Capítulo 1
Mais um dia, mais uma crise. Minha vida se resume entre ficar em casa e ir ao médico diariamente. Eu sofro de insuficiência cardíaca a três meses e tudo isso foi ocasionado por conta da minha pressão alta. Vivo a base de medicamentos e precauções. Antes de eu ter a triste notícia de ter insuficiência cardíaca, eu trabalhava em uma biblioteca no centro de Nova Orleans.
Foi onde eu conheci o meu amor, John Albert. Uma vez ele foi na biblioteca atrás de uns livros para fazer um trabalho da Faculdade e aí nos conhecemos. Ele foi muito simpático e nós conversamos bastante. Acredito que a biblioteca aonde eu trabalhava se tornou o lugar preferido de John, porque toda semana ele aparecia para ler um livro novo e me ver. Com certeza.
Com o passar do tempo ele tomou coragem e me chamou para sair e eu aceitei, é obvio, não aguentava mais esperar ele dar o primeiro passo. Fomos nos conhecendo com o passar dos dias até que uma noite ele me levou em um restaurante e me pediu em namoro com um buquê de flores e uma linda aliança. Eu aceitei e desde então a nossa história de amor começou.
Uma semana depois de John me pedir em namoro, eu acordei à noite desesperada porque não conseguia respirar. Minha mãe me levou para o hospital às pressas e avisou John que eu não estava bem. O médico me examinou e pediu para mim fazer uns exames porque aquela falta de ar não era normal.
Fiz os exames que o médico pediu e depois de duas semanas o resultado saiu. Fui ao hospital com mamãe e John e o médico me disse que as faltas de ar eram causadas pela insuficiência cardíaca e explicou que a insuficiência cardíaca foi causada pela pressão alta que eu tinha. A partir daquele dia o médico me receitou repouso total e uma lista de precauções que eu deveria tomar. Por conta do repouso tive que largar meu serviço e viver com minha mãe.
Com o tempo eu só fui piorando. Tudo o que eu ia fazer era uma droga. Eu não aguentava andar nem dois metros, eu não aguentava fazer força, e, qualquer coisinha boba me causava cansaço. Se John não estivesse ao meu lado acredito que eu teria ficado deprimida. É ele quem alegra os meus dias e que permaneceu ao meu lado desde o começo do meu tratamento, assim como minha mãe. E eu o amo ainda mais por isso.
...
— Oi, filha. Como está? — Perguntou minha mãe me dando um beijo na testa.
— Do mesmo jeito de sempre. — Respondi. — Ainda com falta de ar e tentando fazê-la parar sendo que eu não faço nada o dia inteiro.
— Daqui a pouco passa. Você sabe disso. — Disse mamãe com um sorriso amoroso. — E John? Ele virá hoje à tarde? — Perguntou.
— Não. — Indaguei com um beicinho. — Ele tem que terminar um trabalho da Faculdade, mas me assegurou que viria a noite me ver. Vou tentar andar um pouco pelo jardim. — Avisei me levantando.
— Vê se não se esforça. — Reforçou minha mãe.
— Mãe, eu não faço nada o dia inteiro, só vou caminhar para sair do tédio já que John não está aqui para fazer isso.
O jardim de casa era exuberante, amplo e gramado. Eu sempre falava para mamãe que ela tinha escolhido essa casa porque do jardim, mas na verdade tinha outros pontos bons que acompanhavam o lugar, como a localização de onde morávamos, a vizinhança tranquila e a boa estrutura da casa.
Eu amava as flores e as diversas plantas que se estendiam pelo nosso jardim. O vento fresco das manhãs de Nova Orleans eram maravilhosos. A minha vida é boa, mas a doença atrapalhou os meus planos de vida e os meus planos com John. Pretendíamos nos casar daqui uns meses. Agora tivemos que adiar porquê da minha doença.
Como eu iria me casar sendo que eu não aguentava andar da sala para o meu quarto? E olha que os cômodos ficam um do lado do outro. Como eu, a noiva, pretendia se casar sendo que não aguentaria nem chegar no altar para John me tomar como esposa?
