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CAPÍTULO QUARENTA E NOVE
sinto muito.
6ª temporada, episódio 12
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NORAH PASSOU POR Cristina no corredor; a última parecia em pânico e prestes a se cagar. A morena franziu as sobrancelhas com preocupação - Cristina Yang nunca entra em pânico.
Arrastando-a em um braço e Meredith em outro, ela empurrou as três em um quarto vazio e fechou a porta atrás delas.
— Cristina, você está prestes a explodir, então fale.
A residente nem esperou para tomar fôlego antes que suas palavras fluíssem, — Teddy - acontece que ela ama Owen e pensou que ela veio aqui para ser tudo, você sabe, 'Teddy e Owen', mas lá estou eu. E agora ela está com dor e ameaçando ir embora, então eu disse a ela que ela poderia ficar com ele.
Meredith e Norah olharam duas vezes, e seus olhos se arregalaram com as palavras dela. — O quê? — Perguntaram em coro.
— Ela é uma professora incrível, e eu estou, você sabe, estou feliz de novo, e estou... Estou na sala de cirurgia. — Cristina suspirou. — E eu estou me sentindo eu mesma e... E eu... E, claro, eu não quis dizer isso. Quero dizer, eu amo Owen. Eu o amo. Mas isso significa que eu não consigo tê-la... Então... — ela gaguejou, quebrando a cabeça, — Talvez eu quis dizer isso?
Meredith piscou em sua crise antes de exalar. — Ok, aqui está a coisa... Você não pode falar assim.
— Sim, você não pode, de jeito nenhum. — Concordou Norah. — É como transmitir que um bebê é feio. Quero dizer, você e eu podemos fazer isso, mas pessoas normais e sãs não fariam. Sabe o que quero dizer?
— Eu... Posso ter perdido você no bebê feio. — Admitiu Cristina, e as outras duas residentes suspiraram.
— O bebê. É feio. Os pais sabem disso, você sabe disso, todo mundo sabe disso, mas você não fala sobre isso. — Meredith explicou ainda mais, e Cristina finalmente assentiu.
— Ok, mas... Mas você está dizendo cirurgia, certo? — A última questionou as duas: — Arma na sua cabeça, você escolheria a cirurgia ao invés de Derek e Mark?
— Estou dizendo para não falar sobre isso. E não fale sobre isso com Owen. — Meredith concluiu com firmeza.
Cristina assentiu antes de virar a cabeça para a residente morena. — E você? O que aconteceu com você? Sloan voltou com Sloan ontem à noite, e ele bateu a porta com muita força, então o que está acontecendo lá?
Norah balançou a cabeça com as mãos nos quadris. — Sloan em questão pediu à filha-Sloan para morar com ele - ou conosco, nesse caso - e criar seu bebê conosco, sem pedir minha opinião de antemão.
As outras duas arregalaram os olhos para ela enquanto suas vozes paravam no fundo de suas bocas. A morena suspirou pesadamente, — Sim, essa foi exatamente a minha reação.
— Deixe-o. — Afirmou Cristina com firmeza, e Meredith virou a cabeça para a primeira.
— Isso é... Não. Estou chateada com ele agora, mas... Não. — Norah franziu as sobrancelhas, — Quero dizer, é como... Ele não se importava se eu queria isso ou não. Eu o amo, mas eu realmente não gosto da ideia de criar seu neto junto com sua filha que de repente invadiu nossas vidas.
— Onde ele está agora? — Meredith perguntou.
— LA. — Norah respondeu com um longo suspiro. — Eu disse a ele para chamar Addison para salvar o bebê. E eu deixei um bilhete para ele ter um voo seguro porque é isso que alguém que se importa faz.
— Você deixou um bilhete para ele?
— Oh, vamos lá, é razoável de mim!
Cristina deu um passo à frente e deu um tapinha nas costas da morena. — Querida, arma na cabeça, por favor me diga que você escolheria a cirurgia ao invés de Mark.
— Bem, arma na cabeça, ela pode atirar em si mesma. — Meredith afirmou com naturalidade.
Norah estreitou os olhos e cruzou os braços sobre o peito. — Ok, o fato de que você não está errada-
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PRIVATE PRACTICE
3ª temporada, episódio 11
— Qual é o seu problema? — Addison exigiu quando ela invadiu seu escritório. Mark seguiu de perto depois que ele estava perto de começar uma briga com um de seus colegas de trabalho, Pete.
— Eu? Qual é o problema com você? — Ele questionou de volta, — Você está tão nervosa como eu já vi.
— Não sou eu que começo brigas no pátio da escola com outros médicos. — Ela zombou sem graça.
