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X: O Beijo da Serpente (Alishami)

Oiiiiiii meus campistas favoritos...


Nessa quarentena não está sendo nada fácil para postar capítulos, mas prometo que não vou demorar para postar os próximos.

Espero que estejam gostando do livro, e graças a isso trouxe à vocês (especialmente ao público romântico) um capítulo com a famosa cena que todos gostam. Já sabem pelo título né?
Então espero que apreciem bastante esse capítulo... Até o próximo meus companheiros quarentiners...

HANKS SAIU trotando de sua sala enquanto Alice me olhava com todo o ódio que alguém poderia transmitir com um simples olhar.

- O quê? - Perguntei grosso. Não me agradava em nada todo o seu estereótipo nas lentes violetas me encarando feito um idiota. - Poderia me olhar de outra maneira? Me poupe de seus preceitos medíocres!

- Ah, pobrezinho - fingiu um tom de piedade, mas sua ironia estava exposta em todas as nossas conversas - Você nunca liga para o que ninguém diz...

Alice conseguia jogar na minha cara tudo o que eu era. Conseguia fazer com que me sentisse um idiota, e eu odiava quando fazia isso.

- Fingimos que isso não aconteceu - disse completamente arrogante.

Revirou os olhos com a minha falta de senso diária.

- Agora me diz, como você pensa em matar alguns monstros só com o treinamento que você tem?

E eu a vi juntar as sobrancelhas sarcástica e patética. Alice e eu ainda nos mataríamos antes da missão ser cumprida, quem morreria primeiro seria a primeira pergunta a ser feita até agora.

- O que você quis dizer com isso? - Perguntei incomodado depois de estufar o peito e ajeitar meu anel de prata no dedo - Sou um ótimo guerreiro, Alice.

Mais uma vez estava revirando os olhos pela ingenuidade que eu possuía. Ainda me perguntava como minha auto vangloria não impressionava-lhe.

- Poderia melhorar sua prática - me olhou pelo canto do olho e percebi sua crítica. - Será um esforço enorme para mim. Se vai salvar meu amigo, que seja da melhor maneira...

- Está me convidando para sair, Alice?! - Aquela foi a primeira vez em que falei o seu nome sem nenhum adjetivo rude ou formalidade.

- Idiota! - Bufou antes de dar às costas rumo à porta. - Olha só, me encontre amanhã na floresta depois do riacho. Caso se machuque, ninguém irá te ver!

- Adeus pra você também, garota! - Eu gesticulei a mão ironicamente enquanto ela abria a porta.

Deixei a Casa Grande e voltei para meu chalé. A tarde sumia enquanto a lua se armava no céu. Abri as janelas deixando o ar sereno passear pelo meu quarto. O sol se punha atrás do mar, e eu ali na janela, adorava a imensidão das águas ao ver as estrelas como pontinhos brancos no céu aparecer.

A noite veio e minha cama estava mais quente do que nunca. Espreguiçar e deitar de barriga para baixo é o que eu mais sei fazer depois de segurar uma espada. E naquela noite, joguei meu travesseiro sobre a cabeça e abafei a cabeça sobre o colchão.

Naquele dia os pesadelos me pegaram.

Com os pés outrora molhados pela água que ganhava a areia, olhei por toda a praia e não havia sequer indício de que estava em Long Island.

À frente, a praia terminava aos pés das grandes árvores. Logo, as copas escondiam o interior da floresta da luz do sol, mesmo que fosse o entardecer.

Sob meus pés pude sentir a areia quente, embora soubesse que àquela hora seria estranho. Algo abaixo do solo queimava, justamente abaixo de mim, com grãos da areia raspando o peito do meu pé em pequenos pedaços de vidro.

Não tinha nada abaixo de meus pés, mas eu estava no meio de um círculo que queimara o solo. As cinzas de uma fogueira bem perto da margem que eu estava pisando.

Alguém estava ali há pouco tempo. E aquela ilha deserta possuía mais habitantes.

Ao horizonte, vi o pico de uma grande montanha que se escondia atrás das nuvens como os palitinhos de um algodão-doce.

Um som estremeceu meus tímpanos de ponta a ponta. Uma ave feroz. O som aumentava no pico de dois segundos a cada instante, e então uma grande águia cortava o vento das montanhas até mim.

Seus olhos dourados me deixaram paralisados. Destruição. Chuva de raios sobre um exército de homens. Aviões desabando sob a tempestade. Uma série de visões que me matariam se continuasse.

