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003

Com uma breve ligação para 3k1, Yuna questionou a ele sobre Virgílio Alighieri. E as respostas não foram muito diferentes das informações que já contínhamos, mesmo que novos detalhes nos foram revelados. O cara era um semideus, filho de Hades e antigo integrante das Forças Aladas de Zeus. Ainda jovem teve sua mãe assassinada por uma divindade e decidiu se rebelar contra todos os tipos de deuses, começando pelo próprio Zeus. Na época, o Senhor do Olimpo desejava colocar a espada Kusanagi em sua coleção particular, já que a lâmina sagrada tinha a capacidade de matar um deus, ele achou melhor mantê-la por perto. Alighieri, sabendo disso, foi atrás de Zeus, que acabou sendo rejeitado pela espada. Assim, Alighieri, escolhido pela própria Kusanagi, obteve o poder para matar um deus, e se tornou o mais mortal entre os mortais.

— Vem cá, seu pamonha, aí não diz nada sobre ele ser invulnerável, não?

— Ah... deixe me ver. Bem, faz parte aqui de sua lista de habilidades, mas não há detalhes de como ele conseguiu isso. Aqui também diz que ele foi liberto do Tártaro pelo irmão, Leon, e pelo Caçador de Górgonas. Hmm, ele foi para o espaço após a Batalha de Varsóvia e desde então não há mais nenhuma informação sobre ele. Mas por que o interesse, Yuna?

— Hmm, não é seguro lhe contar por aqui, mesmo esta linha sendo segura. Meu shinigami e eu estamos na rua agora, voltando para a ACSI. Sabe como é, as paredes têm ouvidos.

— Sei. Confesso que não estamos seguros em nenhum lugar, durante seu prazo. Bem, eu continuarei fazendo minhas pesquisas sobre a localização do mensageiro.

— Certo. Conto com você, seu pamonha.

Fim da ligação.

Por algum motivo que desconheço, Yuna omitiu todos os acontecimentos para o agente com exceção de que eu havia despertado. Ela simplesmente realizou a ligação e foi direto ao assunto. 3k1 respondeu prontamente e naturalmente. Então, por que não dizer o que ocorreu para um aliado? Sei que estarmos na rua e "as paredes têm ouvidos" foi mais uma desculpa evasiva do que uma observação sobre nossa segurança.

Só existia uma maneira rápida de sanar minha dúvida.

Eu a questionei sobre.

— Quer saber o porquê, seu pamonha? Mesmo se tornando um shinigami ainda continua um cabeça de vento, hein. Não parece óbvio para você?

— Não sei se era para ser, na verdade...

— Tsc, francamente. No momento, 3k1 é a pessoa mais próxima de um de nossos inimigos, seu pamonha. Ele não é de minha confiança até isso tudo acabar. Embora seja difícil para mim desconfiar dele, não posso me dar ao luxo de ser apunhalada pelas costas. Tenho que trabalhar com todas as hipóteses.

— Você está com Tetsu na sua casa e desconfia do coitado do 3k1?!

— Se Tetsu estivesse contra mim já teria feito algo. Ele teve uma ótima oportunidade enquanto estávamos desacordados. E ele não tem motivos para concordar com nenhum dos dois lados, nem o de Maçã e nem o de Zeus. Já o 3k1 pode acabar simpatizando com a ideia de Zeus e até com a de Maçã. Morrer e continuar vagando pelo plano terreno como um yurei ou até um onryo pode ser uma opção agradável para muitos seres humanos, não acha?

Eu não tinha mais argumentos. Como sempre, a Assassina de Youkais pensou em tudo para que seu objetivo fosse alcançado da maneira mais rápida, simples, e eficaz, mesmo que com alguns pequenos desvios.

E sobre nosso retorno.

Nós estávamos voltando a pé do centro de Quioto até o norte, o que nos fez demorar um pouco para chegarmos.

No caminho, além da ligação para 3k1 e de minha pergunta, nós conversamos sobre outras coisas triviais e banais, enquanto Yuna enviava mensagens para Ieda questionando se estava tudo bem e avisando que estávamos cada vez mais próximos.

Parece que ela não confiava tanto em Tetsu como ela fez parecer.

Confie mais desconfie, é assim que a cabeça de Yuna processa.

Enfim.

Quando nós finalmente chegamos na ACSI, que descobri ser a sigla para Agência de Combate Sobrenatural e Inteligência, Yuna e eu nos deparamos com o que poderia ser entendido como "forma peculiar de se prender alguém".

— Senpai, que bom que chegou. E senhor shinigami, está tudo bem com você?

— ......

