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32. Porque eu te amo

AVISO: Pessoas, a leitora @bw.viivi fez um vídeo inspirado na fic, que está postado no meu insta: mih_lopes_correa. Por favor, assistam quem tiver o interesse, porque eu simplesmente estou apaixonada. Mais uma vez, muito obrigada Vivi <3

É isso, boa leitura! <3

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Para meu descontentamento, o Wolfhard parou de se mexer. Soltei um resmungo de indignação, e o cacheado me fitou nos olhos, com as pupilas dilatadas devido seus olhos terem estado fechados todo esse tempo.

- Calma aí. - ele pediu. Ao invés de voltar ao que estava fazendo, Finn saiu de cima de mim, para se sentar à minha frente. Fiz uma careta e o imitei. - Você... - ele limpou a garganta e prosseguiu, parecendo meio desconfortável com o assunto: - Mills, você é mesmo virgem?

Senti minhas bochechas pegarem fogo e então percebi que Finn e eu nunca havíamos conversado sobre isso e que ele nem sabia disso. Engoli em seco. Sempre soube que ele era mais experiente do que eu em qualquer coisa que envolvesse sexo, mas naquele momento eu me sentia inexperiente.

- T-tem algum problema com isso? - questionei. Estava odiando o fato de que havíamos parado por minha causa.

O cacheado arregalou os olhos, parecia tão nervoso com aquele assunto quanto eu.

- Não, obviamente que não, Mills. - desviei os olhos e então ele segurou meu rosto, forçando-me a olhá-lo. - Ei, você sabe que esta não é a questão.

- Então qual é? - questionei. - Você realmente não sabia que eu sou...

- Eu desconfiava sim. - me interrompeu. - Cheguei a pensar em lhe perguntar algumas vezes mas então deixei pra lá. "pra quê?" eu pensei. Dormia com as garotas que me interessavam no primeiro dia que eu as conhecia e não queria apressar as coisas com você. Queria que fosse diferente com nós dois. Que acontecesse naturalmente. Porque eu te amo. - senti meu coração se aquecer. - Queria respeitar seu tempo. Sou meio apressado, mas eu tive o meu. - disse, me fazendo rir. Ele sorriu satisfeito. - Você tem o direito de ter o seu. - assenti com a cabeça, querendo abraçá-lo. - ...Você tem certeza? Eu nunca fiquei com uma virgem antes, você vai ser a primeira. - disse, tentando descontrair.

Eu ri.

- É mesmo?

Ele sorriu.

- Você é a primeira em muitas coisas, Mills. E a última também.

Peguei seu rosto com as mãos, beijando seus lábios em um selinho longo.

- Você tem camisinha? - perguntei.

- Tenho. - ele retirou a carteira da calça. - Sabe como é, caso o momento chegasse, não queria passar vergonha na sua frente. - nós rimos, Finn estava nervoso também ou era impressão minha? - É... Mills, você já... viu um pau antes?

Estava começando a me acostumar com seu vocabulário, mas ainda assim não podia deixar de ficar sem graça.

- Um pênis, no caso? - o corrigi, fazendo-o revirar os olhos e rir.

- É, um pênis. - Concordou.

- A gente viu no ano passado, lembra? Na aula de Orientação Sexual. - lembrei.

- Ah, a melhor aula do século. - ele respondeu, rindo.

- É, você e seus amigos riam durante todas as aulas. - alfinetei e ele deu de ombros.

- ...Quer mesmo fazer isso? - perguntou novamente, voltando ao assunto. - Não precisa ser agora, ou hoje. - Ele se aproximou de mim e beijou o canto da minha boca. - Pode ser amanhã... - murmurou de maneira provocativa, perto do meu rosto. Outro beijo. - Ou depois...

Sorri enquanto ele continuava depositando beijos nos cantos dos meu lábios. Eu sabia o que eu queria. Finn estava tentando ser compreensivo, mas eu sabia que ele também estava com vontade. Não havia mais porquê esperar.

