5- Sorry But... Drive
Eu nunca me imaginei nessa situação, mas lá estava eu , me encontrando com Chan praticamente todos os dias. Sempre nos víamos nos locais mais aleatórios e vazios possíveis, afinal a Coreia é ótima em gerar escândalos de casais ídols. Também havia restaurantes e pubs privadas a ídols e era lá que ficávamos mais a vontade. A única coisa que Chae me pediu é que fossemos discretos. Por algum milagre a briga na boate não repercutiu, apenas algumas fotos dos convidados chegando no local.
Não havia visto o Juyeon desde esse dia, afinal Chan ocupava todo meu tempo livre. E eu não achava nem um pouco ruim, eu só não sabia como iria contar a Juyeon. Ele mandava mensagens todos os dias e eu me sentia péssima por estar escondendo isso dele mas será que teria coragem de magoar seus sentimentos?
Chan me convenceu a ir visitar a JYPE. Eu tinha que passar na empresa antes para resolver algumas coisas e assim fiz. Pego um carro até a Source e caminho em direção a recepção. Entro e cumprimento a todos e caminho apressada até avistar Juyeon que estava sentando em um dos bancos aparentemente me aguardando. Ele dá um sorriso ao me ver e fico completamente sem reação. Ele levanta e vem em minha direção:
— O que foi? É tão ruim assim me ver?
— O que? Deixa disso — me obrigo a dar um sorriso — Oi oppa, que surpresa.
— Eu me comportei mal aquele dia na boate e imaginei que já que passou algum tempo... poderíamos conversar sobre ?
— Não! — Digo imediatamente sem pensar — Quer dizer... eu tô cheia de coisas pra fazer, não pode ser outro dia?
Juyeon me olha desconfiado, se ele queria falar sobre, com certeza iria querer se explicar, com certeza isso levaria a alguma declaração e eu seria obrigada a partir seu coração.
— Bom... parece que você não quer falar comigo, me desculpe... É que... eu só não quero deixar de ver você.
— 0ppa... — Meu deus, eu me odeio muito — eu vou tentar não demorar e então a gente conversa ok?
Ele assenti e eu sorrio minimamente. Sigo meu caminho até onde precisava ir e começo a pensar em formas de demorar apenas para adiar essa conversa. Consigo fazer um pouco de hora mas não o suficiente para fazê-lo desistir já que ele ainda me aguardava na recepção quando estava saindo. Acho que não teria mais como fugir, precisava encarar isso:
— Podemos ir em outro lugar? — Pergunto observando que ali estava cheio.
— Claro, aonde quer ir?
— Vem!
Caminho com ele em direção ao terraço, era o local mais discreto que conhecia naquela empresa, ninguém poderia me ver quebrar o coração de uma pessoa tão estimada para mim.
Chegamos até lá, o vento frio indicando que o inverno estava próximo batia no meu rosto e me encolho um pouco, mas nada que não fosse suportável. Caminho até ficar uma boa distância da porta e então finalmente o encaro.
— Oppa, você sabe que eu gosto muito de você... eu sou muito grata a você mas ..
— Mas você não gosta de mim do mesmo jeito que eu de você — Ele me completa, seu rosto estava impassível — Eu sei disso... mas Yun nós dois nos conhecemos a tanto tempo, me dói olhar pra você e não poder fazer nada a não ser ser como o irmão mais velho ... eu não quero ser só seu amigo
— Oppa... eu gosto de outra pessoa... espero que compreenda e que possamos continuar nossa amizade, porque eu o estimo muito e não abriria mão de ter sua companhia por ninguém — Isso era verdade. Não era porque eu estava num projeto de relacionamento que eu teria que esquecer o meu melhor amigo.
— Bangchan? É ele não é? Sei que posso não ser tão famoso ou um produtor mas eu tenho muito a oferecer também. — Eu conseguia sentir seu tom de mágoa na sua voz, mas não há nada que eu podia fazer. Eu preciso deixar claro a ele até onde vai a nossa relação.
— Não tem nada haver com o fato dele ser famoso... eu apenas gosto dele e você não é menos que ele, nem pense nisso! Tenho certeza que encontrará uma garota em que poderá mostrar todas as suas qualidades.
—Eu não quero outra garota... Eu quero você... somente você, você é linda demais...
"Aish que difícil, ele não vai entender?" penso pois já não sabia mais o que dizer para fazê-lo entender. Ele se aproxima de mim o que automaticamente me faz dar passos para trás e ficamos nessa até minhas costas encontrarem o parapeito, o que o faz se aproximar o suficiente para que sinta sua respiração.
— Eu não posso mais evitar isso Yun, eu não posso ser rejeitado, eu simplesmente não posso...
