Vou ser padrinho de uma menina.

Aurora. Minha pequena Rori.

Eu estou tão besta e feliz com esse resultado, que minhas buscas de pesquisa só dá: "roupinha fofa para meninas", "brinquedos para meninas" e diversas outras coisas desse tipo.

Ainda estamos comemorando, faz uma semana que foi revelado o sexo e eu ainda estou em êxtase. Eu sempre quis que fosse menina, igualmente a Maddy. O restante queria que fosse menino.

Estamos na casa do Aaron, comendo e bebendo, mas outra coisa que eu penso é: Elle.

Me sinto um idiota por estar pensando tanto nela. Tivemos um final de semana bacana, até aquela falha de bateria no meio da estrada foi incrível e se eu soubesse que tudo aquilo ia acontecer, eu pediria para o meu carro "quebrar" mais vezes quando eu estiver com ela.

Respiro fundo tentando me concentrar no vídeo game, mas falho e entrego para o Huxhold, me aconchegando no sofá.

— Mandei mensagem pra Elle. $ o aviso da Mads me fez levantar do sofá e olhei para ela sentada na poltrona, esticando os seus pés na mesinha do centro da sala.

A de cabelos vermelhos, alisa sua barriga lentamente enquanto mexe no seu celular.

— Ela não vai poder vir, porque está indo visitar a mãe dela. $ explicou e eu murcho novamente.

Que saco!

Estou completamente frustrado. Eu tinha uma esperançazinha que ela viria.

Respiro fundo e encaro os meninos jogando. Pego o meu celular e fico passando a pasta de aplicativos: indo e voltando, voltando e indo. Que tédio. Abro o Twitter e clico no perfil da Elle, que já está salvo na barra de pesquisa.

Alguns tweets estão reclamando do trabalho, animada pra ver a mãe e outros de retweets.

Sua mãe é muito mais importante do que o meu aniversário. Hoje é um dia qualquer para ela. Um dia que ela vai visitar quem a colocou no mundo.

Queria estar num bar, enchendo a cara, zuando e cantando com os meus amigos, mas a Maddy não pode ir e muito menos o Huxhold, então consequentemente também não posso.

Está sendo legal, aqui no Aaron, mas não está sendo a mesma coisa que os outros. Era mais divertido. Mais farra. Mais barulho. Música. Bebida. Porém, a Madison está grávida e ela tem que evitar sair para esses lugares lotados e com bebidas alcoólicas.

Também não quero que a minha afilhada "cresça" nesse ambiente.

— Acorda, Vinnie. Animação, é vinte e três anos. — Jett, me empurra com o ombro repetidas vezes.

— É, vinte e três, né. — o olhei e ele assentiu, sorridente.

— Chega de jogo, vamos colocar uma música e fazer um strip tease para a Maddy e a Rori. — o moreno levantou, desligando o aparelho e recebendo reclamações.

$ Por favor, quero rir. — a ruiva fala ainda alisando a sua barriga, que cresce a cada dia.

Como pode uma barriga crescer de um dia pra noite? Está tão linda.

Ashford, ligou o sol e aumentou no último volume. Ele segurou as minhas duas mãos e me puxando, um pouco desengonçado e desanimado, dancei no mesmo ritmo que o dele. Liebregts, está em cima do sofá junto com o Jack, pulando e também dançando. Já o Huxhold, rebolando perto da Maddy e danço alguns beijos na barriga da mesma.

Perguntando se a Crum está preparada e obtendo a resposta, Jett pediu para nos organizar depois de afastarmos o sofá para termos mais espaço. E assim feito, colocamos Love Is A Bitch, do Two Feet, pra tocar.

— Fecha os olhos, Rori. — Mads falou rindo, colocando a sua mão sobre a barriga.

Continuamos nos movimentando, fazendo todos os passos mais sexy possível, porém se tornou algo engraçado e divertido. Giramos entra a Maddy, rebolando para a mesma, recebendo tapas na bunda e demos o nosso abdômen para ela passar a sua mão.

