002
— Ei, Yuna! Aqui! Por aqui!
Nossa querida Assassina de Youkais já havia percorrido alguns quilômetros nos poucos minutos que deu início a sua fuga, e o homem de face cicatrizada não estava mais à vista ao que ela olhou para trás. Assim, ao escutar o chamado vindo da esquina de um beco romano, a hanyou lançou seu olhar na direção da voz e logo identificou de quem se tratava.
Era o agente 2k5 da Mythpool, Carlos Diaz, da filial espanhola.
Ele acenou com uma mão, enquanto a outra segurava um fuzil tático, ao que clamou pelo nome da garota.
Os tênis de basquete deslizaram seu solado no asfalto em um processo de desaceleração, mostrando a qualidade de seu material logo na primeira vez que Yuna os usava. E com aquela freagem brusca, os seios massivos da hanyou balançaram para cima e para baixo, quase arrebentando seu sutiã.
E com passos determinados, a garota foi do meio da rua para a entrada do beco.
— O que está fazendo aqui, seu pamonha? Achei que ia voltar para a Espanha.
— Acabei estendendo minha estádia por aqui. Que bom, não acha? Mas agora, vamos, você precisa sair de Roma.
O agente se virou e adentrou o beco, guiando Yuna para uma nova rota de fuga. Ele abriu uma porta no edifício à direita e uma escadaria foi revelada para o subterrâneo.
— Por que eu preciso sair de Roma? — Questionou a Assassina, ao que começou a descer os degraus. — Eu ainda não descobri muita coisa sobre o meu pai e...
— Eu sei como o seu pai é um assunto delicado e importante para você, mas essa sua busca inflamou irritação nas pessoas erradas. É por isso que a Mythpool me enviou para ajudá-la.
Carlos abriu mais uma porta, essa do tipo corta-fogo, no final da escadaria, e logo eles adentraram um corredor de paredes brancas, iluminado por luzes esverdeadas.
— O que você quer dizer com isso, hein?
— Esse homem que está te perseguindo, é um anjo artificial. — O agente olhou de um lado para o outro ao chegar em uma esquina em T no final do corredor, e então seguiram para o lado esquerdo. — Roma foi o centro do mundo por muito tempo, e muita coisa sagrada foi semeada por aqui. Certas pessoas por aqui têm mais poder do que a Mythpool, ou do que as Nações Unidas, como os Lamborghini.
— Okay, nós vimos isso na mansão deles, mas...
— Pois é. A questão é que uma pequena parte da família ainda está envolvida nessa ordem secreta. E o representante dessa ordem é conhecido como o Homem Mais Próximo de Deus. Claro que isso passa de geração em geração, enfim... eles são responsáveis por proteger o corpo original do Filho de Deus, já que em sua essência está a Vontade de Deus.
— Que... cacete. Isso deve ter relação com a missão que meu pai fez naquela mansão.
E Carlos abriu uma nova porta no final daquele corredor.
— Aparentemente, sim. Esse anjo que está te seguindo foi criado para matar aqueles que se envolveram no incidente da mansão naquela época. Ele deve achar que você é o seu pai. Talvez por cheiro, escaneamento de DNA, eu não sei. O que sei, é que esse anjo só pode agir dentro de Roma, e é por isso que você precisa sair daqui.
A porta que fora aberta dava para uma plataforma de metrô, com apenas um vagão particular estacionado nos trilhos.
— Eu fui enviado para isso — continuou o agente. — Eles me enviaram para ajudá-la caso alguma coisa referente a essa ordem antiga fosse tocada mais do que devia. Me desculpe, mas eu não fui enviado para ajudá-la a descobrir sobre o passado de seu pai, e sim, para impedi-la de saber mais do que pode.
— Ei, o que? Como assim, seu pamonha? Está me dizendo que a Mythpool quer me esconder a verdade?
Yuna parou no meio da plataforma, enquanto Carlos se movimentava para as portas do vagão, que se abriram com sua proximidade. Ele entrou no trem, ignorando as perguntas da garota; e colocando seu fuzil nas costas, vasculhou algumas coisas lá dentro, até que retornou à plataforma, apressado.
— Precisa vestir isso, tome.
Estendendo para a hanyou um uniforme colante no formato de um maiô, só que decotado com uma janela para os seios, praticamente todo azul, com exceção da região que cobria a virilha, que era cor-de-rosa, o agente olhava para as entradas e saídas daquele lugar com receio de que o anjo aparecesse por ali.
— Por quê?
— Esse uniforme foi feito com o mesmo material que o de Angra, a deusa do fogo, mas com algumas melhorias. Ele não só irá te proteger do fogo divino, como também irá anular os efeitos mágicos do anjo. Se caso ele alcançar o trem, será capaz de enfrentá-lo com a chance de sobreviver.
Yuna analisou a vestimenta rapidamente, e com um suspiro de insatisfação, levou suas mãos para as costas, destravando seu sutiã cinza, puxando suas alças no momento seguinte e libertando seus seios enormes da peça de roupa. Ela jogou a lingerie para o lado e massageou brevemente a parte de baixo de seus peitos, como se usar aquilo fosse realmente algo chato até para ela. Então, desceu suas mãos para o quadril, encaixando seus polegares nas alças de sua calcinha, e a abaixando de uma vez, passando-a pelos seus pés mesmo sem retirar seus tênis. Sua virilha lisa, onde nunca havia nascido sequer um fio de pelo por conta de seus poderes de beleza absoluta, era caminho para sua delicada vagina rosada, limpa e cheirosa, como as pétalas de uma cerejeira no ponto mais alto da primavera. E assim como o sutiã, ela também jogou sua peça íntima para o lado.