"Uma semana e meia, Yushami." Uma voz estrondosa como o soar de trovões em uníssono jubilou do céu quando a águia se curvou para cima. "Se arrisque ou a vida do prisioneiro será levada."

Meus pelos atiçaram. Meu corpo estremeceu. A águia voltou para a montanha e eu ainda estava paralisado.

Um passo à frente e ouvi o maior grito que alguém (ou algo) poderia soltar da garganta. Não sei se meus calafrios foram uma reação do grito que assustou os próprios pássaros da floresta, mas um vento frio como o sopro da própria morte sabotou o meu corpo bem ali na praia.

Meus ouvidos zumbiam. E sentia algo escorrer no meu rosto. Minha mão foi até os ouvidos e estava completamente suja de sangue.

O grito perfurou meus tímpanos. E um pressentimento ruim tomou meu peito quando senti que o grito era a canção da minha própria morte naquela praia de uma ilha no fim do mundo.

- Ahhhh! - Pulei da cama com taquicardia. Meu coração pulava como pipoca na panela. -Malditos sonhos!

Toquei meu peito e meu coração se agitava entre minhas costelas. Respirei profundamente puxando todo o ar que consegui. Geralmente, pesadelos como esse me assustam todos os dias -um semideus nunca se acostuma com os pesadelos.

Tentei não pensar no maldito sonho enquanto tomava meu banho, era fácil quando a água caía sobre mim, tinha um efeito enorme em meu corpo e minha mente.

Depois, subi a coluna até o pavilhão aberto e segui rapidamente para a mesa de piquenique só minha. As ninfas surgiram com pães e frutas e logo me lembrei que tinha fome.

Mastigava o pão lentamente, mas meus dentes estavam incomodados demais para aguentar qualquer comida naquela manhã. Era como se lascas de vidro estivessem no lugar da farinha de trigo do pão, os pensamentos tiraram meu apetite.

Fazia muito tempo que não tinha um pesadelo. Sonhos com chamados e avisos me deixavam ocioso o dia inteiro. Tiravam meu apetite e abaixavam meu ego. Quanto mais se aproximava minha missão, mas as coisas aconteciam de forma inesperada.

Eu me levantei de costas e me virei rapidamente. Por um minuto Alice Hyneong quase se esbarrou em mim. Olhei-a do alto quando sua cabeça se ergueu e fitou-me perplexa com seus olhos castanhos, sem nenhuma lente.

- Você quase... -'foi a primeira vez que a vi tímida em uma frase - se esbarrou em mim.

Eu sorri torto. Por um instante, quando olhava as bolinhas marrons em seus globos oculares, minha mente só pensava em continuar olhando.

- Não. Eu não queria te beijar - disse me afastando com um sorriso torto e sádico.

As bochechas da filha de Hades ficaram vermelhas no seu rostinho pálido.

- Estúpido! - Gritou brava e grossa. - Não há uma frase em que se sinta menos egoísta e charlatão?

Me diverti com o seu tom de voz e sua testa franzida.

- Desculpe - finge decepção quando lancei-lhe um biquinho sádico com os lábios. - Não queria te decepcionar.

Vê-la com reações que a deixaram completamente sem jeito foi a coisa mais divertida para mim. Afinal, a fragilidade dos nossos inimigos e rivais nos fortalece - embora pensasse o que Alice e eu éramos naquele momento.

- Te vejo daqui quinze minutos no riacho - seu tom exigente e bravo fez sua timidez sumir rapidamente. Então lançou-me uma expressão desdenhosa por detrás dos ombros. - Mais uma coisa: a partir de hoje, poderia me dar ao luxo de tratar as mulheres com menos...

- Por favor, querida - resmunguei com um sorriso torto. - Não sinta ciúmes, não trato elas como trato você.

Alice saiu bufando de raiva me deixando rir de sua situação. Eu adorava vê-la com raiva. Um homem compreendia muito bem o nervosismo de uma mulher, e eu entendia muito bem porque se mantinha tão reclusa e com uma imagem tão grossa à aparência. Alice se restringiu aos sentimentos da carne, e àquela altura já sabia que fora pelo seu desapontamento ou porque sofrera com a perda de alguém.

Descia o vale rumo ao riacho de Zéfiro. Tinha de atravessar o outro lado do rio para que pudesse encontrar Alice pronta para usar sua espada em mim.

