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7. Sonho Estranho

Junto todo o resto da minha dignidade - que devo admitir que, neste momento, não é muito - e me levanto novamente. Ele não pode me atingir. Merda, não pode.

Seco minhas lágrimas com os dedos e começo a juntar todo o meu material também. Essa foi a última vez. A última vez que eu permiti ele me tratar igual lixo. Cansei.

No caminho pra casa, retiro meus fones de dentro da mochila, conectando-os ao meu celular. Talvez assim eu me acalme. Dou play na primeira música que eu vejo dos bit Weapon e caminho calmamente, no ritmo da música. Aos poucos, já estou mais alegre e morrendo de vontade de dançar mesmo que eu ainda esteja na rua. Canto alguns trechos da letra, que eu memorizei, em voz baixa enquanto penso em dar uma geral em meu quarto assim que chegar em casa. Isso também sempre me ajudou a me distrair.

Quando chego em casa, deixo minha mochila sobre minha cama já arrumada e retiro minhas peças de roupa para ir para o banheiro, tomar um longo banho. Aproveito para lavar o cabelo e após voltar para o quarto, coloco um short preto e uma camiseta do homem de ferro que vai até metade das minhas coxas, cobrindo um pouco o short. Depois de colocar roupas mais leves, volto a recolocar os fones e dou play na música novamente. Desço as escadas em busca dos produtos de limpeza e começo varrendo o chão do quarto, depois passo pano e tiro todo o pó dos móveis. Após isso, volto minha atenção à cômoda e as prateleiras. Retiro tudo o que está sobre elas e após limpar, organizo tudo novamente jogando no lixo papéis e anotações que eu não vou mais precisar, junto com algumas folhas amassadas e papéis de chicletes de morango - que eu adoro - e volto a recolocar meus cremes e perfumes sobre a cômodo e todos os livros, gibis e CDs sobre as prateleiras novamente.

Suspiro aliviada por ter terminado e reparo que estou muito melhor. Meu estômago ronca e desço as escadas para fazer algo para comer. Abro a geladeira e pego um pouco da lasanha que sobrou do jantar.

Depois de comer, lavo a louça e subo novamente para o quarto pra tentar dormir um pouco.

Apago a luz, fecho as janelas e me deito na cama abraçada com Lucky. O aperto contra mim enquanto sinto meus olhos pesarem.

Ando pelo corredor apressadamente, tentando alcançar o garoto de cabelos loiros quase castanhos que caminha sem pressa ao longe.

- Jacob! - chamo por ele.

Acelero ainda mais meus passos, até que eu, finalmente, o alcanço. Agarro sua mão para virá-lo para mim. Mas quando ele me fita, não é Jacob. É o Finn.

- Acorde, Brown.

O encaro sem entender.

- O-o quê?

-Millie, filha acorde. - sinto alguém me balançar e eu abro meus olhos assustada.

- Finn! - exclamo, me sentando na cama.

- Filha, se acalme. Estava sonhando. - tento normalizar minha respiração e só então percebo que estou suada. Merda, terei que tomar o terceiro banho em apenas um dia. Encaro minha mãe e me dou conta de que eu acabei falando o nome de um garoto. E que ela ouviu em alto e bom som. Merda! - Filha... com quem estava sonhando? - ela pergunta, abrindo um sorriso.

Arregalo os olhos, sentindo minhas bochechas esquentarem.

- N-nada... - me levanto rapidamente. - Eu não e-estava sonhando com nada! Eu... - ando às pressas até o banheiro, tentando desesperadamente fugir dela. - tenho que tomar um banho, mãe! Estou toda suada. - entro no banheiro e fecho a porta com tanta força que causa um barulho alto com o baque. - A gente conversa depois! - grito para ela me ouvir do outro lado da porta.

Retiro novamente minha roupa e entro dentro do box, indo para debaixo do chuveiro. Ouço batidas na porta enquanto ligo o mesmo e a voz abafada da minha mãe do outro lado:

- Millie! A pergunta foi com quem, e não com o quê! Filha, depois desse banho você irá me explicar tudo direitinho.

