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18. A briga no corredor

Fomos de ônibus até o hospital. Noah se manteve calado todo o percurso.

Assim que chegamos, os pais de Noah já estavam no quarto.

Resolvemos então esperar, já que eram liberadas, no máximo, duas pessoas a entrar no quarto por vez. A recepção continha algumas poltronas, um amplo sofá do lado oposto ao balcão de atendimento. Ao lado do balcão, havia algumas cadeiras, onde várias pessoas que aguardavam estavam sentadas e outras encostadas na parede, ao lado das portas de algumas salas de enxame e consulta. Ao contrário do primeiro dia em que eu acompanhei Noah, hoje o hospital estava cheio.

Noah sentou-se em uma das duas cadeiras azuis que estavam encostadas na parede com duas salas de cada lado e eu fui até o bebedouro que jazia quase ao lado do balcão.

Peguei dois copos descartáveis do tubo que ficava ao lado do bebedouro e após pegar água para meu melhor amigo e para mim, sento-me ao seu lado.

Lhe entreguei um dos copos e indireitei meu corpo sobre o assento, olhando para a TV da recepção, mesmo que eu soubesse que minha preocupação não me deixaria prestar atenção no que estava passando.

- Obrigado, Millie. - sussurrou ele, abrindo um sorriso triste.

- Está um pouco melhor? - não pude deixar de perguntar. Era uma pergunta idiota, eu sabia. Mas eu tinha que ouvir Noah dizer que estava bem. Ele estava mal. Eu sabia disso. Mas eu não aguentava vê-lo assim.

- Eu vou ficar. - assegurou-me.

Assenti, pegando sua mão que jazia sobre seu joelho. A apertei gentilmente e devolvi o sorriso.

Ficamos ali durante alguns minutos esperando. Até que Noah se levantou da cadeira em um pulo quando um casal apareceu no fim do corredor.

- Mãe... - ele sussurrou.

A mulher de cabelos longos e castanhos, idênticos aos de Noah, parecia ainda mais abalada do que, provavelmente, o pai. E eu deduzi que a avó de Noah é materna.

Observei os três se abraçando e sorri timidamente. Aquilo me fez trazer meus pais à minha mente. A união entre eles. Por algum motivo eu me comovi, porque Finn me fez perceber que infelizmente não é toda família que tem isso. Apesar de eu não saber o motivo da família dele não ter.

Quando eles se afastaram, o pai de Noah me fitou.

Ele não pareceu confuso por perceber que eu estava com Noah e eu deduzi que eles já deviam saber que éramos amigos.

- Você deve ser a Millie, prazer. Eu sou Mitchell, pai de Noah. E esta é Karine, minha esposa. - demos um aperto de mão e eu sorri educadamente.

- Prazer.

- Muito obrigada por ter vindo com meu filho. - Karine agradeceu, em um tom simpático.

Noah perguntou algumas coisas sobre sua avó aos pais antes de entrarmos no quarto.

Ele se sentou ao lado de sua avó como da última vez e eu me sentei ao seu lado. Noh voltou a chorar. Disse Oi à ela, apesar da velha senhora estar dormindo. E disse que sentia muito por vê-la naquele estado. Ele colocou sua mão direita sobre a dela enquanto falava de algumas lembranças de quando ele era pequeno e ela cuidava dele.

- A senhora lembra... quando eu lhe pedi para preparar aquele bolo que só a senhora sabe fazer? - perguntou ele, sua voz saia baixa e em um tom inseguro. Quando uma lágrima escorreu de seu rosto, apertei sua mão esquerda. Ele soluçou antes de continuar. - Eu tinha cinco anos. Eu adorava aquele bolo. A senhora sempre o fazia quando eu a visitava. Sempre gostou de cozinhar. Abria um sorriso enorme enquanto o preparava. Parecia a mulher mais feliz do mundo... - ele fez uma pausa, fechando os olhos por um momento. Quando voltou a abri-los, mais lágrimas caíram. - Eu daria tudo para vê-la assim outra vez.

Imediatamente enlacei seu pescoço com os braços. Abraçando ele fortemente outra vez. Noah retribuiu no mesmo segundo e deixou seus soluços escaparem, pairando por todo o quarto.

Foi difícil de convencê-lo de irmos embora. Seus pais ficariam, mas Karine me pediu para levá-lo para comer algo na lanchonete perto do hospital antes de irmos. Ela sabia que se deixasse Noah ficar, não faria bem pra ele.

Noh se manteve calado até pegarmos o ônibus. Fez questão de me trazer em casa, como da última vez. Eu disse que não era necessário, que ele tinha que ir logo pra casa para tentar dormir um pouco. Mas Noah insistiu tanto que acabei cedendo.