Ok, está sendo divertido o meu aniversário. Estar entre os meus melhores amigos é muito bom, mas também queria estar com os meus pais e irmão, e também, a Elle.

Mais cedo, fiz um facetime com a minha família e eles haviam me mandando presentes ontem. Irei pra lá esse final de semana, preciso aproveitar as minhas últimas semanas de férias.

Faltam vinte minutos para o meu aniversário se encerrar. E estou levemente bêbado, mas bem o suficiente para voltar pro meu apartamento dirigindo. Só espero que o meu carro não pare no meio do caminho novamente, porque ele me faliu.

Aproximei da Maddy depois de terminar o meu pedaço de pizza e a Minnie cerveja, me abaixando na frente dela e pedindo permissão para tocar e beijar a sua barriga.

Desenho um coração com o meu dedo ao lado do seu umbigo e deixo um beijo dentro dele, sussurrando logo depois: — Não vejo a hora de te pegar no colo, Rori. Prometo que serei o melhor padrinho que você pode ter.

— Estou com ciúmes. — Huxhold aproxima e eu ri, junto com a Maddy. — Vai fazer um filho e deixa a minha, Hacker. — disse em tom descontraído e eu me levantei. Ele se sentou no braço do sofá e acariciou os cabelos da sua namorada.

— Você quer que eu faça pouco caso da minha afilhada? Se quisesse, deveria ter chamado o Aaron. — falo com os braços cruzados e rindo. — Agradeça por eu ser assim.

Ele negou e me puxou para um abraço, agradecendo por tudo e dizendo que me ama muito.

Assim como sugeri para a Maddy, para eles virem morar comigo depois que a Rori nascer, falei o mesmo para o loiro. Mas ele está resistente, igual a Crum. Eu sei que é foda ter que aceitar ajuda dos dos outros, mas eu sou o seu melhor amigo e padrinho da filha deles, então não tem que ter orgulho. Vou sempre estar aqui para ela. Para eles.

— Já vou indo. — aviso, levantando do sofá e dando um último gole da minha última cerveja. — Obrigado por terem me aturado e divertido o meu dia. — abraço cada um deles. — Tchau, pequena. — abaixo até a barriga da Mads e deixo um beijo.

— Tem certeza que não quer dormir aqui? — Aaron pergunta e eu nego.

— A gata está sozinha e a minha casa está uma bagunça. Preciso organizar e cuidar da Hera. — falo e eles riram. — Odeio vocês! — mando beijo quando chego até a porta.

— Dirige com cuidado. Quando chegar em casa, avisa. — fala Maddy, me acompanhando até o meu carro. Assenti e me despedi novamente dela, e da Rori, entrando no carro depois.

Ligo o meu som, conectando o meu celular e colocando pra tocar uma playlist aleatória. A primeira música é do Justin Bieber. Adicionei várias músicas especialmente para a Elle pra quando eu der carona a mesma.

Cantarolo, batuco os meus dedos no volante e balanço a cabeça o caminho todo em sincronia com as músicas.

Dois minutos para o fim do meu aniversário.

Chegando no prédio e subindo as escadas, vou mexendo no meu celular e conferindo as redes sociais da Elle. No twitter ela diz que está exausta e no Instagram, apenas uma foto deitada com emoji de sono. Isso foi há cinquenta minutos.

Não deixo de mandar uma reação no story.

Penso em bater na sua porta, mas provavelmente ela está dormindo, já que amanhã a mesma trabalha.

No momento em que abro a minha porta, a Hera surge aos meus pés, miando muito e no mesmo instante, passa por eles e vai para a porta da Elle.

Ela mia ainda mais.

— Volta aqui, garota. — peço, sussurrando. Mas ela continua no mesmo local. Então, vou até a mesma e a pego no colo. — Eu tô triste, sabia? Tô precisando de companhia.

Ela miou me olhando.

Olho em meu relógio e já é meia noite e cinco.

