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003

A gentileza de Cronos, o Senhor do Tempo, de ter nos permitido adentrar a prisão do Tártaro sem que precisássemos iniciar um confronto direto, não poderia ser desperdiçada com corpo mole ou distrações. Por dentro das paredes de adamantina enegrecida, Maçã do Éden e eu percorremos um corredor circular até encontrarmos uma escadaria e descermos apressadamente por ela.

Acabamos saindo em um novo corredor, esse linear, que nos apresentava duas opções de caminho, esquerda e direita. Então, seguimos para a esquerda, já que os canhotos são minoria.

E lá estava.

O salão onde as armas mais poderosas estavam trancafiadas.

Um lugar que, assim como grande parte daquela torre, era redondo.

Logo ao entrarmos no local, não teve como ignorar a mudança drástica de atmosfera. E para um mestre das artes místicas como eu, era notório que aquela sala se encontrava, mesmo que dentro da prisão, em uma dimensão paralela. Uma fissura do universo, cuja única entrada e saída se dava pela mesma porta por qual passamos.

O piso do salão era de mármore lustroso, porém ainda escuro. Já as paredes que cercavam o lugar eram de vidro quase que invisível, permitindo que conseguíssemos observar as cores do cosmos em sua imensidão.

— É a Margem do Universo, seu pamonha. É a borda que separa nossa realidade do espaço entre outros universos alternativos.

— Eu sei o que é a Margem do Universo, shinigami. Ainda assim, é a primeira vez que a vejo com meus próprios olhos. Faz sentido que esse salão fique desconexo de nosso plano. Não é possível, mesmo para o Salvador, ou mesmo para os arcanjos, chegarem aqui por qualquer outro tipo de meio.

— Também é arriscado ficarmos aqui. Se ficássemos presos, Gungnir não conseguiria fazer nada.

Ela tinha razão. Não podíamos perder tempo.

Mais adiante no salão, pedestais alinhados guardavam as armas mais poderosas já criadas, com uma placa de prata onde seus nomes estavam gravados. E apesar de alguns expositores estarem vazios, como o da lança Gungnir e o da lâmina Kusanagi, foi bem fácil identificar o que nós estávamos procurando.

No centro dos pedestais, mais ao fundo.

A Lança de Longinus.

Em comparativo, menor e mais simples do que a que o Rei dos Shinigamis empunhava, tendo apenas uma ponta de metal e a haste de madeira, com um pano vermelho amarrado entre esses dois materiais. Não havia ornamentos ou um brilho diferenciado; mal dava para acreditar que era das armas a mais poderosa, capaz de matar qualquer coisa.

— Ótimo, é ela — falei, me aproximando e chacoalhando minhas mãos para iniciar meu feitiço. — Se você puder ficar vigiando a porta, Maçã, seria de muita ajuda. Só para não termos uma...

Surpresa.

O que exatamente significava aquela atitude inesperada daquela vassala das leis da morte?

Ao que pedia para que ela ficasse, se não fosse um incômodo, de vigia, enquanto eu estava ante a Longinus, com meus olhos e mãos focados em preparação, senti em minhas costas, perfeitamente na altura para atravessar o meu coração, a ponta gélida e afiada de algo me tocando.

E eu travei.

Pensando ser Cronos, ou qualquer outro alguém, olhei cuidadosamente por cima de meu ombro.

— Desculpe, seu pamonha. Não posso permitir que dê continuidade ao seu truque de mágica.

Sim, era ela mesma, traidora.

O Rei do Shinigamis era quem pousara a ponta de sua lança lendária sobre o ponto alto de minha coluna, colocando minha vida sob uma simples reação muscular. Apenas um pequeno movimento que ela fizesse ali seria o suficiente para me transformar em estampa de camisa.

E, claro, eu não podia deixar de perguntar:

— Por quê? Por que está fazendo isso, Maçã? É a nossa melhor chance contra ele...

— Mas também é a melhor chance dele contra nós. E quando digo "nós", quero dizer eu e o meu reino.

— O que... como assim?