- Falte à escola amanhã. - aconselhei, antes de entrar em casa.

A escola seria completamente insuportável sem ele, por mais que fosse apenas um dia, mas eu sabia que Noah não estava bem emocionalmente para ir à escola amanhã. Aconteceu tudo muito rápido. É demais pra ele.

- Temos provas essa semana inteira, Millie. - lembrou-me, em um tom de voz baixo.

- Então me promete que assim que chegar em casa, vai tentar dormir. - pedi.

- Sendo sincero, eu não planejava fazer isso...

- É claro que não. Você planejava passar a madrugada inteira jogando videogame, mas você precisa dormir. É sério. - afirmei. Noah e eu éramos tão parecidos que ele também joga videogame sempre que está mal ou bravo com algo. E eu sabia que ele queria descarregar a sua dor matando alguém em algum jogo de zumbi. Porque eu faço isso o tempo todo.

- Millie...

- Me. Promete. - pedi novamente, frisando minhas palavras.

Ele hesitou, mas após alguns segundos respondeu:

- ... Está bem.

- Mas se não conseguir dormir - sorri. -, pode me mandar mensagem. Eu fico acordada com você.

Noah assentiu. Me abraçou novamente e se virou para ir embora.

Entrei em casa e fui direto para cima, para tomar um longo banho. Após terminá-lo, desci as escadas já de pijama, pronta para dormir.

Meus pais estavam jantando.

- Onde estava querida? - mamãe perguntou.

Dei de ombros, pegando meu prato no armário para me servir.

- Estava com Noah no hospital. - falei, colocando meu prato de comida dentro do micro-ondas para esquentar.

Minha mãe se engasgou e eu percebi que o que ela imaginou não foi o que exatamente aconteceu esta tarde.

- Como? - perguntou ela. - Céus, ele está bem?!

- Está. Está sim. A avó dele que não está bem. Fui com ele no hospital para visitá-la. - expliquei.

- Diga ao Noah sentimos muito.

- Vou dizer.

Quando deitei para dormir naquela noite, caí no sono em segundos.

Até que dois toques em meu celular me acordaram. Esfreguei meus olhos, que ficaram pesados pelo sono. Estiquei meu braço no escuro, tateando meu criado-mudo, procurando meus óculos. Encontro eles e coloco em meu rosto. Retiro o carregador do meu celular, que estava carregando ao lado da minha cama. Desbloqueio a tela e vejo que realmente eram duas mensagens de Noah. O relógio marcava 02:08 PM da manhã.

Oi... desculpe, não consigo dormir.

Está acordada?

Inclino-me na cama, para digitar minha resposta.

Agora estou, haha. Você está bem?

Ele respondeu:

Estou, eu só... não consigo parar de pensar nela.

Tenta não pensar nisso. Está com sono?

Nem um pouco. Eu juro que eu tentei dormir.

Eu sei, acredito em você. Tome um copo de leite ou um chá, vai te ajudar a dormir.

Está bem.

Coloquei o celular bloqueado ao meu lado na cama e voltei a me deitar, olhando para o teto, apesar do quarto estar totalmente escuro. Fiquei esperando mais uma mensagem de Noah mais alguns minutos até que meu celular vibra novamente.

Pronto. Você pode conversar comigo enquanto não pego no sono?

Eu sorri.

É claro. Do que quer falar?

Bom, nos últimos dias eu estava desconfiado de uma coisa e eu queria te perguntar...

Fiquei um pouco hesitante, mas eu já imaginava o que ele iria perguntar, então digitei:

Pode perguntar...

Mordi meu lábio um pouco nervosa, enquanto esperava sua resposta.

O que está rolando entre você e o Wolfhard?

Me desculpe, Noah. Aconteceu tanta coisa... eu não escondi de você. Mas as coisas foram acontecendo e eu fui mantendo em segredo...me desculpa.

Céus, está tudo bem. Mas Millie, você poderia ter falado comigo. Eu sempre vou estar do seu lado. Pode me dizer o que quiser.

Me senti mais aliviada. Não hesitei em soltar a bomba para Noh, apesar dos meus dedos terem tremido enquanto eu digitava.

Eu beijei ele, Noah.

Ele não respondeu.

Noah?

Desculpe, fiquei surpreso. Vocês realmente se beijaram?

Corei, enquanto digitava minha confirmação.

Sim...mais de uma vez.

Meu Deus. Mas vocês estão afastados agora então...

Ele é um idiota.

Eu vou quebrar a cara dele.

Segurei o riso. Noah era capaz de muitas coisas, menos agredir alguém. Verbalmente ou fisicamente.

Haha não, você não vai.

Haha, eu sei. Mas isso não quer dizer que ele não merece.