- Eu tenho certeza, Finnie. - coloquei minha mão sobre seu peito, para que ele olhasse em meus olhos. - Eu quero agora.

Ele abriu um sorriso torto.

- Bom, se você quer agora, quem sou eu pra impedir você, né? - eu ri. - Tá nervosa?

- Eu tô. - confessei.

Para ser bem sincera, milhões de pensamentos vinham em minha cabeça. Se iria doer, se eu iria gostar.

Mas dentre todos ele, eu tinha uma certeza: não havia outro no mundo com quem eu quisesse me entregar a não ser Finn.

- Vamos com calma, certo? - ele propôs.

Assenti com a cabeça, aliviada por irmos devagar para que eu pudesse absorver um pouco mais a ideia, apesar de ter sido minha desde o começo.

Deixei meus óculos sobre o criado-mudo e deitei novamente na cama, e ele subiu em cima de mim. Nossos beijos alternavam entre provocantes e suaves, eu me remexia contra ele, sentindo seu volume começar a crescer. Finn se apoiou com uma das mãos sobre a cama, enquanto a outra, descia dos meus seios vagarosamente até minha barriga. Ele mordeu meu lábio, arrancando mais um gemido de meus lábios e então, logo em seguida, senti-o desabotoando meu short.

Com respirações ofegantes, interrompemos os beijos para que eu pudesse ajudar o cacheado a retirá-lo. Quando, enfim, conseguimos, ele grudou nossos lábios novamente, enquanto descia os dedos para dentro da minha calcinha, que agora se encontrava úmida.

- Que saudade de te tocar, Millie. - Confessou Finn, e, ao invés de me sentir sem graça, suas palavras acabam mexendo comigo.

A sensação dele me tocando lá embaixo enquanto estávamos em seu quarto ainda estava bastante fresca em minha memória, e tudo que eu conseguia desejar era sentir aquilo de outra vez.

Sentindo seu toque leve em minha intimidade, levantei meu quadril, implorando para que ele intensificasse o que estava fazendo. Em resposta, ele gemeu um palavrão.

Senti seu dedo me penetrar e mordi meu lábio, abafando outro gemido. Finn voltou a brincar com meus seios, chupando o direito e com a mão massageou o esquerdo, enquanto enfiava e tirava devagar o dedo de dentro de mim.

- Finn, e-eu vou... - ele rapidamente interrompeu o que estava fazendo, tirando a mão de dentro da minha peça íntima.

- Está pronta? - Sua voz estava rouca. Assenti com a cabeça, ainda estava com muita vontade.

Finn se afastou de mim e pegou novamente a carteira que havia deixado sobre a cama. Dali, ele retirou uma embalagem de preservativo e eu engoli em seco.

Meu Deus, a gente vai mesmo fazer isso.

Contudo, Finn parecia tão calmo que, apesar do nervosismo, a minha vontade era arrancar o preservativo das mãos do cacheado e colocar logo nele. A paciência de Finn estava começando a me deixar cada vez mais ansiosa.

- Você...quer me ajudar a colocar? - ele perguntou, hesitante.

- Quero sim. - afirmei rapidamente, pegando a embalagem de suas mãos, fazendo o cacheado rir.

Ele se levantou e começou a retirar a calça juntamente com a cueca.

Encarei um pouco intimidada sua nudez. Não era tão grande, mas ainda assim...

- Não se preocupa, é médio. - ele tentou me tranquilizar, parecendo que havia lido meus pensamentos, mas ainda assim eu sabia que ele estava achando graça da minha reação.

- Isso aí é médio?

(N/A: MANOOO...KKKKK)

Ele conteve o riso.

- Calma, Mills. - ele tocou meu rosto, aproximando o seu. - Farei o possível para não te machucar.

- Tá bom...

Eu abri a embalagem com cuidado, e ele logo estendeu as mãos para poder me mostrar como era.

