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03

Charlotte atravessou as portas do colégio, em seus fones uma batida calma de algum R&B antigo a ajudava a ignorar os cochichos de seus colegas. De queixo erguido andava em direção ao seu armário, só queria pegar seu material, ir para todas as aulas e acabar logo com aquele dia. Aumentou o volume para abafar as vozes que se tornavam mais altas, colocou rapidamente a senha e abriu o armário altamente organizado. Estava tão concentrada que só deu conta da presença de alguém ao seu lado quando a cutucaram na cintura.

- Ah, é você. - falou indiferente, sem se dar ao trabalho de pausar a música.

Ele apontou para os fones, ela o ignorou. Ele a cutucou novamente e continuou a cutucando na cintura, até que atingiu um ponto sensível que a fez rir. Charlotte retirou os fones irritada, principalmente por ele ter conseguido arrancar uma risada sua, e o encarou com um olhar gélido.

- O que você quer?

- Podemos conversar? - perguntou, enquanto ela fechava o armário e se encostava no mesmo.

- Agora? Você quer conversar agora? - indagou, indicando ao redor onde quase todos os alunos estavam "discretamente" os observando.

Henry sentiu o rosto esquentar pela atenção, mas os ignorou e focou somente em Charlotte.

- Que tal sairmos na hora do almoço?

- Só porque estamos no último ano não significa que eu não vou mais almoçar com meus outros amigos. - afirmou, o vendo franzir o rosto em confusão.

- Não estou pedindo pra você parar de fazer isso, só que hoje é o nosso dia e-

- Sim, nosso, nós três. Você tá querendo que eu saia só com você e dada as circunstâncias eu não acho que seja o melhor.

- A Bianca não contou pra ninguém que estamos juntos. - afirmou decidido, bom, queria acreditar que não.

- Você definitivamente é mais lerdo do que eu pensava.- falou, o encarando com uma sobrancelha erguida. - Sério mesmo que você não está notando toda a atenção que estamos recebendo?

- Eu. - iria discordar, mas quando dois de seus colegas de classe passaram lançando olhares maliciosos, se sentiu mais desconfortável ainda. - Você tem razão. Mas por favor, por favor vamos conversar sobre o que está acontecendo entre a gente.

- Não temos nada para conversar, Hart. Você está ciente de tudo, escolheu se fingir de cego e agora está tentando-

- Consertar a enorme burrada que está me fazendo perder minha melhor amiga. - interrompeu quase desesperado. - Charlotte, por favor, vamos conversar. - pediu novamente, juntando as duas mãos e piscando os olhos lentamente.

A Bolton quis rir da tentativa falha dele de fazê-la se sentir tocada, mas não viu mal algum em deixa-lo se explicar. Também não queria jogar essa amizade fora, mas se ele ousasse tentar jogar a culpa nela de novo, não pensaria duas vezes em se escolher.

- Na hora do almoço. Te espero no estacionamento. - avisou, saindo de perto dele e indo para a classe.

Henry a observou partir, soltou um alto suspiro de alívio e se preparou para ir para sua aula, mas foi parado por Jasper que o abordou lhe dando um forte abraço.

- É cara, obrigada por me ajudar a ganhar um dinheiro. - agradeceu, mas logo falou. - Porém acho que as coisas estão complicadas pra você.

- Do que você está falando? - indagou, se afastando dele.

- Você e a Charlotte? Eu sabia que vocês iam se acertar antes do verão, estava na cara. Mas pelo visto você fez burrada.

- De novo, do que você está falando?

- Fala sério, Henry, todos as conversas por olhares, a mania que você tem de encarar a Charlotte quando pensa que ninguém está olhando, como você faz questão de chamar por ela toda vez que ela aparece, a forma-

- Tá, tá, tá. Já entendi. - o interrompeu impaciente. - Pelo visto todos sabiam dos meus sentimentos antes de mim.

- Só tava na cara, cara. - disse, lançando uma piscadela pela dupla palavra.

- Que seja. Olha, que história é essa de eu ter te ajudado a ganhar dinheiro?

Jasper se envergonhou por apenas um segundo, porém abriu um enorme sorriso logo em seguida.

- Ah, é que eu meio que participei de uma aposta e como vocês estão juntos agora, antes do verão no caso, eu ganhei. Eu e mais umas cinco pessoas, mas mesmo assim.

- Você nos apostou?

- Não precisa fazer essa cara, eu divido o dinheiro com vocês.

