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X: Conversa com Dioniso

Há duas coisas que nos transformam em monstros: aquelas pessoas que por anos foram nossos maiores inimigos, lutaram contra o nosso sucesso; e aquela pessoa que vive dentro de nós, escondida, mascarada, relutante.

Eu soube disso naquele momento em que Jake Heyes foi levado para a enfermaria. Das gotas de sangue que corriam por meu punho em direção a grama. Dos rostos que me encaravam em julgamento. E de Alice...

O rosto assustado da minha namorada quando me encontrara no ato brutal. O seu ombro que meu punho tocou, veloz e ferozmente. Eu sentia o pesar que os seus olhos castanhos derramavam sobre mim, não era Alice, era eu mesmo me culpando por me ver daquela forma.

Maldito seja o monstro no qual me tornei. Aquele garoto que tinha medo de ser violentado, machucado e retribuiu no mesmo ato ao seu agressor. Que se escondeu por causa dos olhos roxos, lesões no rosto, mas que há três dias deixou a pessoa causadora de tudo isso da mesma forma.

E a água quente que escorria pelas minhas costas não era capaz de limpar-me, de levar embora pelo ralo o monstro no qual me transformei; de livrar o meu âmago de toda a dor que me consumia. A água, a principal fonte dos meus poderes, ironicamente, não tinha o poder de limpar as feridas nos meus punhos que serviram por lembranças da minha brutalidade nos próximos dias que continuasse aqui, no meu exílio, na jaula destinada a mim.

Depois de passar os últimos três dias me escondendo do mundo que me cerca, estava ali. A mesa de piquenique destinada a Poseidon parecia minúscula no meu do pavilhão. Os olhares ao meu redor me atingiam como flechas de veneno. Penetravam a minha pele, dolorosamente. Cravaram a minha alma em busca de justiça, punição.

Eu deixei que tudo aquilo me atingisse, os olhares, as expressões, os burburios. Deixei que me julgassem, trouxessem a minha punição, porque naquele momento, nem eu mesmo saberia dizer o que merecia depois de tudo.

Até mesmo as ninfas que trouxeram a taça e a comida, me olharam pasmadas, amedrontadas. Abaixei a minha cabeça enquanto minha mão sem ferimentos cobria aquela com a faixa.

Desejei que a taça dourada se enchesse de café preto forte e, magicamente, aconteceu. Dei o primeiro gole enquanto pegava um pedaço de pão fresco.

Meus dedos tremeram. Largaram o pão. Minha garganta se fechara como uma alavanca. O ar que ia aos meus pulmões se tornou tão pesado quanto o chumbo.

Mas não poderia fraquejar ali, o ar não podia me deixar.

Apertei a beirada da mesa em um ato involuntário, buscando forças para me controlar.

Minhas mãos soltaram a mesa e as repousei de volta à superfície de madeira. Toquei o pão novamente e a mão com a faixa agarrou a taça...

Droga! O líquido quente caiu quando meus dedos tremeram novamente. O café mergulhou sob minha faixa e chegou aos ferimentos do meu punho.

Levantei velozmente. Abanei a mão na vã tentativa de aliviar a dor. Um grito de agonia saiu da minha boca.

Todos ficaram silenciosos novamente. Os olhares se voltaram a mim como holofotes registrando a tragédia do protagonista em uma cena de teatro. Eu senti novamente o peso às minhas costas, as pessoas que me julgavam como nunca antes.

Observei cada mesa disposta no refeitório. Todos os campistas, sem exceção, estavam olhando para mim.

A minha garganta se fechava novamente quando o coração sob o peito bombeava o sangue rápido demais. Senti o ar começar a me deixar e então, apressei-me para fora.

Antes que me virasse, esquecesse todas aquelas pessoas me olhando, um par de olhos castanhos se destacavam entre os demais.

Eu escutei a sua voz calorosa e febril proclamar o meu nome como um grito de guerra.

Recusei-me a olhar para trás.

— Yushami. — A sua voz calorosa chamou o meu nome enquanto caminhava para fora do refeitório. — Yushami Thunder!

Meus pés pararam, involuntariamente. Meus joelhos tornaram-se duros como pedras. Os ossos da perna se enrijeceram como correntes enferrujadas.

Era dominado por sua voz e o poder inacreditável que exercia aos sentidos do meu corpo. Como um espírito quebrando todas as forças da natureza ao comando de seu necromante. Como um homem sedento pertencente à mulher que o domina, a sua dona.

