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CAPÍTULO TRINTA
número doze.

5ª temporada, episódios 1 e 2

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NORAH SE APRESSOU até o grupo de cirurgiões amontoados em torno de um computador no posto de enfermagem. Todos olhavam inquietos para a tela, esperando que os novos rankings de hospitais universitários de todo o país fossem atualizados enquanto Bailey continuava apertando o botão de atualização.

— Já está atualizado? — Norah perguntou enquanto se inclinava sobre a mesa para olhar a tela.

— Não! Espere! — Bailey retrucou: — Lawrence, tire seu cabelo do computador!

Norah prendeu o cabelo com uma cara de mau humor e caminhou até o outro lado da mesa. Mark estava sentado parcialmente na mesa, e ele a deixou deslizar na frente dele.

— Eu estou pensando que vamos subir um número. — Ele previu, se aproximando dela intencionalmente. — Passamos Hopkins, passamos para o número um.

— Isso é fantasia, Dr. Sloan. — Norah discordou enquanto pegava o café da mão dele, tomando um gole enquanto ele estreitava os olhos para ela.

— Você quer saber o que mais eu estou fantasiando?— Ele sussurrou próximo ao ouvido dela, e ela revirou os olhos.

— Nós não estamos passando Hopkins. — Derek expressou do outro lado do grupo, — Nós vamos ficar no número dois.

— Mayo pode surgir à frente, — interveio Hahn, — podemos ser três.

— Três? — Derek levantou uma sobrancelha, — Pessimista.

— Realista. — Corrigiu Hahn. — Os rankings dos hospitais universitários mudam com base em uma série de coisas.

Mark deu de ombros. — Três são os cinco primeiros. Posso viver com três.

Enquanto Izzie tentava apertar o botão de atualização no teclado, Bailey deu um tapa em sua mão antes de se virar para todos os atendentes e residentes agrupados atrás dela.

— Ok, todos vocês, parem! Parem de pairar. Parem de especular. — Ela retrucou para eles, e todos deram um grande passo para trás. — Os rankings vão subir quando eles subirem. Não temos controle sobre quando eles são postados.

Norah cuidadosamente aproximou a mão do teclado, em direção ao botão de atualização; os outros observaram seu movimento sorrateiro em silêncio.

— Quando acabar, eu direi que acabou! Até lá, parem. Calem a boca. E me deixem em paz, para que eu possa-

— Acabou! — Norah anunciou enquanto rapidamente retirava a mão do teclado.

Todos imediatamente abaixaram a cabeça em direção ao computador e se aproximaram da tela. Mark estava inclinado sobre o ombro dela, sussurrando - piadas sujas - e ela teve que cutucá-lo no peito para fazê-lo calar a boca.

— Uh, número um: Hopkins. Número dois: Mayo... — Bailey começou a ler, — Três... Cleveland Clinic?

— O quê?

— Quatro: Mass Gen.

— Espere, espere. Nós mudamos para cinco? — Questionou Cristina.

Norah franziu a testa para a lista de classificações exibida na tela. — Não, nós somos... Nós somos o número doze. — Ela olhou em choque. Todos começaram a resmungar e gemer, balançando a cabeça em decepção e descrença.

— Nós poderíamos hackear o ranking. — Ela sugeriu, e todos viraram a cabeça para ela com curiosidade. — Eu... Bem, Tim e eu... Podemos ter feito uma... Ou duas aulas de... Sim... Má ideia?

— Você está cheia de surpresas. — Mark murmurou para ela.

Ela sorriu de volta, — Isso se chama ter muitos interesses em muitas especialidades.

A noite estava nevando. Minúsculos flocos de neve brancos caíram do céu na estrada escura e asfaltada; o inverno estava gelado, sem dúvida. Os residentes estavam esperando no compartimento de ambulância, esperando que um caso de trauma chegasse enquanto eles tremiam com o clima; Norah, no entanto, estava gostando da frieza.

— Parem de tremer. — Bailey retrucou, — Vocês estão me envergonhando.

— Eu não sabia que estaríamos do lado de fora. — Izzie falou entre conversas. Alex se moveu para pegar um cobertor grosso na maca atrás deles e cobriu-a; Norah e Meredith estreitaram os olhos para eles. — Eu estou bem. Você não tem que fazer isso.

— Arrume-se. — Alex insistiu, — Você está ficando azul.

— Dra. Bailey, está meio frio aqui. — Meredith falou.

— Alguém virá. — Afirmou Bailey.