- Calma, é assim. - ele me ajudou a colocar o pequeno disco sobre sua intimidade e usou nossas mãos entrelaçadas para colocar a camisinha. - Bem, agora é só descer... - ele me instruiu, com o rosto vermelho. Quando enfim terminamos de colocar, ele respirou fundo e eu percebi seu volume ficar um pouco maior.

Ele, então, me deitou na cama, e com o joelho abriu minhas pernas, ficando entre elas. Nossos olhares não se desgrudavam por um segundo sequer. Gostaria muito de saber em que ele estava pensando.

Respirei fundo, esperando que ele fosse delicado comigo.

Ele inspirou e inclinou o rosto para me beijar e, com isso, uma pequena parte do meu medo e da minha ansiedade se dissipou.

Levei minhas mãos às suas costas, para poder puxá-lo para mais perto.

- Calma, Mills. - ele advertiu com delicadeza, apesar de eu saber que ele estava gostando de que eu estava com tanta vontade quanto ele. - Precisamos ir com calma. Eu não vou mentir pra você, no começo dói de qualquer jeito, então em qualquer momento você pode me pedir para parar. Certo? - sussurrou.

- Tá bom. - respondi, abrindo um sorriso.

Como uma forma de distração para a dor, ele voltou a beijar meus lábios, e, assim que senti o preservativo contra mim, meu corpo rapidamente ficou tenso.

Após um instante, Finn me penetrou com cuidado.

Meu corpo se enjireceu, aquela era uma sensação nova e, ao mesmo tempo, muito estranha.

- Você tá legal? - ele tentou se certificar, desgrudando seus lábios dos meus, para me fitar com preocupação.

Balancei a cabeça em resposta, dando sinal positivo para que ele continuasse o que estava fazendo. Àquela altura, eu não iria desistir.

Finn, com todo o cuidado do mundo, me penetrou mais e eu me retraí com o ardor. Era mesmo ruim. Assim como todo mundo costuma falar. Ou até pior.

- Caralho... - ele gemeu, a voz rouca pelo prazer. Ele parou de se mexer, mas, ainda assim, aquilo não deixava de ser bastante desconfortável. - Posso continuar? - ele perguntou.

- Pode. - confirmei. A dor permanecia, mas Finn continuava tentando ser carinhoso ao máximo, beijando meu pescoço, a minha boca, meu rosto, inclusive as lágrimas que se formavam no canto dos meus olhos. Procurava me concentrar apenas nos seus beijos enquanto apertava suas costas com certa força.

- Ahhh - ele gemeu novamente, parando de me beijar para inclinar a cabeça para trás. - Eu te amo, Mills. - sua respiração bateu contra meu pescoço. O tom reconfortante de sua voz me distraiu do ardor, mas o mesmo persistia enquanto Finn movimentava lentamente seu quadril.

Queria respondê-lo, mas tinha medo de cair em lágrimas. Ao invés disso, voltei a beijá-lo, mordendo seu lábio.

- V-você está bem, Mills? Quer que eu pare? - perguntou ele, transparecendo todo o prazer que sentia junto com a preocupação.

Em resposta, neguei com a cabeça, pois, apesar da dor, essa era a última coisa que eu queria que ele fizesse. Finn fechou os olhos e eu observei maravilhada o cacheado perdendo o controle. Finn escondeu o rosto em meu pescoço, sua respiração descontrolada se chocando contra minha pele.

Mantendo o mesmo ritmo lento, ele voltou a olhar em meus olhos.

A dor já não se fazia mais presente, porém a sensação desconfortável persistia. E o ardor sempre voltava assim que o cacheado me penetrava. Segurei seus cabelos e beijei seus lábios, descendo para o pescoço com certa timidez.

Passei a língua por toda a área, sugando sua pele. Finn estremeceu e gemeu meu nome quando acabei batendo o dente de leve contra sua clavícula.

- Eu te amo, Finn. - falei, com a respiração acelerada.

Ele gemeu e levou seus lábios aos meus.

