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CAPÍTULO SETENTA E QUATRO
percalços após o outro.
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O APARTAMENTO FERVILHAVA de conversas e risadas da sala de estar e do quarto de hóspedes, que estava em vias de ser transformado em berçário.
Mark chamou Derek, Timothy e Jackson para ajudar com o quarto; Norah convidou Meredith, Cristina, Lexie, April e Alex para fazerem companhia, embora o último tenha recebido carrancas dos outros homens por sentar e beber na sala de estar em vez de ajudar.
— Às vezes, eu não gosto de estar grávida. — Norah suspirou, e o resto deles ergueu uma sobrancelha para ela.
— Por que? — April perguntou: — Quero dizer, você está trazendo uma vida ao mundo.
— Sinto falta do álcool. — A morena fez beicinho, olhando para as garrafas de cerveja que os outros estavam segurando. Eles riram, e cada um deu um golpe, deixando a mulher grávida para encará-los.
Eles ouviram um baque alto vindo da sala, seguido por uma gargalhada, e todos eles viraram a cabeça para a fonte do som com curiosidade. Timothy sibilou enquanto caminhava em direção à cozinha, esfregando as costas.
— O que aconteceu? — Meredith perguntou ao jovem.
— A escadinha não é fodidamente resistente, e nenhum daqueles idiotas sequer tentou amortecer minha queda. — Timothy reclamou com um suspiro enquanto colocava uma bolsa de gelo sobre sua cabeça, — Eu estava tentando pintar o teto.
Norah se animou do sofá. — Ooh, ei, eu quero estrelas que brilham no escuro no teto! — Ela sugeriu, e seu irmão franziu a testa para ela.
— Nor, eu te amo muito, mas o papai do seu bebê não consegue segurar uma porra de um banquinho firme. — Ele brincou, e o grupo de residentes bufou. — Então, se você quer estrelas no teto... — Ele parou quando ela lhe lançou um olhar sem graça, e ele cedeu com um suspiro, — Tudo bem, você vai conseguir.
— Estou preocupada com o seu berçário. — Lexie falou, olhando para a sala onde discussões acaloradas estavam acontecendo.
Cristina bufou e balançou a cabeça, — Estou mais preocupada com aqueles homens que trabalham em seu berçário.
Norah lançou-lhe um olhar, mas ela concordou silenciosamente por dentro. Ela jogou um travesseiro em Alex quando ele tentou pegar o pote de biscoitos - o pote de biscoitos dela - na mesa. Ele fez uma careta para ela, mas sabia que não devia irritar uma mulher grávida.
Mark exalou pesadamente enquanto saía do que parecia ser um campo de batalha, indo para a sala de estar. Norah arqueou uma sobrancelha para ele, mas ele deu um beijo em seu pescoço, descansando o queixo em seu ombro.
— Eu amo isso, sabe? — Ela sussurrou para ele: — Nós, eles todos aqui... Posso não ter uma pessoa especial de quem sou especialmente próxima, mas todos aqui têm um lugar no meu coração.
— Hum... E eu? — Ele perguntou, inclinando a cabeça para ela.
Ela riu antes de beijá-lo nos lábios. — Você, meu amor, você possui este coração.
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7ª temporada, episódio 22
Norah ficou ao lado de Timothy no posto das enfermeiras enquanto ela beliscava o recipiente de frutas que ele havia trazido para ela. Ela o pegou, mais uma vez, olhando para a residente do outro lado da estação, e soltou um suspiro pesado.
Ela empurrou uma uva em sua boca, o que o fez virar para ela com as sobrancelhas franzidas. — Você pode não ter notado, mas Jackson está olhando para você. — Ela passou, balançando a cabeça, — Você não superou ela.
— Não superei, — ele admitiu, — mas ela está... Ela parece feliz, sabe?
— Então você está distraindo sua tristeza me fazendo um café da manhã luxuosamente nutritivo todas as manhãs? — Ela arqueou uma sobrancelha para ele, e ele assentiu com culpa com o mesmo sorriso atrevido no rosto.