Encarei algumas náiades que sorriam travessas toda vez que podiam chamar a atenção de semideuses antes de se jogarem de novo ao rio. Mas na realidade, elas não faziam o meu tipo!

Debaixo de uma árvore, a filha de Hades tinha algum objeto metálico na mão que brilhava à luz do sol.

Uou, aquilo era um bumerangue e me perguntava o que ela fazia com um objeto como aquele.

- Sério? Um bumerangue? - Perguntei de testa franzida apontando para sua mão.

Sorriu torto para mim - o típico sorriso de quem estava prestes a cometer um assassinato.

- Sua ingenuidade me fascina -disse com seus dedos finos e brancos passando vagarosamente pelas hélices do bumerangue -Eu também tenho armas mágicas, Yushami.

Apontei mais uma vez para o objeto com um riso sarcástico. Ela não poderia estar dizendo que ele era sua arma mágica.

- Vamos começar? - Apontou os olhos em direção a minha mão onde tinha meu cilindro-espada. - Preciso de você pronto em uma semana!

Ouvir a superioridade no tom das pessoas me matava de ódio. Realmente aquilo me fazia sentir péssimo por perceber que também tinha tais atitudes.

Alice Hyneong colocou seus cabelos atrás das orelhas, mas ainda deixou uma mecha roxa cair na sua testa. Ajeitou o colar de caveira e o jogou sobre a camiseta laranja, a pequena órbita de onde deveriam estar os olhos brilhava em uma luz verde -eu era louco ou ela gostava de objetos mágicos.

E num vulto vi o bumerangue passar voando pela minha cabeça. O olhei girando como a hélice de um helicóptero até o meio do rio.

- Você tá louca?! - Perguntei histérico e assustado. - Quase pega na minha cabeça!

Alice olhou-me e riu. Logo, seus olhos se desviaram e olharam para o horizonte atrás de mim, ansiosos e surpresos. Ouvi então o uivo do vento sendo cortado por uma lâmina metálica. Abaixei a cabeça. Alice segurou a haste de uma foice negra que voou até ela.

- Aqui está meu bumerangue, Yushi - a sua surpresa com a própria arma era como de alguém que acabava de apresentar o animal de estimação.

Os filhos de Hades tinham gostos peculiares, mas contestáveis. Tinha de admitir que a foice de mais de um metro e meio de altura que Alice segurava era incrivelmente fantástica - sem deixar o estilo gótico de fora. Detalhes dourados desciam a haste da foice, sua lâmina escura que me fez suspeitar ser feita de obsidiana tinha riscas violetas na parte de seu corte.

- Vamos, semideus - seu tom sério acabara de mostrar que a brincadeira ia começar. - Ajeite sua espada.

Alice ajeitou a arma maior do que si ao seu lado direito. Fincou-a no chão. A terra tremeu como se estivéssemos sendo balançados em uma peneira - a mesma sensação que Hades causava nos meus sonhos.

Tirei meu cilindro do bolso e o apontei para cima. Observei enquanto se transformava em uma espada de baixo para cima. O punho de escamas verde-água. O pomo colorido de coral. A lâmina prata com riscas azuis nos gumes.

- Então, qual a meta de nosso treinamento? - Perguntei interessado. Todos os combates tinham uma meta para seu término, e Alice não queria nem um pouco um combate comum, o que me deixou com medo de sua exigência.

- Sem mortes - respondeu seca e de olhos semifechados, observando-me mesmo antes de mexer - Machucados com cortes profundos são proibidos. Um guerreiro precisa ter ética, Yushami.

Primeira impressão daquele treinamento: queria me ensinar coisas que pensaria que nunca fiz antes. Ética em combate? A primeira lei que Hanks me disse antes de me dar uma espada qualquer da forja.

- Confere - disse enquanto me olhou desacreditada pelo pouco pingo de ignorância que houve no meu tom.

Alice deu um suspiro fundo e cerrou os dentes. A típica expressão de alguém que diria algo que se arrependeria pelo resto da vida surgiu na sua cara.

- Por cima de todo o meu orgulho e má-sorte a minha para o aumento do seu ego... - fez uma pausa quando me fitou a vendo de olhos arregalados. - Você é um exímio espadachim. Senão o melhor, quer dizer, temos Airam e Mira também...