- Ah, Mills, estou quase lá. Tudo bem? -ele perguntou, entredentes.

Assenti com a cabeça, e logo voltei a beijar seu pescoço novamente, sabendo agora que ele adorava. Quando, enfim, Finn chegou ao ápice, seus olhos não desviaram dos meus. Fizemos promessas de amor enquanto ele se contraia e deitava seu corpo suado sobre o meu. A sensação de ouvir as batidas aceleradas de seu coração era algo único, e me fez sorrir. Tentando normalizar minha respiração, fiz carinho em seus cabelos úmidos e inclinei meu rosto para beijar sua testa. Minutos depois, acabei apagando.

Abri os olhos. Finn ainda se encontrava sobre mim, com a cabeça deitada sobre meu peito, a respiração pesada. Levei meu olhar para minha escrivaninha. 17h30. Merda...

- Finn... - sussurrei. Ele não se mexeu. - Finnie... - aumentei um pouco mais meu tom de voz.

- Hm? - ele me apertou em seus braços, como se estivesse se certificando de onde estava, me proporcionando a melhor sensação que eu poderia sentir. - Que horas são? - sua voz estava rouca devido o sono.

- Tarde. Meus pais vão chegar daqui a pouco. - respondi.

- Tá bom... - ele se levantou de cima de mim, ainda meio grogue e esfregou os olhos. - É...eu preciso me livrar disso. - ele disse, se referindo à camisinha.

- Joga no lixo do banheiro e alguns papéis em cima para ninguém ver, se papai sonhar o que aconteceu esta tarde... - instruí, interrompendo minha frase no meio, ficando apavorada só de imaginar.

- Eu sou um guitarrista morto. - ele completou, rindo da situação e se levantou. Observei o cacheado sair do cômodo, com os olhos grudados em sua tatuagem nas costas. Assim que ele retornou, seu olhar estava um pouco mais sério. - Mills - ele voltou a se sentar à minha frente na cama e segurou minhas mãos. - Eu te machuquei?

Sorri.

- Não. - o alívio em seus olhos foi perceptível e senti vontade de beijá-lo. - Eu só senti a dor do hímen se rompendo, mais nada. - conclui.

- Foi o que você esperava? Você gostou? - seu olhar vulnerável estava de volta.

Mordi o lábio.

- Bom...

Ele não me deixou concluir:

- Você não gostou... - afirmou, parecendo decepcionado com si mesmo.

- Para. - apertei sua mão de leve. - Eu gostei! - exclareci. - Eu ia dizer que... - tentei procurar as palavras enquanto Finn observava meu rosto com cuidado. Sorri - Foi único. Principalmente por ter sido com você. - acariciei seu rosto.

- Foi mesmo? - ele sorriu satisfeito.

- Sim! - garanti. - Bom, e como foi pra você? Eu sei que eu não tenho experiência, mas acho que depois de um tempo vai ficar melhor... - comecei a tagarelar, Finn, por algum motivo, arregalou os olhos e colocou o dedo indicador sobre meus lábios.

- Nunca mais repita isso, pelo amor de Deus. Mills, foi... Acho que a palavra "único" realmente é a melhor que se encaixa.

Não sabia se realmente acreditava nele. Até porquê Finn havia ficado com todos quanto era tipo de garota.

- Finnie... - comecei.

Ele levou minhas mãos para seu peito, olhando profundamente em meus olhos. Seu olhar sincero penetrava o meu.

- Mills, eu não amava as outras. Aquilo era puro prazer físico, mais nada. Para falar a verdade, é incomparável quando ama. E eu te amo.

Seu tom calmo e sincero acabou me convencendo e eu sorri.

- Posso perguntar uma coisa?

Ele revirou os olhos de brincadeira.

- Ai, céus, mais perguntas. - zombou, me fazendo gargalhar.

- Para. É só uma.

- Nunca é só uma. - dou um tapinha em seu ombro e ele ri. - Ok, pergunte.