— Isso, além de fazer essas bandas de arco-íris fodas para Sofia como um substituto para o meu cabelo de unicórnio. — Afirmou, mostrando as pulseiras multicoloridas em torno de seu pulso que ele fez como brinquedo de sua filha.
Norah ergueu uma sobrancelha curiosamente quando viu Meredith andando até Alex do outro lado do posto das enfermeiras. — Então eles provavelmente vão me demitir. Você está feliz? — Ela cuspiu, ganhando a atenção de todos na estação.
— Ah, vamos lá, — ele raciocinou, — eles não vão-
— Eu quero sua merda fora da minha casa até o final do dia. — Meredith o cortou furiosamente antes de ir embora.
Os residentes se entreolharam; todos tinham o mesmo olhar confuso em seus rostos. — Algo errado com o teste de Alzheimer? — Jackson perguntou, mas Norah não sabia o que responder, pois estava fazendo um ultrassom naquela manhã, portanto não estava presente para o novo paciente do teste.
De repente, todos os seus pagers começaram a apitar. Todos pararam as coisas que estavam fazendo e imediatamente partiram juntos.
Norah conseguiu puxar Alex de lado; seu rosto nadou de culpa enquanto ela franziu as sobrancelhas para ele. — O que é que foi isso?
Ele tinha um olhar conflitante em seu rosto enquanto lutava para evitar que suas palavras saíssem. No final, ele cedeu e balançou a cabeça. — Olha, eu só estou te contando porque você está relacionado com isso. — Ele prefaciou, — Mer se ferrou com o teste de Alzheimer.
Seus olhos se arregalaram com a informação. Ela sabia que ações como essa não poderiam ser toleradas e causariam danos a todo o hospital, especialmente aos cirurgiões envolvidos no estudo. Sabendo que sua carreira poderia estar em perigo, ela começou a sentir pânico. — E-ela o quê?
— Eu a peguei trocando o placebo e as drogas, ok? — Ele resmungou com um suspiro, — E-E eu disse a Hunt ontem à noite quando estava bêbado, e agora... Agora estou ferrado.
Norah piscou para ele, balançando a cabeça. — E-eu quero dizer... Olhe, Alex, eu... O que você fez é... Moralmente certo? Eu não sei, mas... — Ela deu um tapa na parte de trás de sua cabeça, e ele grunhiu de dor.. — Por que diabos você iria delatar? Você sabe quantas carreiras estão em jogo?!
— Eu não queria! Eu estava bêbado!
— Não é uma maldita desculpa, Karev!
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— Um 757 caiu no som, — anunciou Webber, — estamos analisando cerca de 200 passageiros feridos.
Norah se inclinou para mais perto de Mark enquanto ele a segurava com força, esfregando a lateral de seu braço suavemente.
O conhecimento sobre o ensaio clínico ainda circulava em sua cabeça. Ela não sabia o que era pior - Meredith adulterando o julgamento, ou que ninguém lhe disse nada além de ela ter arrancado isso de Alex.
A equipe estava tensa, mas eles estavam prontos para dar o seu melhor. Todos ficaram em silêncio. Ela pegou seu irmão roubando outro olhar para Lexie, que estava atualmente nos braços de Jackson, e suspirou quando Timothy caminhou até a beira da multidão.
— Somos o centro de crise designado. As famílias serão instruídas a vir aqui para encontrar seus entes queridos, — afirmou, — estamos ativando o protocolo de surto. Ouçam com atenção, vocês precisam manter o foco, não contribuam para o pânico. Agora, cheguem às suas estações.
O grupo de cirurgiões começou a seguir Owen enquanto ele os conduzia para o pronto-socorro. O ar estava tenso, e todos estavam tensos. — Você tem certeza que está bem com isso? — Mark perguntou com um sussurro.
— Sim, eu estou bem.
— Você ficou quieta, e você tem esse olhar. — Ele apontou, — O que há de errado?
