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Mythpool. A única agência que se encarrega de capturar seres e objetos sobrenaturais por todo mundo, era o que eu pensava desde o primeiro dia que eu vim trabalhar aqui 1 ano atrás, mas recentemente um conflito familiar provou que isto estava longe de ser verdade.

- Então 3k1, o que achas dos nossos novos postos? - Sunny e eu fomos temporariamente rebaixados devido a acontecimentos recentes, e puseram-nos a guardar a mesma joia que nós conseguimos trazer de volta.

- Apesar de injusto, é bom ter algum sossego após aquela toda confusão - respondi dando um golo no meu café.

- Tens razão, e por onde achas que a Yuna anda, não a vejo desde que a mãe dela...

- Acho que ela nesse exato momento está embaixo do seu cobertor jogando videojogos e comendo snacks como sempre.

- Serio, como é que tens tanta certeza disso?

- Todo o fim de semana, eu faço compras de comida pra ela e sou obrigado a jogar contra ela, enquanto sou xingado constantemente.

- Que inveja dela, um dia inteiro só pra ficarem juntos, tens de aprender a controlar esse tru fetiche por garotas menores de idade.

- Não..., entendeste tudo mal..., é que... - antes que pudesse acabar de falar um homem mascarado cai quebrando a janela panorâmica bem acima de nós e aterra a nossa trás. 

Por instinto, atiro o meu café quente na cara dele, a seguir, Sunny dá-lhe um pontapé no estômago e retira o rifle das mãos dele.

- Quem mandou você? - perguntou apontando-lhe a arma e não obteve nenhuma resposta - Está bem então, eu perguntarei para um dos teus comparsas.

Deu-lhe um tiro na perna e depois uma coronhada na cabeça, deixando-o inconsciente.

- Era mesmo necessário dar-lhe um tiro?

- Sim, para o bem da minha sanidade mental - posicionou-se na porta - eu irei fazer uma ronda, você reporta que está havendo uma invasão para o chefe.

Logo que ela abre a porta, um cano de arma é enconstado em sua testa, obrigando ela a recuar com mãos para cima. Vários soldados mascarados fortemente armados na sala, e por ultimo entra uma garotinha com uma pistola na mão.

- Como não tenho tempo para babaquices, vou poupar o meu português, abram a porcaria da porta - disse zangada, ficando ainda mais fofa - Para onde você está olhando, pedófilo?

- Eu..., não estava olhando para ninguém - já não basta a Yuna me xingar, essa garota também queria entrar na festa - Entretanto, porque você quer a joia?

- Eu já disse que não tenho para babaquices - apontou a pistola para Sunny - Abre agora, senão...

- Está bem, abaixa a arma - andei até o painel e digitei o código, a porta blindada abriu-se e outros soldados já de prontidão, entraram e recolheram a joia.

- Muito obrigada pela breve colaboração - ela estava bem ao lado da porta , e quando olhei, o tio de Yuna estava a ser transportado em um carrinho pelos soldados - Mas agora é hora de dizer adeus.

- Não, espera! -  recebo uma pancada na cabeça e desmaio. Eu naquele momento só tentava entender o que estava a se passar. Quem eram eles, porque levaram a joia e o tio de Yuna?

Infelizmente não conseguir chegar a nenhum lado, mas muito bem que quem poderia ajudar-me a esclarecer as duvidas era Yuna Nate. Era uma das poucas pessoas que confiava naquele momento e eu sabia onde encontrar ela.

Não sei o porque, mas alguém jogou água em mim, e oiço gritos do que parecia o novo chefe interino, que substituiu o meu falecido antigo chefe, causa da morte, Yuna, o porque, não perguntem.

- Levantem, seus incompetentes - já era de manhã, e a maioria dos agentes estavam no local circulando - Eu dou-vos um simples trabalho, e nem isso conseguiram fazer.

- Senhor, eles eram muitos e... - Sunny tentou acalma-lo, mas foi imediatamente repreendida.

- Vocês dois são agentes de campo, e você é uma das melhores que temos, não me venha com papinho que não conseguiste fazer nada porque não estavas em posse da tua espada que foi confiscada, porque ficarei muito bravo.

- Nos desculpe chefe, iremos agora investigar a situação - ela agarra o meu braço - será que puderia solicitar a minha espada?

- Só espero não me arrepender, quero um relatório ainda hoje, e sim, podes ir pegar a droga da tua espada...

- Muito obrigada, senhor - saímos rapidamente da sala a caminho da garagem - Tu tens uma pista, deu pra ver no teu olhar.

- Mas como é que...- A intuição dela era de outro nível, tentei não parecer muito espantado - Algo me diz que a Yuna pode saber algo sobre o que aconteceu.

- Então vamos lá.

Em meia-hora chegamos a porta da hanyou, e após bater duas vezes na porta, ouvimos uma voz juvenil vindo de dentro:

- Não está ninguém...

- Se responderes, essa afirmação é invalida.

- O que você veio fazer aqui, seu pamonha.

- Apenas tenho umas perguntas para fazer se...

- Não estou interessada, agora desaparece antes que eu faça você ser preso por abuso de menores.

- Francamente..., trouxe algo que você gosta - abanei o pacote de batatas, havia comprado um saco só com isso. Não demorou muito para ela abrir a porta - Então, tudo bem?

- O que você quer, e porque trouxe sua namorada - respondeu abrindo o pacote que estava na minha mão à um segundo atrás. Sinceramente, as vezes esqueço que ela é muito mais do que uma simples garota bonitinha - Se estão a procura de alguém para realizar aquelas fantasias estranhas de casais, mais uma vez, eu não estou interessada.

- O que, não, porque você chegou a essa conclusão? -  disse Sunny confusa, em responta Yuna levantou os ombros - Mudando de assunto, ontem a Mythpool foi invadida e a joia foi roubada, junto de seu tio.