- Jasper! Cara, você tá passando muito tempo com a Piper. - disse, preocupado com a integridade do amigo.

- Só pra você saber, ela está bem irritada por não ter ganhando. - informou, sentindo um calafrio de medo ao lembrar da reação da Hart mais nova.

- Incrivelmente vocês não me surpreendem. Incrivelmente.

Deu às costas para Jasper e foi para a aula.

- Henry! Cara! Eu já disse que divido o dinheiro!

Jasper saiu gritado atrás dele, não vendo sentido na irritação do amigo.

○ ○ ○ ○ ○

Na hora do almoço, Charlotte esperava Henry encostada em um carro vinho, presente de seus pais ao vencer uma acirrada competição de física.

- Então. Vamos? - perguntou, assim que ele apareceu.

- Hum, claro. - respondeu.

Ela lhe deu as costas e entrou no veículo, Henry a seguiu e sentou no banco do passageiro. Ignorando novamente os olhares que receberam, e um alto chenry que escutaram ao sair do estacionamento, Charlotte entrou na avenida e começou a dirigir para um lugar diferente do qual eles estavam acostumados a almoçar.

- Char. - Henry chamou, percebeu que estavam indo por um caminho diferente. - Charlotte. - ela continuou a o ignorar. - Charlotte!

- O quê? - perguntou indiferente.

- Para onde estamos indo? - indagou levemente preocupado.

- Não se preocupe.

- Não sei porque, mas sinto que devo me preocupar.

- Eu não vou te matar, Hart. Fique tranquilo. - afirmou, sem conseguir contar o sorriso divertido ao ver que ele estava realmente apreensivo.

- Você já está me matando toda vez que fala comigo desse jeito. - informou, cruzando os braços e focando na rua à sua frente.

- Que jeito?

- Como se eu fosse alguém com quem você não quer o mínimo contato.

- Não está tão longe de ser verdade. - soltou, mas realmente não se sentia dessa forma.

- Charlotte, eu estou cansado disso.

Virou-se para ela e começou a reparar na forma como a boca dela se torceu levemente.

- E você por acaso acha que eu não estou?

- É claro que está, e definitivamente mais do que eu. - admitiu, ainda prestando atenção em cada reação dela. - Mas nós somos amigos há anos, não quero que tudo acabe por causa de um mal entendido.

- Mal entendido? - definitivamente não esperava que ele dissesse aquilo. - Tudo o que aconteceu não passa de um simples mal entendido pra você?

- Charlotte.- chamou, assim que percebeu ela apertar ainda mais o volante e o carro começar a andar um pouco mais rápido.

- Não, Henry, eu estou exausta disso tudo-

- Char! - gritou, quando mais a frente deles apareceu um enorme boneco de neve.

- Para de gritar. - pediu, virando-se para ele que pulou para o volante.

- Não tem como! Para! - tentou fazê-la virar o carro, mas ela não o deixava.

- Me deixa dirigir!

- Não!

- Solta, Prudence!

- Charlotte!

O carro foi desviado do boneco de neve, mas subiu o meio fio e bateu direto em latas de lixo que estavam na calçada.

- Que diabos acabou de acontecer? - perguntou mais para si mesmo, vendo o boneco de neve começar a andar despreocupado pela pista, fazendo vários outros carros desviarem em meio à xingamentos.

Charlotte saiu do carro e soltou um alto grunhido quando olhou a parte da frente do veículo.

- Oh, merda. O pneu furou. - informou, assim que Henry parou ao seu lado. - Bom trabalho, Hart.

- Para de me chamar pelo sobrenome! - estava cansado dela o tratando daquela forma.

- Eu não acredito, agora vou ter que ligar pra oficina.

- Olha, me desculpa, tá legal? Eu sei que fui-

- Henry. - desta vez foi Charlotte que chamou preocupada, assim que percebeu quem vinha levitando pela calçada alguns metros à frente.

- Me deixa terminar, por favor.

- Henry.

- Charlotte, só me deixa-

- Não, olha. - o interrompeu, segurando em seus ombros e o virando para onde um homem conhecido congelava tudo o que via.

- Aquele é o. - não conseguiu terminar a frase, pois sentiu a temperatura começar a baixar consideravelmente.

- Sim, é ele. - afirmou, se abraçando para esquentar o corpo.

- Isso não parece bom. - disse, a puxando para seus braços

- Com toda a certeza não. - concordou, o deixando abraça-la.

O homem agora estava em frente à eles, e abriu um sorriso que fez os dois quererem sair correndo.

- Olá, crianças.

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