— E-eu não posso dizer. — Ela admitiu, e ele franziu a testa para ela. Ela notou o olhar confuso em seu rosto - o medo atrás de seus olhos - e rapidamente corrigiu sua afirmação: — Não, Mark, não é sobre mim. É sobre outra pessoa, e eu não estou em posição de dizer.
Sua expressão pareceu relaxar um pouco, e ela o trouxe para um beijo rápido. — Eu não vou a lugar nenhum - eu te prometo isso. Além disso, este é o nosso filho dentro de mim.
O feixe em seu rosto sempre a fez se sentir à vontade.
— Torres, você estará comigo. Kepner, prepare o pronto-socorro para triagem. — Owen começou a dar ordens ao grupo, — Outra Grey, eu quero que você administre o centro familiar. Assuma o controle no refeitório. Yang, banco de sangue.
April empurrou uma Cristina de aparência preocupada e foi para a frente. — Uh, nós podemos precisar de um Candyman. — A primeira mencionou.
— Dr. Sloan será nosso Candyman. — Owen atribuiu.
— Vou levar Norah comigo. — Mark falou, — Candyman se move menos.
— Tudo bem, sem problemas. — O cirurgião de trauma assentiu, — Vamos ser liberais com analgésicos para nossas vítimas e sedativos para os pacientes que estamos movendo. Vamos nos mover, pessoal.
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— As autoridades dizem que é muito cedo para especular sobre a causa do acidente. Mas aqui está o que sabemos. O voo partiu esta manhã em Baltimore, transportando 183 passageiros e 18 tripulantes.
— Ainda ninguém? — Lexie questionou enquanto entrava no pronto-socorro vazio. A visão deserta a fez jogar os braços no ar e balançar a cabeça. — Suas famílias estão enlouquecendo. Por que está demorando tanto?
— Bem, pescar 200 pessoas fora da água é um negócio lento. — Mark falou no silêncio desconfortável, — Norah está jogando Angry Birds. Você quer a próxima rodada? — A residente lançou-lhe um olhar sem graça.
— Eles vão fazer a triagem na orla. Leva tempo. — Explicou Owen, — Na verdade, se eles estão demorando tanto, vai haver muita hipotermia. Kepner!
— Ah, sim. — April saiu de uma sala de trauma e já estava indo buscar suprimentos. — Cobertores quentes, lâmpadas aquecidas e fluidos intravenosos aquecidos. Entendi!
— Ugh, porco verde estúpido. — Norah murmurou enquanto empurrava o telefone de volta para Mark, que balançou a cabeça com um sorriso, gentilmente acariciando suas costas doloridas.
— Você já postou o Chefe de Residente? — Ele perguntou com uma voz firme, olhando para Owen do outro lado do pronto-socorro.
O cirurgião de trauma, que recebeu a tarefa de selecionar o novo substituto para a posição, olhou brevemente para a residente ao lado do cirurgião plástico antes de balançar a cabeça. — Uh, não. Ainda não.
— Por que a demora? — Mark perguntou.
Callie rolou em uma cadeira com uma revista maternal na mão. — O suspense não está me matando. — Ela suspirou, — Vai ser Grey, desculpe, Norah.
Norah soltou uma risada seca e tranquila com essa afirmação, balançando a cabeça enquanto continuava o jogo. Mark a olhou desconfiado para sua súbita faísca de desagrado, mas decidiu que eram os hormônios que estavam aumentando sua frustração depois de perder a rodada.
— Bem, eu pensei que Karev fez uma grande jogada para isso. — Lembrou Arizona, virando-se para Owen, — Um avião cheio de órfãos? Isso é bastante impressionante.
— Ah, ele já decidiu. — Callie deu de ombros, — Você não tem que fazer lobby pelo seu garoto.
— Ei, você pelo menos levou Norah para con- — a voz de Mark foi abafada por Norah, que cobriu a boca com a mão.
