O15. vinnie
As últimas semanas têm sido corridas e difíceis, mas posso dizer que no final deu certo... muito certo.
Desde quando eu descobri que a minha vizinha arrumava o meu apartamento às escondidas, eu prometi a mim mesmo que iria contratar uma diarista e eu finalmente criei coragem para isso. E com a ajuda dos meus melhores amigos, entrevistei as melhores... e também gostosas.
Foram semanas e semanas, com mulheres entrando e saindo do meu apartamento. Arrisco dizer que os vizinhos acharam que eu estava me prostituindo ou algo do tipo, mas eu só queria contratar alguém pra limpar a minha casa.
— Está pronto. — a garota de cabelos loiros cobreado e comprido, avisa sobre a minha janta. Larguei o controle do videogame e passei pelo sofá, me sentando em um dos bancos do balcão.
Além de limpar a minha casa umas três vezes por semana, quando ela está aqui, ainda prepara o que vou comer. Melhor impossível.
e ainda ganho uma atenção especial... Inclusive, agora a pouco ela fez isso.
— Quer ficar hoje? — pergunto, observando ela lavar as louças que sujou. Ela me olhou com um sorriso de canto. Terminou de enxaguar algumas e veio até mim.
— Você sabe que o meu pai precisa de mim. — ela diz e relembro que esse foi um dos motivos pelo qual eu a contratei.
— É, eu sei.
O seu pai está bem doente e ela é a única disponível para cuidar dele. São apenas os dois e qualquer minuto a mais que ela fica aqui, é um medo de acontecer algo com ele, por estar sozinho ou então, nos cuidados dos vizinhos.
— E isso... — aponta para nós dois. — não deveria nem ter acontecido. — virou-se novamente para terminar o seu trabalho.
— Não tenho culpa se você não conseguiu resistir ao meu corpinho, Raven — ela gargalhou e me olhou de novo. — Brincadeira, eu sei que não deveríamos, mas aconteceu ué.
Duas semanas e meia, foram suficientes para ela e eu ter algo. Não sei em que momento esse desejo surgiu, mas, talvez a carência dos dois falou mais alto. Ela não é de se encontrar com ninguém (pelo o que conversamos) e eu, faz tempo que não faço isso.
Juntamos o útil ao agradável e fomos pra cama.
— Já terminei por hoje. — fala, secando as suas mãos e depois colocando o pano no seu devido lugar. Vê se lava o seu prato quando acabar, chefinho.
— Vou deixar na pia pra quando você voltar lavar. — provoco e ela rolou os olhos rindo.
Dou a última garfada e me levanto, colocando o prato na pia e indo até a geladeira. Pego a garrafa de água e bebo, quando termino guardo e aproximo o meu corpo do de Raven.
— Mas tem certeza — seguro a sua cintura com as minhas duas mãos. — que não quer — afasto os seus cabelos e deixo a curva do pescoço amostra. — ficar? — selo meus lábios com a sua pele.
Uma de minhas mãos adentrou na sua blusa e acaricio a sua barriga, subindo para os seus seios. Ela arfa e joga a cabeça para trás.
— Eu não posso. — fala com dificuldade.
— Então quer que eu pare? — deixo a minha mão no mesmo lugar.
— Infelizmente, sim. — virou o seu corpo com dificuldade. Tiro as minhas mãos e assenti. Ela saiu do lugar que estava e foi pegar as suas coisas.
Acompanhei até a porta, deixando alguns beijos em seu pescoço enquanto destrancava.
— Elle. — a minha vizinha estava parada na porta, assim que abri, com uma correspondência nas mãos. Me afasto da Raven e sorri envergonhado.
— Oi, Vinnie. Estava na minha caixa de correios. — estendeu o papel e eu peguei. — Tchau, Vinnie. — sorriu simpática e virou, indo para o seu apartamento.
Antes de fechar a porta, ela se abaixou e pegou um gato que estava prestes a sair do seu apartamento. Não sabia que tinha bichinho de estimação.
É lindo. Gostei.
— Até semana que vem, chefe! — Raven brincou e desceu as escadas sem me dar chances de responder.
Fecho a porta e coloco a correspondência no balcão, não me importando com qualquer coisa que seja. Pulo no sofá, pegando novamente o controle do videogame e iniciando outra partida.
Algo em meu cérebro insiste em não concentrar no jogo, e sim ocupar todos os lugares de com a minha vizinha e o que ela pode estar achando ao ver aquela minha cena com a diarista... que não pareceu ser apenas uma diarista.
Largo o controle e levanto do sofá, indo para a porta e saindo do apartamento. Paro em frente ao de Elle e levanto a minha mão para bater.
não sei porque eu estou me importando com o que ela vai achar. Que besteira!
A porra da sua porta abriu e eu estou parado feito um idiota com a mão pra cima.
Sorrio mostrando todos os dentes.
— Tá doido? — ela riu. Ela está com o gato no colo. — Quer algo? — pergunta simpática e sorrindo.
Todo esse tempo que trombei ou estive com ela, nunca a vi sorrir com tanta frequência como agora (só quando está bêbada). Algo mudou e deve ser esse felino lindo no seu colo.
— É-é tem caçúcar... açúcar? — pergunto nervoso. — O meu acabou. — minto. Eu tenho um pote cheio e vários pacotes.
Ela assentiu, me chamando pra entrar.
— Não sabia que tinha gatos. — digo surpreso. Ela o coloca no chão quando entramos e vai até os seus armários.
Me agachei próximo a ele e dei a minha mão para o mesmo cheirar, pra poder começar a fazer carinho. Ele se aproxima, cheirando e dando permissão, e então, acariciei o seu queixo e depois o seu pescoço.