Mas olhar para trás e vê-la me observando, me dava medo. Não queria enxergar uma Alice decepcionada com o seu namorado, os olhos velozes aos meus movimentos, cautelosos.

Então tentei apressar os passos. Sair dali. Fugir. Queria ignorar Alice para não me lembrar do que acontecera.

esperança de ver um homem melhor.

— Mas que droga, Yushami! – Ela murmurou quando comecei a caminhar. — Pare agora mesmo!

E novamente, meu corpo obedeceu aos seus comandos. Meus pés pararam. Os joelhos travaram como uma estrutura de gesso. Um frio subiu pela espinha.

Fechei os olhos. Virei-me.

Precisamos conversar – ela disse, calmamente.

Céus! Eu tinha medo daquela frase. Tinha medo das próximas palavras. De todas as pessoas, o seu julgamento sobre mim seria o pior, o mais doloroso.

A pessoa mais importante da sua vida, a sua garota, dizendo o quão estúpido você foi. Seria doloroso demais.

— Não quero conversar, Alice – disse ríspido, com a bile subindo pela minha garganta.

— Não importa – respondeu, impassível. — Eu quero. E muito!

O ar se tornou chumbo na minha garganta. Tão pesado quanto uma torrente de água descendo por uma encanação estreita.

— Não quero ser julgado pelo que aconteceu – disse, ainda de olhos fechados. — Então só deixe que eu vá...

— Não! – A sua voz estava mais próxima.

Eu senti um frio. Depois calor. Senti uma respiração gélida, depois quente.

Alice e eu, fogo e gelo. As respirações se misturaram. O seu corpo — ainda que precisasse abrir os olhos para vê-lo — estava perto, eu senti.

A gravidade que nos unia. A atração que fazia nossos corpos queimarem como fogo. A alma que ardia como desejo.

— Não quero olhar em seus olhos, Licy – o seu cheiro inebriante quase me fizera perder o fôlego. Rosas e coco.

Não quero ver o reflexo do monstro neles. A minha mente disse quando as mãos tremiam.

— Olha só, Yushi – suas palavras soaram como o sussurro do vento em uma madrugada fria. — Eu preciso que você saiba que não aconteceu nada...

Mas ouvi-la dizendo aquilo, o nada, me fez abrir os olhos. Alice não se importou com o que eu fiz? Não ligou para o que eu fizera com Jake Heyes?

Tinha ainda mais repulsa de mim mesmo naquele momento.

Nada?! – Fitei seus olhos assustados quando eu pronunciei. — Licy, eu quase te machuquei...

— Yushi...

— E se eu tivesse uma faca nas mãos? – Disse com a voz falha. — Ou uma espada? Eu teria te machucado mais...

Fechou os olhos. Franziu o cenho, brava.

— Mas que droga, Yushami! – Praguejou, me encarando furiosa. — Não se martirize. Não deixe que todos os julgamentos faça você mesmo se punir. Não se faça um monstro!

— Mas que droga, Alice! – Retruquei. — Não me julgue, mas não me defenda...

— Yushami...

— Eu quase matei-o – respondi. — Quase matei uma pessoa!

Naquele momento me lembrei que estávamos de fora do refeitório. Vi todas as pessoas nos olharem assustadas.

— Foi culpa sua?

Não respondi a sua pergunta.

— Yushami, você quis machucá-lo?

Fechei os olhos. Aquela pergunta doía; não porque achava que Alice desconfiava, longe disso, mas porque eu sabia a resposta, e ela me machucava.

Yushami Thunder...

Uma voz fez com que abrisse meus olhos. Senti um certo incômodo quando avistei uma pessoa por cima dos ombros. Aquele era um assunto particular, Alice e eu, era um assunto nosso...

— O que é?! – Olhei para trás, incomodado.

Me deparei com Minniot nos olhando vergonhoso.

— Ahn, o senhor Dioniso...

O sátiro desviou os olhos de mim e fitou Alice, às minhas costas.

— P-Precisa ir vê-lo na Casa Grande – desviou seus olhos dela, vergonhoso. — Quer conversar com você...

— Já entendemos – Alice disse, sua voz bradou como um trovão estrondoso de uma tempestade turbulenta.

O sátiro balançou a cabeça. Olhou-nos por um momento. Deu às costas e partiu.

