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CAPÍTULO SETE
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2ª temporada, episódio 19
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OS INTERNOS ENTRAVAM e saíam do vestiário, as portas de metal se abrindo e se fechando; murmúrios e sussurros inundaram a sala, mas nenhum dos sons conseguiu impedir Norah de cochilar. Ela gemeu de aborrecimento enquanto se levantava, balançando em direção ao seu armário.
— Eu preciso de colírio. — Ela murmurou. — Colírio de pimenta.
— Você pode experimentar o molho picante no refeitório. — Sugeriu Cristina.
— Cinquenta dólares dizem que O'Malley a pegou com Mark Sloan. — Disse Alex, olhando para George e Meredith, que claramente tinham algo acontecendo. Izzie o acertou no braço, fazendo-o fazer uma careta para ela.
— Eu diria que Norah dormiu com Mark Sloan. — Cristina se opôs com uma bufada. — Quero dizer, olhe para ela.
Os três internos viraram a cabeça para a pessoa em questão, que bocejou amplamente. Depois de ser chamada ao hospital à meia-noite, Norah trabalhou quase até o amanhecer - agora, seu cérebro estava desligando.
— Ela parece alguém que teve uma longa noite. — Cristina baixou a voz antes de especificar. — Várias rodadas.
— Cadela - eu estive aqui desde de uma da manhã. — Norah retrucou, olhando para a mulher sorridente. — E o banco aqui é super desconfortável.
— Ooh, alguém está mal-humorado.
— Há salas de plantão por uma razão. — Sugeriu Alex.
— E encontrar pessoas fazendo seus atos? Poupe-me. — Norah estremeceu e ergueu os dois braços em rendição, fazendo os outros internos rirem.
— Tem alguma coisa acontecendo. — Izzie interrompeu enquanto estudava os outros dois estagiários. — Quero dizer, olhe para eles.
Eles deslizaram pelo banco, mais perto de onde Meredith e George estavam tirando coisas de seus respectivos armários. — Tudo bem. Ele a encontrou fazendo com McDreamy. — Alex adivinhou novamente e imediatamente franziu a testa com suas palavras. — Eu acabei de chamar aquele cara de McDreamy? — Ele se encolheu.
— Oh, você sabe que você fez.
Finalmente farta dos jogos de adivinhação, Izzie caminhou até eles, ansiosa para descobrir o elefante na sala. — Gente? — Ela chamou.
— Com licença. — George murmurou, e Izzie saiu do caminho dele.
— O que é... O que está acontecendo? — A loira questionou. George e Meredith deram olhares estranhos a Izzie, fazendo com que a última ficasse ainda mais curiosa do que antes. — Se você nos disser, talvez possamos ajudar.
— Não há nada para contar. — Afirmou George.
— Oh, isso significa que há algo para contar. — Cristina riu conscientemente.
— Não há nada a dizer. — Meredith assegurou para as duas intrometidas. — E é melhor alguém acordar Norah.
Cristina e Izzie olharam para a morena, que estava encostada no armário, com os braços cruzados e a cabeça caída. — Uau... Ela está dormindo em pé?
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— Você parece um inferno. — Derek disse enquanto caminhava até Norah no pronto-socorro.
Ela passou um prontuário para a enfermeira e murmurou um 'obrigada' antes de se voltar para ele. — Não, eu me sinto como o inferno. Eu pareço gostosa. — Ela sorriu, e ele revirou os olhos. — Já tomei dois cafés e ainda estou cochilando. Preciso de estimulantes naturais.
Derek arqueou uma sobrancelha para ela com curiosidade. — Como o quê?
O som da sirene de uma ambulância encheu seus ouvidos, e suas costas se endireitaram quase imediatamente. Seus olhos se arregalaram e ela se sentiu energizada como nunca antes - adrenalina.
— Assim - até mais! — Norah colocou um par de luvas e saiu correndo do pronto-socorro. Ela se aproximou do paramédico, que acabara de descarregar o paciente em uma maca.
— Homem de 35 anos, falta de ar e teve um episódio de síncope. — Informou o paramédico enquanto levava o paciente para o pronto-socorro. — O pulso é rápido e irregular.
Norah reconheceu o rosto imediatamente - era Denny Duquette.
Ao chegar ao pronto-socorro, ela viu Izzie, que correu em sua direção. Quando esta viu de relance o homem na maca, seu rosto empalideceu de preocupação. — É Denny!
— Sim, eu sei. — Norah respondeu sem graça enquanto ajudava os paramédicos a levar o homem para uma sala de trauma.
— Denny é meu paciente. — Izzie brincou, inserindo-se no caso.
Norah olhou para a loira, que já havia gritado com um residente do pronto-socorro, para chamar Burke e gritado ordens - basicamente tomando conta de toda a sala. Ela balançou a cabeça enquanto tirava as luvas e as jogava na lixeira. — Izzie, eu aconselho que você não se apegue.
