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Capítulo 2

            Eu acordei empolgada para ir ao hospital. Hoje seria o grande dia da minha vida, o recomeço de tudo. De hoje em diante eu teria um novo coração e poderia traçar planos com o amor da minha vida.

            Entrei praticamente correndo na sala. Mamãe tomava uma xícara de café.

            — Bom dia. — Cantarolei indo até ela e lhe dando um beijo no rosto.

            — Bom dia, querida. Está bem?

            — Sim, estou super bem. Hoje nada vai estragar o meu dia e a minha felicidade. — Indaguei radiante. — Está pronta? Porque eu estou. Vamos? Quanto mais cedo eu fazer essa cirurgia, mais tempo eu terei para ficar ao lado dos dois amores da minha vida.

            — Acalme-se querida, eu só vou pegar a minha bolsa. — Minha mãe me deu um sorriso fraco e percebi que alguma coisa estava errada.

            — Mãe. — A chamei.

            — Sim.

            — Está tudo bem? — Perguntei preocupada.

            — Sim, querida. Só estou nervosa com a sua cirurgia.

            — Fica tranquila, vai dar tudo certo. Agora vamos?

            — Vamos.

            ...

            Adentrei o hospital saltitante com minha mãe. Me sentia leve, não estava me importando muito com o cansaço, porquê de hoje em diante ele não faria mais parte da minha vida. Minha mãe foi ver minha ficha enquanto isso eu aproveitei para ligar para John. Chamou, chamou e caiu na caixa postal. Que estranho, geralmente no segundo toque ele me atendia. Tentei de novo. Caiu na caixa postal. Certamente o celular dele havia descarregado.

            Entrei na sala de cirurgia e John ainda não tinha aparecido. Comecei a ficar preocupada com ele. Mamãe percebeu minha inquietação e viu que eu não parava de me mexer na cama.

            — O que foi, filha?

            — É John, mãe. Ele ainda não chegou e não me ligou. Estou preocupada. — Minha mãe colocou a mão em meu ombro e me deu um sorriso carinhoso.

            — John não virá, querida. — Fiquei confusa.

            — Como assim ele não vai vir? Ele está doente? — Perguntei me preparando para levantar da cama.

            — Calma, filha. John não está doente. — Relaxei o corpo.

            — Então o que aconteceu? — Minha mãe abriu sua bolsa e retirou uma carta envelopada, depois me entregou. Peguei a carta de suas mãos confusa.

            — John pediu para mim te entregar e disse que na carta ele explica o porquê não poderá vir. — Analisei a carta entre as mãos. Por que o louco do meu namorado me escreveu uma carta?

            Tirei a carta do envelope ansiosa para absorver cada palavra escrita por John. Comecei a ler.

Minha vida,

Eu imagino que você deve estar se perguntando agora: Por que o louco do meu namorado me escreveu uma carta?

            Ri dos nossos pensamentos iguais e voltei a ler a carta.

Primeiramente eu quero dizer que te amo muito, meu amor. Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida.

Então, respondendo à sua pergunta, lembra quando eu te liguei avisando que você tinha conseguido um doador para fazer o seu transplante de coração? Pois é, eu precisava ouvir a sua alegria.

Você ficou tão feliz que até se emocionou, sua mãe que me disse. E eu com certeza, fiquei ainda mais feliz por você, porque, a minha pequena não teria mais problemas com falta de ar, cansaço, problemas para dormir à noite e dentre outros sintomas que essa estúpida doença te causava. Você poderia fazer tudo o que você sempre sonhou depois desse transplante de coração, esse era o seu sonho e se tornou o meu a partir do momento que nos conhecemos.

            Sorria de orelha a orelha com as palavras do meu namorado, segurando as lágrimas.

Nesse dia, eu vim te dizer através dessa carta que o seu doador do coração: sou eu.

            O meu mundo parou, ruiu, desmoronou com aquela revelação. Não impedi das lágrimas rolarem pelo meu rosto, não podia ser. Li novamente a parte que John dizia ser meu doador e era isso mesmo que estava escrito, eu não havia lido errado. O meu amor, meu porto seguro, minha vida, meu namorado havia doado o seu coração, a sua vida pela minha.

            Entrei em desespero e tentei puxar ar para os pulmões. Mamãe veio ao meu socorro, ela já estava chorando junto comigo. Ela esfregou minhas costas e pediu para eu me acalmar. Fiz o possível para a dor dilacerante que sentia no peito passar. Eu havia perdido o amor da minha vida, tentei me acalmar o máximo possível.

            — Estou bem. — Disse segurando a carta entre mãos. Tinha medo de continuar lendo, sabia que aquelas eram as últimas palavras do meu John. Arrumei a carta na mão e voltei a ler aos prantos.

Por favor, não chore, minha pequena, não fique triste. Eu quem quis e tomei a decisão de doar o meu coração para você. Na verdade, você já o têm desde o dia em que eu te vi pela primeira vez e que você aceitou ser minha.

Eu não aguentava mais te ver sofrendo desse jeito. Aquele dia que você passou mal e foi para o hospital a noite, eu fui conversar com o seu médico depois e perguntei para ele sobre o seu estado, e ele me disse que era preocupante, que a qualquer momento você poderia vir a óbito. Eu já imaginava a resposta dele, mas tinha que confirmar e ter certeza.

Eu não suportaria perder o amor da minha vida para uma doença idiota. Eu queria vê-la sorrindo e rindo a vontade de coisas bobas, sem se importa com a falta de ar, queria ver você podendo correr ou andar mais do que dois quilômetros, queria ver você vivendo intensamente, no seu ritmo, do seu jeito, meu amor.

