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Ebrius: 004

— Hmm... arf... isso... até o fundo, isso... hmm... hmm. Nossa, mas o que aconteceu, seu pamonha? Sinto que fui atropelada por um caminhão e que ele ainda fez questão de dar ré por cima de mim.

Abrindo seus olhos azul-escuros lentamente, com a visão turva causada por seu pesado sono, Yuna ergueu seu tronco se apoiando em suas mãos, e depois olhou de um lado para o outro, para identificar onde se encontrava.

— Guria, você...

— Ei, ovelha negra, com o que raios você estava sonhando, hein?

— Oe? Ah! Chiquitita?! O que está fazendo aqui?

— Eu perguntei primeiro, hmph.

— Hã? Oh, sim. Com o que eu estava sonhando. — Ela levou uma de suas mãos para sua nuca e a esfregou enquanto buscava algo em suas memórias. — Olha, chiquitita, eu não me lembro em detalhes, mas acredito que tenha algo a ver com encontrar petróleo de maneira barata e tranquila. Imagine o quão bom seria isso para a economia do Japão, se ocorresse.

— Hmm, talvez ela ainda esteja sob efeito do álcool, shikigami.

— Na verdade, isso está dentro do que é considerado o normal dela.

— Álcool? Verdade! — E a hanyou se levantou apressadamente, se voltando para a escadaria no final da rua. — Os coelhos. Eu descobri como a técnica deles funciona. O segredo está nas fantasias. Quando entram em contato com a pele do alvo, o efeito alcóolico é liberado como magia direto no organismo. Mas não se preocupem. Eu pensei bem e descobri como acabar com...

— Não há necessidade, ovelha negra. Eu já dei conta dos coelhos enquanto você estava desacordada. A propósito, eu salvei sua vida, então, deveria me agradecer.

— Desacordada, chiquitita? Eu estava tirando um cochilo, só isso. Como estava um pouco machucada, dormi por alguns minutos para me recuperar mais rápido. Dá para fazer isso com o Kid Buu no Budokai Tenkaichi 3, também.

— Tsc, tá. Pode se fazer de desentendida o quanto quiser, eu não ligo. Até porque, o motivo pelo qual vim até você é outro.

— Outro, é? E qual motivo seria esse?

— Imagino que já tenha alguma ideia, mas vou esclarecer para você. O que estava fazendo com meu noivo o levando para o Mundo dos Shinigamis?

Sem uma resposta na ponta da língua, o que era raro se tratando dela, a guria só foi capaz de engolir em seco como reação.

— E não somente isso, ovelha negra. Por que também estava usando minhas roupas nesse dia? Por acaso é algum novo fetiche estranho?

— É... bem... não achei que você descobriria. Mas eu não tinha nenhuma segunda intenção com Daigo, está bem? Eu só queria que ele me levasse ao Mundo dos Shinigamis porque precisava comer Clapódia para curar meu braço.

— Seu braço? E que tipo de machucado era esse que sua regeneração não foi capaz de curar, hein? Hmph, essa história está mal contada. Como isso levou a vestir minhas roupas? Seu cheiro estava praticamente em todos os lugares da ACAP, inclusive no banheiro.

— Escuta, é uma longa história, e não estou nem um pouco a fim de contá-la para você agora, chiquitita. — Entrelaçando os dedos das mãos, a guria esticou os braços à frente de seu corpo, e logo os levantou, esticando-os acima de sua cabeça. — Se você está realmente tão curiosa quanto aos acontecimentos, por que não pergunta para o seu namoradinho?

— Ele é meu noivo. Noivo! E é lógico que eu já perguntei a ele!

— Está bem, está bem, eu entendi, não precisa se exaltar. E se já perguntou a ele, só a palavra de seu noivo já não basta? Um relacionamento é construído sobre os pilares da confiança mútua do casal. Pelo menos é o que eles dizem nos filmes.

Certo. Eu tinha a canina impressão de que a guria-elétrica estava enciumada sobre nossa querida Assassina de Youkais ter saído em uma aventura fantástica com o guri-shinigami, e pela impulsividade de Nuwa, as coisas poderiam ficar feias para o lado da guria se ela não parasse de desdenhar como geralmente faz.