Eu sorri tristemente. E então lembrei que eu também queria perguntar algo a Noah. Ele estava estranho nos últimos dias e eu desconfiava que ele estava gostando de alguma garota. Só não fazia ideia de quem.

(N/A: Oooh meu Deus, TÁ ÓBVIO NÃO?!)

É... eu também posso te perguntar uma coisa?

A resposta não veio. Esperei durante vinte minutos mas ele não respondeu. Sorri antes de digitar:

Boa noite, Noh :)

Poderia perguntar isso uma outra hora.

No dia seguinte, acordei com sono por ter passado um pouco da hora de dormir enquanto conversava com Noh. Levantei e me forcei a andar até o banheiro, apesar da minha imensa vontade de retornar para a cama.

Assim que cheguei na escola e entrei na sala de aula, percebi que o grupo de Iris me encaravam de uma forma bem estranha. Eles sorriam de forma maldosa. Como se soubesse que algo aconteceria. Senti medo.

Me sentei ao lado de Noah e ele me encarou. Estava com olheiras, assim como eu.

- Nossa, o que foi? - perguntou.

- Eles estão estranhos. - murmurei.

Noah olhou sobre o ombro disfarçadamente e voltou a se virar para mim, parecia estar confuso.

- Eles estão normais...

- Não. Eles estão com cara de que algo vai acontecer. Algo horrível.

- Pra eles ou para nós?

- Para nós.

- Eu queria tanto que você não dissesse isso. Mas e se não for nada?

- Da última vez que eles me olharam assim, encontrei baratas dentro da minha mochila.

- Uou... Então isso realmente é ruim.

Assenti.

O pior, era que várias possibilidades passavam por minha cabeça. Aquilo era óbvio. Iris provavelmente iria se vingar pela suspensão. Ela voltaria a vir pra escola amanhã.

Romeo entrou na sala parecendo imensamente irritado.

Estranhei. Ele nunca ficava assim. O que havia acontecido?

- Você está bem? - perguntei, após ele se sentar ao meu lado.

Romeo suspirou.

- Estou sim.

- Aconteceu alguma coisa?

- Não. - negou, abrindo o caderno e deixando de me encarar.

Olhei para a porta quando Finn entrou. Ele olhou para mim e eu saquei qual era o problema de Romeo. Minha vontade era me levantar, ir até o cacheado e gritar com Finn, mas me mantive em meu lugar. Eu iria ignorá-lo. Não importava o que ele fizesse.

Tivemos provas no restantes das outras matérias até o intervalo.

Comi com Noah e Romeo enquanto sentia ser observada todo o tempo. Não me virei para olhar, mas eu sabia que era ele.

Na quarta-feira, fui para a escola sentindo-me bastante nervosa. E isso piorou assim que adentrei a escola.

Percebi alguns olhares raivosos direcionados em minha direção. Meu corpo se enjireceu. Senti-me cada vez mais nervosa a cada passo que dava. Acelerei meus passos, querendo chegar logo à sala.

Quando virei no corredor, vi vários alunos lendo algo perto do quadro de avisos pregado na parede.

Me aproximei, sentindo meus batimentos se acelerarem quando percebi que era várias folhas idênticas pregadas ali. Todas com a minha foto.

Millie Bobby Brown, ladra de namorado.

Soltei o ar com dificuldade. Iris.

Quando eles perceberam minha presença ali, se viraram. Me observando como se eu fosse culpada.

Quando percebi, o corredor já estava lotado.

Iris apareceu dentre a multidão. Sua feição estava indescritível, seus passos eram firmes. Fiquei preparada para qualquer coisa que ela fosse fazer. Eu podia ouvir ao fundo todos gritando:

- Ladra de namorado! Ladra de namorado! Ladra de namorado!

Ela havia planejado tudo. Colocando a escola inteira contra mim para me humilhar. Tentei me manter firme. Cerrei meus punhos e esperei para ver o que ela faria, me convencendo de que tentaria de tudo para que ela não me atingisse. Porque Apatow era muito boa nisso. Em humilhar as pessoas.

Ela se aproximou de mim lentamente. Dei um passo atrás, nervosa. Tentando me manter o mais longe possível dela.

- Por que fez isso, Apatow? - perguntei. Por pouco minha voz falhou.

Ela soltou um riso sem emoção Como se minha pergunta fosse completamente idiota.

- Não se faça de sonsa, Bobby Brown. Você sabe muito bem porquê. Estou apenas mostrando para todos, a piranha que você é. - gritou ela, para que todos ali pudessem ouvi-la. Senti meus olhos arderem. Eu me recusava a chorar. Eu não poderia. Não na frente de toda a escola. Não na frente dela. Iris me olhava de cima à baixo, como se eu fosse o ser mais insignificante do mundo. Sua expressão era de nojo. Era impossível não se sentir intimidada com aquilo. E então eu percebi que ela estava atuando. Me encarava assim para que todos pensassem que aquilo era real. Que eu havia roubado Finn dela. Mas por dentro, com toda certeza ela estava se divertindo.