- ...É, você me perguntou qual era a sensação de amar alguém. Lembra? - senti meu rosto vermelho, então olhei para baixo. - A-agora que você já sabe...

Parecendo compreender meu pedido incompleto, ele sorriu:

- Você quer que eu descreva? - levantei meus olhos, assentindo. Ele parecia tentar colocar seus pensamentos em palavras. - Bom...acima de tudo é um medo constante. De perda. Eu nunca tive uma mãe, meu pai nem se parece como um direito...nunca senti medo de perder alguém de verdade. Só com você. Tenho medo de te perder, Mills.

Me derreti com suas palavras. Finn tinha tanto medo disso como eu. Eu estava tão envolvida e apaixonada por ele, que sentia medo que aquilo simplesmente acabasse. Sentia que não poderia mais ficar sem ele. Não suportaria se isso acontecesse.

- Mas você não precisa ter. - falei, sorrindo fraco. - Não há motivos para isso. - afirmei, tentando convencer nós dois disso.

Sem parecer totalmente convencido, ele assentiu.

- Bem, vou me vestir. - ele disse, levantando-se.

Observei o mesmo pegar suas roupas do chão e sair do quarto novamente. mordi o lábio. Em seguida, joguei-me na cama novamente com um sorrisinho no rosto.

Finn e eu havíamos feito amor...

Pensar no fato de que eu não era mais virgem era, de certo modo, estranho. Quer dizer, eu era virgem um dia atrás. E, naquele momento, tudo o que eu conseguia pensar era em Finn beijando minha pele e no quanto foi bom. Claro, havia doído, mas agora parecia algo tão pequeno em relação ao que havíamos feito...

Me levantei da cama para pegar minha camiseta do chão e vesti-la. Mas assim que fiquei de pé, me retraí um pouco. Ainda estava um pouco dolorido.

Peguei a camiseta e, após vesti-la, amarrei meu cabelo em um coque frouxo.

Finn voltou ao quarto bem na hora e eu o fitei, estranhando seu cabelo molhado que pingava um pouco, molhando a jaqueta que havia acabado de recolocar.

- Quê que foi? - ele perguntou.

- Você tomou banho? - não havia escutado barulho do chuveiro...

- Molhei com a água da pia. - explicou. - Sabe? Pra dar um jeito no cabelo. - riu.

- Você não pentia não, é? - zombei, sorrindo.

Ele deu de ombros.

- Às vezes.

- Quando os nós estão em uma situação extrema? - ele riu. Finn pareceu olhar algo atrás de mim e, então, seu sorriso desapareceu.

- Mills, não mente pra mim, eu te machuquei?

- O quê? - me virei para olhar o que ele havia visto. Havia uma mancha de sangue no lençol da cama. - Ah. - foi tudo o que eu disse.

- Mills, me responde. - ele piscou e umideceu o lábio.

- Se você tivesse prestado atenção na aula de Orientação Sexual estaria lembrando que isso é perfeitamente normal. - respondi, um pouco irritada com o seu drama. Já havia dito que ele havia sido carinhoso duas vezes. Finn me ignorou e eu continuei: - Eu vou lavar isso, só espero que mamãe não desconfie...

- Por quê? Qual o problema?

- Eu não tenho o costume de lavar roupa, muito menos os lençóis. Pensar no fato de que subitamente fiz isso e que estamos namorando agora é como somar um mais um. - indaguei.

- Quer que eu o leve pra casa? - sugeriu. - A Megan pode lavá-lo pra você.

- Não. - neguei. - Obrigada, Finnie. Mas não precisa. Eu vou lavar todas as roupas sujas, inclusive o lençol. Dessa forma, acho que ela não percebe.

Ele assentiu, mas então riu.

- Você não quer mesmo que ela saiba...

- Não é isso... - cortei. - É que... eu não consigo falar dessas coisas com ela. Tenho só dezesseis anos. Ela pode me achar muito nova e...