— Fim do meu aniversário. — sorri desanimado e entrei no meu apartamento, fechando a porta e colocando a Hera no chão.

Enchi os seus potes de água e comida, me abaixando e observando a mesma devorando a ração. Depois de alguns minutos, decidi organizar as coisas que deixei bagunçado.

Meu celular começa a tocar e tento entender quem diabos está me perturbando uma hora dessas. Deve ser a minha mãe, com certeza é ela.

Deixo a vassoura encostada no sofá e vou para o quarto, onde o meu celular está carregando. Arregalo os meus olhos quando vejo que é o nome da Elle no visor.

— Achei que já estava dormindo. — digo, assim que atendo e tentando conter o meu sorriso.

— Feliz aniversário, porquinho. — falou animada e eu sorrio, mordendo o meu lábio.

Me sentei na cama, controlando a felicidade e tentei não parecer tão idiota na ligação.

— Já passou de meia noite. Fim do aniversário do Vinnie. — respondo, deixando minhas costas na cama. — Mas obrigado mesmo assim, Miss limpeza.

— Só é outro dia quando eu durmo e acordo. Então, ainda é o aniversário do Vinnie. — repetiu a mesma coisa que falei no dela. Sorri ainda mais.

Ficamos em silêncio, escuto apenas a sua respiração e fecho os meus olhos. Apreciando-a.

— Então, Hacker, pode vir aqui no meu apartamento? — ela quebrou o silêncio e eu levantei rápido, assustado com o seu pedido.

— Agora?

— É.

— Ok.

Ela desligou a ligação e eu me levantei, indo até o guarda roupa e pegando uma limpa, junto com uma cueca. Estava limpando a casa e vim da rua, não vou vê-la assim.

Acho que nunca tomei um banho tão rápido assim na minha vida.

Borrifo um pouco mais de perfume no meu corpo e pego o meu celular, confiro uma última vez como eu estou no espelho e saio do apartamento, indo para o da Elle.

Desferi batidas leves na sua porta e ouço a mesma gritar que está aberta. Seguro a maçaneta e abri a mesma um pouco receoso.

Meus lábios se separaram, em choque, e os meus olhos arregalaram, não sei se o que eu estou vendo é real.

Um sorriso bobo repuxa os cantos da minha boca ao notar que é tudo real. A Elle está com um porquinho de pelúcia tampando o seu rosto, mas não demora para colocá-lo para o lado e me olhar, sorrindo também.

Ela colocou o porquinho na altura dos peitos e segurou duas das suas quatro patinhas, batendo uma na outra ela começou a cantarolar "parabéns pra você".

— Feliz aniversário, de novo. — esticou a pelúcia e eu o agarrei, abraçando-o e cheirando. Tem o cheiro dela. — Rodei pra achar ele, espero que tenha gostado. — disse baixo e eu me aproximei do seu corpo.

— Eu amei. Muito obrigado. — sorri, olhando para ele e pro porquinho. — Posso te dar um abraço? — peço e ela assente.

Ela assentiu, meu Deus! No seu aniversário, ela não quis dar um abraço.

Lhe abracei tão apertado que ouvi resmungos da mesma, a soltando logo depois.

Ela segurou a minha mão e me puxando para dentro.

— Você não tem que trabalhar amanhã? — questiono e ela assente. — Então é melhor eu te deixar descansar.

— Relaxa, Vinnie. — ela riu. Me sentei no sofá e coloquei o porquinho ao meu lado. Ela saiu de perto de mim. — Comprei pra você. — voltou com um pequeno bolinho decorado coloridamente.

— Elle, meu Deus. Eu não sei o que dizer, obrigado, cara. — ainda estou abismado com isso tudo.

— Ainda bem que você reagiu ao meu story, eu estava indo dormir. — sentou ao meu lado depois de me entregar um pratinho, garfo e faca.

ainda bem mesmo.

Eu comi um pedaço e ela outro, depois a mesma ligou a tv colocando pra rodar Brooklyn Nine-Nine e ficamos em silêncio, assistindo a série.

