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Fake Love (Japanese version)

Era a primeira vez de Anja num show de k-pop. Para Alyona já era a terceira vez num show desse tipo e a terceira sendo do BTS. Tinha ido aos shows em Londres e Paris, mas ver o show ali, na terra natal deles tinha um sabor diferente. Jimin tinha conseguido ótimos ingressos para as duas, de modo que ficaram logo na frente do palco, com uma visão privilegiada, pois não precisaram ficar em nenhuma fila e mesmo assim conseguiram um lugar excelente.

Mas nada se comparava ao lugar que Alex tinha conseguido. Ele mexia nos dedos nervosamente, tentando lembrar-se de todas as coreografias que havia aprendido. Era um dos poucos dançarinos não-coreanos ali e, por ter sido convidado pessoalmente por Jimin, tinha enfrentado certa resistência por parte dos outros. Mesmo assim estava ali, sentindo aquele frio na barriga que sempre sentiu antes de entrar no palco. Não era um bailarino do hip hop, era um bailarino clássico, tinha tido dificuldades com alguns dos passos de Idol, mas achava que era capaz.

Podia ouvir claramente o público crescente do lado de fora e desejou de todo coração conseguir ver Anja assim que aparecesse no palco, assim esqueceria do resto e faria daquela, mais uma apresentação de balé.

Hyung! – acordou do transe ao sentir as mãos de Jimin em seus ombros. Não tinha percebido que o coreano estava a sua frente há pelo menos cinco minutos. Sorriu. – Você está bem?

Jimin falava devagar e pronunciando corretamente todas as sílabas, sabia que Alex tinha aprendido bastante coisa do coreano, mas ainda tinha um pouco de dificuldade, principalmente quando ficava nervoso – e ele estava visivelmente nervoso. Alex concordou com a cabeça, sem conseguir dizer nada, porque achava que se tentasse vomitaria ali mesmo, estragando o belo figurino de Jimin.

– Vai dar tudo certo. É só fazer o que ensaiamos. Na pior das hipóteses, improvise. Ninguém vai reparar. – sorriu e deu um tapinha no ombro do russo antes de sair para fazer o próprio aquecimento. O coração de Alex falhou uma batida ao ver o sorriso de Jimin, mas controlou os próprios sentimentos. Desde o beijo na despedida de Anja que ele sabia que havia perdido aquele crush e a irmã merecia ser feliz.

Voltou a perder o olhar em qualquer coisa, ansioso, até que seus olhos encontraram os do segurança pessoal de Jimin. O mesmo que havia viajado com eles durante as férias. O moço sorriu sem jeito e fez uma mesura na direção de Alex. O bailarino, sem saber se era mesmo para ele ou não, olhou algumas vezes para trás, provocando o riso do rapaz que tomou coragem de se aproximar.

– Espero que tenha uma ótima estreia, Alex. – falou num russo perfeito, surpreendendo o bailarino.

– Você fala russo? Desde quando?

– Desde antes de nos conhecermos. – respondeu com um sorriso modesto, assumindo alguns tons de rosado, por timidez. – Fui naquela viagem como intérprete e não como segurança. – completou a guisa de explicação.

O queixo de Alex caiu um pouco, surpreso. Se soubesse disso antes tinha sofrido bem menos durante aquela viagem, com certeza. Abriu a boca para dizer isso, mas o sinal de que entrariam no palco em dois minutos o fez ficar nervoso de novo. O rapaz fez menção de que ia sair, mas Alex o segurou pela camisa.

– Como se chama?

– Min Ho. – respondeu com seu melhor sorriso antes de sair e deixar Alex ainda mais estupefato.

Do outro lado do palco, Anja e Alyona se arrumavam em seus lugares para poderem finalmente assistir aquele show.

– Onde foi que arranjou esse monte de coisa? – Anja perguntou ao reparar que Alyona usava uma camiseta do grupo, segurava um light-stick e um colar escrito BTS, totalmente inserida no universo ARMY, enquanto ela usava calças jeans e uma camiseta simples.

– Tá na chuva, tem que se molhar. Toma, comprei para você. – respondeu com um sorriso radiante, entregando uma army bomb para a bailarina e ligando o aparelho para mostrar como funcionava.

As duas não tiveram muito tempo depois disso, logo as luzes se apagaram e a introdução de Dionysus começou a tocar dando inicio ao show. Para Anja foi como começar a viver um sonho que não esperava, mas que gostava muito. Sorriu ao ver Alex entre os dançarinos e agitou sua army bomb recém-adquirida para ele, sem ter certeza se tinha sido vista ou não.