A voz de Ieda veio de um ponto mais alto.

Assim que chegamos e observamos a sala vazia, nós seguimos em direção da luminosidade que vinha da cozinha. Nós adentramos o cômodo... e nos deparamos com aquela obra de arte.

— Ei, estão simulando demência, é? Digam alguma coisa.

— ......

A garota-aranha estava de ponta-cabeça para nós, pendurada em um fio de teia tão grosso quanto um fio de barbante.

Na cozinha, pairando ao seu centro, presa em uma enigmática rede de seda aracnídea, Suny McSun estava amordaçada em uma espécie de casulo onde somente sua cabeça e pés ficaram à mostra, tão impotente quanto uma mosca capturada por uma aranha.

Os cabos de teia que pendiam a agente em pleno ar eram grossos como barras de aço, e estavam não só grudados nas extremidades superiores daquele cômodo, como também ao centro do teto e em alguns pontos do chão.

— Ieda...

— Sim, senpai?

— Isso tudo era realmente necessário?

— Hmm... acho que só enrolá-la com teia era o suficiente...

— Por que fez toda essa bagunça, então?!

— P-Perdão, senpai! Eu... achei que fosse mais seguro...

— Tsc, eu disse para a oito-patas que não era necessário, mas ao que parece, Yuna, você a treinou bem a ponto de ela só dar ouvidos à sua voz.

Desde que momento Tetsu estava ali, vasculhando a geladeira?

Ele simplesmente surgiu, como se materializado por uma força maior e incontestável.

Inclinando seu tronco, o Assassino Intocável apanhou alguma coisa e trouxe para fora do eletrodoméstico. Era uma garrafa de saquê, pela metade.

— Imagino que não se importará se eu preparar um pouco de saquê para nós, não é, Assassina de Youkais?

— Hmph, vá em frente, Tetsu, sirva-se. Mas eu não tenho tempo para acompanhá-lo nessa bebida. Afinal, estamos com a localização do mensageiro de Maçã. Será que consegue nos enviar para lá?

Sem mais delongas, lá fomos nós.

Somente Yuna e eu, mais uma vez, como nos velhos tempos.

Mesmo que Suny estivesse desacordada e amordaçada, Yuna insistiu que Ieda ficasse para que a agente 2k9 não escapasse dali. E também, manter Ieda na ACSI foi uma manobra para que Tetsu não nos acompanhasse para o local onde se encontrava o mensageiro de Maçã do Éden.

O único capaz de empunhar a lendária Kusanagi.

Um semideus, filho de Hades.

Virgílio Alighieri.

Por algum motivo que não sei dizer, a garota-aranha ficou bastante agitada e quase convenceu Yuna a leva-la conosco quando escutou o nome do local para onde estávamos a caminho.

Romênia, querido leitor.

Castelo de Bran.

Também conhecido como o Castelo do Drácula.

Eu não sei bem a história daquela obra de arquitetura gótica, mas aquele lugar havia se transformado em um museu aberto ao público, até onde sei. Contudo, muito provavelmente por conta da crise espiritual que assombrava todo o planeta, o castelo, ou museu, havia se tornado mais uma construção abandonada pela humanidade.

Ou melhor, por quase toda humanidade.

Se é que posso categorizar aquele homem como humano.

— Certo, aqui estamos nós, seu pamonha. Um castelo gigante e velho, no meio da Europa. Não foi aqui que imaginei minha noite de núpcias, mas se é o melhor que você pode pagar...

— Hã? Não estamos aqui para pensarmos besteiras, Yuna. Por mais incrível que pareça, eu estou focado nesta missão.

— Isso realmente parece mais incrível do que realmente é. Mas, olhe este lugar, olhe bem. Tem certeza que nenhum fetiche oculto é despertado em você? Digo, não quer me amarrar com alguma corda velha e gastar toda sua testosterona no meu corpo nu?

— Por que está se insinuando para mim assim?!

— Não se anime, seu pamonha. Só estou testando seus reflexos.

— De que reflexos está falando?!

— Seus reflexos hormonais, é claro.

— E isso lá existe... ei! Espere, não saia andando neste corredor sem mim!

Yuna tinha o hábito de me ignorar em nossas discussões, mas daquela vez, ela parecia ter um motivo. Enquanto dava seus primeiros passos naquele corredor, Yuna ergueu uma das mãos sinalizando pelo meu silêncio. Depois, com a mesma mão, gesticulou para que eu me aproximasse.

E foi o que fiz.

Sem nenhuma objeção.

— O que é, Yuna?

— O cheiro. E vem daquela porta.