— A Maddy disse que você foi ver a sua mãe. — interrompi o silêncio, nos olhamos. Ela assentiu. — Como foi?

— Bom, até. Ela está diferente, mais presente. — suspirou. — Além de querer vê-la, tive também que levar um dinheiro prometido para ela.

— Entendi. Você tem irmãs ou irmão?

— Dois irmãos, mas eu a mais velha.

Balanço a cabeça e novamente ficamos em silêncio, voltando a prestar atenção na série. Apoio a minha cabeça no encosto e respiro fundo, desviando lentamente o meu rosto para a Elle, que virou o rosto rapidamente de volta para a televisão.
Ela estava me olhando.

ri baixinho.

Elle, levantou e quando ia passar por mim, eu segurei o seu pulso e a puxei para mim, fazendo sentar-se no meu colo. Tirei os fios de seus cabelos soltos que grudaram no seu rosto com a velocidade que a puxei, e pousei o meu polegar no seu rosto enquanto os outros dedos estavam na lateral do seu pescoço.

O meu corpo foi se esquentando a cada segundo que se passava. Eu fitava os seus lábios rosados e bem desenhados, subindo devagar até os seus olhos castanhos proeminentes. Meu estômago se revira de nervosismo com distância mínima de nossos lábios, e, eu só penso em capturá-los, me jogar e afundar nos seus beijos profundos.

Então, a Elle tomou atitude. Com a mão posicionada no lado do meu rosto, ela aproximou o seu e juntou os nossos lábios. Minha mão que estava sobre a sua coxa, apertou-a, e a outra afundou cada vez mais sobre os seus cabelos soltos, sedosos e macios.

Mordi o seu lábio, puxando para mim com leveza e ela fez o mesmo com o meu. Aprofundamos novamente o beijo, aperto cada vez mais a sua coxa e seguro os seus cabelos da nuca.

Encerramos o beijo com alguns selinhos e nós olhamos. Um sorriso se curvou em nossos rostos e ela desviou seu olhar envergonhada. Coloco os seus cabelos para trás do seu ombro e aliso a curvatura do seu pescoço, olhando fixamente para ela e admirando mentalmente a sua beleza.

Sua mão tirou a minha da sua coxa e entrelaçou os nossos dedos. Ela saiu do meu colo e me puxou para fora do sofá, sem me consultar ela nos guiou até o seu quarto.

Chegando no local, notei os portas retrato da Hera. Mas ignoro, porque não quero pensar nisso agora.

— Essa cama e esse quarto um pouco espaçoso está bom pra você? — ela perguntou, encarando-me e eu arregalei os olhos, tentando prender o sorriso.

Está está com muita atitude. Não estou acostumado.

— Estando bom pra você, está ótimo pra mim. — segurei a sua cintura e a puxei para mim.

Devagar, a empurrei até a mesma ter o contato com os lados da cama e a deitei com calma, ficando por cima da mesma.

Apoiei minhas mãos sobre a cama e hesitante, foi dando início a um outro beijo. Suas mãos passearam pelas minhas costas e as pernas se abriram, me fazendo encaixar melhor no meio delas.

— Porra, você está me deixando doido, sabia? — murmurei, parando o beijo e negando com a cabeça. Evitei o contato visual com a mesma.

— Eu sei. — se gabou e volto a olhá-la, mordendo o lábio. — Como se sente? — indagou e eu a olhei confuso. Ela riu e eu franzi o cenho, rindo logo depois.

— Duro. — respondi simples e notei suas bochechas corarem.

— Enfim... — ela ri, mudando de assunto. Voltei então, a capturar os seus lábios.

[continua...]

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ANIVERSÁRIO PARA O VINN
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como eu prometi, vai ter maratona
SIM, porém, demora um pouquinho
para estar pronta. ENTÃO: ESSE
CAPITULO NAO FAZ PARTE, É UM
"ESPECIAL" AO ANIVERSÁRIO DO
MAIORAL