— Nós, shinigamis, não podemos ser mortos pelo Salvador a menos que ele obtenha esta lança. E mesmo que este lugar seja o mais seguro possível, até para ele, nós, que estamos muito abaixo do poder da Vontade de Deus, estamos aqui, não estamos?

— Sim, mas...

— O que impede o Salvador, mesmo que com seu feitiço, de invadir o Tártaro, passar por Cronos e depois por aquela porta ali e conseguir a única coisa que lhe dará poderes ilimitados?

— ......

— E se seu feitiço não for bom o bastante, seu pamonha? Como é que ficamos, hein? Sua aposta é muito alta. Cronos abriu meus olhos lá fora. Eu realmente acreditei em sua ideia até então.

— Cronos?

— Sim. Ele não é o Senhor do Tempo à toa. Cronos congelou o tempo enquanto falávamos, o que lhe fez escutar apenas o começo de nossa conversa. Mas ele me explicou, basicamente, o que te expliquei agora pouco. É uma aposta muito alta, como disse. Sendo assim, eu irei matá-lo aqui, na Margem do Universo, onde o Salvador não saberá que morreu e não irá xeretar por aqui tão cedo. Foi o que Cronos e eu combinamos.

— Traidora. Covarde! Vocês são apenas covardes!

— Não. É só o meu dever como deusa da morte.

Maçã do Éden estava prestes a perfurar minhas costas e dilacerar meu coração no caminho, eu já podia sentir isso.

No entanto, o que ela não contava era com minha astúcia; e com meus anos envolvido com as artes místicas, mas também, com as artes das trevas.

Batendo uma de minhas mãos contra o meu próprio peito, eu me desfiz em sombras. Dividindo-me verticalmente em um par de vultos, eu contornei o Rei dos Shinigamis por ambos os lados até me unificar de volta às suas costas.

Um truque simples, mas eficaz. Porém, não o suficiente para me colocar em alguma vantagem contra aquela deusa da morte. Ao mesmo momento que me coloquei às suas costas, ela girou sobre seus calcanhares, golpeando irregularmente com a mesma ponta de Gungnir que momentos antes estava roçando em minhas costas, na intenção de me pegar de guarda baixa. Todavia, como eu não tinha o intuito de atacá-la daquela posição, não tive dificuldade de me safar de sua agressão com um salto para trás.

Eu já havia matado Yuna Nate, uma meio-youkai, filha da Mulher da Neve, anteriormente. Não deveria ser complicado vencê-la mais uma vez, só que em sua forma de shinigami, seria?

Bem, não era hora para indagações sobre dificuldade.

E como para selar a certeza de um embate derradeiro, um vento gélido fechou a porta que dividia a varanda do interior de nossa realidade.

— Estamos só nós dois aqui, seu pamonha. Fechei a porta para que os vizinhos não escutem o barulho de seu gemidos.

— Tsc, está tentando fazer de nossa batalha iminente algo sexual, é isso?

— Não. O que é definitivamente uma pena. Como eu queria que tivesse me atraído para o seu cafofo apenas para abusar de meu belo corpo. Mas você teve que estragar tudo querendo se tornar um grande herói.

— Não diga besteiras!

E eu evoquei as Auréolas de Midas ao redor de meus pulsos, tomando minha postura de combate.

O duelo estava determinado.

Não havia como voltar atrás.

Maçã do Éden apontou sua lança em minha direção e um raio de energia dourada foi disparado contra mim, deixando clara a intenção da deusa de me aniquilar. E não fosse meu salto para o lado, ela teria facilmente conseguido.

Eu não poderia ficar só na defensiva.

Antes mesmo de firmar meus pés no piso após minha esquiva, eu investi contra o Rei dos Shinigamis, canalizando chi em minhas pernas para potencializar minha velocidade, e com meu punho firme, disparei um soco violento contra o rosto angelical da deusa da morte.

Ineficaz, é claro. Mesmo com meu aumento de agilidade, Maçã era naturalmente superior em todos os aspectos. Levitando apenas, ela se moveu ligeiramente para o lado, desviando-se por completo de meu golpe e logo revidando minha ofensiva com as costas de seu punho, acertando minhas costelas e me lançando contra uma das paredes de vidro.