— Oppa porque você não me ouve? Eu não quero te magoar e por isso estou tentando conversar numa boa e você continua insistindo, o que mais tenho que te dizer pra você me ouvir de vez?
Já estava começando a ficar irritada de como ele insistia e então para minha surpresa, ele me puxa pela cintura e faz com que nossos lábios se encontrem. Fico tão sem reação que por um breve momento me pergunto o que devo fazer, mas logo o empurro, quem ele acha que era?
— Nunca mais faça isso! Nunca mais... qual o seu problema? — Tento me desvencilhar dos braços dele, mas ele é muito mais forte que eu.
— Nada? Você não sentiu nada?
— O que você estava esperando? Que nossos lábios se encontrariam e magicamente eu iria me apaixonar como num dorama? Se toca! Agora me solte!
— Yun.... — Ele começa a dizer e me solta. Vou caminhando em direção a porta e ele segura meu braço e continua — Eu vou esperar o tempo que for para que perceba que nós dois temos que ficar juntos.
Não consigo evitar e acabo rindo de deboche. Ele realmente acha que em algum momento eu iria do nada perceber que ele era o que precisava? Nos conhecemos a tempo o suficiente para eu saber se há alguma chance entre nós.
— Espera sentado então, de pé você vai cansar. — Digo com mais arrogância do que realmente queria e dou as costas quase correndo em direção a porta.
— Eu te amo! — Ele grita e isso me faz parar.
Porque o Juyeon teve que se apaixonar por mim? E pior, porque ele insistia tanto? Eu não podia dar mais esperanças a ele, então apenas volto a andar. Desço as escadas rapidamente, não queria olhar mais para cara dele, não hoje. Meu celular vibra, era o Chris me avisando que já chegou na JYPE , devo me apressar.
O prédio da JYPE era magnífico. Fiquei um bom tempo apenas admirando a fachada do prédio, todo o prédio era revestido com vidros que refletiam o céu, era tão alto que me perguntava se era necessário mesmo todos aqueles andares. Depois de muito admirar os detalhes do prédio finalmente me dirigi a recepção. Ela era ampla e bem planejada, havia pessoas para todos os lados e mais ao fundo tinha uma loja de conveniência. Olhava curiosa por todos os cantos até que avisto a única pessoa que me interessava.
Caminho até Bangchan que estava vestido casualmente (camiseta preta e uma bermuda que deixava suas pernas torneadas a vista). Ele sorri para mim e me abraça bem ali na frente de todos, não posso deixar de me sentir desconfortável, mas não consigo me desvencilhar do seu abraço. Quando ele finalmente me solta diz:
— Você demorou, achei que não viria mais.
— E perder a chance de conhecer a JYPE? Jamais!
Ele pega na minha mão, cruzando nossos dedos (o que me faz olhar em todas as direções procurando por alguém que pudesse estar vendo aquilo) e sai me puxando pela empresa a fora , me levando nas famosas salas de prática da JYPE. Eu decido não contar a ele sobre Juyeon, a última coisa que preciso é que os dois briguem novamente.
— Quais as chances de achar alguém do TWICE hoje? — Pergunto esperançosa de poder ver minhas subaenins.
— Bom. Acho que elas não estão aqui hoje, mas posso providenciar um encontro entre vocês
— Não se incomode com isso! Eventualmente irei conhecê-las — Digo imediatamente.
Chegamos até uma sala onde estava escrito "somente pessoal autorizado". Bangchan destranca a sala e abre espaço para que eu passe. Reconheci logo de cara o que era aquela sala: o cobiçado estúdio do 3RACHA, onde o Chan gravava suas lives e trabalhava. O computador estava ligado, reconheço o programa de edição de música e me deixou curiosa para ver que tipo de coisa ele estava produzindo.
Mais ao fundo havia uma estante com as conquistas do Stray Kids e aquilo me deixou feliz, Chan parecia entregar tudo de si para fazer isso acontecer.
— Essa é sua batcaverna então? — O olho
— Bom, sim, costumava ser meu lugar favorito — Ele diz se aproximando.
— E por que não é mais? — O olho surpresa.
— Porque agora meu lugar favorito é onde você esteja.
Nem tenho tempo de reagir a sua fala, ele puxa meu corpo para o seu e me beija, com muito mais intensidade do que todas as vezes. Tento acompanhar seu ritmo mas o mesmo parecia ansioso, eu mal conseguia respirar. Sua mãos desceram para minha perna e ele me pega em seu colo andando comigo até o sofá que havia ali. Sem parar com o beijo, ele se senta e faz com que eu me sente em seu colo. Separo nossos lábios e encontro seus olhos, sua feição me dizia que ele estava todo voltado a aquele momento. Chris sorri e me beija novamente, só que dessa vez ele não se demora, termina o beijo mordendo meu lábio inferior e desce com seus lábios para o meu pescoço.