— Ninguém está vindo.

— Talvez alguns velhos com quadris quebrados.

— Saúde, mas isso soa chato.

— Ok, parem de falar. — Bailey repreendeu os residentes mais jovens. — Nós somos o Seattle Grace Hospital, e com ou sem classificação, vamos ficar do lado de fora. De prontidão. Em alerta. E dar o melhor atendimento disponível para cada paciente que chega à nossa porta. Podemos não ser mais classificados melhor, mas ainda sou a melhor. E vocês são meus residentes, o que significa que são os melhores.

O grupo de residentes se entreolhou e Norah falou com um sorriso: — Ah, isso é comovente com este tempo, Dra. Bailey. — Enquanto o resto dos residentes riam, a morena recebeu um olhar.

Cristina saiu do pronto-socorro, toda vestida. Ela franziu as sobrancelhas quando viu todos de pé e esperando do lado de fora sem uma ambulância para encontrá-los. — O que estamos fazendo?

— Congelando nossos pés. — Respondeu Norah.

— Estamos esperando por um milagre. — Meredith deu de ombros.

Bailey fez uma careta para as duas antes de falar, — Alguém virá.

— Dra. Bailey, você sabe que Mercy West está recebendo todo o trauma primeiro. — Disse Cristina.

— Alguém virá.

— Então, estamos aqui na esperança de que alguém esteja gravemente ferido? — Meredith ergueu uma sobrancelha para a residente-chefe, — Desejando e rezando para que alguém esteja tão ferido e tão perto da morte, que a ambulância tenha que trazê-lo aqui porque estamos mais perto do que Mercy West.

— Sim.

— Uau. Você e Deus estão bem com isso? — Perguntou Izzie. Bailey olhou para a residente loira antes de suspirar.

— Droga, eu esqueci de Deus... — Ela balançou a cabeça, — Tudo bem, vamos voltar para dentro-

— Maldita limusine! — Norah exclamou, apontando para o veículo que buzinou alto, seus pneus cantando na estrada gelada. Os outros residentes instantaneamente se viraram enquanto a limusine flutuou e virou até que finalmente parou na frente das portas do pronto-socorro.

Eles não perderam tempo em correr em direção ao veículo. Meredith e Izzie tiraram uma das mulheres da limusine com cuidado, chamando por macas e cadeiras de rodas. Quando o banco de trás se abriu, todos os olhos deles se arregalaram. O motorista da limusine estava coberto de sangue que ainda esguichava Deus sabe de onde.

— Puta merda. — Norah engasgou enquanto aplicava pressão no abdômen do homem que ainda estava saindo sangue, — Maldita limusine de verdade!

Mark ficou ao lado de Norah enquanto orientava a residente a enfiar a agulha no rosto do paciente. A paciente gemia de dor enquanto sua amiga tentava consolá-la. — Ai, ai, ai - dói! — Ela sussurrou, — Você tem certeza que não deve deixar o cirurgião plástico fazer isso?

— A Dra. Lawrence aqui tem ótimas mãos. — Afirmou Mark, — Você vai agradecer a ela quando não houver praticamente nenhuma cicatriz. — Norah reprimiu um sorriso enquanto o olhava por cima do ombro.

Bailey caminhou até as duas mulheres com Cristina seguindo atrás dela; Norah olhou curiosa para os rostos excitados que elas tentaram esconder. — Senhoras, hum, eu estive no telefone com o despacho de ambulância. — Bailey prefaciou, — Três cavalheiros em uma limusine colidiram com outro veículo na Broad Street. É possível que tenha sido de seus maridos.

Cristina assentiu antes de informar: — Eles estão levando-os para Mercy West-

— Que fica do outro lado da cidade-

— A menos que vocês prefiram que eles sejam trazidos aqui.

A paciente ergueu a sobrancelha para eles. — Nós podemos fazer isso?

— Oh, vocês podem insistir. — Bailey assentiu, um sorriso se formando em seu rosto.

— Ah, tudo bem, então. Nós insistimos.

Norah olhou para o par, divertida mas impressionada. — Isso foi mal. — Ela sussurrou, rindo para as duas residentes que se afastaram com um pequeno salto em seus pés.

— Isso foi inteligente. — Mark corrigiu.

Derek passou pelo pronto-socorro, avistando a residente e o atendente. A proximidade que ele estava atrás dela o fez pensar...

— Dra. Lawrence? — Ele gritou, e Norah virou a cabeça para ele. — Eu tenho uma consulta de Neuro. Você está?