O mais correto, sendo eu um lobo, líder de alcateia, seria interromper a conversa das duas enquanto os nervos de nenhuma delas se agitavam e um novo embate mortal tinha início.

Todavia, no que pensava em uma boa frase para cortar o diálogo não muito saudável das duas ao meio, uma oportunidade surgiu mais ao fundo em meu campo de visão. Algo que visualizei observando pelo espaço que, por ora, separava uma guria da outra. No meio da escadaria; não tão próximo do degrau que terminava ou começava na rua em que ainda nos encontrávamos, mas também não tão próximo do ponto mais alto daquela escada, como se tivesse contado o número de degraus exatos para se postar exatamente ao centro entre o começo e o final.

Lá, aquela figura era o pretexto perfeito para acabar com o debate de Yuna e Nuwa.

Por outro lado, a existência de um pretexto como aquele me deixava mais preocupado do que se a semideusa e a hanyou iniciassem um duelo, apesar de não ser do feitio da guria brigar por homem ou por mulher.

— Ei, gurias... acho que vão ter de arrumar uma outra hora para resolverem suas diferenças.

As duas me olharam, desviando suas atenções uma da outra, e eu apontei com meu focinho na direção do que estava centralizado na escadaria ao final da rua.

Sem hesitarem, porém mais desconfiadas do que apressadas, tanto a hanyou quanto a semideusa voltaram suas faces angelicais para os degraus amarelados além do asfalto e das residências. E assim como eu, capturaram com seus olhos a imagem de um novo coelho. Contudo, sua fantasia era diferente das dos anteriores. Era mais parecida com a fisionomia de um coelho real, enquanto a dos grupos passados era uma vestimenta mais caricata como a de um coelho da páscoa.

Latindo de maneira sincera, o novo alguém fantasiado mais parecia um coelho humanoide do que alguém fingindo ser um.

Ele também estava vestido, por cima da fantasia. Usava um ponche colorido que o cobria dos ombros até os joelhos, cujos ornamentos em seu tecido pareciam com escrituras astecas.

Certamente, era um novo inimigo, tanto para a Abelha Trovejante quanto para a Assassina de Youkais.

— Phew, eu até sei que os coelhos são máquinas de sexo, mas esses aí procriaram mais do que deviam, não acha, chiquitita?

— É, vou ter de concordar com você, ovelha negra. Mas esse aí passa uma atmosfera diferente comparado aos anteriores.

— Hmm, verdade.

Os braços de Yuna, que ainda se mantinham erguidos de dedos entrelaçados, soltaram-se e baixaram até que ela bateu rapidamente na lateral de suas coxas. E como se aquele gesto sem significado algum da guria fosse uma espécie de desafio para o novo roedor na escadaria, ele saltou do degrau central e pousou suavemente no meio da rua, dobrando ligeiramente os joelhos, mas logo ajeitando sua pose.

— Beleza, chiquitita. Vamos tirar no par ou ímpar para ver quem vai esfregar a cara dele no asfalto.

— Sem chance, ovelha negra. Você pode enfrentar esse aí, não tem problema. Agora que já sabe como a técnica deles funciona, acho que não vai desmaiar novamente.

— Eu... não sei se quer me encorajar ou se quer caçoar de mim.

— Tsc, só vá logo com isso, que saco. Eu sentarei aqui ao lado de seu shikigami para assistir ao confronto.

Fazendo como disse, a filha do deus nipônico do trovão sentou-se ao me lado, cruzando suas pernas e braços para apreciar o combate. A acompanhando, no que julguei ser uma boa ideia, dobrei minhas patas traseiras e estiquei minhas dianteiras, deitando minha barriga no solo.

— Entendi, então querem ver um show de violência gratuita, é? Está bem, eu mostrarei a vocês com quantos paus se faz uma canoa.