No entanto, enquanto meu corpo viajava para colidir com a vidraça, eu me encolhi em pleno ar e me cobri com minha própria capa, desaparecendo e deixando minha peça de roupa se chocar como uma pluma na parede.

— Hmm?

A deusa da morte teve sua atenção capturada pelo meu truque de manipulação de espaço, e não voltou seus olhos para mim quando apareci em queda, metros acima de seu divino corpo, conjurando um bastão de chi negativo.

Era minha chance de inflingir um dano crítico.

Desenhei um arco com minha arma de cima para baixo, no intuito de alvejar a cabeça do Rei dos Shinigamis. Contudo, mais uma vez, mesmo com o fator que julguei ser surpresa, eu falhei.

Não exatamente por minha culpa; meu plano não era tão ruim. O que aconteceu foi que, apesar de Maçã do Éden não ter movido seu olhar para o alto para descobrir o meu ataque, após ter sua atenção chamada por minha capa vazia, a deusa da morte se preparou para qualquer tipo de contra-medida possível, já que, assim como eu, ela também tinha seus truques mágicos.

Ao meu golpe de bastão, o corpo da shinigami se desfez em flocos de neve, cujo a ventania de meu movimento espalhou pela sala.

E eu retornei meus pés ao chão.

Olhei ao redor, à procura da deusa.

Nada. Nenhum sinal dela.

Até que, os flocos espalhados pelo salão começaram a se unir próximo a porta de entrada e saída daquele lugar, e a imagem do Rei dos Shinigamis se reapresentou imponente diante de meus olhos.

— Hmph, não esperava que você fosse tão habilidoso, seu pamonha. Meus parabéns. No entanto, não vai conseguir se esgueirar com esses truques para sempre. Você é um humano esperto. Tenho certeza que entende a diferença de nossas forças. Sabe que quando eu lançar Gungnir contra você, não haverá ilusionismo barato que te salvará da morte.

Sim, ela tinha razão. A lendária arma que um dia foi empunhada por Odin, o Pai de Todos, era conhecida por nunca errar o seu alvo quando arremessada. Mesmo se eu estivesse na superfície, do outro lado do globo, ou mesmo em um reino fora do planeta, Gungnir me alcançaria e atravessaria meu coração.

Em uma análise fria, aquele combate poderia ser considerado apenas uma tentativa de evitar o inevitável, nada mais do que isso. E a única saída, realmente, seria matar Maçã do Éden para conseguir pelo menos sair dali.

Mas, será que isso é de fato possível?

— E aí, o que é que vai ser, hein? — A deusa da morte voltou a apontar sua lança em minha direção. — Se por acaso já desistiu, é só me dizer que prometo matá-lo de forma indolor.

Assim, uma ideia estalou em minha mente nebulosa.

— Eu não cheguei até aqui para jogar tudo pelos ares, shinigami. Pode disparar o quanto quiser, isso é um duelo de vida ou morte.

E sem hesitar, o Rei dos Shinigamis liberou novamente um raio de energia dourada contra minha pessoa.

Exatamente o que eu queria.

Eu estava preparado. Juntei minhas mãos à frente do meu peito pelos pulsos, deixando meus dedos como se fossem garras, posicionando-as verticalmente como se quisesse imitar a mandíbula de uma criatura. Com isso, um disco de chi púrpura desenhou-se no ar ante a mim, e ao que o ataque de energia chegou, a cabeça de um leão brilhante surgiu do disco como uma extensão e abocanhou a energia divina.

Esse não era um truque simples.

Era uma técnica avançada de manipulação de chi negativo chamada Auréola de Ícaro.

Toda aquela energia vinda direto de Gungnir estava sendo absorvida pela auréola e sendo transferida para o meu corpo mortal.

Então, Maçã interrompeu sua ofensiva. E eu desfiz minha magia. Só que agora, se fundindo em meu fluxo de chi estava um pouco da mesma energia divina que aquela vassala das leis da morte desfrutava.