Yuna fez um pequeno voto de silêncio olhando para o teto, e bastaram alguns segundo para ela juntar as peças e entender o que se passava.

- Não, de novo não - correu para dentro pegar os seus calçados e a sua luva - Eles vão ressuscitar a minha mãe.

- Espera, como assim? - não tinha olhado para essa possibilidade, mas agora tudo fazia sentido - Você está me dizendo que o teu tio pode ressuscitar qualquer pessoa com a joia?

- Pessoas não, mas sim Youkais, e tenho a certeza que a pessoa que foi pegar de vocês deve saber dos conhecimentos que ela possui - Passou no meio de nós e saiu do apartamento dando de caras com uma garota da altura dela - E quem é você.

- Tudo bem, eu sou a... - a miúda nem tinha acabado de falar, mas foi obrigada a recuar rapidamente para escapar da lâmina letal de Sunny - Tá maluca, o que você pensa que está fazendo?

- Você sabe muito bem o porquê - balançou várias vezes a espada tentando cortar a garota, mas quando estava prestes a atingi-la, a mesma defendeu-se com uma faca de combate e sacou a pistola pronta para atirar nela.

- Não! - com uma vara atinjo a arma em sua mão fazendo-a largar, mas ela empurra Sunny recebendo a sua espada e cortando a minha vara de madeira fazendo eu desequilibrar-me e cair.

 Então ela mete o seu pezinho sobre o meu peito e aponta a espada no pescoço de Sunny e aponta a sua outra pistola bem na cara de Yuna que esta a uns milisegundos de acerta-la com com um soco poderoso.

- Sabes muito bem que isso não impedirá que eu te acerte? - disse Yuna sorrindo, enquanto a arma da garota congelava aos poucos.

- Vocês podem se acalmar por um instante? - disse a garota suspirando, parecia que ela não lutava a um bom tempo - Eu tenho noção do que a minha irmã Elise fez, mas eu não sou ela, meu nome é Elizabeth.

- Sua irmã? - pela sua aparência eu diria que era a mesma pessoa, mas pela atitude não - Podes por favor, explicar o que se está passando aqui?

- Posso sim, mas aqui não - abaixou as armas e saiu de cima de mim - Tenho um transporte lá em baixo que nos levará para um local seguro, vamos lá.

- Espera - perguntou Yuna desconfiada - me dá uma razão para eu confiar em ti.

- Eu sou a única que pode ajudar  vocês, Yuna Nate, não podemos deixar que a minha irmã ressuscite a sua mãe.

Yuna não questionou mais e seguiu, e como óbvio, fomos atrás dela. Havia um carro na portaria do edifício a nossa espera, subimos nele e o mesmo fez-se a estrada.

- De que local seguro estavas se referindo? - perguntou Sunny.

- Estamos indo para a central da minha agência, a Agência de Investigação Paranormal, ou AIP, lá definitivamente estaremos seguros - entramos em um parque de estacionamento e o carro parou - Sugiro que mantenham o sigilo sobre o que virão a partir de agora.

- Como assim? - Após a minha pergunta, o carro começou a descer no que na verdade era uma espécie de plataforma. A partir daí eu comecei a perguntar para mim mesmo quem era a AIP, porque tinha a certeza que nem o governo sabe de sua existência - Quem são vocês?

- Uma agência independente que encarregasse de tratar de todo tipo de atividade paranormal no mundo - o parou de descer e várias luzes iluminaram o que seria a massiva garagem da agência, havia agentes nos cercando - É praticamente uma versão muito superior da Mythpool, sem ofensa.

- Não faz mal, apesar de nós trabalharmos lá.

- Certo, metam os vossos pertences na bandeja, por favor - um agente veio e recolheu as nossas coisas - Yuna, o teu gorro também, não posso comprometer a localização da agência.

- Desculpe Elizabeth, mas... - Eu tentei defende-la, mas a mesma me interrompeu.

- Não faz mal, eu compreendo - retirou o gorro exibindo as suas orelhas de lobo que tanto desprezava, mas atraiu a atenção de todo mundo presente - Para onde vocês estão olhando, seus pamonhas.

- É que nunca vimos um youkai com uma aparência como a tua, até pensei no início que eras humana.

- Sou dos dois mundos, uma hanyou, mas isso não é o que interessa agora.

- Eu sei, toma o teu gorro de volta e me acompanhem que eu apresentarei para vocês alguém que irá fazer parte da operação.

Ela abriu as portas e entramos em um escritório comum, com vários soldados e executivos circulando. Haviam janelas com vistas artificiais que davam a impressão de que estávamos em um arranha-céus, e depois entramos no gabinete dela onde havia a sua secretaria nos esperando.

- Que bom vê-la tão cedo, senhora - disse toda atrapalhada - vejo que trouxe visitas, por favor, sentem-se.

- Esta é a Denise, meu braço direito e toma conta das coisas aqui na minha ausência - Elizabeth vira a sua cadeira de escritorio, exibindo um garoto que parecia que era da idade de Yuna pela aparência - E este atrevido aqui é Noby Galaxy, o meu melhor agente e teu novo companheiro, Yuna.

- Espera aí, como assim "novo companheiro" - perguntou a hanyou espantada - Se quando este pedófilo aqui trabalhou comigo era minimamente útil, não acho que um garoto humano da minha idade vai servir de algo.

- É aí que você se engana...- respondeu Noby levantando da cadeira, caminhou até Yuna e deu-lhe a mão - É um prazer finalmente conhecer a lendária caçadora de Youkais.

- O prazer é todo meu - socou bem forte o peito de Noby, fazendo ele cair sem reação no chão.

- Meu Deus...

Fim de Capítulo

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