Minha respiração falha ao sentir seus beijos em meu pescoço, sua mão livre aberta minha cintura e um desejo que nunca havia sentido antes cresce em mim. Ele então tira meu casaco e o joga no chão, mesmo que estivesse frio, nossos corpos estavam quentes. Ele separa nossos lábios apenas para tirar minha blusa, me deixando apenas de sutiã o que me deixou um pouco tímida. Chris parecia estar me admirando primeiramente antes de voltar com seus beijos , sua mão sobe para meu peito e ele o aperta me fazendo suspirar, sua outra mão vai para minhas costas, soltando meu sutiã.
O mais velho então começa a distribuir chupões em meu peito e isso me deixa louca. Eu sabia muito bem aonde aquilo iria parar, e isso me deixa ansiosa. Tinha uma certa ilusão de que minha primeira vez seria perfeita, como nos livros que eu gostava de ler, eu desejava muito o corpo do Chris, mas algo insistia em dizer pra mim que ali não era o lugar. Mas não estava conseguindo me conter. Ele desce sua mão para sua bermuda e percebo que ele estava a abrindo, deixando um certo volume a mostra. Ele retorna a me beijar e aperta meu quadril contra ele, eu queria finalizar aquilo, mas minha mente não me deixava em paz. Luto contra aquele desejo insaciável e digo com a voz um tanto abafada:
— Chris... Oppa...
Seus olhos me olham cheios de malícia, e seus dedos continuam brincando em meus seios.
— Hm? — Ele responde.
— Eu não quero que minha primeira vez seja num estúdio de uma empresa...
Ele me olha surpreso o que me faz sentir como uma idiota. Logo em seguida ele sorri e eu fico mais tímida ainda.
— Você é cheia de surpresas Yunjin-ya....
— O que foi? — Pergunto sem entender.
— Você é virgem?
— Isso é um problema?
Ele nega com a cabeça ainda sorrindo e me abraça, deitando seu rosto em meu peito. Acaricio seu cabelo e ficamos em silêncio por alguns instantes até que ele quebra o gelo:
— Você é toda perfeitinha, graças a Deus aquele elevador estragou.
Começo a rir e ele sinaliza para que eu saia de seu colo. Me Sento ao seu lado e ele pega minhas roupas e me entrega. Ele fecha sua bermuda e vai até seu computador, se sentando ali. Será que ele me achou estúpida por não querer que as coisas acontecessem ali mesmo? Me visto rapidamente e vou até ele.
— Mas se você quiser a gente pode sair mais tarde, sei lá — Digo me surpreendendo comigo mesma de estar o chamando para transar.
Ele segura o riso e indica a outra cadeira para que eu me sente ao seu lado. Me Sento e ele diz:
— Eu escrevi uma música sobre você.
— O quê? — Olho surpresa para o computador.
— Sim escrevi algo pra você, porém ainda não consegui colocar um título porque, nenhuma palavra é o suficiente para descrevê-la.
— Uau... eu.... uau — Nem sabia o que dizer. Estava tão curiosa. — Presumo que não vai me mostrar.
— Não agora, não está pronta, eu não vou te entregar algo pela metade... — Ele diz voltando sua atenção para o computador. E após algum tempo ele pergunta — Você me chamou de oppa?
Nem eu mesma havia percebido, sorrio o que faz com que ele sorria fazendo com que suas amáveis covinhas apareçam.
— Gostei disso, pode continuar — Ele diz satisfeito.
Como pode alguém ser tão incrível como ele? Ele era perfeito, ele era atencioso, ele é amável e o mais importante, ele era meu. Não importa o que acontecesse, eu queria ser dele e ele ser meu para sempre, se aquilo não era amor, então eu não sei mais o que era.
— Eu te amo — Digo de forma tímida e fico ansiosa esperando para ver a reação do mesmo.
Ele vira seu rosto pra mim, e podia jurar que até seus olhos estavam sorrindo, ele acaricia meu rosto e diz cheio de ternura:
— Eu também te amo Yunjin-ya.
NOTAS:
O clima esquentou por aqui né hahaha
Musicas mencionadas nesse capítulo:
https://youtu.be/AsBU3IUTHZw
https://youtu.be/rS7pxIhsU8U
*curiosidade sobre Drive:
Na Coréia músicas que falam explicitamente sobre sexo são muito mal vistas então o jeito é brincar com as palavras. Bangchan é mestre em fazer jogo de palavras e a música faz alusão a s3xo com ele e Lee Know cantando uma música sobre dirigir um carro. O melhor é que quando as fãs jogam eles contra a parede e perguntam sobre o que fala a música eles ficam sem graça e se contradizem, fora que Bangchan fala que quem escreveu a música foi Lee Know e o mesmo diz que foi Bangchan 🤣
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