Seu coração perdeu um compasso quando os meninos vieram para perto de onde ela e a amiga estavam ganhando um sorriso grande de Jimin quando ele se aproximou. Ficou um pouco em transe, sem saber o que pensar daquela versão do rapaz, todo sensual, confiante e cheio de atitude. 

Sentiu as pernas levemente mais fracas quando ele performou Baepsae e mais leve quando ele surgiu dentro de um globo transparente, como um bibelô angelical.

– Não da para negar, ele é um excelente bailarino. – seu sangue gelou instantaneamente ao ouvir aquela voz.

Arregalou os olhos para Jimin, que ainda dançava e cantava no palco e se viu obrigada a desviar o olhar dele para descobrir que seu sonho tinha acabado de virar um pesadelo.

– Oi, anjinho.

O mundo, tão colorido e cheio de som criado por tudo o que sentia por Jimin, ficou escuro e silencioso ao reconhecer Andrey ali, parado ao lado dela. Exibia um sorriso triunfante de quem tinha conseguido o efeito exato que queria, o choque dela.

– Achou que ia se livrar tão fácil de mim?

Ao invés de responder, Anja acertou um tapa no rosto dele, para ver se era real mesmo ou se era uma alucinação. Sentiu o toque suave daquela pele em sua mão e depois viu as marcas de seus dedos ficando vermelhas no rosto branco. Mas Andrey não pareceu se importar, apenas passou a mão de leve onde havia apanhado e sorriu.

– Que bela recepção. Mal vejo a hora de ver o resto quando souber das novidades.

– O que está fazendo aqui, Andrey?

No palco, Jimin percebeu quando os olhos da bailarina desviaram dele. Tentou se concentrar na música, mas cada vez que olhava na direção em que sabia que ela estava, perdia o cabelo vermelho de Anja de vista. Deu um jeito de a coreografia o direcionar para mais perto daquele lado do palco e o que viu o fez perder levemente o equilíbrio. Tentou sorrir, mas tudo o que conseguiu foi uma careta que ele esperava que mais ninguém percebesse, voltando a se concentrar em Serendipity na base do profissionalismo.

Anja gargalhava diante de um Andrey sorridente. O diretor viu Jimin olhando para eles do palco e sorriu mais abertamente ainda, fazendo um carinho no cabelo da bailarina, apenas por fazer. De onde estava, o coreano não podia imaginar a briga que estava acontecendo naquele grupo.

– TIRE A MÃO DE MIM! – Anja gritou, parando de rir imediatamente.

– Anja, calma. – Alyona tentou puxar a amiga para si, mas a bailarina evitou o toque dela com um gesto bruto do braço.

– CALMA NADA! Você sabia disso, Aly?

– Tanto quanto você.

– Eu explico... – começou Andrey com um sorriso malicioso. – Mas não agora. No momento quero terminar de assistir o show, sim?

Anja bufou frustrada e largou ele e Alyona ali, saindo do show antes mesmo dele acabar. Estava furiosa, consigo mesma, com Andrey, com a vida. Não podia abrir nenhuma brecha e a vida vinha logo lhe trazendo problemas que achava ter resolvido para sempre. Como foi que Andrey a encontrou em Seul, no meio das 45 mil pessoas que estavam naquele show? Passou pelo mural dos meninos, todos sorrindo e vestidos como príncipes e sentiu-se mais chateada ainda. No show, eles cantavam Fake Love, como uma piada de muito mal gosto que o Universo as vezes gostava de contar. 


"Por você eu sorriria mesmo quando estivesse triste

Por você eu não demonstraria dor mesmo que estivesse machucado"


Cada vez que os olhos de Anja batiam em alguma foto de Jimin pelo caminho até a saída, ela sentia uma pontada de dor. Lembrou-se de toda a jornada que teve com Andrey desde bem novinha.

Tinha conseguido muitos trabalhos como bailarina, mas sempre no fundo dos grupos, quase escondida. Uma vez até interpretou uma pedra, porque ninguém mais podia – ou aceitava – usar uma roupa que os deixassem redondos. Mas ela já era redonda – e divertida, levava tudo na brincadeira – podia muito bem interpretar uma pedra. Mesmo que fosse para ficar parada o espetáculo inteiro, apenas para ter o nome lá.

E então a companhia de dança onde Andrey era diretor abriu uma vaga para o papel de Pássaro de Fogo no espetáculo de mesmo nome. Não havia nenhuma restrição a quem poderia ou não se candidatar e, incentivada por Alyona, Anja se inscreveu para a audição. Era a última a se apresentar para o famoso diretor e sua equipe, então teve que assistir todos os outros bailarinos – incluindo seu irmão – se apresentando.