Era o momento de acabar com ela. E eu também precisava me livrar de toda aquela energia para que seus efeitos não me destruíssem por dentro. Sendo assim, entrelacei meus polegares na altura de meu tórax e apontei meu rosto para o alto, como alguém que está para gargarejar. Com aquele gesto, convoquei e canalizei tanto parte de meu chi quanto toda a energia divina que absorvi e os direcionei para minha cavidade oral.

No segundo seguinte, joguei meu pescoço para frente, e abri minha boca na direção do Rei dos Shinigamis.

Uma esfera de chamas douradas e roxas foi lançada contra Maçã do Éden, expandindo ainda mais conforme cruzava o caminho até ela.

Sem ter muito o que fazer, a deusa da morte foi engolida pela bola de energia, que logo começou a girar e a se tornar uma redoma de fogo mágico, que espiralou e espiralou até se tornar uma espécie de furacão de poder bruto.

— Tsc, engole essa, sua... Aaaah!

Talvez ter o poder de um deus dentro de meu corpo tenha mexido com meu ego, me fazendo esquecer com quem eu estava lidando por ali. No que pensei que a shinigami estava sendo consumida pelas chamas divinas e chi negativo, um lampejo piscou do meio das chamas e, acompanhado de um zunido veloz, a lança Gungnir, em sua grandiosidade atravessou minha perna esquerda na altura do joelho, basicamente a dividindo em duas.

Eu cambaleei e caí de bunda no piso lustroso, e cortando a dor descomunal com um breve feitiço, pude ver o furacão de energia se dissipando como se nada fosse, e a presença de Maçã retornar ao protagonismo naquele salão.

Seu corpo estava intacto.

Não havia nenhum arranhão ou queimadura em sua pele alva.

E com um gesto simples dos dedos de sua mão, a lendária lança retornou voando dos destroços de minha perna para sua posse.

— Phew, seu pamonha, você poderia ter vencido se tivesse canalizado uma quantidade bem maior de energia. Uma tristeza que seu ataque conseguiu apenas aquecer o meu corpo como em um banho quente.

Tsc, era realmente o meu fim ali. Um fim cômico, ouso dizer, visto que o Rei dos Shinigamis era, em vida, Yuna Nate, que só veio a se tornar aquela deusa por eu tê-la matado em Saitama.

Hmph, talvez esta minha realidade esteja com os dias contatos, mesmo. É só uma questão de tempo, afinal de contas.

Maçã do Éden, então, caminhou até meu corpo jogado em derrota com seus pés delicados como os de uma criança; seus passos sendo praticamente inaudíveis.

Chegando ao meu lado, ela agachou, recostando a ponta de Gungnir sobre meu peito. E apesar da visão de seus enormes seios tão próximos de mim, eu fui capaz de não me distrair com aquilo em meus últimos momentos de vida. Um ferimento feito por uma arma como aquela não poderia ser curado com nenhuma de minhas magias ou feitiços, e estava sangrando bastante.

— Foi só eu ou você também pensou que iriamos parar de brigar e faríamos sexo?

— Com certeza foi só você, shinigami. Acabe logo com isso, me mate.

— Hmm, decidiu se dar por vencido, mesmo. Se bem que não há muito mais o que fazer nesse seu estado. — E a deusa suspirou, baixando o olhar por um momento. — Eu realmente queria que tivesse desistido antes de entrarmos nesta sala, seu pamonha. Você é um ser humano realmente incrível, acho até que a humanidade não te merece.

— Quer me confortar numa hora dessas. Só termine, shinigami.

Ela ficou em silêncio por um breve momento, me encarando, mas logo se ergueu, levantando também sua lança, mantendo sua ponta alinhada ao meu tórax.

— Okay, seu pamonha. Mas nós vamos nos ver em breve. Eu já consigo ver o destino de sua alma e fique tranquilo que eu mesma o levarei para onde deve. Você será meu fiel escudeiro e seremos invencíveis juntos. Tenha bons sonhos até lá.

E com um golpe seco.

A ponta de Gungnir...

...Atravessou meu coração.

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