Um novíssimo round estava para começar, só que agora, por mais que aparentasse ser mais perigoso do que antes, para a guria, ainda era algo como uma brincadeira de criança. Com passos decididos, sem olhar para trás, Yuna foi do cruzamento para um ponto mais próximo do novo roedor fantasiado.

— Drink!

— Isso de novo? Deveriam parar de oferecer bebida para menores de idade.

— Drink?!

— Não, não, é brincadeira. Eu já tenho vinte e dois aninhos. Não dá para notar só de olhar? Espero que dê, porque será estranho mesmo quando eu chegar aos oitenta e estiver com estes mesmos seios firmes e redondos.

— Drink...?

— Ah, não foi para isso que você veio, claro. Também acho melhor acabarmos com isso logo.

O de sempre, ou como de praxe, ou a expressão que preferir, Yuna arrastou a sola de seus tênis de basquete no asfalto, reposicionando suas pernas alvas, assim como seus braços que se mexeram velozes e precisos para tomarem a posição de combate, como se seu corpo fosse uma máquina muito bem lubrificada.

Ela iria partir para o corpo a corpo?

Não era exatamente isso o que aquele coelho queria?

No entanto, nossa querida Assassina de Youkais não parecia dar a mínima para como a habilidade do coelho funcionava. Como um vulto, algo como uma assombração, a guria avançou em ataque, mas seu corpo foi em diagonal, para à esquerda do roedor fantasiado e... como? Uma imagem falsa?

A verdadeira guria não havia partido na diagonal para esquerda, mas, sim, para a direita, só que com o dobro da destreza, de forma que sua movimentação fosse praticamente invisível, o que fez com que, tanto o coelho, quanto Nuwa e eu, focássemos nossa atenção na imagem falsa de Yuna. E quando notamos o que de fato aconteceu, a guria já estava a centímetros do alguém fantasiado, e seu punho já pronto para ser lançado ao ataque.

Sem tempo de reação, o roedor não pôde evitar o soco que rasgou o espaço até seu rosto como uma estrela cadente.

O impacto balançou sua cabeça para o lado, e fez seu corpo fantasiado dar um passo cambaleante para trás. Mas não foi de fato um problema para aquele coelho. Ele se recuperou no instante seguinte, levando uma de suas mãos a agarrar o pulso de Yuna.

— Drink.

— Sem chance, seu pamonha.

E com o punho livre, a guria desferiu um segundo soco, vindo de baixo para cima e alvejando o roedor na região de seu estomago, firme como uma rocha.

A isso, o coelho até chegou a inclinar seu torso com a dor, mas como no primeiro golpe, aquilo não se mostrou um problema para ele. E com sua outra mão, assim como com o outro, o roedor agarrou o pulso da Assassina de Youkais, erguendo e afastando um braço dela do outro.

— Hmm, porque vocês gostam tanto de me prender, hein? Eu até acho interessante, mas creio que não seja o melhor momento para isso.

— Drink.

— E eu já disse que não irei beber. Qual é o problema de vocês?

— O que ele quer é justamente manter o contato com a pele dela para embebedá-la ainda mais rápido. — Comentou a guria-elétrica ao meu lado. — Pelo visto, o uniforme dela não é capaz de protegê-la do efeito mágico por ser bastante rente a sua pele, então, mesmo o antebraço que é coberto pela luva contará para a técnica da ovelha-roedora.

— Quer dizer que a guria está deixando ele embebedá-la?

— Para ser sincera, eu não sei o que ela está tentando fazer. Mas antes, ela mencionou que descobriu como acabar com algo, só que eu a interrompi. Talvez ela tenha descoberto uma forma de cortar o efeito alcóolico que a habilidade dos coelhos causa.

Bem, a guria-elétrica poderia estar correta. Não me surpreenderia se, enquanto estava sendo espancada pelo primeiro grupo de coelhos, Yuna tivesse chegado a uma conclusão sobre os poderes dos roedores fantasiados e também pensado em um modo de neutralizar a habilidade deles.

O porquê de ela ainda não ter usado seu trunfo é que era um mistério.