Ela apontou com o queixo para uma grande porta de madeira ao fim do corredor, a não muitos passos de nossa posição.

— O que acha que tem atrás dela?

— Espero que nosso objetivo, seu pamonha.

E novamente ela começou a se distanciar com seus passos firmes e decididos.

Eu não poderia simplesmente ficar muito atrás, então, acelerei.

A Assassina de Youkais não demorou a chegar à porta clichê no final do corredor. Ela colocou sua mão em uma das maçanetas quadriculadas e empurrou vagarosamente a aquele grande pedaço de madeira.

O espaço que nos foi revelado era um quarto.

Iluminado somente pela luz lunar, o cômodo estava totalmente revirado. Moveis quebrados, diversos livros jogados ao chão. Praticamente de frente com a porta, uma grande cama redonda, totalmente desarrumada e com seu colchão todo rasgado.

Devido a circunstância que o planeta corria naquele momento, toda aquela bagunça degenerada era justificável graças aos yureis e onryos soltos por aí. No entanto, a presença de qualquer tipo de assombração, assim como qualquer rastro de ectoplasma no Castelo de Bran, era nula, zero por cento.

Ironicamente, o castelo do Conde Drácula estava livre de fantasmas há um bom tempo.

Sendo assim, o mais óbvio a se pensar sobre aqueles estragos era...

Alighieri.

— Ao que parece, o destino me trouxe alguns visitantes, não é?

Literalmente saindo da penumbra profunda que se aglomerava no canto daquele quarto, um homem, vestindo nada além de uma calça marrom, rasgada no joelho esquerdo, apareceu para nós se erguendo lentamente.

Seu cabelo e barba eram brancos, mas estavam sujos, o que os deixava com uma tonalidade acinzentada. Seus olhos, azul-claros, eram límpidos como as águas da nascente de um rio, e iniciaram uma disputa acirrada de beleza contra o par de safiras no rosto de Yuna.

Seu braço esquerdo estava pela metade, enfaixado na altura do cotovelo.

Se aquele era o único homem capaz de empunhar Kusanagi, que tipo de criatura terrível conseguiu cortar seu braço ao meio?

Ele não era invulnerável por todo corpo?

E... onde estava Kusanagi?

Aquele era mesmo o cara certo?

— Você... é Alighieri, seu pamonha?

— Hmm?

O homem empinou o nariz.

Ele deu mais dois passos para o centro do cômodo e seu corpo ficou melhor exposto à luz lunar.

— Como sabe o meu nome, garota de gorro?

— Ah, meu nome é Yuna Nate. O Prazer é... meu?

Yuna estendeu a mão amigavelmente na direção do homem, que olhou para seus cinco dedinhos brancos com desdém. Assim, Yuna achou melhor fechar a mão e recuar seu braço naquela tentativa de abordagem diplomática.

— Eu achei que vocês do ocidente se cumprimentassem desta maneira? Você claramente não é oriental.

— É... minha mãe é italiana, já meu pai...

Ele completou sua frase cuspindo no chão.

Pelo o que 3k1 nos informou, aquela atitude fazia sentido. Alighieri odiava os deuses, logo não tem porque se orgulhar de sua ascendência paterna.

De certa forma, Yuna tinha algo em comum com ele.

Problemas familiares.

— Eu acho incrível como na ficção todo mundo fala fluentemente a mesma língua. Você não acha incrível, seu pamonha?

Ei, não. Com certeza não é o melhor momento para se quebrar a quarta parede, Yuna.

— O que vieram fazer aqui? Como passaram pelas minhas barreiras?

— Barreiras? Bem, isso é o de menos. Nós estamos aqui porque precisamos de sua ajuda. Nós sabemos que você é o mensageiro de Maçã do Éden, seu pamonha. E precisamos que nos leve para o Mundo dos Shinigamis.

— ......

— Quero dizer, você é Alighieri, não é?

— Sim. Sou eu. E parece que eles já descobriram que voltei para este planeta. Hmph, claro. Era só constatar o óbvio. Eu sou o único ligado as leis da morte que pode viajar entre dimensões. Vocês foram enviados por eles?

— Eles? Quem são eles?

— Os deuses. Zeus.

— Ah, não, não, fique em paz, seu pamonha. Nós somos uma força separada dele, somos da ACSI. Como já disse, eu sou Yuna e esse aqui é o Daigo. Nós precisamos ir até o Mundo dos Shinigamis para abrir suas portas e derrotar Maçã do Éden. Temos menos de quarenta horas para isso, inclusive. Então, se puder nos ajudar...