- Tá bom, Licy. - Eu acabara de a apelidar pelo grande elogio com um tom completamente eufórico.

Por mais que achasse que não notaria, a vi esconder o cabelo atrás da orelha nervosa.

- Olha só. - Voltou seu orgulho na voz antes que tivéssemos um caminho errado. - Aprendi tudo o que sei treinando com meu irmão.

Franzi o cenho. Pensar em Trevor fazendo uma coisa de alta experiência quando me disse que não gostava de responsabilidades me fez pensar para que ele usaria a esgrima ou a arte da guerra.

- Claro. Vez ou outra aprendemos a levantar soldados de guerra mortos para nos ensinar - Alice disse sem nenhuma restrição.

Okay, minha companheira de batalha era uma necromante. Meus pelos arrepiarem e senti um gelo na espinha, de medo.

- Não se assuste - percebeu o desvio de meus olhos. - No Mundo Inferior a gente precisa de alguma diversão.

E por um instante eu percebi que havia seriedade na sua voz. Alice era do tipo de garota que passou a vida inteira dentro de casa -ou do mundo abaixo de nossos pés. Tinha duas conclusões: sua pele tão pálida sem nenhum indício de insolação; seu tom e expressões quando contava sua forma de vida com ressentimento e recuo.

- Agora, vamos lá! - Apontou para o chão no meio de nós antes que se aproximasse. - Espero que realmente use tudo o que aprendeu ficando aqui por seis anos.

Acenei com a cabeça gentilmente.

- Estive analisando seus movimentos. Seu fôlego, seus golpes e a força de sua espada. - Seus olhos frios e severos me pegaram bem ali no meio da floresta.

- Ahn, então você está começando a me enxergar com outra visão? - Era inevitável perder um elogio sem que lhe direcionasse o meu tom sádico e excêntrico.

Alice suspirou fundo. Cerrou o punho esquerdo e se aborreceu com minha "opinião" sobre o status de nossa convivência.

- Olha só - resmungou brava por meu sarcasmo, mas não deu corda ou meu ego iria longe demais. - Vamos começar. Se ponha no lugar, por favor!

Me dirigi ao centro do chão, onde as gramíneas brincavam sob meus tênis. Que nenhuma se embarace nos meus pés. Eu sempre fui completamente desastroso, e ali em frente a garota que gostaria de me ver morto, a gravidade poderia me desafiar.

Corra como a correnteza. Concentrei-me de olhos fechados e deixei que minha mente fluísse com o som das águas do riacho atrás de mim.

Sou como as ondas do mar: imprevisíveis e ferozes. Pensei quando abri meus olhos. A espada em minha mão tinha uma energia muito forte, uma verdadeira fonte de magia divina.

Alice fechou seus olhos também. Estava debaixo da sombra de uma árvore, e por mais estranho que pareça, eu vi as sombras se moverem aos seus pés.

Di immortales! A filha de Hades tinha habilidades assustadoras.

-Eu, Alice Hyneong, convoco os poderes que foram a mim concedidos -disse como uma cartomante chamando seus espíritos para o centro da roda. Meus pelos arrepiarem.

Então eu a vi completamente diferente. Nenhum semideus nunca fez aquilo, e nem tínhamos capacidade.

Alice Hyneong tinha olhos laranjas, suas órbitas modeladas como de um felino, perfeitamente visíveis à noite. No meio de seus cabelos estavam duas orelhas negras, como de um gato, pontudas e definidas. Suas mãos com unhas grandes que seguravam o cabo da foice.

Minha oponente é um gato? Tremulizei parado enquanto a olhava estupefato. Alice é mais intrigante do que parece.

- Você... é... - eu gaguejei enquanto me fitou com os brilhantes olhos laranjas. - O que você é, Alice?

- Eu não sei - usou a sua frase mais frequente com o mesmo tom de surpresa e pavor de quando leu as palavras em outra língua na Casa Grande. - Faço isso há muito tempo. Tenho habilidades animalescas...

- E assustadoras - resmunguei desdenhoso. Talvez houvesse um pouquinho de inveja porque eu só podia mexer com as águas e suas transformações. - Mas isso é legal! Agora sim, mostre suas garras.

Ela me intrigou com sua nova "personalidade", agora entendia porque escondia de todos suas habilidades insanas. Os filhos de Hades, logicamente não podiam fazer aquilo, me levando a pensar o porquê então ela conseguia.