— Você está ferida, Addie. Apenas admita.
— A Bizzy é lésbica!
Mark piscou enquanto suas palavras lentamente afundavam. — O quê?
— Minha mãe - ela é lésbica, o que significa que o capitão não era um trapaceiro. — Explicou Addison em derrota, — Foi tudo uma farsa - toda a minha infância. Tudo o que eu acreditava sobre meu pai, minha mãe, amor, casamento... Então, sim, estou um pouco... Abalada. — Ela desistiu, — Sua vez.
Mark teve que sacudir a cabeça longe da informação que se instalou. Ele soltou um suspiro longo e pesado quando voltou aos seus problemas. — Acho que Norah está brava comigo.
— Você acha?
— Bem, eu pedi a ela para criar o bebê de Sloan comigo. Ou, você sabe, criá-lo comigo e Sloan. — Ele explicou, caindo no sofá.
Ela estudou a expressão dele com curiosidade. — E?
— E eu... Não perguntei a ela sobre seus pensamentos sobre isso antes de uh... — Ele acrescentou a última parte em voz baixa, olhando para a ruiva que estava com as mãos nos quadris.
— Ela não está atendendo minhas ligações ou mensagens, Addison, e acho que posso começar a enlouquecer aqui. — Ele esfregou sua mandíbula, — Eu sei que deveria ter perguntado a ela primeiro, mas eu estava tão animado. Tinha tanta certeza de que era a coisa certa, por causa dela. Bem, palavra-chave: era.
— Você não a consultou sobre se ela está bem com você criando seu neto junto com sua filha na casa de vocês dois. — Addison brincou e balançou a cabeça, — E ela ainda é jovem para isso, você não acha? Residente do terceiro ano.
— Não fique do lado dela!
— Oh não, eu estou do lado dela! — Ela disparou de volta, — Quando você repreendeu as muitas enfermeiras ou médicos, inclusive eu, foi ela quem pediu desculpas a todos eles.
— Eu nunca pedi a ela para-
— Mas ela fez isso de qualquer maneira. E eu tenho certeza que você não precisa que eu te diga o porquê. — Ela o cortou com um olhar desinteressado em seu rosto. — Mark, eu não tenho interesse em saber o que diabos você falou com ela, mas eu estou te dizendo, se você continuar nesse ritmo, não vai acabar bem.
— Eu... — Suas palavras se dissiparam enquanto a culpa o consumia lentamente por dentro.
— Não desperdice esse amor, Mark. É ótimo, e você sabe disso.
Mark inclinou a cabeça para trás contra o sofá, mas ficou de pé apenas alguns segundos depois. — Eu estraguei tudo, oh meu Deus. — Ele murmurou baixinho, — Isso realmente é uma droga agora... E sua coisa também é uma droga.
Ele andou algumas voltas antes de levantar a cabeça de volta para Addison com um olhar amargo no rosto. — Bizzy é lésbica?
— Obrigada!
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— Você quebrou o AVM?! — Mark gritou enquanto entrava na sala onde Addison e Sam estavam.
— Não de propósito. — Afirmou a ruiva.
— Eu já disse isso a ele. — Naomi estava atrás dele, tentando puxá-lo de volta, ele apenas afastou a mão dela.
— Bem, então o que diabos aconteceu?!
— Pare de gritar com ela. — Sam interrompeu, mas Mark simplesmente o ignorou.
— Ela perdeu muito sangue, mas vai ficar bem. — Addison tentou tranquilizá-lo, mas ele não estava nem perto de se acalmar.
Ele passou as duas mãos pelo cabelo. — E-E o bebê?
— Eu acho que ele vai ficar bem.
— Você acha?! — Ele zombou alto.
— Eu espero. Sinto muito. — Addison corrigiu suas palavras. — O AVM é muito delicado, Mark. Está logo abaixo da dissecação, e e-ele simplesmente explodiu.
— Eu-eu preciso vê-la. — Ele murmurou, sua voz em pânico. Ele estava à beira de perder a cabeça, e ele podia sentir isso.
— Ok, olhe, Mark, ela vai estar em péssimo estado quando acordar. Ela teve uma hemorragia. Eu tive que abri-la. Ela vai estar muito pior do que da última vez. — Explicou ela, e ele olhou para ela sem expressão. — A última coisa que ela precisa é olhar para cima e ver você pairando, aterrorizado.
Ele podia sentir tudo sobre sua cabeça, e os nervos inquietantes estavam subindo por seu pescoço. — O que você espera que eu faça?
— Por que não damos uma volta? — Naomi sugeriu, mas foi afastada por Mark.