Ele estreitou os olhos para o olhar azedo no rosto dela, sentindo uma bolha de ódio direcionada para Owen. Ela suspirou em suas sobrancelhas franzidas e trouxe a mão para sua barriga; seus olhos brilharam imediatamente com alegria quando ele sentiu o chute suave novamente.
— Descendente Sloan está chutando? — Callie engasgou e rolou para eles em sua cadeira.
— Todo mundo está chamando nosso filho de 'Descendente Sloan' agora? — Norah questionou com um suspiro enquanto Mark parecia mais do que encantado.
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Os cirurgiões reuniram-se no pronto-socorro onde o chefe havia convocado a assembléia. Ainda não havia pacientes que foram trazidos, o que só podia significar uma coisa: não havia sobreviventes.
— Os serviços de emergência começaram a identificar os corpos. Eles nos deram uma lista. — Informou Webber enquanto Bailey distribuía uma lista de nomes para os cirurgiões. — Os representantes das companhias aéreas estão a caminho. Temos assistentes sociais aqui e mais chegando. É uma longa lista. Cada um de vocês tem famílias para informar.
Norah recebeu seu papel designado de Bailey, decidindo contra seu habitual murmúrio de 'obrigada', porque não havia nada para agradecer.
— Então, uh, por favor, estejam fora do refeitório em exatamente uma hora. — Perkins retomou, — Vocês vão ligar para uma família de cada vez. E vocês terão um quarto para levá-los e entregarão as notícias. Vai ser um dia longo.
Vai ser um longo, longo dia.
Norah esfregou suas costas doloridas enquanto o grupo se dispersava. Ela notou Owen indo em direção ao quadro de avisos e prendeu um aviso. Os residentes se animaram imediatamente.
RESIDENTE-CHEFE
Dra. April Kepner
April tinha um sorriso crescendo em seu rosto enquanto os outros residentes do quarto ano reviravam os olhos com uma zombaria, se afastando do pronto-socorro. Norah esfregou a testa com um suspiro, embora já esperasse que não veria seu nome no boletim.
— Parabéns, April. — Ela falou, e a nova Chefe dos Residentes sorriu de volta para ela, hesitante. — Bem, as pessoas vão te odiar agora, inclusive eu. — A morena declarou sem rodeios, — Mas, bem... Parabéns. — April deu-lhe um sorriso vigoroso.
Timothy se aproximou dela com um longo suspiro, olhando para o papel em sua mão. Ele rapidamente trocou sua lista com a dela, dando-lhe a lista com nomes menores.
— Perdeu a porra da corrida, hein? — Ele apontou para o boletim.
— Acho que sim. — Norah deu de ombros, — Ugh, eu odeio isso.
Ele bufou e estufou o peito. — Vou conseguir no ano que vem.
— Claro que vai. — Ela revirou os olhos para seu irmão antes de notar a careta em seu rosto. — O que você tem?
Ele suspirou e balançou a cabeça. — Eu dei Lexie para Jackson. — Ele confessou, — Bem, dar não é a palavra, mas... Você sabe o que quero dizer.
— Não, eu não sei o que você quer dizer. — Ela fez uma careta para ele com a mão nos quadris, — Você a ama, por que você-
— Talvez o amor não seja forte o suficiente. — Ele a cortou, passando a mão pelo cabelo, — Nem todo mundo é você e Mark, ou Shepherd e Meredith, ou Callie e Arizona. E-eu não sei... Eu gostaria de pensar que o destino une as pessoas... Mas acho que o destino não está do nosso lado.
Ela deu a seu irmão um abraço que ele precisava, e ele descansou a cabeça em seu ombro. — Isso é muito poético, Tim. — Ela comentou docemente antes de bater na cabeça dele com os nós dos dedos, — Mas você é muito idiota.
— O amor nos transforma em idiotas, hein? — Ele murmurou com um suspiro pesado, — Bem, eu acho que o que está feito está feito.
— Sim... — Ela franziu as sobrancelhas para seu irmão. Com um chute dos hormônios fervilhando nela, sua expressão se transformou em uma raiva. — Sabe de uma coisa? Eu preciso encontrar Derek.