— Tsc, você é muito parecida com ela, garota de gorro. O Rei dos Shinigamis não pode ser vencido em seu estado de poder atual. Pelo menos, não por vocês. Maçã está em posse da lança Gungnir e isso lhe garantirá a vitória contra qualquer mortal.

— Ela roubou Gungnir de mim! A lança é minha.

— A lança é sua? Puff, não me faça rir, criança. Se a lança é sua, evoque-a até aqui.

— Ah... não dá. Enquanto estiver com Maçã...

— Exatamente. Gungnir favorece quem a empunha. Se não desarmá-la, não há chance de vitória.

— Eu sei, seu pamonha! Pare de tentar me desanimar, está bem?! Só nos deixe no Mundo dos Shinigamis, eu cuidarei do resto. Fiquei sabendo que passou um tempo no Tártaro e também fora da Terra, então não deve saber quem sou eu.

— Hmph... bastante destemida você, hein. É realmente uma pena.

— O que quer dizer?

— Eu realmente sou Alighieri e realmente sou o mensageiro, mas não posso levá-los ao Mundo dos Shinigamis. Perdoem-me.

Aquela não era a melhor coisa para se escutar de nossa última esperança. Com o Mundo dos Shinigamis trancafiado, não havia nenhuma maneira que conhecêssemos para acessá-lo. O caminho mais comum e fácil seria adentrar pelo mundo dos mortos, aguardando que um portal para lá se abrisse com a aproximação de algum shinigami. Contudo, com as portas trancadas, os portais nem chegam a surgir.

Eu, que somente escutava em silêncio o diálogo entre Yuna e Alighieri, me pronunciei.

— Por que não pode nos levar até lá, Alighieri?

— Eu... perdi Kusanagi.

Como ele conseguiu perder uma coisa dessas?!

Ele não era o único que podia empunhá-la?!

— Eu não fui ironicamente escolhido como mensageiro de Maçã. Eu me ofereci. Meses atrás meu corpo estava pairando pelo espaço após a explosão de um pequeno planeta distante. Maçã encontrou-me e me resgatou me levando para o Mundo dos Shinigamis em guerra. Eu lutei por algumas semanas ao seu lado até Maçã conseguir dominar totalmente a Cidade de Lu e chegar até o Estreito de Azazel, onde ela o fechou. Com isso, não demorou muitos dias para que os efeitos da crise espiritual começassem a afetar a mim. Por ser bastante conectado as leis da morte, a crise que agora assombra este planeta começou a me atormentar. Várias e várias vozes de dor e sofrimento de onryos e yureis começaram a ecoar interminavelmente em minha cabeça. Eu nunca me senti tão invadido e decidi que precisava terminar com isso antes que me enlouquecesse. Então, me ofereci como mensageiro de Maçã, para que pudesse vir até a Terra e me esconder dessa loucura em minha cabeça. Eu vim até este castelo pela proteção mística que ele tem, e aí ergui duas barreiras. Uma em volta da floresta e outra em volta deste castelo. Aqui, minha ligação com as leis da morte é interferida pelas barreiras e a proteção do castelo, e assim conseguirei viver em paz até que isso acabe.

— Então, seu plano é se esconder, seu pamonha?

— Eu preciso me esconder. Sair dessas barreiras é suicídio para mim. Dois meses se passaram, a quantidade de almas corrompidas contra a vontade deve ter aumentado muito. O choque fritaria meu cérebro.

— Hmm. Entendo. É uma situação delicada. Mas, como perdeu Kusanagi, hein?

— Como eu perdi? — Alighieri se sentou no chão, praticamente se jogando. — Esta aqui é engraçada. Quando eu ergui as duas barreiras, eu acabei prendendo comigo uma criatura mitológica dentro da primeira barreira. No período da manhã, a primeira barreira é o suficiente para manter as vozes longe e nesse momento saio para buscar alimento. Certo dia, eu me deparei com essa fera mitológica e acabei descobrindo a única falha dessas barreiras que ergui.

— Qual falha?

— Se as barreiras junto da magia deste castelo cortam minha conexão com as leis da morte, a benção do Rio Estige perde seu efeito também. Quando eu enfrentei a criatura, meu corpo não estava com sua invulnerabilidade. Sem saber disso, me descuidei e tive meu antebraço esquerdo arrancado à força, enquanto empunhava Kusanagi nele. A criatura não conseguiria erguer Kusanagi, mas como minha mão ainda segurava o cabo... parece que ela conquistou um item raro.

Não era necessário pensar muito para dizer que 2019 não era o melhor ano para aquele cara, definitivamente.