Então foi ele que me cortou:

- Olha, ela não foi muito com a minha cara, mas apesar disso, eu sei que é porque ela se importa muito com você. - disse. - Mills, ela não vai te julgar. - riu. - Ela se preocupa e quer o melhor pra você.

- Vai por mim, só consigo imaginar ela surtando. - afirmei, sentando-me na cama.

Ele revirou os olhos e veio até mim. Finn se abaixou e pegou minhas mãos, olhando fundo em meus olhos:

- Porque ela te ama. Exatamente por isso que ela provavelmente vai surtar. Porque se preocupa e quer o melhor pra você. - afirmou. - Queria eu que meu pai surtasse com algo que eu fiz. - murmurou. - Teve uma vez que eu caí de skate e cheguei em casa, tinha uns nove anos naquela época, cheguei em casa todo machucado. Estava aprendendo a andar de skate, mas resolvi descer a rampa sem mais nem menos.

- Finnie... - o repreendi.

- Está vendo? - ele sorriu. - Você me repreendeu. Porque se preocupa comigo. - desviei os olhos, pensativa. - Bom, quando cheguei em casa, meu pai estava me esperando. Havia um fotógrafo lá também. Na época, iria sair uma reportagem sobre sua nova empresa e eles queriam uma foto dele com sua família para a capa. Comigo, no caso.

A lembrança dos porta-retratos dele com o pai quebrados no chão da sala de sua casa que eu havia encontrado quando havia ido até lá correndo veio à minha cabeça. Lembrava perfeitamente do quão pareciam... falsas.

- Quando ele viu meu estado, ficou furioso. Não porque eu havia descido a rampa, aliás ele nem havia perguntado o motivo. Ficou bravo porque estraguei seu momento de triunfo. Ele mandou Megan se virar para me deixar apresentável para a foto, sem se importar com a expressão pasma do cara que assistia tudo aquilo calado. Só havia ele ali, meu pai sabia que aquilo morreria assim que o homem saísse daquela casa.

- Ai, Finn... - enlacei seu pescoço, inclinando meu corpo pra frente para abraçá-lo.

- Enfim - ele desfez o abraço. -, o que eu quero dizer, é que, se você quiser se abrir com seus pais, até o David mesmo, se abra. Eles vão surtar, mas porque se importam. - sussurrou.

Assenti.

- Tá bom. - respondi no mesmo tom baixo.

- Agora deixa eu ir que está na minha hora. - ele piscou pra mim, fazendo-me rir.

- Eu te levo até a porta. - eu disse, enquanto o cacheado pegava sua mochila e colocava uma das alças sobre o ombro.

Descemos as escadas tranquilamente. Até que ouço um som vindo da maçaneta da porta. Prendi a respiração, pensando ser minha mãe. Contudo, meu pai adentrou em casa primeiro. Para nosso azar, os dois estavam juntos.

Papai nos encontrou ainda na escada. Finn parecia ter congelado, assim como eu. E meu pai ficou parado em frente à porta, nos encarando como se tivesse acabado de ter descoberto algo terrível.

- David? Não fica aí parado, me ajuda com as compras. - ouvimos mamãe chamar do lado de fora. Contudo, ele não se moveu. Eu simplesmente não conseguia olhar para seu olhar de desgosto. Segundos depois, mamãe entrou segurando vários sacos plásticos. - Vá lá no carro pegar o resto, chame a Millie para lhe ajudar. - disse, o encarando.

- Winona. - sua voz dura soou, então ele fechou os olhos, decepcionado.

Mamãe se virou, encontrando Finn e eu ainda imóveis.

- Oh... - ela murmurou.

- Eu posso saber por que é que você está apenas com uma camiseta, Millie?! - papai questionou com um tom alto e duro.

Me encolhi. Não estava acreditando que havíamos sido pegos no flagra. Não era para eles descobrirem assim. Principalmente papai. Abri a boca para tentar dizer alguma coisa.