Timothy levantou uma sobrancelha com a mudança repentina de tom dela, bem como o olhar acalorado em seu rosto. Ele ficou um pouco assustado com o olhar dela quando ela se afastou do abraço. Com um olhar cauteloso em seu rosto, ele se afastou para ela passar.
Mark caminhou até ele curiosamente, e os dois observaram enquanto ela caminhava pelos corredores. — Por que ela parece brava? — O atendente questionou.
— Estou pensando na mesma coisa. — Afirmou Timothy. — Ei, você acha que ela ficaria toda hormonal e daria um soco na cara de Shepherd?
Os dois compartilharam um olhar preocupado. — Ela pode. — Mark assentiu, mais preocupado com seu melhor amigo do que com sua namorada. — Uh, Tim, você sabe como montar um berço?
O residente arqueou uma sobrancelha para ele. — Você está falando sério agora?
— Está balançando. — Confessou Mark, de cabeça baixa, — E berços não devem, você sabe, balançar.
— Oh meu deus do caralho... Tudo bem, eu passo lá amanhã. — Timothy balançou a cabeça, — Como diabos minha irmã ficou presa com você?
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Norah dirigiu-se ao quarto do paciente onde o paciente do ensaio clínico daquele dia estava internado. Conforme seu desejo, os dois cirurgiões que também estavam envolvidos no ensaio já estavam lá.
Meredith estava conversando com a família do paciente, um olhar de desculpas no rosto; Derek encostou-se à porta com os braços cruzados sobre o peito, parecendo descontente.
Norah foi até ele e imediatamente o arrastou pelo corredor até onde ninguém pudesse ouvi-los. — O que diabos aconteceu? — Ela exigiu.
— Meredith adulterou os pacotes. — Derek confessou com um suspiro, seu tom misturado com raiva, — Foi para Adele.
A série de maldições que estava prestes a sair, parou no fundo de sua garganta. Ela sabia o quão perto Meredith estava com os Webbers, mas ela ainda se sentia furiosa.
Para onde sua raiva se dirigia, ela não conseguia identificar exatamente. Tudo o que ela sabia era que precisava respirar fundo porque sentia vontade de dar um soco em alguém, e o rosto à sua frente era o alvo mais próximo.
— Por que... Por que eu não fui... Não sei, informada? — Ela questionou o atendente: — Quero dizer, eu também faço parte deste ensaio clínico, certo? E Deus sabe há quanto tempo você já se encontrou com o chefe. Eu só quero saber por que não fui informada sobre essa situação - e por que eu tive que obter a informação do maldito Karev.
— Você quer que eu seja honesto? — Ele perguntou e acenou com a cabeça em seu olhar fixo. — Você está estressada, — afirmou ele, — e fui eu quem sugeriu não deixar você saber ainda, para não colocar um estresse extra em você.
— Então você acha que não me contar está me fazendo mais bem? — Ela zombou, — Derek, você não ia me avisar ainda, ou não? Você acha que eu sou o quê, frágil só porque estou carregando uma criança?
— Dra. Lawrence. — Sua voz foi elevada e seu tom firme, fazendo com que ela ficasse quieta. Ele respirou fundo e suspirou: — O teste acabou. Vou entrar em contato com o FDA em breve, e eles provavelmente entregarão o teste para algum outro hospital, mas-
— Você acha que eles vão acabar com isso de vez. — Ela afirmou e suspirou, — Sim, eu acho isso também.
— Acabou. — Ele murmurou, — O que eu faço?
— Eu... Eu não sei, Derek, eu não. — Ela beliscou a ponta do nariz e exalou pesadamente, — Tudo o que sinto agora é raiva, mas me recuso a ceder a ela porque não é saudável para mim ou meu filho. Então... Sim.
Ela estava louca, sem dúvida, mas não conseguia abraçar o ódio que estava sentindo dentro dela. Inferno, ela nem sabia com quem deveria estar brava porque sua cabeça estava se acumulando com chamas que se espalhariam como fogo se ela deixasse.