- Agora... - houve euforia e prazer em sua voz. - Vamos testar o que dizem que você é!

Craft!

Me desviei da estocada que a semideusa deu com sua foice acima da minha cabeça.

Minha mão formigou, e virei-me para acertar suas costas.

Alice jogou a foice atrás das costas e se estalou com minha lâmina.

- Você é feroz, Yushi - disse por cima dos ombros enquanto sorria torto para mim.

- Obrigado?! - Retruquei sádico.

Alice aproveitou minha distração e apertou o cabo de sua foice na minha barriga. Sem fôlego, voei para trás às margens do riacho.

Tinha um corte em meu braço rasgado pelas pedrinhas do chão. A água, a poucos centímetros da minha cabeça, descia a correnteza como uma pena pelo ar. Minhas mãos a encontraram, como uma serpente as águas do riacho percorriam meus dedos até o braço circulando pela minha pele.

Era como injetar adrenalina diretamente no sangue, a água tinha grande efeito em mim. Me levantei fortificado, senti meu abdômen se encolhendo como a pressão de um recipiente, e então estoquei a minha espada com força rumo a direção da semideusa.

Uma. Duas. Três estocadas. Ela se desviou de todas com seu corpo móvel e sagaz. Alice estava novamente debaixo da sombra e me fitou raivosamente com seus olhos laranjas.

- Eísai ilíthios![1] -Praguejou em grego antigo mas entendi que me chamava de idiota. Um rugido grotesco saiu de sua voz. - Apó ton Luka! [2]

[1: Você é um idiota!; 2: Pelo Luka!]

Alice correu como um guepardo, minha mente captou quando seus pés tiraram poeira do chão por sua velocidade.

Gia tin apostolí mou![3] Pensei antes de colocar minha espada na vertical para defender-me da guerreira.

[3: Pela minha missão]

Alice viu meus movimentos quando se aproximou. Girou a foice para frente. Craft! A lâmina negra de sua foice puxou a espada de minha mão.

- Desarmar é a meta? - Perguntei surpreso com sua ferocidade.

- A meta é dar o máximo de si - resmungou aborrecida por minha ignorância.

- Tudo bem - respondi com um olho fechado. - Dar o máximo de mim.

Juntei as palmas de minhas mãos e ouvi um estalo atrás de mim. Meu abdômen se contrai como todas as vezes. Fechei os olhos e tentei sentir a circulação de meu sangue.

Lancei as mãos para frente.

Um turbilhão de água passou pela minha cabeça e jorrou água em Alice. A pressão da água do riacho a jogou sobre uma árvore, mas a vi se segurar no seu tronco como um gato, toda molhada.

Caí de joelhos no chão cansado pelo esforço de minhas habilidades, há muito tempo eu estive sem prática. As estrelinhas e corais brincaram sobre minha cabeça antes de ver o mundo tonto e embaçado.

Esfreguei os olhos e me levantei.

- Di immortales [4], Yushi! - Indignou-se agora sem nenhuma característica de um bichano. -Eu disse que mortes são proibidas e cortes profundos também.

[4: Pelos/Aos imortais - expressão utilizada por soldados romanos e gregos usada como sinônimo de indagação, surpresa, espanto]

- Mas você disse para que eu usasse o meu máximo - dei de ombros sádico.

- Tudo é um exagero para você! - Retrucou brava. - Mas valeu esse treinamento. Parabéns. Agora sei todos os seus truques...

Nenhuma garota sabia de todos os meus truques e o maior deles Alice nem experimentara ainda.

- Sou bom o suficiente agora?! - Retruquei enquanto pegava o meu cilindro no chão.

- Confesso que suas habilidades me impressionaram - Alice disse sem nenhuma grosseria e surpresa, apenas educada. - Realmente é filho de um dos Três Grandes!

Entendam: um garoto sempre se eleva quando recebe mais um elogio da pessoa que mais detesta ele. Eu não poderia deixar que meu gênio egocêntrico ficasse sem se mostrar.

- Será que sou tão bom quanto Mattheo Luka? - Perguntei enquanto tirava a água de seus cabelos. Alice me olhou assustada.

Sorri sádico quando o silêncio a tomou.

- Luka é um ótimo guerreiro, e aprendeu sozinho! - Disse grossa. Com certeza não gostava que ninguém dissesse o nome de seu amigo com ironia. - Um espadachim zero defeitos. Além do mais, é inteligente e engraçado. Educado e sem regalias.