...
— Boa tarde, seu Jedrek. — Cumprimentei o jardineiro que podava os pequenos arbustos.
— Boa tarde, senhorita Alice. Como está?
— Bem, mas com um pouco de falta de ar e cansaço. O senhor sabe, o mesmo de sempre.
— Melhoras, espero que a senhorita saia dessa. — Indagou com um sorriso amigável.
— Obrigada. — Agradeci. Seu Jedrek era nosso jardineiro a dois anos, mamãe não poderia ter feito escolha melhor. Nós nos dávamos muito bem, ele sempre me respeitou e nunca me dirigiu a palavra "você" por respeito, dizia ele. Eu gostava do seu Jedrek, além de ele ser um senhor de idade, era forte e fofo, principalmente quando se dirigia a pessoa como "senhorita". Eu o admirava por isso.
...
Eu terminava a minha refeição do jantar enquanto minha mãe comia tranquilamente na mesa.
— Está melhor, filha?
— Sim. — Afirmei com um sorriso para tranquilizá-la. Depois das minhas visitas constantes ao médico minha mãe havia ficado mais preocupada e quase todas as horas perguntava se eu estava bem. — Vou para o meu quarto, quando John chegar fala para ele ir lá.
— Ok.
...
O meu quarto com suíte tinha uma cama de casal, um guarda-roupa com espelho, uma cômoda, um abajur, quadros com fotos minhas e de John, uma penteadeira, uma TV adaptada à parede e uma sapateira.
Olhei um quadro e segurei-o entre as mãos, era uma foto minha e de John. Ele era muito lindo, com seus cabeços pretos, sua pele branca, seus olhos castanho-esverdeados, seu corpo esculpido como de um atleta e seus lábios macios.
Diferente de mim que tinha os cabelos castanhos, a pele parda, os olhos pretos como a noite e o corpo curvilíneo. Apesar de eu não usar tamanhos trinta e oito, John me amava e me fazia eu me amar elogiando minhas curvas sempre que ficávamos a sós. Muita das vezes eu ficava com a autoestima baixa e John fazia questão de tirar um sorriso de meus lábios, principalmente com seus beijos.
Meu quarto era bem simples, mas havia se tornado o nosso cantinho especial. Meu e de John. Passávamos horas namorando ou assistindo a um filme abraçadinhos.
Peguei meu celular, liguei minha playlist, coloquei os fones de ouvido e fechei os olhos para relaxar e deixar a música me transportar através das letras e melodias.
...
Acordei subitamente com dificuldade para respirar. Em desespero. Acionei o sininho que era próprio para alertar minha mãe que eu estava passando mal. Ouvi passos apressados pelo corredor e John apareceu no meu campo de visão preocupado. Eu tentava puxar o ar, aflita.
— Amor... — John me deitou sobre a cama e fez os exercícios de respiração que o médico receitou para quando eu tivesse os ataques. Não fazia efeito. Agarrei o braço de John fortemente.
— Eu... não... consigo... res...pirar... — Indaguei devagar e quase sem ar. Lágrimas escorriam de meus olhos pela força que eu fazia. John me pegou no colo e praticamente correu comigo para o hospital. Minha mãe ficou fechando a casa enquanto eu seguia para o pronto socorro no carro de John.
— Calma, amor. — John segurou minha mão. — Respire, devagar. — Ele dirigia o carro e alternava sua atenção de mim para o trânsito. Eu fui acalmando aos poucos, mas meu peito chiava pela falta de ar nos pulmões.
— Estou melhor. — Falei devagar e baixinho.
— Que bom. Daqui vinte minutos chegamos no hospital. — Disse com um sorriso no rosto. Respondi com um sorriso fraco e suando frio.
John me pegou no colo e me levou direto para a ala vermelha, assim que passamos pelo corredor ele pediu para uma enfermeira chamar o doutor Alexis e avisar que a paciente Alice estava com problemas respiratórios.