Reviro os olhos antes de gritar em resposta:

- Tá bom, mãe!

- Que horas são? - pergunto enquanto abro a geladeira.

- Quatro horas. Millie...

A interrompo:

- Daqui a pouco Noah já irá chegar. Eu vou...

- Millie, me diga com q...

Ela é interrompida por batidas na porta da frente.

- É ele. A gente fala sobre isso depois mãe. - digo rapidamente indo até a sala. Noah não poderia chegar em hora melhor.

Quando abro a porta, ele está encarando o chão enquanto mexe nas cutículas de suas unhas. Ele está nervoso.

- Oi. - chamo sua atenção.

Ele me fita.

- Oi.

- Entra.

Ele passa por mim e eu fecho a porta.

- Não precisa ficar nervoso. - digo rindo, tentando deixar a situação mais amena. Noah sorri minimamente, relaxando um pouco os ombros.

Não demora muito para que minha mãe apareça no cômodo.

- Olá, Noah! - ela o cumprimenta alegre. O brilho costumeiro que sempre aparece quando vê meu melhor amigo, dá sinal de vida.

- Olá Sra. ... - ele rapidamente se corrige. - Winona.

- Como você está? - ela pergunta.

Noah sorri educadamente e percebo o mesmo relaxar à medida que os dois conversam.

Sorrio.

Depois de alguns minutos, a expressão de Noah muda drasticamente quando ouvimos o som da porta sendo aberta e ele se vira.

Meu pai entra com uma expressão amena, mas quando percebe que Noah já estava aqui, seu rosto torna-se sério. Sério demais. E eu logo percebo que ele se fará de durão para colocar medo em meu amigo.

Tsc.

- Olá. - ele abre um sorriso que não dura muito. - Você é... o novo - reparo ele trocar olhares com minha mãe antes de continuar. - amigo da minha filha, não é?

- Sou sim, senhor.

- Não tem nenhum velho aqui, rapaz. Não precisa me chamar assim. - meu pai diz, e eu lhe lanço um olhar zangado para que ele pare. - Me chame de David. Qual o seu nome mesmo?

Tenho absoluta certeza de que eu havia dito o nome dele ao meu pai e que ele lembrava perfeitamente.

- Meu nome é Noah, senh... quero dizer, David.

- Então, Nathan...

- Noah. - ele o corrige.

- Então Noah, e...

Ok, acho que já é o suficiente.

- Bom, agora que vocês dois já se conhecem, eu vou jogar um pouco com o Noah lá em cima, ok gente? - comunico meus pais enquanto agarro gentilmente a mão de Noah para puxá-lo até a escada.

- F-foi um prazer.

Meu pai não responde. É claro que não.

- Vem, Noah.

Começamos a subir os degraus, e posso jurar que consigo sentir os olhos zangados do meu pai fuzilar nós dois, especificamente, Noah.

Quando entramos em meu quarto, ele me fita aliviado, me fazendo rir.

- Obrigado. Eu sinceramente não estava esperando por aquilo. - ele diz, sincero.

- Não ligue para o meu pai, ele estava agindo daquele jeito para lhe testar.

- Bom, acho que seja lá o resultado que ele esperava, eu com certeza não passei no teste. - ele afirma brincalhão, rindo e eu o acompanho.

- Acho que poderia ser pior. - respondo, pegando um de meus controles sobre o vídeo game e entregando para Noah. - Que tal jogarmos um pouco de World of Warcraft desta vez? - pergunto, em um tom desafiador.

Noah aceita o controle assentindo:

- Prepare-se para perder.

***

Ficamos jogando até às 17h30. Desta vez, havíamos empatado mas por conta do horário combinamos de continuar um outro dia, já que ele teria que ir visitar sua avó no hospital com os pais.

O acompanho até a sala, onde meus pais estavam assistindo algo na televisão. Noah se despede deles e reparo meu pai apenas dar um aceno de cabeça.

Depois que fecho a porta, ele me encara.