Eu fico imaginando o quão terrível era a tortura mental que Alighieri estava sofrendo a ponto de abdicar de sua liberdade em troca da paz. Mesmo sendo o único capaz de erguer a mais poderosa espada da humanidade e ainda ser abençoado com um corpo invulnerável, o semideus, que no passado chegou a bater de frente com Zeus, parece negligenciar essas duas perdas e até mesmo seu orgulho por conta do tormento que ele estava sofrendo fora daquelas barreiras.

Naquele momento mesmo, enquanto olhávamos para ele, sentado no chão, nós estávamos com o homem mais procurado do mundo desarmado e sem sua proteção mística que o tornava praticamente imortal, bem à nossa frente.

Se quiséssemos poderíamos dar o fim a um criminoso que já cumpriu pena na prisão do Tártaro.

Ou melhor, se pudéssemos.

Mesmo naquele estado impotente, nós ainda precisávamos dele.

Ele era único até mesmo em seu momento de maior fraqueza.

— Acho que o único jeito é irmos atrás de Kusanagi para você.

Sem pensar, eu falei.

E Yuna me olhou por cima do ombro, em advertência.

Talvez não fosse esse o plano dela.

Ops.

— Irem atrás de Kusanagi para mim? Vocês dois? Acho que não teriam chance.

— Tsc, o que pensa que sou, seu pamonha? Se não me conhece, saiba que sou a lendária Assassina de Youkais, está bem? Seja lá qual criatura mitológica roubou sua espada, eu sou muito bem capaz de apanhá-la de volta.

— Hmph, mesmo que conseguisse derrotar a criatura, garota de gorro, ainda teria que ser autorizada pela própria Kusanagi para conseguir segurá-la. Seria um esforço inútil.

— Eu trarei seu braço junto.

— Acredito que ele não esteja mais inteiro. Para ser sincero, seria uma vitória se ao menos encontrasse um pequeno pedaço dele. A criatura é altamente carnívora.

— Certo, seu braço foi devorado, já entendemos. Droga, esse nem era o meu plano inicial.

— Ué, por que não vem conosco, Alighieri? Você ainda pode empunhar a espada com seu outro braço, não é?

Me senti no dever de propor alguma coisa ao invés de ficar somente de telespectador naquele momento.

— Eu não irei. Desista.

A resposta dele foi fria e decisiva.

Tanto que não consegui criar coragem para contestá-la.

— E por que não quer ir, seu pamonha? Desenvolveu síndrome do pânico?

— Bem, talvez.

— Tsc...

— A verdade é que não irei me sujeitar a um risco como esse somente por conta das palavras que disseram. Não há nenhuma garantia que vocês vençam a criatura, assim, não há porque eu me aventurar dessa maneira. Eu já calculei as probabilidades. A barreira irá impedir que a criatura fuja com Kusanagi e também que entre neste castelo. Como ela costuma agir à noite, durante o dia ainda é seguro sair para conseguir comida. E quando tudo isso acabar, eu baixarei as barreiras e tomarei minha espada de volta com minhas capacidades místicas recuperadas. No final, é algo que somente eu posso fazer. Kusanagi só responde àqueles que estão pagando por seus pecados, ou a alguém com sua alma contaminada. Essas são as condições para se erguer a Espada que Colhe as Nuvens do Céu.

— Alma contaminada, é?

Yuna murmurou, mas não foi baixo o suficiente para que eu não conseguisse escutar. Foi como um breve pensamento alto da Assassina de Youkais. Ela estava começando a pensar em uma saída para aquela situação, eu estava sentindo isso.

Para nós, não havia outra maneira de chegarmos ao Mundo dos Shinigamis dentro do prazo e de forma segura sem que aquele mensageiro nos levasse. E ele dependia da lendária espada Kusanagi para tal ato. Em outras palavras, estávamos totalmente dependentes de Kusanagi, mesmo que nenhum de nós pudesse empunhá-la.

As condições que Alighieri falou não me pareceram muito específicas. Digo, elas eram confusas. Alguém pagando por seus pecados e alguém com a alma contaminada. O que exatamente essas coisas queriam dizer? Como se identifica alguém pagando por seus pecados? Como se identifica alguém com sua alma contaminada?

Metaforicamente, todos os humanos estão pagando por seus pecados e estão com suas almas contaminadas. Nessa linha de raciocínio, qualquer um conseguiria erguer Kusanagi.

Eu, Daigo Kazuo, realmente não havia compreendido.

Por outro lado, Yuna Nate...

— Eu já sei o que fazer, seu pamonha.

— Hã?

— Eu sou alguém capaz de contaminar minha alma.

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