Acomodei mais minha cabeça no peito de John e inalei devagarinho seu perfume que eu amava tanto. Não era recomendável eu sentir cheiros de perfumes depois de uma crise de falta de ar, mas eu não me importava. A colônia de John era fraca e me acalmava quando eu a inalava. Ele trocou seu perfume justamente por mim, e eu não podia desperdiçar a oportunidade.
— Traga ela aqui. — O doutor Alexis entrou em um quarto e John o seguiu. Ele me colocou cuidadosamente na cama e ficou me analisando enquanto o doutor me examinava. — Você fez os exercícios de respiração nela? — Perguntou.
— Sim doutor, mas não estava surgindo efeito. Por isso trouxe ela direto para o hospital.
— Muito bem. A Alice vai ter que passar a noite em observação, fazer inalação e tomar uns medicamentos para regular a sua respiração. Pela manhã eu vou fazer um ultrassom do seu coração e ver o que está causando essa falta de ar constantemente. Ok? — Concordei com a cabeça. O doutor Alexis preparou a inalação e eu comecei a fazer. Depois ele se retirou do quarto e me deixou sozinha com John.
Minha mãe apareceu na porta, me olhou com um sorriso no rosto e foi falar com o médico. John se sentou na cadeira, a puxou para mais perto do meu leito e segurou minha mão fazendo círculos na minha palma com o seu polegar.
— Você vai ficar bem meu amor. O médico vai descobrir o que anda causando essas crises em você. — John me reconfortou.
— Eu te amo. — Proferi baixinho e ele me deu um sorriso carinhoso.
— Eu te amo mais. — Respondeu beijando minha testa. — Agora durma um pouco, minha pequena. Vou ir falar com sua mãe e já volto. — Fiquei olhando John deixar o quarto, depois arrumei a cabeça sobre o travesseiro e fechei os olhos. O cansaço logo tomou conta de mim e eu apaguei.
...
O doutor Alexis fazia o ultrassom para saber o que estava acontecendo de errado com o meu coração que insistia em bater como não deveria. Mamãe e John estavam no quarto comigo acompanhando a ultrassonografia, quando o doutor largou o transdutor e nos olhou. Estava ansiosa para saber o que acontecia. Mamãe colocou uma mão em meu ombro e eu segurei sua outra mão. Tinha esperanças de melhorar.
— Infelizmente, tenho péssimas notícias. — Simplesmente as duas últimas palavras me desanimaram e fizeram minha esperança se esvair por entre meus dedos. Mexi as mãos inquietas.
— Eu vou morrer, né? — Perguntei engolindo em seco. John e minha mãe me olharam surpresos com a minha pergunta.
— Deixa o médico falar, minha filha. Não se precipite. — Disse mamãe.
— Alice, a sua insuficiência cardíaca agravou mais durante os três meses e por isso que você está tendo falta de ar diariamente. Os medicamentos que usamos para tratar a sua doença infelizmente não estão mais fazendo efeito. Se eu dissesse para você que você não corre risco de vida, eu estaria mentindo. Felizmente, temos tratamentos bons para sua melhora e você precisará fazer um transplante de coração urgentemente. — Absorvia cada palavra do doutor Alexis.
Uma ínfima esperança se reascendeu em meu peito quando o doutor disse que um transplante de coração poderia me salvar.
— E quando ocorrerá a cirurgia doutor? — Questionou mamãe desinquieta. Eu apertei sua mão para tranquilizá-la e o meu toque a relaxou.
— Não tem dia previsto ainda, vamos começar a busca pelo novo coração da Alice amanhã mesmo. Por incrível que pareça, a cirurgia pode demorar dias ou meses, mas por enquanto continuaremos a tomar as devidas precauções e qualquer sensação estranha que você sentir deverá vir imediatamente para o hospital.
— Pode deixar, doutor, eu vou cuidar dela. — Afirmou John me olhando com sua cara de apaixonado.
— Fica tranquilo doutor, eu já não faço nada. — Assegurei. — Depois dessa notícia é bem capaz do meu namorado querer me carregar no colo para todo lugar. — Brinquei. O médico riu.
— Se for preciso vou te carregar mesmo. —Falou John brincalhão.