"Queria que todas minhas fraquezas pudessem ser escondidas

Eu plantei uma flor que não pode florescer em um sonho que não pode se tornar real"


Quando entrou no palco, se viu como o Pássaro de Fogo das lendas, porque conseguir aquele papel significava nunca mais ter que ser a pedra, as flores, as empregadas ou qualquer outro papel coadjuvante que aparecia apenas por dois minutos do espetáculo todo.

– Próxima. – a memória lhe trouxe a voz rouca de Andrey do passado. Ela mal pisara no palco e ele já estava chamado a próxima. Sentiu o sangue ferver e os olhos arderem de vontade de chorar, mesmo assim ficou no palco. A equipe dele começou a juntar as coisas e a se levantar para sair, então ela ligou seu radinho de pilha e começou a dançar. Dançaria mesmo que fosse apenas para si mesma. Tinha passado semanas ensaiando aquele ato, dançaria para as paredes se fosse preciso. Mas Andrey ficou. E depois a procurou. E lhe deu o papel. E a convidou para sair.

"Te amo tanto te amo tanto

Que construo uma mentira bonita para você

O amor é tão louco, o amor é tão louco

Que tento me apagar e me tornar seu boneco"


– Quando começa a divulgação do espetáculo? – perguntou semanas depois, sonolenta, sentindo ainda as ondas de prazer que ele havia lhe proporcionado. Andrey apertou sua bunda com força.

– Você é a coisa mais preciosa que entrou na minha vida, sabia? – respondeu, puxando-a para si e a enchendo de beijos. Anja riu. Nunca havia se sentido tão feliz assim antes.


"Estou tão cansado desse

Amor falso, amor falso, amor falso"


– Você lembra que eu existo? – ouviu a voz de Alyona, também vinda do passado.

– Claro que lembro, não seja ridícula.

– Por que está me evitando? Esqueceu que sou sua empresária?

– Mas agora já tenho uma companhia de dança, Aly. Não precisa mais se preocupar comigo. Andrey cuida de mim.

– Posso ir aí te ver?

– Hoje não vai dar, vamos para uma sessão de fotos no teatro. Finalmente vamos começar a divulgação!

Mas a sessão se restringiu ao cenário. Toda a propaganda planejada usava o cenário como imagem. Contrataram um artista para fazer uma escultura do pássaro de fogo como um pássaro mesmo. Não havia figurino, nem maquiagem, muito menos luzes para uma modelo viva.

– Não vou fotografar? – perguntou vendo o fotógrafo guardando tudo.

– Você é quem, querida?

– Vou fazer o Pássaro de Fogo!

Passou pelo portão de acesso à área que o ingresso dela e de Alyona levava. Podia ouvir a risada escandalosa do fotografo ainda ali, anos depois. Se fechasse os olhos, era capaz de conseguir ver o rosto e a expressão de deboche no rosto dele. E o mesmo olhar e sorriso no rosto de Andrey, que entrou logo em seguida ao breve diálogo deles.

Lembrou-se da renovação do contrato firmando aquele espetáculo na companhia por mais um ano. Dessa vez a arte da divulgação usava apenas o nome dela. Podia se ver questionando.

– Você é a GRANDE Anja Wang! Não é incrível que as pessoas venham só pelo seu nome? - disse Andrey, passando as mãos maliciosamente pela cintura avantajada dela e a puxando para si.

– Mas...

– Confie em mim, anjinho. Vai ser o suficiente. Não queremos que eles façam como nossa equipe, que quase te perdeu porque não esperava uma bailarina como você. – completou beijando-lhe o rosto e dando um beliscão em uma das dobrinhas que tinha nas costas.


"Você diz que eu não sou aquele

Que você conhecia tão bem

Como assim, não? Estou cego

Amor? O que diabos é o amor? (É tudo amor falso)"


Esticou o braço fazendo sinal para um táxi em frente ao estádio. O lado de fora estava vazio, mas ela ainda conseguia ouvir as vozes dos meninos cantando lá dentro junto com todo seu army. Sentiu uma onda de tristeza encher-lhe o peito, mas segurou a vontade de chorar. As memórias continuavam vindo, mesmo que sem permissão. Murmurou o próprio endereço para o motorista do táxi e apoiou a cabeça no vidro do carro.

– COMO ASSIM É A KLAVDIA QUE VAI DANÇAR EM PARIS? – entrou de surpresa no escritório de Andrey, de modo que ele se levantou num salto, arrumando a calça e a camisa. – O que estava fazendo?

– Tirando um cochilo. Me pegou no flagra. – respondeu ele colocando uma das mãos grandes que ela tanto amava em seu ombro e a virando em direção à porta. – Vamos conversar. Que tal um jantar?