Só não completamente nua por causa de seus tênis e gorro cinza, a imagem donairosa de nossa querida Assassina de Youkais diante de Carlos fez com que o agente parasse de entreolhar as passagens para aquela plataforma e corresse seus olhos mortais das pernas da meio-youkai até seus olhos azul-escuros em seu rosto.
Definitivamente o ideal físico a ser batido, um exemplo de beleza verdadeira. Claro que, talvez inalcançável para humanos, já que sua aparência era fruto de sua genética híbrida com Yuki-onna, a Mulher da Neve, que detinha da mesma condição de belezura e jovialidade.
Yuna apanhou o uniforme da mão do agente e começou a vesti-lo. Primeiro colocou suas pernas, mas a roupa parou ao chegar em seus glúteos brancos e cheios como a lua, com ela tendo de realizar maior esforço e afastar ligeiramente as pernas para o uniforme encaixar em seu quadril. Após isso, puxou-o até seu peito, cobrindo seus seios com a parte decotada que também os apertou. Então, encaixou a parte do pescoço como uma gargantilha.
Por fim, a hanyou ajeitou o tecido nos seios e na parte de sua bunda.
— Certo, estou pronta, seu pamonha.
— O-Ótimo.
— Mas se o que quer é que eu entre nesse trem e vá com você, isso não vai rolar. E a propósito, eu paguei caro naquela lingerie ali — ela apontou sem olhar para as peças no solo. — Como você vai ralar peito daqui, gostaria que levasse-as com você e as guardasse até eu resolver isso.
— Como é? Resolver o quê?
— Eu vou derrotar o anjinho bombado e vou continuar a investigar o passado de meu pai. Se esse uniforme realmente tem as propriedades místicas para que eu consiga enfrentá-lo, creio que serei capaz de acabar com ele.
— Não. Isso é... loucura. Esses anjos artificiais foram criados com uma formula muito específica entregada pelo arcanjo Gabriel nas mãos dos Lamborghini. São capazes de acabar até com os deuses mais fortes...
— Não me leve a mal, seu pamonha, mas eu já bati no cara que os deuses mais fortes têm medo, e você deveria saber disso, então... boa viagem e...
Era tarde demais para qualquer plano que envolvesse o trem especial.
Criando um buraco de destruição no teto daquela estação de metrô secreta, o homem de mármore, o anjo falso, surgiu em queda sobre o vagão de escapatória de Yuna e Carlos, amassando-o no meio com o peso de sua chegada. E com passos tão firmes quanto seu corpo, ele saiu de cima do que restou do trem para a plataforma onde a hanyou e seu parceiro se encontravam, parando imponente diante deles.
— Starface — disse Carlos com os olhos cravados no homem angelical. — É o nome dele. Deve ser por conta da cicatriz...
— Hmph, sério, é? — E Yuna tomou a dianteira do agente, tocando seu ombro durante a transição de posições. — Parece que os Lamborghini não são muito criativos com a coisa dos nomes. Mas que seja. O que importa agora é que eu irei acabar com esse manequim turbinado e...
Não. Não era bem assim que a banda iria tocar. E o anjo falso quis deixar bem claro que a situação não era tão simples quanto parecia. Já que, enquanto a Assassina tecia as palavras de seu pequeno discurso, os olhos de Starface brilharam em vermelho, e dois feixes de luz escarlate foram disparados incisivamente contra o tórax da meio-youkai.
O ataque não feriu a garota gravemente, com algo como atravessar seu corpo ou explodir seu coração. Contudo, o impacto dos raios de laser no peito de Yuna a retirou do chão e a lançou para trás, fazendo com que suas costas se chocassem na parede da estação, quebrando os azulejos que a formavam.
A hanyou caiu com seus glúteos descobertos no solo, sentada, parecendo estar inconsciente por um momento, mas logo abrindo seus olhos azuis para encarar o homem de mármore. E a queimadura que ficou em seu tórax; duas pequenas feridas flamejantes, não demoraram para se curar e sumir da pele exposta da Assassina de Youkais, como se nunca tivessem ocorrido.
— Ei! Aqui!
Era Carlos quem chamara a atenção de Starface, tendo sua existência ignorada pelo anjo falso. E com isso, puxou seu fuzil das costas e mirou contra o rosto cicatrizado da criatura, descarregando sua munição de adamantina por todo crânio do homem angelical.
Os projeteis não feriam Starface de nenhuma maneira, mas, pelo menos, o metal mitológico colidindo incessantemente contra sua face, retirou a atenção dele de seu alvo principal, o fazendo notar a presença insignificante do agente da Mythpool.
Tic-tic.
E as balas da arma de Carlos acabaram.
— Droga, Yuna, corra...!
— ......
Ela não respondeu.
Não respondeu, retrucou ou xingou. Não havia mais o porquê para qualquer tipo de resposta verbal.
No momento em que o agente encerrou seu aviso para a hanyou, os olhos do anjo falso brilharam novamente, e dois raios de energia avermelhada correram o ar até a cabeça de Carlos, a atravessando como se fosse feita de papel umedecido e a explodindo em dezenas de pedaços para todo lado.
Em um segundo ela estava ali e em outro ela não estava mais.
O corpo do agora ex-agente desabou de joelhos, com sangue transbordando do que restou de seu pescoço, antes de se estatelar definitivamente e sem vida na plataforma.
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