— Quando eu encontrar um doador para você, avisarei imediatamente para a cirurgia ocorrer o mais rápido possível. — Garantiu.
— Obrigada, doutor. — Agradeci.
— Não precisa me agradecer, só estou fazendo o meu serviço e me esforçando para salvar vidas.
...
Retornei para casa com John e mamãe pensando no que o doutor Alexis havia falado. Não tinha certeza se iria morrer ou viver, mas ia aproveitar cada momento ao lado das duas pessoas que eu mais amava, minha mãe e meu namorado, meu porto seguro.
Mamãe fez uma macarronada deliciosa para o jantar, a preferida do meu namorado. Conversamos e rimos bastante. Depois do jantar eu e John fomos para o meu quarto assistir um filme. Optei por um filme de romance. John fazia e cedia a tudo o que eu queria só para me ver feliz.
Eu estava deitada ao seu lado na cama com a cabeça em seu peito ouvindo as amáveis batidas compassadas de seu coração, enquanto John começava a fazer um cafuné no meu cabelo. A sensação era tão boa, relaxante. Virei minha cabeça para olhá-lo e ele me deu um sorriso perfeito.
— Você quer me fazer dormir? — Perguntei sorrindo.
— Se isso for te deixar calma e sem aqueles ataques estúpidos, sim.
Ficamos ali, um do lado do outro, assistindo ao filme em silêncio, demonstrando nosso carinho, amor e afeto um pelo outro através de simples gestos.
— Tenho que ir embora amor, o filme acabou e está ficando tarde, amanhã nos vemos. — Disse beijando minha cabeça.
Me sentei ao seu lado e em seguida encavalei no seu colo. John se arrumou mais contra a cabeceira da cama e nos encaixamos perfeitamente um no outro. Nos olhamos por meros segundos satisfeitos com o nosso mundo. Eu o beijei apaixonadamente, ansiando seu toque. Ele me puxou mais para seus braços e fez carinho em minha nuca enquanto correspondia ao meu beijo.
Me afastei primeiro e o ouvir resmungar alguma coisa. Ri dele e entrelacei nossos dedos dando selinhos rápidos em seus lábios macios.
— Eu já te disse o quanto te amo? — Perguntei sorrindo entre um selinho e outro.
— E eu já te disse o quanto você é perfeita e o quanto eu sou sortudo por ter uma namorada como você?
— Sim. — Confirmei. Tracei uma linha de beijos em seu queixo, suas bochechas, seus lábios, até chegar em seu pescoço. Inalei seu perfume refrescante e o senti arrepiar.
John não aguentou e me virou na cama subindo em cima de mim. Eu ri com sua investida. Ele me beijou demoradamente e insistentemente. Nunca o tinha visto com tanta vontade. Ele beijou meu pescoço enquanto suas mãos acariciavam, meus quadris, minhas coxas e minha bunda. Gememos com a nossa dança perfeita.
— Eu te amo. — Proferiu em meu ouvido com um sussurro. — Eu te amo mais do que tudo e faria qualquer coisa para te ver feliz e recuperada dessa doença. — Segurei seu rosto entre as mãos e depositei um beijo em seus lábios.
— Amor, você sabe que eu já sou feliz ao seu lado e que a minha doença nem existe quando eu estou com você. Você já me faz feliz e eu não poderia pedir mais do que isso. — John me deu um sorriso e um último beijo.
— Eu preciso ir. — Disse saindo de cima de mim. Me apoiei sobre o cotovelo e fiz um beicinho. Ele riu da minha cara e deu um selinho nos meus lábios.
— Tchau, meu amor. — Se despediu.
— Tchau. — John saiu do meu quarto e encostou a porta. Fiquei deitada na cama sorrindo que nem boba e abracei o travesseiro que estava com o seu cheiro. A porta do meu quarto foi aberta e minha mãe colocou a cabeça para dentro.
— Você está bem? Quer alguma coisa?
— Não, mãe, não quero nada e estou perfeitamente bem.
— Eu sei. Deu para perceber com seu sorriso e John que saiu daqui entre suspiros. — Sorri ainda mais.