Queria fazer o mesmo, sair dali o mais rápido possível, enfrentar o meu destino na Casa Grande enquanto outra parte dele ficava aqui.

— Yushi...

— Eu preciso ir, Alice – respondi, impassível. As palavras ardiam na minha garganta. — Eu não posso deixar um deus esperando.

Naquele momento, em que meus pés seguiram caminho até a casa do acampamento, uma parte do meu cérebro gritou para que parasse. Pedia para voltar e encarar Alice de uma vez. Pedia para me desculpar.

Mas eu soube de uma coisa naquele momento, soube que o nada que Alice disse era muito. O Yushami que ela negou existia, o monstro estava solto e a parte mais escura da minha mente — a mesma que atacara Jake — negava redenção, não queria perdão, queria ser reconhecido como a noite há três dias deixara claro o que era de verdade.

O cheiro de ambrosia e néctar invadiu minhas narinas quando o piso da madeira da varanda estendeu sob os meus pés. O cheiro adocicado da ambrosia se misturava ao de ervas cítricas usadas para fins medicinais. Tão inebriante que podia sentir o seu efeito relaxante apenas pelo cheiro, capaz de fazer meu corpo se tornar tão leve quanto uma pena.

Meu corpo gelou quando adentrei o corredor que levava às salas e no seu fim, à enfermaria. Havia dois motivos para isso: Dioniso queria tratar do assunto que há três dias deixou todos os campistas com uma nova visão formada sobre mim; Ali, no fim do corredor, poderia chegar à enfermaria e encontrar o corpo de uma pessoa machucada graças a mim.

Desviei meus pensamentos quando alguns passos a frente, avistei a porta de madeira, à esquerda, cuja grande letra D reluzia com luz e graça. Aquele sim era o egocentrismo de um deus!

Bati e quase instantaneamente uma voz monótona respondeu para que entrasse.

Toquei a maçaneta dourada e a empurrei.

Meus pés travaram assim que o piso de calvário preencheu toda a sala. Entrar na sala de Dioniso, um deus, um daqueles que critiquei por tanto tempo, era entrar em um território inimigo. Improbabilidade e instabilidade preenchiam o âmago de um deus — não tão diferente de mim.

Logo, avistei a figura robusta do deus mexendo em uma prateleira de madeira. Galhos de vinhas emergiram pela madeira e se enroscavam como cipós. Garrafas escuras e com etiquetas tão gastas pelo tempo preenchiam a prateleira.

— É irônico dizer que todas essas garrafas me pertencem, mas tampouco posso beber delas. – Dioniso murmurou com desprezo. — Vamos, Tsunami. Sente-se.

Ignorei o fato de que errara meu nome, como sempre o fez. Sentei-me à mesa de frente a prateleira enquanto ele continuava a observar as garrafas de vinho.

— A mais antiga dessas fora feita antes da minha partida pelo Egito, a Síria e logo a Frígia – os olhos castanhos pareciam distantes e cheios de esperança, antes de se voltarem com banalidade e tédio. — Mas não posso degustar nenhuma dessas, não até que o castigo de Zeus tenha terminado...

— Ahn, senhor! – Tratei-o educado depois de lembrar que minha reputação não era boa com ele desde que um de seus filhos se tornou meu maior rival. — Por que mandou me chamar?

– Uma expressão de incômodo se formou em seu rosto. — Casualmente, soube por um de meus filhos que houve um combate há três dias. Fiquei meramente surpreso quando descobri que você, o filho de Poseidon, foi quem... como dizem os mortais? Ah, sim... Partiu pra cima!

— Foi Vicguis quem contou?

Ele franziu o cenho.

— E isso te importa?

— Claro que não – menti. — Desculpe.

Bem, eu ainda cogitava a ideia de que fora Vicguis quem contou, esse se divertiu muito tempo ao ver as minhas desgraças — um sentimento um tanto mútuo!

Dioniso percebeu o meu incômodo. Mas logo seus olhos tomaram uma expressão de indiferença e apenas olhou para mim com desdém, nada pior ou melhor que isso.

— Muitas coisas estão acontecendo neste momento, sr Turner – o seu tom vago deu espaço a um tão misterioso que fez-me inquieto nos segundos seguintes. — Embora não esteja tão presente no Olimpo desde que fui condenado a passar cem anos aqui, sei que os problemas estão aumentando...

