25 Capitulo
A amizade é o ingrediente mais importante na receita da vida.
Já tinha passado uma semana de aulas e eu agora estava com a Miley.
Olhava para ela e via que as coisas não iam bem. Que coisas? Eu não sabia ao certo. Mas certamente que eram coisas importantes, a Miley não era pessoa para grandes ataques de tristezas. Nem mesmo quando os pais se chatiavam-se um com o outro ela dizia sempre "Já estou habituada, que eles estejam sempre assim". Mas mesmo nessas alturas a Miley disfarçava e ria, fechava as mãos com força e abria os olhos este era o seu truque para resistir ao choro coisa que eu não tenho feito durante estes tempo.
Ela agora não ria. nem com as cantigas da Anna a minha prima mais nova que conseguem pôr à gargalhada ao mais calada. Encaixava-se no meio das minhas almofadas segurando um peluche que tinha no meio destas.
Eu: O que é que tens?
Miley: Nada.
Eu: Nada não, que eu não sou cega, por acaso até tenho um bom olho.
Miley: São para ver melhor minha neta!- Disse repetindo uma frase de um conto de histórias
Eu: Não sejas parva!
Miley: Pronto, pronto se não me queres cá, já podias ter dito!
Eu: Não é nada disso. Fica aí o tempo que quiseres.E se não quiseres dizer nada, não digas. Só queria ajudar.
Miley: Claro, claro. Toda a gente quer ajudar. Até eles se querem ajudar um ao outro. Acho mesmo que nunca tanta gente se quis ajudar ao mesmo tempo como agora!
A coisa estava feia, embora eu continuasse sem entender do que se estava a passar.Fazer perguntas agora não ajudava em nada, portanto continuei a arrumar as coisas que tinha em cima da secretaria.
Agora era ela que precisava de ajuda e eu não podia ajudar. Eu confesso que acho que fui um pouco cruel com ela mas ela sabe que nada há de voltar atrás a menina que era simpática para todas as pessoas morreu agora está uma rapariga rude com toda a gente mas acho que ela já não se importa com isso.
Vou começando a falar sobre coisas sem importânca como por exemplo as nossas férias o ano passado em que fomos acampar pareciamos umas crianças autênticas fez esquecer-me das minhas tristezas, mas ela não ouvia nem uma palavra que eu estava a dizer, ela continuava a cravar as mãos no peluche que tinha na mão cada vez com mais força, começando a cair pó pelo peluche fora. Eu vou explodir, mas não posso eu sei mas tenho de fazer aquela pergunta.
Eu: Mas afinal o que é que tens?
Miley: Um dia a mais que ontem e um dia a menos que amanhã.
Eu: Não sejas chata Miley! Afinal somos amigas, fogo!
Miley: Claro que és minha amiga! Toda a gente é minha amiga! Anna és minha amiga?
E logo a minha prima, sempre por ali a saltitar.
Anna: Sou. Mas sabes onde é que está escondido o último cabritinho?- Ela falava sobre a história que a minha mãe lhe tinha contado, mas a Miley estava pouco interessada em histórias de cabritinhos.
Miley: Vês! A Anna é minha amiga! Toda a gente o é!
Eu: Quero lá saber de toda a gente! Eu sou. É isso que interessa.
Miley: Eu sou, tu és, ele é, nós somos, vós sois, eles são. Todos são meus amigos. Tão bom ter tantos amigos! Ainda não encontrei ninguém que não fosse meu amigo. O meu pai mal entra dentro de casa, quase nem fala e quando fala é para discutir com a minha mãe, mas é meu amigo. A minha mãe grita o dia todo, mas é minha amiga. Só o que é chato, no meio disto tudo, é que eu é que não sou minha amiga. Até pessoas que eu nunca tinha visto, ou quem eu nunca tinha falado mais do que um "bom dia" ou "boa tarde", derepente chegam-se ao pé de mim para me dizerem que são minhas amigas!
Por breves momentos passou pelos meus olhos o cartaz que Emma tinha preparado no acampamento do ano passado mas desta vez escrito " FRINDS, GO HOME" . Logo os meus olhos voltaram a cair no monte cada vez maior de pó e o meu peluche meio desfeito de tanto pó retirado dele. Como se de repente a Miley tivesse descoberto nela o seu inimgo n.º1.
Tentei pensar nas coisas que eu gosto que me façam ou digam quando estou aborrecida:
* Gosto quando a minha mãe dá-me um beijo na testa e diga para ir dar uma volta.
* Gostava de ter um abraço do meu paie depois ele perguntar qual era a palavra para as palavras cruzadas que ele estava a fazer.
* Gosto quando a minha avó arranje um pão quentinho e ponha lá manteiga a derreter.
* Gosto de comer chocolate quando chove a ver um filme.
* Gosto de pegar na minha prima e começar a voar com ela e chamar-lhe nomes que ela nunca percebia mas que se ria.
* Gosto também que me deixem em paz.
Agora que vejo nunca devia ter perguntado à Miley o que é que se passava com ela. Porque se os amigos são para ajudar, ás vezes a maior ajuda é fingir que não se dá conta de nada e ficar calado á espera que digam o que sentem ou o que se passa.
Eu: Não sais daqui sem me ajudares a limpar todo esse pó!
A Miley olha à sua volta como se derepente tivesse acordado sabe-se lá de que sonho ou pesadelo e, pela primeira vez naquela tarde, riu como ela tanto ri.
Miley: Vai buscar o aspirador, anda! Isto limpa-se num instante
Ei baby's! Hoje inspirei-me e escrevi este capítulo. Secalhar publico outro logo a seguir não prometo nada...
O que será que se passa com a Miley para ela estar assim?
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Xoxo Mar
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