Voltando ao embate, o coelho de fantasia ainda mantinha os pulsos da guria presos e afastados, e cansada daquela situação, ergueu sua perna flexionando-a e chutou com a sola de seu pé o joelho do alguém fantasiado, o deslocando por completo, e forçando-o a se equilibrar totalmente com a perna boa. Porém, isso só restou por um segundo, já que a capacidade regenerativa daquele coelho consertou seu joelho antes mesmo dele entender que havia sido deslocado.

— Tsc, mas que merda. Você quem me obrigou a ser mais violenta.

Dizendo isso, a guria saltou, usando as mãos que lhe agarravam pelos pulsos para se pendurar brevemente, dobrando suas duas pernas e as esticando contra o tórax do roedor, o lançando de volta para a escadaria com o impacto, e a libertando de suas mãos felpudas.

O coelho bateu as costas nos degraus, ao passo que a guria devolveu seus pés ao chão.

— Está bem, seu pamonha, você... conseguiu o que queria...

Suas pernas começaram a bambear, deixando-a com dificuldade para se manter firme em pé, ao mesmo tempo que seus braços ficaram cansados e baixaram com a moleza.

Mais uma vez, aquela que atualmente detém o título não consentido de Transgressora da Obra dos Deuses, estava com o efeito do álcool em seu pequeno e suntuoso corpo.

E agora, o que ela iria fazer?

O roedor fantasiado, cujo bater de suas costas na escadaria não surtiu efeito nenhum, já estava se ajeitando e se colocando de pé sobre o solo pavimentado daquela rua que, se possível, durante o resto de minha vida canina, eu evitaria revisitar.

— Drink.

— Está achando engraçado, é, seu pamonha? Pois fique sabendo que essa sua técnica mágica para aliciar menores não é mais uma preocupação.

— Drink?

— Hmph... eu queria muito saber... o que vai dizer quando se deparar...

Ao redor do corpo embriagado de nossa querida Assassina de Youkais, um círculo de vapor negro desenhou-se sutilmente, como a fumaça de um pequeno cigarro. Contudo, aquele vapor obscuro se expandiu, espiralando em volta de Yuna até se tornar uma cortina de fumaça na cor de piche, criando sobre ela uma espécie de casulo de trevas.

— Entendi, mas é claro. A ovelha negra tem essa carta na manga que usou contra mim naquele dia, dois anos atrás. Engraçado que a marca que ela tinha na panturrilha não estava lá.

A guria-elétrica se voltou para mim, como se esperasse uma explicação para sua observação.

— Eu não me lembro da guria ter usado isso nos últimos dois anos, na verdade. Eu tinha até me esquecido disso.

O Modo Morgana.

Era o que aquela redoma de vapor condensado antecedia.

A forma escura de Yuna Nate, onde sua magia era convertida em magia negra, usando da energia de uma marca mística gravada em sua pele com o sangue de Morgana Le Fay, o que originou o nome da técnica. No entanto, desde que as questões com Aleister Oz foram resolvidas, e que ela começou a usufruir dos conhecimentos do livro que meu mestre entregara a ela, antes de falecer, a marca que ficava em sua panturrilha desapareceu, e a guria nunca mais utilizou de sua forma escura.

Todavia, ali estava o casulo obscuro, metros à frente de meus olhos caninos, e que logo começou a se descascar, com os pedaços evaporando assim que se desprendiam do resto, e revelando, como se um pequeno quebra-cabeça estivesse sendo montado aos poucos, a imagem da Assassina de Youkais em um nível elevado de poder.

As vestimentas negras, contaminadas pelo vapor da magia negativa, era agora o que trajava seu corpo, e se destacava por conta da alvura estonteante de sua pele. Só mais branco que sua pele, era o seu cabelo, que antes era uma cortina de sombras, agora escorria pelas suas costas como uma cegante tempestade de neve. E os olhos, que eram azuis, se tornaram cor-de-rosa, ferozes como os de uma tigresa.

Sua postura estava firme, mostrando que o efeito do álcool foi retirado de seu interior, algo que me deixou aliviado mais uma vez.