A maneira como seus olhos se iluminaram contava uma história diferente.

— A coluna está esmagada de C6 a T1, — informou Callie, — atingindo o cordão.

— Lawrence, o que você acha?

— Precisamos entrar e tentar aliviar a pressão na medula espinhal. — Respondeu Norah.

Derek assentiu lentamente. — Mas com este tipo de lesões-

— A pessoa não anda de novo. — O paciente, Phil, falou atrás deles. Eles se voltaram para ele, e sua esposa entrou em pânico; seus olhos se arregalaram em choque quando ela se aproximou dos cirurgiões.

— Você tem que ser capaz de fazer alguma coisa. — Anna implorou, — Phil é muito forte. Ele tem netos. V-você tem que fazer alguma coisa.

— Você poderia congelá-lo, — uma voz desconhecida falou da porta, — se você quiser que ele tenha uma chance de andar novamente.

Norah virou a cabeça em direção à fonte do som e viu um homem com uniforme do exército parado ali, olhando para eles solenemente. Os três cirurgiões franziram o cenho diante da interrupção do militar; Cristina estava ao lado dele com um olhar de desculpas no rosto.

— Quem diabos é você? — Derek questionou quando eles saíram da sala, longe de Phil e Anna.

— O Cirurgião do Exército, que fez algo louco com uma caneta na garganta de um cara. — Respondeu Cristina, seu tom bastante aterrado.

— Bem, eu apreciaria se você não desse falsas esperanças ao meu paciente e à esposa dele. — Declarou Derek.

— Até que você tenha esgotado todas as opções, não é falso. É apenas esperança. — Owen argumentou, — Talvez você devesse manter sua pesquisa atualizada.

— Eles fizeram um jogador de futebol andar no Buffalo Gen usando hipotermia terapêutica. — Disse Callie.

Enquanto os atendentes e a residente sênior discutiam, Norah e Cristina ficaram de lado, observando-os como uma partida de tênis. — Então, ele é o rapaz da caneta-garganta sobre quem as enfermeiras estavam fofocando? — Norah questionou.

— Aham. — Cristina assentiu. — Quente.

Norah virou a cabeça para a outra residente. — Inferno, Cristina. Ele está aqui há menos de uma hora, e você parece querer ficar com ele.

Cristina apenas revirou os olhos para o fato de que a morena não estava errada. — E você e McSteamy? — Ela atirou de volta, — Finalmente são uma coisa?

Norah estava prestes a abrir a boca para falar quando a conversa foi interrompida.

— Lawrence, vamos. — Derek gritou. A residente empurrou-se para fora da parede e deu uma piscadela para Cristina; a última balançou a cabeça com um suspiro.

— Salva pelo neurocirurgião irritado.

Norah estava perto do balcão depois do incidente interessante que envolveu um neurocirurgião e uma enfermeira de sala de cirurgia irritada - que aconteceu durante a cirurgia. Sua caneta dançava entre seus dedos enquanto ela rabiscava palavra após palavra no fichário grosso.

Ela havia enviado seus internos para casa durante a noite, considerando que já era meia-noite, e eles pareciam mini-zumbis vagando no hospital.

— O chefe está sob o feitiço de algum homem louco camuflado. — Ela ouviu Derek falar.

— Rapaz da caneta-garganta? — Norah perguntou enquanto ele lhe entregava alguns arquivos para passar para a enfermeira.

— Rapaz da caneta-garganta? — Mark levantou uma sobrancelha para ela enquanto cruzava os braços sobre o peito, — Bem, 'rapaz da caneta-garganta' salvou a vida do meu paciente. Ele nunca mais falará, mas ainda assim, salvou a vida. — Ele cutucou a cabeça na mão de Derek. — O que aconteceu com tua mão?

— Ah. — Derek levantou a mão que estava enfaixada, — Bisturi. Rose. Não intencional.

— Pode ter sido intencional. — Disse Norah, e ele revirou os olhos com um suspiro.

— Ela é um rato morto no chão da cozinha. Em algum momento, você tem que pegá-lo e jogá-lo fora. — Mark afirmou antes de apontar para a mão ferida, — Quer que eu dê uma olhada nisso?

— Honestamente? Eu prefiro Norah a você. — Derek sorriu, e a residente bufou; Mark enviou a ambos um olhar. — Mas Meredith vai cuidar disso.

Mark franziu as sobrancelhas para o outro atendente. — Sou um renomado cirurgião plástico. Grey é uma residente.