- Não. - ele me interrompeu. - Eu não quero saber. - meu pai fechou os olhos, parecendo traumatizado.

- David... - começou mamãe.

- Eu disse que não quero saber, Winona. - ele exclamou, e depois se virou para nós. - E você Flynn, eu quero ter uma conversa com você. Eu vou te levar em casa. Venha.

- Não. - neguei.

- Como é, Millie? - Ele perguntou, surpreso com minha desobediência.

- Se quer falar com o Finn, pode falar na minha frente. - ele pareceu incrédulo com a minha atitude.

Mas Finn se virou para mim.

- Mills, calma. Deixa ele me levar em casa. Tá tudo bem. - mordi o lábio e Finn se virou para meu pai outra vez. - Tchau Winona... - se despediu, descendo os últimos degraus.

Observei Finnie e papai saindo pela porta, fechando a mesma. Me mantive parada e olhei para meus pés. Um silêncio constrangedor inundou o ambiente.

- Venha até a cozinha, Millie. - disse minha mãe e ouvi seus passos se distanciando até o outro cômodo.

Suspirei.

Não era assim que eu planejava ter essa conversa...

Tomando coragem, fui até lá. Arrastei a cadeira da mesa e me sentei, sem encará-la. Não queria, mas estava com raiva por meu pai estar levando Finn em casa para apenas lhe dar um sermão. Eu era sua filha, era comigo que ele deveria estar brigando agora.

- Filha. - mamãe me chamou. - Filha, olhe pra mim.

Fechei os olhos. Segundos depois levantei o rosto e a fitei sentada à minha frente.

Então esse era o plano deles. Meu pai falava com Finn. Mamãe falava comigo. Que ótimo.

Não conseguia crer que as coisas haviam tomada esta proporção. Papai iria comer o fígado de Finnie. Não estava arrependida pelo o que fizemos, mas brava comigo mesma por não ter tido tanto cuidado. Eu não deveria ter dormido.

- Desculpa. - sussurrei.

Esperei pelo habitual escândalo, mas apenas risos preencheram o ambiente antes silencioso.

Surpresa, levantei os olhos:

- Está se desculpando por agir como uma adolescente? - mamãe perguntou gentilmente. Em seu rosto havia apenas compreensão.

A olhei sem entender.

- Não está brava?

Ela me encarou com carinho.

- Meu amor - começou, esticando o braço sobre a mesa. Entendendo o recado, peguei sua mão. - o que vocês fizeram, se é que fizeram, porque eu ainda não sei o que aconteceu lá em cima, é perfeitamente normal.

Uma lágrima caiu do meu rosto. Ela queria me dar a chance de eu me explicar sem formar uma ideia ou me julgar antes disso. Enxuguei meu rosto.

- Obrigada, mãe. - sorri aliviada. - Mas... aconteceu sim.

Mamãe hesitou. Esperei pelo surto, mas, provavelmente por papai já ter reagido mal o suficiente, ela apenas indagou:

- Bem, vocês se cuidaram?

- Sim. - respondi.

- Ok. - sussurrou. - Você gostou, querida?

- É... - ai meu Deus, isso é muito estranho... - Gostei.

- É isso que importa. - afirmou. - Minha menininha cresceu e eu mal me dei conta. - disse de brincadeira, me fazendo rir.

- Posso... subir para mandar mensagem para o Finn? Para saber se ele ainda está vivo. - falei de brincadeira também.

- Claro. Depois desça para me ajudar com o jantar.

- Está bem.

Finn

Abri a porta de trás e joguei minha mochila lá dentro antes de entrar no banco da frente. David fechou sua porta e ligou o carro.

Passei a mão pelo cabelo ainda úmido e olhei pelo vidro, observando a casa de Millie se afastar à medida que o carro andava.

- Coloque o cinto, garoto. - disse David, em um tom que soava mais como uma ordem, concentrando seus olhos apenas na estrada.

Suspirei e obedeci. Aquela merda estava super desconfortável. E dava pra notar que não era somente eu que não queria falar alguma coisa.