— Naomi, não fale comigo como se eu fosse uma criança. — Ele retrucou para ela, — Eu não tenho doze anos-
Ele balançou a cabeça furiosamente antes de pegar o telefone do bolso. Os três outros cirurgiões olharam para ele preocupados; seu rosto pintado de pura preocupação enquanto discava repetidamente um número.
Naomi estreitou os olhos em preocupação. — Ele deveria-
— Sim, deixe-o. — Addison insistiu enquanto observavam Mark continuar andando pela sala.
— Atenda... Atenda... Atenda... — Ele murmurou, mas quando a ligação caiu na caixa postal novamente, ele xingou em voz alta. — Droga, por que você não atende?!
Addison foi rápida em procurar seu telefone e tocar em um número. Uma onda de alívio a invadiu quando a chamada atendeu do outro lado.
— Addison?
— Derek, ligue para Norah agora mesmo.
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Norah estava guardando suas coisas em seu armário quando a porta do vestiário dos residentes se abriu.
Derek marchou para ela, ignorando os olhares curiosos dos outros residentes, e arrastou-a pela parte de trás da gola de seu jaleco branco.
— O que... O quê? O quê?! — Ela gritou para o atendente. Vendo suas sobrancelhas franzidas, ela lhe enviou um olhar de desculpas. — Desculpe, não quis me irritar... O quê?
— Mark está surtando. Você não está atendendo as ligações dele?
— Huh? Ele não- — seus olhos se arregalaram quando a compreensão afundou; ela estava silenciosamente se repreendendo por ser uma tola, presumindo que ele não se deu ao trabalho de ligar. — Oh droga, eu mudei meu número ontem, e eu... Droga.
— Ele está no telefone. Aqui. — Derek deu seu telefone para ela. Norah deu uma olhada no identificador de chamadas e pressionou o telefone contra o ouvido.
— Mark?
— Oh, graças a Deus. — Mark ofegou do outro lado do telefone, — A-Addison explodiu o AVM. Sloan teve uma hemorragia e-e ela teve que ser aberta, e-eu não... Eu-
— Ok, pare de andar agora. — Ela falou com firmeza e ouviu os passos barulhentos parando do outro lado do telefone. — A AVM é delicada, Mark. Não há como garantir nada durante a cirurgia, você sabe disso.
— Eu sei, mas eu só... Eu-eu não deveria tê-la trazido para LA, isso é um erro-
— Pare aí mesmo. Se você vai começar a se culpar, lembre-se que fui eu quem lhe disse para ir para Los Angeles. — Ela falou com uma inquietação persistente dentro dela. — Você não pode se culpar pelo que aconteceu na sala de cirurgia, certo? Ninguém poderia ter previsto nada.
Houve uma longa pausa do outro lado antes que sua voz soasse novamente, desta vez ligeiramente estrangulada.
— Eu sinto muito. — Ele conseguiu dizer, — Eu-eu deveria ter perguntado a você sobre Sloan morando conosco e tudo e... Eu sinto muito.
— Amor, é-
— Não, eu sei o que você vai dizer, e não, não está tudo bem. — Ele a cortou, sabendo o que ela diria para acalmá-lo.
Mas era culpa dele, e ele sabia disso - a culpa dentro dele era a principal razão pela qual ele estava perdendo a cabeça.
— Eu não deveria... Eu só... Quando Sloan melhorar aqui, eu volto logo, ok? — Ele falou novamente em uma voz menos apavorada, — E apenas... Venha para casa, por favor.
— Ok. — Ela respondeu com um aceno que ele não podia ver, — Eu vou. Eu prometo. Vejo você em breve, certo?
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Na noite seguinte, Norah levantou a cabeça do sofá quando ouviu chaves tilintando do lado de fora da porta. Mark entrou no apartamento com sua mala atrás dele, parecendo cansado e angustiado.
Houve também uma onda de alívio quando ele a viu esperando por ele.
Fechando a porta e jogando as chaves de lado, a próxima coisa que ele fez foi ir até ela na sala e enterrar o rosto em seu pescoço, seus braços a abraçando com força.
— Sinto muito, realmente.
— Eu sei que você sente. É só, — Norah moveu a cabeça dele entre as mãos dela, — você me fez sentir de fora naquele dia, e foi como se você estivesse construindo... Me deixando de fora, sabe?
— Oh Deus... — Ele fechou os olhos e baixou a cabeça ligeiramente, — Eu não queria fazer você se sentir assim, Norah... Droga, eu estava sendo egoísta, não estava?