Naquele dia ela não havia dado atenção ao fato de que ele vivia olhando para trás enquanto os dois saiam do escritório. Muito menos ao fato de que a bailarina reserva saiu logo em seguida, mesmo que ela não a tivesse visto lá dentro quando entrou. Deixou-se levar por Andrey e seu plano para um novo espetáculo que nunca aconteceu. Lembrou-se das inúmeras ligações de Alyona que foram ignoradas nos primeiros anos. Sentiu as lágrimas se acumularem atrás das pálpebras fechadas, mas manteve os olhos fechados, para evitar que caíssem.


"Te amo tanto, te amo tanto

Que construo uma mentira bonita para você

Amor é tão louco, amor é tão louco

Que tento me apagar e me tornar seu boneco"


Sentiu um toque suave no braço e se forçou a abrir os olhos para ver um lenço de papel sendo colocado no seu campo de visão.

– Aqui, senhorita. Use isso. – falou o motorista do táxi. Só então percebeu que ainda não tinham saído do lugar.

– Obrigada. – murmurou baixinho, com medo de pronunciar errado a palavra e pegando o lenço.

O motorista só se deu por satisfeito depois que ela secou os cantos dos olhos e sorriu.

– Dia difícil? – perguntou. Mas ela ainda não entendia muita coisa em coreano então apenas concordou com a cabeça, torcendo para não ser uma pergunta que precisasse de uma resposta elaborada. O motorista concordou com a cabeça e finalmente começou a dirigir, deixando-a se perder nas memórias de novo.

– QUEM DEIXOU VOCÊ DANÇAR COM O CRETINO DO NICOLAI? – Andrey gritava e jogava as coisas por onde passava, alucinado de raiva. Era a primeira vez que Anja e Alyona assinavam um contrato desde que ela entrara para a companhia. Queria o papel oferecido a ela como presente. Nicolai era diretor de uma companhia amiga que vivia fazendo parceria com o grupo deles, não viu problema. Além disso, era uma oportunidade maravilhosa de voltar a trabalhar com sua melhor amiga. Mas aparentemente Andrey via um problema em tudo o que envolvia o plano dela.

– Calma, amor. É uma apresentação única, não vai afetar a nossa.

– NÃO VAI...? VOCÊ É BURRA OU O QUE? VOCÊ TEM UM CONTRATO DE EXCLUSIVIDADE COMIGO, ANJA! – gritou.

– Mas Nicolai é nosso amigo, como eu poderia dizer não a ele?

– DIZENDO, PORRA! ACHO BOM DAR UM JEITO NISSO, OU VOU TER QUE CANCELAR NOSSO ESPETÁCULO.

– Mas...

Antes que ela completasse, Andrey a alcançou com dois passos longos, segurando-a pelo braço e a apertando. Puxou-a para a sala de estar do apartamento, parando em frente à estante com os prêmios que ela já havia acumulado.

– Isso não foi conquistado sem esforço! Acha que Nicolai se importa com a sua carreira? Ele quer isso! Nunca que ele contrataria uma bailarina gorda sem motivo! – gritou, soltando o braço dela e se afastando. – DÊ UM JEITO NISSO!


"Queria que todas minhas fraquezas pudessem ser escondidas

Eu plantei uma flor que não pode florescer

Em um sonho que não pode se tornar real"


E agora ele estava ali de novo. Não sabia os motivos, na verdade não queria saber. Estava cansada de lutar. Nem nos momentos mais felizes ela tinha paz. O beijo do dia anterior parecia ter acontecido num sonho, assim como a primeira parte do show que ela acabara de abandonar. Pensar nele a deixou mais triste ainda. Havia acabado de perder a chance de dizer a Jimin que sentia muito por ter estragado o momento do beijo deles, de contar o quão apaixonada estava e como havia percebido isso enquanto ele cantava The Truth Untold com Jungkook, Taehyung e Jin. Não ia poder fazer isso enquanto não conseguisse encerrar de vez toda e qualquer ligação que tivesse com Andrey. 


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Queridos leitores, espero que me perdoem por postar os capítulos assim, sem aviso e fora do dia que combinei no começo da fic. Quanto mais empolgada fico, mais quero postar e compartilhar com vocês. Como é final de ano, muito provavelmente vou ficar algum tempo sem atualizar, então vim aqui desejar um NATAL MARAVILHOSO, cheio de luz e esperança. Que 2020 possamos nos ver e nos ler mais vezes e conquistar as metas que ficaram para trás tanto quanto as novas. 

Feliz Ano Novo!!

Verônica

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