papel de parede
escrevo meus poemas em páginas antipoéticas
linhas nada tortas coloridas pelo preto do grafite e do vinho
o papel de parede, um azul claro que agora se próxima do escuro
me atribui algumas ideias brutas em letras brandas
o amor que vivemos estava estampo na parede
nossas conversas mais íntimas e nossas transas mais vivas e cinematográficas
o papel de parede acusa tudo e todos
estampa o amor, a cara, a vida, a raiva, a tesão
estampa você e eu
estampa Quixote e Chinaski
as comédias e as tragédias
a sua bunda colada nele e meu cérebro esmagado na parede azul
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