Pelo amor dos deuses, que homem gostaria de ver uma mulher à sua frente elogiando outro e não você? Ela gostava de me provocar, disso eu não tinha dúvida!

- Será que você tem uma visão de todos os homens como do seu amiguinho? - Perguntei incomodado.

Alice sorriu sarcástica com seus irritantes dentes brancos. Sua boca sem nenhum batom tão natural que se moveu com seus dentes. Passou a mão sobre os cabelos molhados elegantemente e me respondeu:

- Se diz quanto a você, Yushi... - me olhou de cima a baixo com desprezo. - Você nunca chegaria aos pés do Luka!

Uma coisa que a vida me ensinou é que nunca podemos dizer nunca, outra coisa é que sempre deveria provar às mulheres o quanto eu podia ser diferente dos outros homens - mais macho!

Olhei de novo para ela que retribuía em desdém. Fitei seu rosto sem maquiagem e seus olhos castanhos me fitaram sádicos e irônicos. O sorriso torto no canto de sua boca mexeu comigo.

- Talvez isso faça você mudar de ideia... - Indaguei antes de me aproximar de Alice.

Sorrateiro eu a agarrei pela cintura. Sua cabeça olhava para a minha acima, e ergui-a antes de dar o próximo passo.

Seus braços relutam para se soltar quando a forcei sobre meu corpo. Senti seu fôlego oscilar enquanto seus olhos voltados para mim estavam assustados e amedrontados.

Eu beijei Alice Hyneong e aquela foi a primeira vez que senti o prazer em poder tocar seus lábios.

Ela se relutava para se soltar, mas meus braços a agarraram para mais perto e pude sentir seus batimentos cardíacos acelerados ainda que estivessem longe. E ainda que tentasse se soltar, pude sentir as mãos frias tocarem os meus bíceps sobre a camiseta.

Alice não recuou. Se entregou aquele beijo quando meus lábios se encontraram ao seu, pude sentir tudo o que nunca falou quando não se negou que continuasse a beijá-la.

- Você é... - me olhou quando deixei que saísse de meus braços. Seu fôlego mostrou seu espanto e reação. - Você é um louco. Metido! Por que você fez isso?

Percebi sua reação, pasma e ofegante. No fundo Alice sentiu alguma coisa quando meus lábios encontraram os seus, frios mas calorosos, como se estivessem sedentos por um beijo a tanto tempo.

- Pelos deuses, Licy! - Voltei ao tom irônico sem mostrar nenhuma reação. - Você agora pode medir o quão longe estou de alcançar Luka.

Brava e nutrida de raiva, se aproximou com a mão para cima. Estava prestes a levar um tapa, mas não deixaria isso depois de lhe agradar com um beijo.

- Não faça isso - segurei a sua mão quando a garota baixinha olhou para mim. - Esse tapa poderia significar que você tenha sentido alguma coisa com esse beijo. Seja reações negativas ou positivas, mas você sentiu!

Franziu o cenho aborrecida comigo, mas não fez nada. Puxou sua mão, me encarou mais uma vez com todo o ódio que podia transmitir em uma expressão facial.

Atravessou o regato do riacho bufando de raiva, me deixando para trás. Fiquei ali, com os dedos passeando por meus lábios enquanto ainda podia sentir o contato de sua boca à minha.

Alice Hyneong, a garota gótica e raivosa não tinha nada do que sua personalidade dizia. Era marrenta, mas seus braços se aconchegam na pegada de um homem. Sua grosseira era bem diferente da sua delicadeza quando beijava alguém.

E eu fiquei parado ali feito bobo, do outro lado do riacho. E, pela primeira vez na vida sentimentos mistos me tomaram, a loucura, o desejo.

E Yushami Thunder está aqui para confessar que daria qualquer coisa para poder beijar a filha de Hades novamente. Mas a parte pessimista, era que entendia muito bem que estúpidos como eu nunca têm uma segunda oportunidade.

🌊

Yushami deu um beijo com má intenção, mas o que vocês acham que ele realmente sentiu nesse beijo?

Esperei muito tempo por este momento, confesso que escrever essa cena mexeu com todos os meus sentidos e emoções e fico todo ansioso com o próximo kkkkk

Quanto as frases em grego, não sou perito ainda. Então todas são do grego moderno e não do antigo. Peço que relevem por enquanto.

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