Izzie ignorou suas palavras.
Norah saiu da sala e encontrou Alex, que tinha um cupcake na mão, parecendo mais sombrio do que nunca. — Você a deixou levar o caso? — Ele questionou, olhando para a morena. Norah apenas suspirou, e Alex passou por ela na sala de trauma.
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— Você dormiu ou não com Mark Sloan? — Cristina perguntou.
— Ugh, por favor, eu disse que estive aqui desde a meia-noite. — Norah gemeu, enfiando um salgadinho na boca enquanto as duas subiam a escada. — Além disso, ele não é... Não é meu tipo.
Cristina virou a cabeça para a outra mulher com um olhar de descrença. — Este é o mesmo Mark Sloan que estamos falando, certo? O Mark Sloan? McSteamy? — Ela questionou. — Você realmente usou esses seus lindos olhos para vê-lo?
— Tudo bem, tudo bem, entendi. — A morena balançou a cabeça. — Ele é gostoso... Muito gostoso, na verdade... Mas ele... Não é meu tipo... Ele é um jogador... Sabe o que quero dizer? Tenho certeza que ele dormiu com metade de Nova York.
— Ah, ele te disse isso, hein? — Cristina bufou.
— Eu perguntei, e, bem, ele não negou. — Norah deu de ombros, e a outra estagiária levantou uma sobrancelha para ela com curiosidade. — Ok, nós meio que tomamos uma bebida juntos ontem à noite. Eu fui ao Joe, e ele estava lá. Fim da história - ei, não me dê esse sorriso.
Ela deu a Cristina um olhar de advertência, e a última deu de ombros enquanto abria a porta da escada.
George estava andando na direção delas, seu rosto furioso; Meredith e Alex o perseguiam, e Izzie tinha acabado de sair de um dos quartos. — Você acha que no mínimo ela respeitaria sua privacidade! — George gritou no corredor.
— Hum... O que perdemos? — Norah perguntou, abaixando-se para o lado quando George começou a fugir com Meredith seguindo o exemplo.
— O bebê está pirando. — Alex respondeu sem rodeios.
— Por que ele está surtando? — As mulheres perguntaram em coro, e todos os quatro foram atrás dos outros dois.
George estava parado na frente de uma porta quando eles os alcançaram. — George, podemos pelo menos conversar? — Meredith implorou.
— Eu não quero falar. Não com você! — George gritou: — Eu queria ficar de boca fechada! E se você não estivesse fugindo de mim toda vez que me vê, você saberia disso!
— Drama hospitalar. — Norah aplaudiu de lado enquanto George abria a porta da escada, e o resto dos internos o seguia. Ele começou a descer as escadas correndo, dando dois passos de cada vez.
Meredith soltou outro suspiro antes de tentar fazê-lo parar novamente. — Ok, você está certo, mas podemos apenas conversar agora?
— Você quer conversar agora porque você disse a todos que fizemos sexo! — Gritou George. Os olhos de todos se arregalaram. Izzie e Cristina estavam além do choque enquanto Norah e Alex estavam atrás deles, ambos parecendo divertidos.
— Você fez sexo?!
— Você fez sexo com George?!
George olhou para o olhar questionador e chocado nos rostos dos estagiários, sentindo-se alarmado, mas confuso. Ele virou a cabeça para Meredith, inseguro, antes de perguntar: — Você não contou a eles?
— Não.
— Caramba! — Ele uivou novamente de frustração. Ele se moveu para descer o próximo lance de escadas, mas acidentalmente perdeu o primeiro degrau e caiu.
— George!
Todos olharam para ele preocupados enquanto ele descia cada degrau. George estremeceu, segurando seu braço e rolando no chão. Alex estava rindo, e Izzie deu um tapa em seu braço; Norah tentou ao máximo esconder seu sorriso enquanto continuava mastigando suas batatas fritas, o som crocante ecoando na escada.
— Vamos, George. — Ela falou, caminhando para encontrar o homem gemendo de dor. — Vou chamar a residente que colocou meu braço de volta para consertar o seu.
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2ª temporada, episódio 20
O alarme estrondoso acordou Norah sobressaltada. Ela estendeu a mão para a mesa de cabeceira, batendo na superfície para procurar o relógio. Ela sabia que tinha ouvido um estrondo alto no chão ao lado de sua cama, mas o barulho do bipe não parou.
Ela se sentou e chutou o cobertor para o lado, saindo de seu quarto. Caminhando em direção à porta oposta à dela, ela bateu na porta repetidamente até que o alarme foi desligado. — George, eu juro por Deus - se o seu alarme me acordar de novo, eu vou te expulsar!