Ela ergueu a cabeça para o atendente de aparência devastadora. — Ah, e se você levantar sua voz para mim de novo, eu vou bater em você.
Derek abriu um olho para ela enquanto passava a mão pelo rosto. — Você já soa como uma mãe.
— Obrigada?
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Mark subiu na cama ao lado de Norah depois que ele voltou de um turno posterior. Ele bocejou e se aconchegou mais perto dela por trás.
Em vez dela deitada em seu peito enquanto ouvia o ritmo de seu coração, agora era ele a abraçando pelas costas com a mão em seu estômago, sentindo os chutes leves ocasionais que o faziam se sentir tonto.
Assim que ele fechou os olhos, a campainha tocou; ele se animou de seu travesseiro em confusão. Era meia-noite e eles certamente não esperavam convidados; ele imaginou que seria do casal no corredor.
Ele saiu da cama e a cobriu com o edredom antes de sair do quarto. Abrindo a porta, ele esperava ver Callie ou Arizona batendo para comer lanches ou algo assim, ou até mesmo Timothy, que muitas vezes ficava na casa deles - ele foi recebido por uma Cristina andando de um lado para o outro.
— Yang? O que você está-
— Norah está acordada? — Cristina questionou, cortando-o.
— Hum, ela está dormindo. — Ele esfregou os olhos, — O que foi?
— Estou grávida.
— Ah, parabéns.
— Não! — Ela retrucou e balançou a cabeça. Ela estava batendo o pé ansiosamente antes de decidir apenas empurrar e entrar. — E-eu preciso acordá-la.
— Você pode querer parar por aí, sério aviso. — Ele tentou impedi-la enquanto ela corria para o quarto, — Ela vai ficar irritada, e ela vai-
Norah se mexeu no sono quando ouviu uma voz chamando seu nome. Ela abriu os olhos e viu uma Cristina de aparência perturbada deitada ao lado dela, que suspirou de alívio quando finalmente acordou.
— Cristina? O que você está... — A morena piscou um pouco, — Estou sonhando?
Mark ficou surpreso por ela não ter esbofeteado a outra mulher por acordá-la de seu sono tão necessário.
— Eu não sabia se deveria ir para a casa de Mer com tudo o que está acontecendo com ela, e sua casa é mais próxima da minha? — Cristina gaguejou antes de deixar escapar: — E-eu estou grávida.
— Você está o quê? — Os olhos de Norah se arregalaram antes de cobrir o edredom sobre a mulher. Ela sabia que Cristina não tinha interesse em ter filhos e, portanto, sua gravidez só poderia ser um acidente. — Será que... Owen sabe?
— Sim, e eu vou fazer um aborto... — Cristina falou, sua voz baixa, diferente de seu habitual eu confiante. — E Owen acabou de me expulsar da minha casa.
— Ele o que?! Aquele bastardo! — Norah resmungou incrédula, — Devo, hum... Devo bater nele?
— Não! Querida, você está grávida. — Cristina retrucou antes de suspirar, — Eu estarei na casa de Mer amanhã, mas agora, eu só... Eu preciso me deitar.
— Você já está deitada.
— Mark está bem com isso?
Norah ergueu ligeiramente a cabeça para o homem encostado no batente da porta. Ele soltou um suspiro derrotado antes de sair da sala.
— Sim, ele está no sofá. — Ela confirmou e foi até o lado de Mark na cama, permitindo que Cristina ficasse do lado dela.
Norah deixou cair a cabeça no travesseiro quente e começou a cochilar de volta ao sono. Ela colocou a mão em torno de sua amiga, precisando de algo - ou alguém - para abraçar.
Cristina ficou imóvel e olhou para o teto antes de virar a cabeça para a outra mulher. — Descendente Sloan está me chutando?
— Sim.
Cristina abaixou a cabeça para a barriga de Norah, bem quando sentiu outro chute vindo do bebê. — Asno.
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