— Ela me dá sexo. — Derek sorriu enquanto se afastava dos dois, — Especialmente quando estou ferido.

Norah deu uma risadinha e entregou o último dos prontuários à enfermeira. Mark se inclinou para mais perto dela, prendendo o punho de seu casaco branco com um dedo. Ele abaixou a cabeça para ela e falou em voz baixa: — Você e eu, quarto de plantão?

Ela se virou para ele enquanto colocava a caneta de volta no bolso do casaco; aquele sorriso sugestivo estupidamente estampado em seu rosto. Ela olhou para as enfermeiras, que estavam ocupadas fazendo suas coisas, antes de se aproximar dele.

A mão dela agarrou a parte inferior da blusa dele, puxando-o suavemente para mais perto enquanto ela se inclinava para ele, mas ela apenas permitiu que seus lábios roçassem suavemente contra os dele, ouvindo o suspiro suave dele quando ela sussurrou ao lado de seu ouvido:

— O armário de suprimentos está mais perto.

Ele jurou baixinho.

A mudança finalmente terminou por volta das três da manhã. Norah sentiu como se seus olhos estivessem fechando e suas pernas estivessem prestes a ceder. Ainda estava nevando lá fora; uma camada de branco cobria o chão, os veículos moviam-se lentamente na estrada.

— Quando você vai refazer seu exame de estágio? — Norah perguntou a George enquanto se sentava ao lado dele no refeitório vazio.

— Eu não sei. — Ele respondeu enquanto arrumava a pilha de papéis sobre a mesa, — Dr. Webber parece chateado com toda a coisa do 'número doze' que eu nem ousei perguntar a ele.

Ela assentiu. — Bem, você precisa de ajuda para estudar?

— Oh, Lexie está sendo uma grande ajuda. — Afirmou, — Sua memória fotográfica é realmente algo bom. Oh, você sabia que ela disse a Sloan para calar a boca na sala de cirurgia dele hoje?

— Ela fez? — Ela levantou uma sobrancelha para ele, — Isso é impressionante. Eu vou dever isso a ela.

George assentiu; uma pergunta que ele pretendia fazer por um tempo agora surgiu em sua mente. — Existe... — Ele gaguejou, — Nós somos amigos, certo? Bons amigos?

— Uh... Você é meu primeiro amigo neste hospital. — Norah estreitou os olhos para ele curiosamente, — E você é o meu favorito do nosso ano.

Houve um longo silêncio entre eles que estava prestes a se tornar estranho quando ele falou novamente. — Você está dormindo com Sloan? — Ele perguntou de repente, — Quero dizer, eu vi vocês dois sendo próximos, e bem, eu vi o formulário 'Encontre e conte' que você-

— Ok, assustador. George, realmente assustador. — Ela franziu a testa antes de suspirar, — Na verdade estou namorando ele - sim, você ouviu direito - e você é a primeira pessoa para quem eu contei. Bem, além de Tim.

— Uau, uh... — Ele pareceu surpreso, de repente sem palavras, — Você... Vocês dois parecem bons juntos.

— Você pensa? — Ela sorriu, e George assentiu. — Bem, você e Lexie-

— O quê? Lexie é minha melhor amiga. — Ele alegou, — Bem, você é minha... Você é uma das minhas melhores amigas também.

Norah bufou, balançando a cabeça. — George, ela disse a Mark para calar a boca em sua sala de cirurgia, e ela está ajudando você a estudar. — Ela apontou, — Apenas dizendo. — Ele franziu a testa, olhando para seus papéis em confusão. Ao enfiar as mãos nos bolsos, sentiu um objeto de metal quente dentro dele e o tirou.

Era uma moeda de uma libra com o ano de 1978 gravado nela; não muito brilhante, não muito especial.

— Aqui. — Ela falou e deslizou a moeda sobre a mesa, — Essa moeda me ajudou a passar em todas as minhas provas desde a escola primária. Conte com isso como um símbolo de sorte, apenas lembre-se de devolver, sabe?

— V-você tem certeza? — Ele perguntou, pegando a moeda e admirando-a antes de arquear uma sobrancelha para ela, — Quero dizer... É sua moeda da sorte, e eu não quero... Eu não sei, dá azar.

Norah riu da expressão em seu rosto. — Você me ajudou quando eu cheguei aqui. — Ela afirmou, — Nós devemos continuar ajudando uns aos outros, certo?

— Absolutamente, eu vou recompensá-la por isso!

— Eu definitivamente estarei esperando por isso, então.

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