— Desculpe! — O homem na sala rapidamente se desculpou. Fazia uma semana desde o incidente da escada, e George havia se mudado da casa de Meredith na mesma noite. A primeira pessoa que lhe veio à mente foi Norah, que coincidentemente tem um quarto extra de sobra. Por isso, ele se mudou temporariamente para o apartamento dela.
Enquanto a mulher era mais do que bem-vinda para ajudar um amigo, as manhãs em que ela não conseguia ter um sono tranquilo a deixavam irritada desde o início do dia.
George tinha testemunhado seu olhar mortal, bem como as muitas medalhas de kickboxing que ela exibiu na sala de estar - o pensamento de ser espancado o aterrorizava.
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Depois que os estagiários atacaram Denny Duquette naquela manhã, tanto Izzie quanto Alex se ofereceram para ficar no caso de Denny. Os quatro internos restantes retomaram suas rondas e logo se separaram para diferentes partes do hospital.
Norah seguiu Bailey enquanto se dirigiam ao pronto-socorro. Tuck estava chorando alto nos braços de Bailey quando elas saíram para o poço da ambulância. A estagiária passou a ajudar o paramédico a tirar o paciente da maca.
— O que temos? — Perguntou Bailey.
— Taquicardia na década de 140. A sistólica está na década de 60. A última foi 72 por 40.
Quando o paramédico levou o homem para o hospital, Tuck começou a chorar alto. Bailey foi até o lado da ambulância para pedir a outro paramédico que desligasse a sirene.
— Aqui, leve-o. — Risse Bailey, bem quando Norah estava prestes a passar por ela. — Eu quero que você cuide dele para mim.
— Hum, Dra. Bailey, eu não me dou bem com roupas de bolso humanos.
Bailey soltou uma zombaria alta. — Nunca chame as crianças assim, Lawrence. — Ela brincou, e a estagiária assentiu. — Você cuidou dele outro dia. Você pode cuidar dele agora também.
— Mas ele estava dormindo, e isso foi menos de uma hora-
— Lawrence! Eu tenho um paciente, e preciso operá-lo agora mesmo. Leve-o.
— Nós podemos chamar o Dr. Webber-
— Não, eu não estou chamando ninguém. — Bailey recusou. — Sou uma cirurgiã. Vou fazer a cirurgia. — Norah olhou para a residente enquanto ela abria a boca para falar, mas foi imediatamente interrompida antes que pudesse pronunciar uma palavra. — Eu... Eu preciso que você me ajude, Norah.
Norah cedeu com um suspiro, e Bailey entregou Tuck a ela. Ela então removeu a bolsa do bebê e pendurou-a no ombro da estagiária. — Você pode assistir da galeria. — Ela afirmou, — Vocês dois podem. — Sem outra palavra, Bailey correu de volta para o pronto-socorro, deixando Norah parada do lado de fora com Tuck nos braços.
— Bem, Tuck, acho que somos você e eu agora. — Ela sussurrou. Ela voltou para o pronto-socorro e viu George do outro lado do espaço, conversando com Callie. Depois que Callie afastou o braço de George, eles passaram a se ver e conversar com mais frequência. Norah não pôde deixar de sorrir com a visão.
Derek foi até a estagiária depois que ele terminou de consultar um paciente. — Bailey colocou você de babá? — Ele zombou antes de arrulhar o bebê em seus braços.
A estagiária suspirou, — Sim. — Alguém começou a gritar de uma das salas de trauma, e ela virou a cabeça para Tuck. Seu rosto começou a amolecer quando ele começou a se agitar; Norah olhou para o bebê com horror. — Não, não, não. Não se atreva a- — Tuck começou a chorar enquanto se virava em seus braços, — chorar.
O neurocirurgião riu e deu um tapinha no ombro dela. — Divirta-se. — Ele zombou. Norah estava tão perto de pisar em seu pé.
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Norah puxou a cadeira com a perna, jogando-se no chão. Ela jogou a bolsa de bebê sobre a mesa do refeitório com Tuck agitado em seus braços. Depois de algumas horas trocando fraldas e alimentando com leite, ela estava rezando para que Bailey saísse de sua cirurgia o mais rápido possível.
— Juro por Deus, Tuck, por favor, apenas... Durma. — Norah gemeu, dando tapinhas nas costas do bebê.
— Bebês não seguem comandos, sabe? — Addison falou, aproximando-se do estagiário no refeitório. — Então, novamente, os adultos também não... Posso?
Norah entregou Tuck para ela ansiosamente e imediatamente esticou seu corpo que estava gritando de alívio. Seus braços estavam doloridos de carregar Tuck por longas horas, e suas pernas estavam cansadas de andar pelo hospital para fazê-lo não chorar a cada minuto possível.
Tuck se acalmou ao alcançar os braços de Addison, fazendo com que Norah estreitasse os olhos para o bebê. — Os bebês me odeiam - as crianças me odeiam. — Concluiu ela com certeza. — Bailey me odeia também.