Antes de nos conhecermos eu simplesmente existia, mas depois que você entrou em minha vida que eu realmente comecei a viver, e foi durante três longos meses que fiquei ao seu lado que eu vivi os melhores dias da minha vida.

            Minha garganta doía de tanto chorar. Isso não podia estar acontecendo. Eu nunca mais sentiria, os beijos cálidos e apaixonados de John, seus abraços, seu cheiro, sua voz, seu corpo colado ao meu. Todos os nossos momentos juntos haviam se desfeito e se tornado apenas lembranças que ficariam guardados em minha memória.

Eu não podia pedir por mais, eu tinha uma namorada linda, carinhosa, companheira e uma vida que muitos gostariam de ter. O sinônimo de perfeito.

Não pense que eu te abandonei, que te deixei, porque eu não fiz isso. As nossas vidas só vão ser diferentes daqui pra frente, você poderá estar fazendo o que sempre quis e eu ainda estarei com você, e ainda mais perto do que nunca. Eu estarei dentro de você, sentindo todas as suas emoções. Imagine a minha alegria, eu ainda estarei partilhando tudo o que você conquistar na vida e de camarote.

            Ri de alegria e desalento.

Por favor, me prometa, que não vai sofrer pela minha partida, prometa que vai se deixar apaixonar novamente, sei que é cedo para falar disso, mas me prometa. Eu quero que você seja feliz assim como eu era com você. Realize todos os seus sonhos, tudo o que planejamos juntos, faça ou encontre alguém para fazer junto com você. Não aceite menos do que você merece, de ninguém, meu amor.

Eu vou estar ao seu lado, te acompanhando de pertinho e olhando por você, lá de cima. Você nunca estará sozinha, minha princesa. Continue cuidando do meu coração assim como você cuidou esse tempo todo. Não vou dizer adeus, porque não é uma despedida, e sim, só o começo de nossas vidas mais pertos do que nunca. Eu te amo imensamente e sou grato por ter me permitido participar da sua vida por três longos meses.

Do seu amado, John.

            Terminei de ler a carta ensopada por minhas lágrimas e abracei meus joelhos chorando baixinho. Mamãe me abraçou e esfregou as mãos em minhas costas consecutivamente.

            — Mãe. — Disse chorando entre soluços.

            — Eu sei, querida. Mas foi ele quem quis fazer isso por você, como ele disse. Agora se acalme, porque daqui a pouco você tem que estar preparada para receber o seu novo coração. — A angústia tomou conta de mim por completo. Eu havia perdido o meu amor, mas pelo menos eu teria uma parte dele dentro de mim.

            Essa foi a demonstração de amor mais linda do mundo e significou muito para mim. John apareceu em minha vida como um anjo. Os momentos que passei ao seu lado eram indescritíveis e eu não tinha palavras para descrever o quanto eu sou grata por ter recebido o seu amor e carinho.

            Entrei na sala de cirurgia um tempo depois de ter me acalmado, eu já estava anestesiada. Passei as imagens de John me beijando, me tocando, me fazendo rir, me pedindo em namoro enquanto a anestesia fazia efeito. Fechei os olhos e deixei uma lágrima escapar antes de adormecer.

            ...

            Dia dez de julho, seria o último dia que eu veria o meu amor. Havia perdido John por uma boa causa duas semanas antes de completar quatro meses de namoro. Só eu, minha mãe e alguns amigos da Faculdade haviam comparecido ao seu velório. Ele não tinha contato com a família e eu também não havia conseguido o contato de seus pais.

            Eu já tinha chorado muito durante a citação de um amigo do meu querido John. Eu havia ido a uma floricultura e comprado rosas vermelhas para colocar em seu caixão, as mesmas que havia ganhado no dia em que fui pedida em namoro. Seus amigos me falaram palavras de conforto e se despediram aos poucos, até sobrar só eu e a lápide de John Albert.

            Me aproximei mais da lápide e derramei lágrimas de gratidão. Ele havia dado a sua vida pela minha.

            — Olá, meu amor. Espero que você esteja me ouvindo aí de cima. — Falei tentando acalmar a respiração. Coloquei a mão sobre o coração. — Está sentindo? A imensa gratidão e amor que eu sinto pelo que você fez por mim? Com certeza está e ainda de camarote como você disse. — Indaguei com um sorriso fraco nos lábios enquanto as lágrimas escorriam automaticamente pelo meu rosto.

            — Eu prometo para você, meu amor, que irei correr atrás dos meus sonhos, que irei viver intensamente, que não aceitarei menos do que mereço, que irei cuidar muito bem do "nosso" coração e que irei te amar pelo resto da minha vida. — Fiz uma pausa para secar as lágrimas, minha garganta ardia pelo choro. — Prometo ir aos lugares que planejamos um dia conhecer e aproveitar cada momento. Eu não preciso de ninguém para me acompanhar na minha jornada porque eu sei que sempre terei você, e que você sempre será meu, assim como eu sempre fui sua. Eu te amo demais, John Albert.

            Dei uma última olhada na lápide e ergui a cabeça ansiando fazer da minha vida o melhor possível, assim como John havia feito enquanto estava comigo. Iria fazer e realizar tudo para demonstrar o imenso carinho e gratidão que sentia por John Abert, o amor da minha vida que um dia eu pude chamar de "meu".

            ...

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