- Não gostei dele.

Minha mãe e eu o encaramos indignadas.

- O quê?! - exclamamos em uníssono.

- Muito metido a perfeitinho, Millie. Sem contar que ele não conseguiu me dirigir a palavra sem gaguejar. Para namorar minha filha tem que, ao menos, saber falar direito.

Tenho absoluta certeza de que Noah não havia gaguejado nenhuma vez. Tsc, típico de David Brown.

- Pai, você meteu medo nele com apenas uma frase, como queria que ele reagisse?! E que papo é esse de namoro?!

- Winona disse que...

É o quê?!

- David. - ela o corta rapidamente.

A encaro.

Aaah, agora está explicado.

- Mãe!

- Fi-filha...

Solto um resmungo irritado, me virando para subir as escadas para retornar ao meu quarto.

- Eu vou para o meu quarto.

***

Visto meu pijama e recoloco meus fones, selecionando aleatoriamente uma música da minha playlist. Deito-me na cama e encaro o teto.

Era por isso que meu pai havia feito tanta questão de conhecer Noah. Interpretou a empolgação de Winona com Noah de forma errada. Aí, mãe...

- Millie? - ela abre a porta com receio. Ah droga, com certeza ela irá perguntar sobre o meu sonho e eu ainda não consegui formular nenhuma mentira boa o suficiente para convencê-la a esquecer o que ouviu. - Posso entrar?

Balanço minha cabeça assentindo.

Ela adentra o cômodo e vem até mim, se sentando à minha frente. Retiro meus fones e me sento também.

- Sobre o que aconteceu hoje... eu entendo. Não se preocupe, mãe. - digo rapidamente, sabendo como ela começaria aquela conversa. Winona assente, aliviada.

- Mas filha, quer me contar sobre o garoto com quem você havia sonhado hoje?

Não. Nem um pouco.

Apesar de conversarmos bastante sobre várias coisas e que minha mãe está acostumada a me fazer dizer certas coisas que eu prefiro guardar apenas para mim, garotos nunca esteve nesta lista.

Mas quer saber? Eu não tenho nada a esconder mesmo.

- É apenas um garoto que estou ajudando a estudar depois da aula mãe, - respondo dando de ombros, vendo que ela não parece se convencer totalmente continuo. - Um professor havia me pedido isso.

Ela assente.

- Entendo. Como é o nome desse garoto mesmo, Millie?

- Finn Wolfhard.

- Wolfhard... - ela faz uma pausa, pensando em algo. - este nome me parece familiar... - a encaro confusa. - bem, talvez seja coisa da minha cabeça. - ela diz sorrindo enquanto se levanta.

Retribuo o sorriso.

- Ok, mãe. - bocejo - Eu já vou dormir.

- Está bem, filha. - ela beija minha testa. - Durma bem.

Enquanto me deito na cama, Winona apaga a luz do meu quarto antes de sair do mesmo. Me estico para colocar meu óculos sobre a cômoda antes de agarrar meu ursinho de pelúcia e fechar os olhos, me preparando para a manhã seguinte, que tenho absoluta certeza de que será bem estressante.

Na manhã seguinte, eu simplesmente não queria sair da cama. E isso me assustou. O quão um garoto tinha que ser um babaca ao ponto de me fazer não querer ir pra aula? Bem, ser o Wolfhard.

Eu não quero vê-lo, não quero falar com ele e - muito menos - ajudá-lo a estudar. Isso não está funcionando. E, por Deus, me pergunto o que eu esperava?! Não tem como se relacionar com nenhum deles - do grupo revoltado - e eu fui idiota em acreditar que talvez pudéssemos nos aturar ao menos por algumas horas.

E pra mim já chega. Hoje irei falar com o professor de geografia para ele encontrar outra pessoa pra ajudar o Wolfhard porque eu não aguento mais.

- A Srta. poderia repetir?

- Desculpe-me professor, mas eu não posso mais estudar com o Wolfhard.

Ele me encara, colocando a caneta azul sobre sua mesa.