— Drink?!

— Ficou surpreso, não é, seu pamonha? E acredito que vocês estejam curiosos sobre o porquê de eu me transformar assim. Pois é claro que explicarei tudo, e acreditem, o motivo é mais simples do que parece. A técnica mágica que gera o efeito alcóolico quando em contato com as fantasias, é capaz de injetar diretamente no organismo o efeito de embriagues, que aumentará conforme mais contatos ocorram. Contudo, o efeito do álcool não é verdadeiramente álcool, é lógico. O que é transmitido pelas fantasias de coelho é a mana comum que se impregna nos circuitos mágicos do alvo e gera o efeito. E justamente por ser mana comum que minha forma escura, o Modo Morgana, é o antidoto para um longo dia de ressaca. Afinal, magia negra anula magia comum. Significa que quando me transformei, convertendo minha mana em mana negativa, a mana que causa o efeito alcóolico foi aquecida e evaporou para fora de meu corpo. E com vapor negro correndo em meus circuitos mágicos, essa habilidade de vocês de Harajuku, não funcionará mais.

Sublime.

Se o que a guria explicou for verdade, a vitória já era certa para a Assassina de Youkais.

Nem mesmo que um novo grupo aparecesse, a única coisa que poderia dar chance para os roedores era justamente a habilidade de alcoolismo que Yuna havia se tornado imune.

E então...

— Drink!

Tomado por uma coragem voraz, o coelho avançou contra a guria sem ao menos pensar nas consequências de um ataque direto e, no meio do caminho, foi golpeado por uma força invisível, como se tivesse se chocado propositalmente contra algo na altura de seu plexo solar, que o fez cessar sua investida de forma abrupta. E no momento seguinte, ao que o roedor ainda se recuperava do baque que sofreu, como se a realidade falhasse por um instante quando Yuna deu um passo à frente, a hanyou apareceu caminhando com passos serenos diante do alguém fantasiado.

Armando os punhos para uma ofensiva, a guria interrompeu o movimento de suas pernas.

— D-Drink!

— É inútil, inútil, inútil, inútil!

O enxame de socos e mais socos que provavelmente superava a velocidade do som teve seu início com a ideia de tentativa do coelho de golpear a Assassina de Youkais, se aproveitando de sua aproximação tranquila e de guarda baixa. Mas, o que o roedor fantasiado não sabia era o quão rápido Yuna conseguia ir de zero a cem em sua forma escura, e não imaginava, nem em seus devaneios mais profundos, o que o simples levantar de uma mão desencadearia contra si. A rajada de socos mutilava o ar com tamanha violência, que o som que chegava aos meus ouvidos era semelhante à de disparos intermináveis de uma metralhadora. E como um boneco de pano sendo fuzilado até que todo seu enchimento voasse para fora, o alguém fantasiado se debatia como se estivesse sendo eletrocutado por conta do ritmo frenético que os golpes lhe atingiam.

Por fim, depois de sofrer por dez segundos o que não deve ter sofrido em toda sua vida como corpo de encarnação, a guria finalizou sua sequência de socos com um cruzado de esquerda que jogou o corpo já se desintegrando em brilho do coelho como um saco de lixo para trás.

— Hmph, francamente. Quantas vezes eu tenho de dizer que é inútil me perseguirem, hein?

Com aquele último roedor terminando de se desfazer em fagulhas douradas, nós tínhamos uma vencedora.

A atual Transgressora da Obra dos Deuses.

Yuna Nate.

— Ótimo, ovelha negra. Muitíssimo bom trabalho. Bravo, bravo. — Nuwa descruzou suas pernas e braços, colocando-se de pé no cruzamento e batendo palmas para a guria enquanto dizia "bravo, bravo". — Eu não esperava menos de você, foi incrível. Realmente um show.

— Ah... obrigada, eu acho.

Eu também não saberia discernir se a guria-elétrica falava sério ou se estava sendo sarcástica, e provável que responderia de modo parecido com o que a guria respondeu.

Hmm, verdade, agora me lembrei.