- Onde é sua casa? - questionou, com os olhos ainda na estrada.

- Upper East Side. - eu disse.

O silêncio retornou ao carro e eu voltei meu olhar para a janela.

- Olha Finn... - a voz dele era firme, contudo era perceptível seu desconforto com tudo aquilo. - Esse lance...de você com a minha filha... veja, eu sei que você gosta dela e que ela gosta de você. Mas aquela - ele aumentou seu tom. - ainda é a minha casa, com as minhas regras.

Assenti e o olhei. Havia passado por todo tipo de situação, mas esta, era realmente uma novidade para mim. Tentei responder um: "Beleza, eu entendo", ou qualquer coisa engraçada para aliviar um pouco aquela situação totalmente fudida, mas parecia que não havia jeito.

Resolvi permanecer calado antes que falasse alguma besteira. David era meu único aliado e se eu o perdesse, teria problemas com Millie.

Meu Deus, esse lance de se estar apaixonado dá um trabalho...

- E só o fato de você ter entrado no quarto da Millie, quebra uma regra bem importante. - ele continuou dizendo.

Eu não conseguia nem ao menos prestar atenção no que ele falava. Queria apenas fazê-lo entender que eu não tinha má intenção alguma relacionado à Millie - ao menos não no mau sentido - e cair fora daquele carro, mas o policial não calava a boca.

- Olha, David... - tentei interrompê-lo.

- Sr. Brown. - me corrigiu.

Eita porra, agora fudeu tudo de vez.

Ele pode começar a odiar minha impertinência, mas eu tentarei uma abordagem diferente antes que ele comece a berrar.

- Ok. - assenti. - Olha, David, eu e a Millie não fizemos nada demais. Só o fato de tê-la visto com apenas uma camiseta não significa que tenhamos feito alguma coisa. - falei, advertindo seus julgamentos sem, ao menos, ter perguntado à ela o que havia acontecido, apesar dele estar certo.

- Então você está afirmando que não fizeram nada? - ele perguntou, olhando para mim por um curto momento, estreitando os olhos.

Não respondi. Eu poderia ser muitas coisas, mas não era nenhum mentiroso, muito menos negaria o que eu e Millie tínhamos feito. Além de ser uma puta covardia, eu nunca faria isso com Millie.

David entendeu meu silêncio. Ele fechou os olhos e tentou conter a raiva:

- Me dá um motivo para não proibi-lo de vê-la. Apenas um. E eu tentarei ser compreensivo.

Ai, que saco.

- David, eu não nego o que fizemos, mas acha mesmo que proibi-la de me ver vai impedi-la? - fui franco. Millie era obediente. Mas bastou esse tempo de namoro para eu perceber que ela é obediente pelos motivos certos. E seu pai não estava querendo me afastar por isto ser errado. E sim porque ele havia sido pego de surpresa. E eu compreendia isso. Mas tentar me manter longe dela só iria piorar as coisas. Porque nós não iríamos obedecer.

Ele suspirou.

- Eu gosto de você, Finn. Você é um bom garoto. Mas a partir de agora, terão regras.

Ah não!

Estreitei os olhos.

- O quê? - exclamei. - E o papo de que eu sou um 'bom garoto'?

- Um bom garoto que tem hormônios. - apontou, no mesmo tom alto.

Revirei os olhos indignado.

- Então o que vai ser? 'Em casa antes das cinco? Apenas selinho?' - fui irônico.

- Não. Eu não sou esse velho careta que você pensa. - ele deu uma pausa, respirando fundo. - Mas 'em casa antes das cinco' parece uma boa.

Me contive. O jeito, pelo visto, seria entrarmos em um acordo antes que eu ou ele perdêssemos a cabeça.

- Tá certo...eu sei que isso é porque você ama a Millie. - Ele assentiu, satisfeito por eu finalmente ter dado o braço a torcer. - Diz aí, quais são as regras?

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