— Muito. — Ela suspirou, — Bem, eu não queria simplesmente desaparecer naquela noite, mas isso foi muito jogado na minha cara de uma vez, então eu precisava de algum tempo e espaço para limpar minha cabeça. Mas por favor, pergunte-me antes de decidir fazer algo grande, hum?
— Nunca mais, eu te prometo isso. — Ele sorriu de volta para ela antes de desviar o olhar de seus olhos vacilante.
— O que é isso?
— Nada, apenas uh... Eu me sinto uma merda agora.
— Como deveria. — Ela brincou antes de dar um beijo na testa dele, fazendo-o abrir um sorriso. — Mas você está perdoado. Então vá tomar um banho, então podemos dormir um pouco.
— Posso pular o banho?
— Se você quiser dormir no sofá, não tem problema.
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6ª temporada, episódio 13
— Ele parece horrível. — Norah gritou ao ver Derek, que estava na escada enquanto ajustava seu jaleco branco. Isso, mais os cartões de fala que ele embaralhou em suas mãos, era apenas outro nível de visão desagradável.
Mark concordou com a cabeça quando seu café foi arrebatado por sua namorada. — Sério, o que há com a gravata?
— Não é? — Callie riu em concordância, — O que diabos ele está vestindo?
— Ele parece bem, — Owen discordou deles, — Principalmente.
— Ele parece um agente funerário> — Cristina deu de ombros.
— Ele parece um daqueles técnicos de laboratório da minha universidade. — Norah estreitou os olhos, — Ele tem um péssimo senso de moda.
O grupo bufou com as críticas contundentes da residente em relação ao seu novo chefe de cirurgia.
— Eu prometi a ele que bateríamos palmas. — Murmurou Arizona.
— Oh agora?
Derek limpou a garganta, e as conversas de todos morreram. Ele levantou a cabeça para o grupo de cirurgiões que se reuniram na frente dele.
— Quero agradecer a todos vocês por estarem aqui. Eu sei que vocês estão ocupados, então vou tentar fazer isso rápido. — Ele falou, — Como vocês devem ter ouvido, eu fui nomeado o novo Chefe de Cirurgia interino. É meu objetivo pessoal fazer essa transição o mais suave possível. Eu sei que tivemos alguns meses difíceis. Erros foram cometidos.
— Ele está falando sobre a fusão. — Disse Alex ao grupo, e Lexie o calou.
— Eu pretendo corrigir esses erros e, uh... Trazer este hospital de volta à sua antiga glória.
— Ex-glória'? Quem escreveu suas cartas? — Norah ergueu uma sobrancelha e reprimiu um sorriso quando os olhos de Derek se voltaram para ela no meio da multidão.
— O Undertaker precisa de um redator de discursos. — Cristina se encolheu.
— Estamos ferrados. — Jackson suspirou.
— Sim, você está, otário> — Alex respondeu presunçosamente.
Timothy bufou para eles, — Relaxe, Jackson, você vai ficar bem.
— Dê uma olhada. Chefe Webber. — Reed apontou, fazendo com que suas cabeças se voltassem para Webber e um membro do conselho que estavam entrando no saguão.
Derek seguiu o olhar da multidão e cruzou os olhos com Webber, que não parecia divertido. O primeiro entrou em pânico ao chegar ao seu discurso. — O que eu quis dizer... Uh, com isso é-
— Oh não, isso está ficando ruim. — Norah fez uma careta enquanto Derek continuava gaguejando em suas palavras.
— O que eu estou tentando dizer é - eu quero agradecer por seu apoio antecipadamente... Uh, isso é tudo. — Ele encerrou apressadamente, — Ok, vamos voltar ao trabalho.
A multidão murmurou e cochichou entre si, e Arizona começou a bater palmas com um sorriso forçado no rosto; todos, também, seguiram o exemplo confusos.
Norah aplaudiu junto com eles, embora parecesse mais que eles estavam zombando de seu discurso. Felizmente, sua inquietação desapareceu quando Mark começou a assobiar ao lado dela.
Derek lançou um olhar para ele enquanto caminhava em direção ao par. — Como foi? — Ele perguntou.
Norah estendeu a mão e cobriu a boca de Mark antes que ele pudesse falar antes de se virar para o chefe interino. — Foi, uh, bom... Legal. — Ela respondeu, mantendo um sorriso amigável no rosto.
Derek desviou os olhos para Mark, que balançou a cabeça, e seus olhos baixaram para a residente novamente. — Vamos, Norah, eu poderia usar sua honestidade brutal agora mesmo.
Ela pegou seu olhar, percebendo que ele estava, de fato, sério antes de assentir. — Tudo bem, se você diz. — Ela limpou a garganta e enxugou a mão no casaco de Mark já que sua língua não estava se comportando.