Antes do último coelho aparecer, aquelas duas não estavam prestes a iniciar um duelo pelo guri-shinigami?

Não. Não poderia ser Nuwa Lei Feng o boss final deste episódio um tanto quanto duvidoso, seria?

De qualquer jeito, já era tarde demais para fazer alguma coisa. A Abelha Trovejante já se dirigia na direção da Assassina de Youkais, e era como se seus passos desenhassem onomatopeias dramáticas no ar.

— Então você vai se aproximar, chiquitita. Mesmo quando seu avô disse para não se aproximar, você está se aproximando, é isso?

— Tsc, já chega dessas referências de JoJo, ovelha negra. Eu não vou lutar com você. Pelo menos, não hoje.

Phew, estou a salvo. Pelo menos, por hoje.

— Tá. Se você ainda não percebeu, Yuna, eu estou me aproximando porque o próximo grupo você não será capaz de deter sozinha. Acredito que estaremos ocupadas demais por uma ou duas horas.

A filha de Raijin parou mais ao lado da filha de Yuki-onna, posicionando suas mãos na cintura, e sincronizada com o final de sua frase. Ela logo olhou de um lado para o outro, como se procurasse por alguma coisa nas janelas das residências e em seus telhados.

— Hmm? Do que é que você está falando, hein? Ainda não detectei nada, chiquitita.

— Hmph, no final, você não pensou tanto quanto acha, não é? Mas como acha que os coelhos apareciam tão sorrateiramente, de maneira que até seu shikigami não conseguiu detectá-los?

— Ora, eles me seguiram com algum tipo de feitiço de furtividade.

— "Ora", tsc. Não me venha com essa, ovelha negra. Não tire conclusões precipitadas e tome como se fosse uma verdade absoluta. O primeiro coelho pode até ter lhe seguido, mas os outros já estavam escondidos por aqui. Esta rua não está deserta à toa. Na verdade, este bairro todo não está vazio por mera coincidência. Se essas ovelhas roedoras são encarnações, eu acredito que esta área inteira é residida por corpos de encarnação. E desde que cheguei aqui, notei que a corrente de ar é fraca um pouco acima dos telhados, como se houvesse uma espécie de muro neles. Será que já deu para entender ou vou ter de desenhar?

— Certo, eu já entendi, sim. É um véu de invisibilidade. Confesso que não considerei isso. Vacilo meu.

— Desde quando você fala "vacilo"? Vai. Resolve isso logo.

Estendendo um braço para o lado, Yuna dedilhou o vácuo com a palma de sua mão voltada para o céu, até que a ponta de seu dedo-médio encontrou com a ponta de seu polegar.

E com um estalar de dedos, um pulso de magia negra ecoou para todos os eixos e lados, desmanchando o feitiço que ocultava a existência de nossos adversários àquela noite.

Vinte. Não. Quarenta.

N-Não.

Oitenta. Oitenta coelhos fantasiados, com todos os tipos de fantasias, foram nos apresentados sobre os telhados das casas daquela rua não tão mais deserta. Eles estavam ali o tempo todo, substituindo uns aos outros. Estudando, planejando.

Mas, se eram tão numerosos, por que não atacaram todos de uma só vez?

— Hmph, será que você aguenta tempo o bastante, ovelha negra? São tantos.

— Se está perguntando sobre o Modo Morgana, saiba que ele não é mais um problema para o meu corpo. E como faz anos que não o utilizo, não corro o risco de ser contaminada com a magia negra.

— Ótimo. Porque vamos precisar ir com potência máxima aqui.

Assim, com a guria-elétrica e a guria formando uma aliança temporária para o confronto eminente, o vapor negro de Yuna se entrelaçou com os relâmpagos em miniatura de Nuwa, criando uma aura de energia relampejante em uma monocromática de cinza claro e escuro ao redor delas.

E bradando de forma retumbante a palavra estrangeira "drink" em uníssono, os oitenta roedores fantasiados saltaram juntos contra a Abelha Trovejante e a Assassina de Youkais.

Fim.

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