— Problemas estes relacionados ao fato misterioso de muitas orlas de monstros se unindo? – Me ajeitei na cadeira observando a reação em seu rosto. — Sei que tem algo perigoso vindo, sei que tem algo vindo do Tártaro...

Um súbito arrepio me tomou naquele instante. Tocar no assunto me trouxe lembranças do último verão, pesadelos que eu tive frequentemente após a missão em Animália.

Observei a indiferença em sua face s

se tornar mistério. O mistério demonstrou suspeita.

— Todos sabemos que tem algo errado – continuei, atento e cauteloso. — E claro, com a Maldição de Ares...

Blrrr! – Dioniso fez uma careta como se tomasse uma cerveja quente demais — Desde que começou, nunca entendi porque de fato é do meu irmãozinho Ares.

Vi o desdém e desprezo tomar a sua fala.

— Sabe, todos esses garotos indo para a enfermaria, o chalé 5 se destacando mais que o 12. Não seria mais legal uma Maldição de Dioniso?

Era uma pergunta retórica? Eu não queria responder. Não mesmo!

Sabe, as pessoas fariam festas, beberiam a noite inteira com algazarras e surtos. Alegria – suspirou, eufórico. — Isso seria uma Maldição de Dioniso. Não um monte de sangue, garotos violentos e otários proclamando por Esparta a todo momento...

Por um instante, consegui rir quando o sr D pronunciou.

— Não muda de assunto, Turner – ele disse com o rosto enrijecido ao perceber o riso no meu rosto. — Sabemos muito bem o porquê de estar aqui...

— Sim –respondi, cabisbaixo.

Ele cruzou os braços sobre a camisa estampada de tigres e fixou toda sua atenção em mim.

— Embora eu tenha ciência de que as fofocas correm mais soltas que Hermes como o pombo correio do Olimpo – pronunciou — , preciso que me conte tudo da forma que aconteceu.

Adoraria que ouvisse da minha boca o meu ato de violência. Retruquei, mentalmente. Será um desprazer contar enquanto me torturo ainda mais.

— As palavras pecam quando os fatos são distorcidos – explicou com as mãos cruzadas sobre a barriga. — Nem sempre aquilo que se ouve, de fato é verdadeiro. Por isso, meu jovem, devemos antes procurar a veracidade por trás de todas elas. E quem melhor do que você para comprová-las?

Dei de ombros, confuso com a sua fase de sabedoria.

Queria dizer alguma coisa, mas as palavras engasgam na minha mente como um jogo de letras embaralhadas. Sem dicção, coerência e foco.

— E-Eu...

Suspirei fundo. Livrei-me do ar sufocante na garganta e encarei de novo o meu passado:

— Há alguns dias me deparei com Jake Heyes. Vê-lo na minha frente provocou muitos sentimentos em mim. Trouxe lembranças, tristezas...

— E isso foi suficiente para bater nele?

Era mais outra pergunta retórica?

— De fato? Não! – Respondi, sincero. — Mas no fundo toda a raiva que eu nutria se misturou ao efeito da maldição. Trouxe a tona o que escondi por muitos anos: fragilidade, medo e... insegurança!

Ficou calado. A sua expressão habitual de desprezo agora era cheia de curiosidade.

— E então, três noites atrás, depois de um pesadelo, o encontrei no caminho e...

— Quase o fez abraçar Tânatos e ser levado para o mundo dos mortos? – Respondeu com uma risadinha. — Uma história e tanto, Tsunami Turner. Sabe, se não fossem tão egoístas assim eu adoraria entreter os mortais com histórias de suas desventuras. Não seria tão famoso como Homero, mas daria para o gasto...

Eu deveria me impressionar com a forma que ponderou os fatos? Não! Dioniso parecia muito bem não gostar de semideuses, mas a minha atitude com Jake pouco o afetou.

— Eu conheci muitos heróis – retrucou. — Homens arrogantes, prepotentes que criticavam tanto os deuses mas eram tão desprezíveis quanto. Eu os vi abusarem da fama, desprezarem mulheres e no final se tornarem imortais.

Antes que dissesse alguma coisa, olhou-me no fundo dos olhos e continuou:

— Não pode deixar a agressividade ser algo habitual de seu ser.

Encolhi os ombros, inquieto.

— Tampouco me importo que vocês homens gostem de mostrar território e confrontar suas rivalidades – retrucou com ironia —, mas não quero resolver problemas de semideuses agressivos como galos de briga enquanto muita coisa acontece lá fora...