- Mas Srta. Bobby Brown, procure compreender. Depois que vocês dois começaram a estudar, o sr. Wolfhard tem se interessado bem mais aos estudos e se concentrado em sala de aula, diferente de dias atrás antes. - curiosa, me viro para observar o cacheado no fundo da sala. Ele está inclinado, escrevendo algo em seu caderno e olha para o lado de vez em quando para responder algo que Matarazzo está dizendo. O observo tentando não deixar minha boca se abrir com a surpresa. Como assim?! - Não sei o que você está fazendo, mas peço que continue.

Me viro para o professor.

- M-mas professor... - sua expressão não muda, indicando que ele não cederá. Droga. - Está bem.

- Muito obrigado, Srta. Bobby Brown.

- E então? - Noah pergunta, levando o garfo com arroz até sua boca.

Largo meu talher sobre a mesa.

- Aparentemente, o Wolfhard tem se interessado mais para estudar. - repito as palavras do professor com desanimado enquanto brinco com a comida em meu prato.

Ele me fita em descrença.

- E você acredita nisso?

- Como assim?

O encaro.

- Vocês só estudaram juntos duas vezes. - ele relembra.

Reflito com suas palavras.

- Olha, eu não sei. Mas tenho certeza de que tem algo muito estranho nessa história.

Noah balança a cabeça concordando.

No final da última aula, me despeço de Noah com desanimação.

Sem olhar para o Wolfhard, saio da sala sem olhar para trás. Entro na biblioteca e coloco minha mochila sobre uma das mesas. A bibliotecária também não está aqui hoje.

Vou até uma das prateleiras para pegar alguns livros didáticos enquanto ouço a porta ser aberta subitamente mas não me viro para olhar, pois sei que é ele.

Suspiro frustrada.

- Porque não desiste logo de me ajudar se está sendo algo tão torturoso para você?! - ele esbraveja.

Me viro indignada.

- Como se você se esforçasse para mudar isso!

Ele ri ironicamente.

- Escute, estou feliz com essa situação tanto quanto você. Então vamos acabar logo com isso para que eu possa sair desse inferno o quanto antes.

Como é?!

- Você é inacreditável! Deveria parar de tratar as pessoas como se fossem algo descartável, porque caso você não perceba os outros tem sentimentos! - retruco com raiva.

Ele dá um passo em minha direção furioso.

- E porque eu deveria fazer isso quando os outros não ligam para os meus?!

Agora é minha vez de rir sarcasticamente antes de respondê-lo à altura:

- Ah então agora você tem sentimentos?! Porque ontem me tratou como se eu não fosse um ser humano!

Outro passo. Agora estamos cara a cara, o que me permite sentir seu perfume Polo Red, que tem uma mistura de aromas amadeirados, couro e outras essências como lavanda e cidra italiana.

- Não brinque comigo, garota. - ele alerta.

- Então sugiro que comece a me respeitar a partir de agora. Se é que sua mãe lhe deu o mínimo de educação! - alfineto-o sem medir as palavras. Grande erro.

- Droga, não fale da minha mãe! - me assusto com seu berro. Ele segura minhas mãos com força e as levanta, me prensando contra a prateleira. Seu olhar está tomado pelo ódio.

Fico assustada com sua aproximação e medo do que ele fará neste estado de raiva, me arrependendo de ter perdido o controle do que estava dizendo e ter dito tudo aquilo sem pensar.

Seu aperto não é gentil, mas ele não usa tanta força ao ponto de me machucar. Fito seus olhos preocupada com o que ele fará e por conta da nossa súbita aproximação, acabo descendo meu olhar para seus lábios cheios e, devo admitir, bem convidativos.

Meu coração bate furiosamente em meu peito quando o brilho nos olhos do Wolfhard mudam. Eles tornam-se mais intensos e famintos por algo que eu não compreendo.

Ele aproxima seu rosto do meu e eu arregalo os olhos quando percebo sua intenção.

Ele solta um de meus braços para tocar gentilmente meu rosto.

- Mills...

Meu Deus, ele vai...

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