- Millie! - pude ouvir Noah no meio de tudo aquilo. Percebi ele e Romeo correndo até mim. Minhas mãos tremiam. Noah ficou ao meu lado, mas eu não desviei os olhos de Iris.

McLaughlin e Matarazzo ficaram atrás de Iris. Eles sorriam. Aquilo parecia um show de horrores.

- Para com isso, Apatow. Você sabe que eu não fiz nada. - afirmei em voz alta, para que todos pudessem me ouvir.

Ela riu outra vez.

- Sabe o que eu acho? Que você finge que é santa. Para colocar ele contra mim. Fica fazendo papel de boa moça, mas não vale um...

Ela foi interrompida.

- Chega, Iris. - a voz rouca e alta dele fez os pelos da minha nuca se arrepiarem. Finn se colocou à sua frente. Sink também apareceu dentre a multidão de alunos. Ela parecia assustada com tudo aquilo. Com toda certeza ela sabia, mas parecia não acreditar no que sua melhor amiga estava fazendo.

- Não a defenda, Finn! Ela está te manipulando, só você não vê isso!

- Céus, para de falar bobagem, garota. Não está vendo o quão tudo isso é ridículo?! - Noah gritou.

Iris se virou para ele.

- Não venha me dar lição de moral, Schnapp. Por que defende tanto ela?! - ela riu, como uma cobra venenosa pronta para espalhar seu veneno. - Para mim está mais do que claro o que há entre vocês dois. Me diga, quando vocês começaram a trepar?

Congelei, diante de sua insinuação. Meus olhos se arregalaram e eu senti meus nervos se aflorarem. Meus batimentos cardíacos se aceleraram. Eu sentia que a qualquer momento poderia desmaiar alí mesmo. Eu odiava ser o centro das atenções, mas naquele momento a regra havia sido quebrada da pior forma possível. Meus ouvidos zumbiam, e eu não conseguia ouvir mais nada ao meu redor. Tudo o que eu via era a expressão cínica da Apatow. Uma lágrima escorreu por minha bochecha direita rapidamente, por eu ter segurado minhas lágrimas até aquele momento. Seu sorriso se abriu ainda mais. Tudo acontecia para mim em câmera lenta. Eu engasguei um soluço, enquanto sentia duas pessoas segurarem meus ombros. Tentando me confortar. Mas as pessoas ao meu redor pareciam distantes demais. Tudo o que eu via era ela.

Meus pensamentos foram interrompidos quando um vulto com cabelos ruivos passou por mim, esbarrando em meu braço. Voltei à realidade quando Sink tirou Finn de seu caminho e eu me assustei com um som de um soco. Olhei para frente, vendo Apatow cambalear para trás. Quando ela conseguiu se equilibrar, encarou Sink incrédula, levando a mão ao rosto. Mal tive tempo de reagir ao fato de que a melhor amiga da loira havia se virado contra ela quando Apatow revidou o golpe. Sink se abaixou, desviando do soco. Ela tomou impulso e logo as duas estavam no chão.

- Briga! Briga! Briga! - todos começaram a gritar.

Sink alternava entre acertar tapas e puxar o cabelo loiro da Apatow, que tentava a todo custo segurar seus braços. Até que conseguiu virá-la e ficar por cima, lhe acertando tapas e unhadas. Finn e McLaughlin logo tentaram separá-las, mas não conseguiram antes da ruiva tentar acertar a outra, errando por pouco e apenas arranhando seu rosto.

McLaughlin pegou os dois braços da ruiva por trás, a imobilizando enquanto Finn fazia o mesmo com Apatow, que tentava o seu máximo para desvencilhá-se dele e voltar a estapear Sink. Já a ruiva, parecia ter se acalmado. Ela respirava ofegante nos braços do namorado, tentando recuperar o fôlego.

- Você é uma traidora, Sadie! Está provando quem realmente é! É questão de tempo Caleb também descobrir. Está fora, você me entendeu?! Está fora! - a loira gritava, com o rosto vermelho que estava molhado pelas lágrimas.

Apatow já obtinha marcas por todo o seu rosto. Estava vermelho e arranhado na bochecha, parte do arranhão sangrava. Sink estava com uma das bochechas vermelha e com vários arranhões nós braços pela loira ter cravado as unhas ali.

E de repente, todos se calaram em um piscar de olhos quando a porta do corredor se abriu com violência, revelando uma diretora que não parecia nada contente com toda a confusão.

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