— Só isso? – Arqueei as sobrancelhas. — O senhor não vai me punir ou fazer algo tipo?

— Eu não o tipo de deus que faz um idiota realizar doze trabalhos ou vencer os Jogos Olímpicos como castigos – deu de ombros irreverente. — Mas, confesso que, graças ao mundo de leis mundanas, deva lhe aplicar uma leve punição...

Fiquei com medo! Talvez a compressão de leve dos deuses fossem diferente a dos mortais.

— Como a lei de Tabelião dizia: olho por olho dente por dente – respondeu com uma risadinha. — Incrível, não é? Digo, as leis dos mortais...

Se perdeu nos seus próprios pensamentos.

— Bem! – Exclamou com uma expressão de quem acabara de deliciar o vinho mais gostoso de toda uma produção. — Para o seu bem e minha tranquilidade, não irá realizar nenhuma atividade de batalha por quinze dias...

Okay! Dioniso sabia dar punições.

— E também não realizará nenhuma atividade fora do campo – disse, limpando a gordura das unhas. — Isso inclui as missões, senhor Turner. Não poderá sair em nenhuma missão até o fim de fevereiro...

— Algo mais, senhor?! – Retruquei. — Digo, uma punição como ser amarrado enquanto os pássaros comem meu fígado; segurar o mundo nas costas...

— Tome cuidado, filho de Poseidon! – Seu olhar era mortal. — Alguns deuses tem muita criatividade para punições, adoraria que você conhecesse todas as minhas...

Um frio subiu pela minha espinha.

O deus se levantou, pegou a lata de Coke Diet que estava vazia e caminhou para o outro lado da sala.

Virei de costas, cuidadosamente e o vi sentado na poltrona de couro. O traseiro se afundou e a barriga estufou.

Olhei mais uma vez e dessa vez notei todo o ambiente imperceptível pela tensão que eu tinha quando cheguei.

A poltrona estava à beira de um tapete de camurça branco que se destacava no meio dos outros dois sofás e sob a mesa de centro.

Se Dioniso não estivesse castigado a plantar suas vinhas e tomar vinho, com certeza branco não seria a única cor do camurça. O vinho seria derramado constantemente quando andasse embriagado pelo tapete.

— Presumo que já posso ir?! – Despedi de meus devaneios ao me levantar.

— Claro! – Forçou um sorriso. — Deixa que eu abra a porta para me livrar logo...

A voz do Sr D. falhou. A sua lata de Coke Diet escorregou de sua mão. A cor de seus olhos castanhos cheios de vida — e tédio — sumiu por um minuto.

— E-Eu...

Num instante, parecia se esvair como um fantasma se despedindo do plano físico. Sua essência divina se despedindo do mundo mortal...

Mas o que era...

— Senhor! – Segurei o seu ombro quando percebi seu corpo pendendo para frente. — Está tudo bem?

Os olhos tornaram a sua cor. O seu corpo antes quase translúcido, agora estava revigorado. Estranhamente revigorado.

— O quê...

— D-Deve voltar para seu chalé, Sr Thunder...

Espera! Era medo em sua voz? Não, não! Ele me chamou pelo meu sobrenome?

Dioniso quase desapareceu, como faz quando se teleporta para o Olimpo. Mas foi diferente... como se não pertencesse a esse mundo!

— Eu posso ficar aqui...

— O quê? – Olhou-me desacreditado. — Não me faça rir, Yushami Thunder!

— Me chamou pelo nome?

Desviou o olhar.

— Meu senhor! – Alguém entrou na sala, atrás de nós.

Os olhos do deus do vinho vagou até a porta. O desprezo se tornou curiosidade.

— Espero que seja importante...

— Elas chegaram!

Dioniso se assustou com a pronúncia.

— Elas?! – Arqueei as sobrancelhas, me virando para trás.

— As Caçadoras de Ártemis – o sátiro respondeu. — Elas voltaram da missão. 

Oi gente, como vocês estão?
Demorei pra postar, me desculpem.
Tive que reescrever umas duas vezes e senti que não ficou bom...

Vocês gostaram?
Tem alguma coisa que deixaram vocês curiosos? Conta pra mim!

Eae, com a chegada das
Caçadoras de Artemis,
o que pode acontecer?
pov: muita coisa!

Dois capítulos para o fim da parte 1. Ansiosos?

Xoxo de algas!
Johnnyzito

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