ficaram parados se encarando, ele comendo o salgadinho que ela havia deixado aberto na bancada, e ela tentando se limpar discretamente do café que havia babado.

Não teve muito sucesso, pois Jin desviou o olhar dos olhos escuros de Alyona para a camisa manchada, subindo dolorosamente devagar para o rosto e depois de volta aos olhos.

– Ta sujo aqui. – falou, limpando o canto da boca dela com o polegar e depois limpando-o em sua blusa. – Pelo jeito acabou o nojinho né, princesa? – perguntou ele sorrindo de lado. Alyona estava sem palavras, o coração batendo desesperadamente no peito sem que ela soubesse se era pelo toque dele em seu rosto ou pelo tom debochado que ele usava e lhe fervia o sangue. Antes que ela respondesse, no entanto, ele se afastou e pegou uma garrafinha de água na geladeira e saiu sem dizer mais nada. 

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VOCABULÁRIO:

*zólattse mayó: meu tesouro (no diminutivo) em russo.

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