— Já vai dormir?
— Daqui a pouco. — O celular da minha mãe começou a tocar e ela atendeu.
— Alô. sim. — Disse para a pessoa do outro lado da linha.
— Quem é? — Perguntei baixinho.
— É a Judith, boa noite. — Falou mamãe fechando a porta do meu quarto depois de sair.
— Boa noite.
...
Acordei com o toque do meu celular. Me espreguicei e catei o aparelho. Olhei a hora. Constava ser oito da manhã. Olhei quem me ligava e era John.
— Bom dia. — Atendi o celular sorrindo.
— Bom dia, minha pequena. Como você está?
— Perfeitamente bem, ainda mais depois da nossa noite de ontem. — Falei bocejando e feliz.
— Desculpa ter te ligado agora, mas não consegui me conter. Tinha que te dar a notícia. — Indagou todo feliz. Notícia? Mas o que seria de tão importante? Listei na mente todos as nossas comemorações e a mais perto era daqui a duas semanas, o nosso quarto mês de namoro juntos. Eu tinha preparado uma grande surpresa para John e não via a hora de entregar.
— O que é? Me diz, estou morrendo de curiosidade. — John riu.
— É uma notícia que vai fazer o seu dia ficar perfeito.
— Os meus dias já são perfeitos. — Fiz uma pausa. — Porque eu tenho você.
— Eu sei. — Falou todo convencido. Imaginei o tamanho do sorriso em seu rosto. — Então é uma notícia que vai deixar o seu dia completo. — Ele adorava fazer suspense.
— Fala logo. — John limpou a garganta teatralmente.
— Você conseguiu um doador do seu novo coração. — Fiquei em choque, anestesiada com a notícia. — Amor? — John me chamou.
— Mãeee. — Gritei de alegria. — Mãeee. — Não fazia a menor ideia da onde tinha tirado forças para gritar.
— É verdade? — Questionei John ainda sem acreditar.
— Sim. — Confirmou. Chorei de alegria.
— Você sabe o que isso significa, amor? — Esperei ele perguntar ansiosa.
— O quê?
— Significa que vamos poder fazer planos para o futuro. Significa que vamos poder nos casar. Eu não vejo a hora de ser completamente sua e acordar todos os dias ao seu lado. — Minha mãe adentrou o quarto correndo e com a mão no coração.
— O que foi? Você não está bem? — Perguntou analisando meu corpo.
— Pelo contrário, eu estou muito bem, eu vou ser curada. Eu consegui um doador do coração. — Mamãe me olhou, começou a chorar e me abraçou.
— Que bom, querida. — Eu aproveitei e me desmanchei em seus braços.
— Gostaria de estar aí também. — Indagou John do outro lado da linha. Sequei as lágrimas e coloquei o celular no ouvido novamente.
— Desculpa, amor. Me empolguei. — Mamãe se retirou do quarto limpando as lágrimas.
— Você está feliz?
— Claro que sim. — Confirmei.
— Então eu também estou.
— Temos que comemorar. Vem hoje à noite aqui em casa, podemos pedir uma pizza. — Propus.
— Bem que eu queria, amor, mas eu estou com dor de cabeça, desculpa. — John titubeou com a voz. Estranho. De certo foi por causa emoção.
— Mas você está bem? Precisa ir no hospital? Se quiser nós vam... — John me interrompeu.
— Eu estou bem meu amor. Só é uma dor de cabeça, daqui a pouco passa, vou ir dormir um pouco.
— Ok. Já estava me esquecendo. Quem é o doador? — Precisava saber e agradecer a família.
— Você irá saber só amanhã no hospital.
— Quê? Isso é injusto. Por que você pode saber e eu não? — Questionei emburrada.
— Amor... não precisa ficar emburrada, amanhã você saberá.
— Quem disse que eu estou emburrada? — Provoquei. Era incrível como John me conhecia tão bem.
— Eu te conheço.
— Ok. Vai descansar, amanhã nos vemos no hospital, beijos, te amo.
— Eu também te amo, minha pequena.
...
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