— É preciso experiência em lidar com um bebê. — Afirmou Addison, e Norah levantou uma sobrancelha para ela. — Eu trabalho com prematuros e recém-nascidos, Lawrence.
— Bem, então, alguma dica sobre como levar o pequeno Tuck lá para engolir sua garrafa? — Perguntou a estagiária. Addison enfiou a mão na bolsa do bebê e tirou a mamadeira de leite quente. Quando Tuck bebeu pacificamente seu leite com a cirurgiã ruiva alimentando-o, a morena soltou uma zombaria.
— Pequeno Tuck me bateu. — Ela fez uma careta para o bebê. — Agarrou em mim também - o bebê de Bailey é violento.
— Todas as crianças são violentas, eu diria. — Addison deu de ombros, e Norah não poderia concordar mais. — Tente colocar um pouco de mel na ponta da garrafa. Funciona.
A estagiária cruzou os braços sobre a mesa e baixou a cabeça sobre ela, sua falta de sono finalmente a atingiu. Ela fechou os olhos, imaginando que estava de volta em seu apartamento, em sua cama queen size, caindo lentamente em um sono.
— Você é próxima de Derek, não é? Tipo... Uma amiga? — Perguntou Addison. Norah forçou os olhos a abrirem e cantarolou um 'sim' em resposta. — Você sabe por que... Ele está me ignorando?
Norah observou a expressão no rosto da atendente enquanto ela se recostava na cadeira. — Bem, Derek é... Derek, e você o conhece há mais tempo do que eu. — Ela respondeu. — Você também não deveria conhecê-lo melhor do que eu?
Addison suspirou. — Eu não deveria ter dormido com Mark.
— É, você não deveria. — Norah deixou escapar antes de se calar mentalmente quando Addison lhe lançou um olhar. — Desculpe, estou privado de sono. As palavras surgem sem filtro.
Ela observou o bebê por um momento, como ele parecia tão pacífico nos braços de Addison enquanto era um louco total nos dela. — Mas sim, ambos estão muito machucados, eu acho.
— Ambos? — Addison levantou a cabeça para a estagiária antes de arquear uma sobrancelha para ela. — Você falou com Mark também?
— Eu acho que você poderia dizer isso... Eu não sei. Estou privada de sono, então não se ofenda com o que estou tagarelando agora. — Suspirou Norah. — Eu sei que não é minha função, você sabe, interferir no que quer que esteja acontecendo entre... Mas uh... — ela pensou na noite no bar, o rosto do homem que se sentia sem esperança para si mesmo. — Você sabia que ele esperou por você por... Horas no bar?
— Mark?
A morena assentiu. — Saí do bar à uma da manhã e ele ainda estava lá, então... Acho que só você sabe quanto tempo ele esperou... Que ninguém aparecesse.
Addison franziu a testa ao pensar nisso. Ela podia sentir a voz de pesar que a estagiária tinha em sua frase para o homem em questão. — Você apareceu.
— Eu só estava lá porque não conseguia dormir. — Defendeu Norah, estreitando os olhos. — E eu moro a apenas algumas ruas de distância.
— Mas você ficou... E ele ficou. — Pensou Addison. — Aconteceu alguma coisa depois?
— Deus - não!
— Mas ele é Mark Sloan.
— Sim, eu sei quem ele é.
Addison inclinou a cabeça para o olhar 'você está louco' no rosto da estagiária. — Então, deixe-me ver se eu entendi. Você e Mark estavam no bar, bebendo, conversando - possivelmente flertando - mas nada aconteceu depois? — Ela questionou interessada, e Norah balançou a cabeça novamente. — Uau, estou impressionada.
A estagiária olhou para a atendente com um olhar perplexo no rosto. — O que?
— Esse homem só dorme com pessoas que ele tem certeza de que não haverá amarras. — Explicou Addison, — Bem, obviamente, eu me tornei uma exceção, mas ele quase sempre acaba na cama de alguém depois de visitar o bar.
Norah assentiu lentamente antes de franzir as sobrancelhas em confusão. — E você está me dizendo isso... Por quê?
Addison apenas balançou a cabeça com um sorriso enquanto entregava Tuck de volta ao estagiário. — Porque você é amiga de Derek.
A ruiva saiu da mesa para checar seus pacientes, deixando Norah olhando para seu assento.
— Estou privada de sono, o que significa que minhas engrenagens do cérebro não estão girando tão rápido quanto normalmente... E aquela mulher acabou de bagunçar meu cérebro como ovos mexidos. Você conhece ovos mexidos, Tuck? É uma comida deliciosa. — Ela murmurou, observando o bebê dormindo em seus braços.
— Ela me deixou além de confusa, e eu a culpo pela minha crise existencial... Agora mesmo.
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