— Você parece um nerd de química com ansiedade social que foi apontado como uma arma para fazer um discurso sangrento. — Ela não se conteve, — E a gravata parece que você está se sufocando.
Mark teve que tossir para longe de sua risada quando Derek levantou uma sobrancelha para ela enquanto afrouxava a gravata. — Tão ruim?
Ela assentiu com um sorriso lamentável. — Eu pessoalmente me senti estranha por você.
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Mark estava em laboratório de habilidades, ajustando seu enxerto de pele no prato. Norah sentou-se ao lado dele enquanto observava seu trabalho. Os olhares roubados, e os sorrisos eram mais do que frequentes.
— Ei, Sloan foi liberado de LA, certo? — Ela perguntou, e ele ergueu a cabeça para ela momentaneamente.
— Sim, mas Addison está mantendo ela por mais alguns dias. Ela vai aconselhá-la ou algo assim. — Ele informou com seu foco ainda em seu enxerto, — Quero dizer, ela tem dezoito anos, e um bebê é uma grande mudança em sua vida.
Norah abaixou a cabeça quando seu telefone tocou. A notificação que apareceu fez com que suas sobrancelhas se unissem ao mesmo tempo.
Desta vez foi um número que ela reconheceu... De antes.
De: Número desconhecido
[11:32] Alterar seu número não funciona.
[11:32] Você não pode me ignorar para sempre.
— Você ainda esta aí? — Mark perguntou ao notar o olhar em seu rosto, que ela tinha sempre que estava mergulhada em seus pensamentos.
— S-Sim, estou aqui.
— Por que você mudou seu número, no entanto? — Ele perguntou curiosamente enquanto ela voltava sua atenção para ele, — Quero dizer, por que tão de repente?
— Uh... Mensagens de spam. Ficou chato. — Ela respondeu antes de olhar de volta para seu telefone.
Para: Número desconhecido
Quem é você? [11:33]
Por que você tem meu número? [11:34]
De: Número Desconhecido
[11:35] Já me esqueceu? Estou triste.
Para: Número desconhecido
Oi triste, tchau triste. [11:35]
De: Número Desconhecido
[11:36] Não sinto falta do seu humor.
[11:36] Vou te dar uma dica.
[11:37] Eu sou o cara que fez você se mudar pelo país.
Seus polegares congelaram no ar, seus olhos se estreitaram no cursor que estava piscando de volta para ela. Jogue fora. Provavelmente é apenas um troll.
Para: Número Desconhecido
Não conheço essa pessoa, desculpa. [11:38]
De: Número Desconhecido
[11:38] Não é?
[11:39] Estou magoado, de verdade.
[11:39] Prazer em falar com você de novo, boneca.
Na última mensagem, Norah sentiu os pelos em cada centímetro de sua pele se arrepiarem enquanto olhava para o texto, relendo-o várias vezes, rezando para que fosse algum tipo de piada.
Não teve jeito né?
— Terra para Laurie. — Mark gritou, fazendo Norah virar a cabeça de volta para ele. — Você sumiu, de novo.
— Sim... Eu acho que sim. — Ela respondeu antes de guardar seu telefone, a estranha sensação de estranheza rastejando por sua pele.
— Então, eu estava perguntando, você tem certeza que está bem com isso? — Ele repetiu sua pergunta, — Sloan e o bebê e tudo, quero dizer.
— Bem, hum, um bebê dá muito trabalho, com certeza... E as crianças me aterrorizam em geral, então... — Ela murmurou de volta, e ele franziu as sobrancelhas. — Nós vamos descobrir isso, hein?
Ele pensou por um momento antes de assentir. — Sim. Nós vamos.
Ela se recostou na cadeira, cruzando os braços na frente do peito. — Mas um bebê também significa nada de sexo em casa... Você percebe isso, certo?
— O que? Não! — Seus olhos se arregalaram com a súbita consciência e olharam para ela boquiabertos; ela bufou alto em seu olhar esgotado.
— Nós não queremos assustar um bebê agora, não é? — Ela sorriu de volta.
— Bem, ele tem que aprender coisas mais cedo ou mais tarde.
— O quê?! Inferno, não! Isso é tão ruim, oh meu- mau Mark!
Ele baixou o olhar de volta para a bandeja na frente dele, deixando as ferramentas em suas mãos de lado, derrotado. — Ugh, você me fez destruir meu enxerto de pele!
Ela riu de seu resmungo e explosão, mas ainda existia uma preocupação persistente enterrada dentro dela que ela escolheu ignorar naquele momento.
Ela preferia aproveitar o presente, por assim dizer.
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