— É gata. E nem você lembra? — pergunta e eu a olho confuso. — As meninas falaram que eu o tirei da rua no dia do meu aniversário, quando estávamos voltando. — tento lembrar, mas sem sucesso.
— Como sabe que ela se identifica com esse gênero? — levantei, cruzando os braços. A Elle riu e rolou os olhos, vindo até mim com um pote pequeno. — Ela te falou os pronomes?
— Se você realmente se importasse com isso teria falado: gates e não gatos. — retruca, e quase enfia o pote no meio do meu peito.
— Grossa. — seguirei o pote.
A olhei e ela me olhou. Os segundos parecem horas e eu me encontro paralisado segurando um pote de açúcar - que eu não preciso - nas mãos, enquanto encaro uma das garotas mais bonitas que eu já vi na minha frente.
Eu sou bem patético, meu Deus.
— Eu ia passear com a Petrova, você me atrapalhou, sabia? — ela me desperta do transe, e já não estava mais na minha frente.
— Que nome é esse? Ela merecia um melhor. — me viro, Elle já estava com a gata no colo e indo se sentar no sofá. — Eu colocaria um melhor.
— Pois então adote uma gata e coloque um que te agrade — levo a mão ao peito como se tivesse ofendido. E eu realmente tô. — porque essa aqui é minha e eu a nomeio como eu bem entender.
Essa é a Elle que eu conheço e não aquela sorridente e simpática quando abriu a porta.
— Você não usou mesmo os meus presentes, né!? — me sentei ao seu lado e seus olhos acompanharam o meu meu movimento, julgando a ação. — Continua muito estressada. — ela cerrou os olhos, respirou fundo fechando os olhos e por fim, me mostrou o dedo do meio.
— Por que você acha que eles sumiram com todos os meus estresses e problemas? Isso foi só por algumas horas. — confessa. Sim, ela acabou de confessar que usou.
Arregalo os olhos e um sorriso se forma em meus lábios aos poucos.
— OPA, OPA, OPA... COMO FOI? — ela franziu a sobrancelha. — Você acabou de admitir que usou eles. Como foi, Miss limpeza?
— O seu rabo. Me deixe em paz, Vinnie. — rolou os olhos. Noto que a mesma tenta prender o riso, mas não consegue por muito tempo. — Cara, para de ser chato. — me empurrou com a mão e eu gargalhei.
Sério, essa garota é... inexplicável.
Ela volta a acariciar com exclusividade a sua gata e eu apenas admiro a cena. Não sei quem é mais bonita, a gata ou ela. Acho que as duas.
Ficamos em silêncio por alguns minutos.
— Hum... — coço a nuca inquieto. — Elle, posso te fazer um convite? — finalmente as palavras saem.
— Tudo que vem de você me gera dúvida, então não sei se digo: sim ou não. — me olhou e eu dou um riso curto. Passo as mãos nos meus cabelos e apoio a cabeça no sofá virando-a minimamente e olhando para a morena. — Mas vamos lá, pode.
Ela arrumou a sua posição, virando todo o corpo para mim e apoiando o braço nas costas do sofá, olhando fixamente para mim.
— Sábado vou pra praça de skate, topa ir me ver quebrando a cara? — ele virou apenas o seu rosto para o lado e entornou a boca pensativa.
— Que horas? — volta a me olhar.
— Umas sete, oito horas.
— Ok, eu estarei lá. — sorriu e eu tento conter o meu, mordendo a minha bochecha.
Pego o meu celular conferindo a hora e já são dez da noite. Me levanto, juntamente com o meu pote de açúcar e a morena me acompanha com os olhos.
— Valeu pelo o açúcar. — ri, mostrando-o e ela levanta também, rindo e respondendo de volta.
Nos direcionamos para a porta e olho novamente o meu celular e ao ver o contato da Crum, relembro uma cobrança que ela me fez.
— CACETE, JÁ IA ESQUECENDO. — digo desesperado e a Elle me olha assustada. — A Maddy perguntou porque você não respondeu ela. — a garota colocou imediatamente a mão na testa, se lamentando.
— Merda! A sua mensagem foi a única que vi das solicitações do dia do meu aniversário. — murmura. Me sinto privilegiado. — Sabe o que ela quer?
— Só te digo uma coisa: Parabéns.
E foi apenas isso que eu disse mesmo. Sai do seu apartamento e me direcionei para o meu, guardando o açúcar junto com os outros e lavando o seu pote, e aproveitando pra fazer o mesmo com o prato que eu havia comido.
Desliguei o videogame, deixando o controle no sofá e depois apaguei as luzes, indo para o meu quarto e pegando uma roupa limpa para tomar banho. Fiz isso de forma rápida e voltei para o cômodo, me enfiando nas cobertas e mexendo em meu celular.
Abro o Twitter e vou na barra de pesquisa, clicando no perfil da Elle que já está salvo. Mas dessa vez estou na minha conta fake para não correr risco de novo de curtir um tweet sem querer.
Chega uma notificação de mensagem de voz da Raven, clico na mesma hora e dou play no áudio.
Ela diz que não voltará semana que vem e agradece por eu te ajudado. Pergunto o que aconteceu e ela só responde que muita coisa não deveria ter acontecido, e por isso, não poderia continuar achando que estava tudo bem.
meu Deus... a culpa é toda minha.
eu com o vinnie no começo:
me amava o carai 🤨😐🙄
ele interagiu com a elle:
i love u, vinnie pig 😍💗🐖
vinnie pig macetando a fun-
cionária e a miss limpeza sendo
macetada pelo vibrador e jajá
pelo ex 🗣️🗣️ #ésobre
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