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Make up your mind

É como se você gritasse, e ninguém pudesse te ouvir. Você quase se sente envergonhado, que alguém seja tão importante, que sem ele você se sente como nada. Ninguém nunca vai entender o quanto dói, você se sente sem esperança, como se nada pudesse lhe salvar. - Rihanna Diamonds

Justin assistiu Jenny fechar a porta com os olhos brilhando, as lagrimas beirando a linha d'agua de seus olhos usualmente tão cheios de vida que agora estavam preenchidos de dor. Ele parecia em choque sentado nos últimos degraus da escada de mármore branco, seus sentidos lhe alertando e o sentimento de culpa o corroendo. Ele sabia que tinha fodido tudo, e não sabia quais seriam as consequências disso.

Justin POV.

Depois de algum tempo ali sentado, sem conseguir algo que fazia sentido, com a mente muita cheia, e seus olhos se abrindo finalmente, como se tivesse acordado de um coma, ele levantou indo para a cozinha atrás de uma cerveja.

Se encostou a bancada central, ouvindo o silencio da casa, dando grandes goles na garrafa. Se odiando por não ter percebido logo quando entrou, a falta de Jake, Justin sabia que ele estava na casa dos pais de Jenny, e estava lá por que ele não estava em casa.

Quando a garrafa acabou a ideia de pegar outra e mais outra surgiu em sua mente, mas ele se repreendeu, era errado, e ele sabia que Jenny o odiaria muito mais por isso. Com fome ele resolveu esquentar uma pizza congelada, que em poucos minutos ficou pronta e Justin resolveu subir para o quarto. Sua casa parecia um ambiente estranho, onde fotos, dele e Jenny, família e seus amigos haviam sido implantadas, mas ele sabia melhor, sabia que não eram, que eram tão reais como todas as besteiras que ele havia aprontado. Passou tanto tempo fora que nunca realmente chegou a conhecer a casa que havia se mudado logo que pedirá Jenny em casamento.

A tv estava ligada, mas ele não prestava atenção nas imagens, totalmente imerso em um mundo somente seu e perdido, acabou dormindo pouco tempo depois acordando somente na manhã seguinte com a tv ainda ligada no noticiário e seu celular tocando junto da campainha da casa que tocava freneticamente.

Levantou meio desnorteado pegando o celular em mãos vendo o nome de sua mãe junto de uma foto da mesma na tela.

- Justin? – Pattie perguntou com uma voz rouca e preocupada. – Meu filho onde você está?

- Em casa, o que aconteceu? – Justin perguntou de repente em alerta com a voz de sua mãe, uma sensação ruim no fundo de seu estomago. Pattie fungou.

- Só, venha abrir a porta! – Ela pediu desligando o celular. Nesse meio tempo ele já havia descido as escadas e parado à frente da porta a abrindo encontrando sua mãe e Scotter, suas feições preocupadas.

Justin se moveu da entrada deixando-os entrar, eles seguiram para a sala onde Scotter ligou a tv colocando no noticiário urgente.

- O que está acontecendo? – Ele perguntou em alerta não gostando de como os dois agiam, sua mão tremia leve e estava aflita, Scooter preocupado e com um pesar no olhar, algo estava muito errado. Scotter apontou para a tv.

Nesta madrugada o voo 347 com destino para o Havaí caiu atingindo uma área deserta ainda em solo americano, o piloto informou a torre de comando uma falha na asa direita a 1hr da manhã e caiu após alguns minutos sem conseguir estabilidade, o numero de vitimas e machucados ainda não forma divulgados voltaremos com novas noticias em breve.

Justin sentiu seu coração parar de bater, aquela sensação em seu estomago só aumentando, e o sentimento de desespero crescendo.

- A Jenny, ela estava naquele voo. – Justin falou o que todos ali sabiam. Os dois assentiram. – Eu preciso ir até a polícia.

Justin falou se levantando correndo até o quarto pegando sua carteira chaves do carro e um sapato, seu coração palpitando a mil, a ansiedade lhe corroendo e aquela sensação ainda em seu estomago. Ele entrou no banco traseiro do carro de Scotter, nenhum dos três falou uma palavra, todos apreensivos.

Justin mexia no anel da mão direito, o anel de noivado, a sensação ruim não o abandonando de jeito algum, ele não conseguia ter um pensamento claro sobre toda aquela situação, sobre toda sua vida. Justin ligou para os pais da Jenny que já tinham ouvido a noticia, mas não queriam ir até a delegacia com medo do que ouviriam.

A delegacia se encontrava lotada, imprensa, familiares querendo noticias, Justin entrou sendo reconhecido pela imprensa e sendo atacado para saber de sua noiva e foi levado junto de Scotter e Pattie para uma sala, todas aquelas pessoas, não conseguia evitar não se sentir horrível, com a claustrofobia o atacando. Não conseguindo permanecer sentado ele caminhava de um lado para o outro passando as mãos em seu cabelo, Pattie com um terço em mãos rezando, Scotter atendia diversas ligações.

Alguns minutos, que foram como horas para Justin se passaram até um oficial entrar na sala.

- Senhor Bieber, eu lamento informar, mas sua noiva não resistiu aos ferimentos a caminho do hospital!

Justin não percebeu que chorava ou que estava sendo abraçado por sua mãe, ele sentia tantas emoções, era difícil nomeá-las, difícil senti-las, mas uma coisa se sobressaia, aquela sensação no fundo de seu estomago e seu coração, ele conseguia assimilar a dor daquilo a algo sendo literalmente quebrado ou esmagado.

Não soube dizer por quanto tempo ele chorou, ali no colo de sua mãe depois de tantos anos, se sentia como uma criancinha novamente, com seu primeiro machucado e sua mãe lhe dizendo que tudo ficaria bem. Ele via aquele sorriso tranquilizador de mãe em seu rosto, mas as lagrimas a traiam, a dor em seus olhos a traía, talvez nada ficaria bem.

Justin chegou a ligar para seus sogros, mas nada saía de sua boca a não ser o som de sua respiração forte e sua tentativa de não chorar, mas seus pais já tinham entendido ele ouviu Alice no outro lado da linha chorando e Jake dar um latido, era idiota pensar que ele sabia que sua mãe havia ido embora? Ele não sabia.

  E assim aos poucos a noticia ia se espalhando, até os jornais e tabloides de todo o mundo descobrirem a noticia, e uma pequena onda de choque se espalhar pelo mundo, beliebers levantando tags na tentativa de confortar seu ídolo e se confortarem. Justin lia os tweets com um leve sorriso com o que elas transmitiam. Quando saiu da delegacia foi encaminhado a ir ao necrotério, ele permanecia em choque ainda, não acreditando que Jenny havia ido.

O lugar que ele sempre vira em series ao lado de Jenny, lhe arrepiava, havia tantas mesas de metal com corpos cobertos por um lençol branco, ele se arrependia por ter achado isso algum dia legal, enquanto ele esperava ao lado de fora com sua mãe viu tantos homens, pais, filhos, saírem aos prantos e parte dele ainda esperava que Jenny houvesse sido confundida com alguém muito parecido.

E agora lá estava ele, ao lado de uma maca com um corpo debaixo daquele lençol, o médico legista segurando uma das pontas, ele viu o jovem a sua frente tremer e o vazio em seus olhos, odiava essa parte de seu trabalho, nenhum ser humano deveria passar por uma situação como esta. Justin olhou o senhor e assentiu respirando fundo, o lençol foi levantado revelando a face com alguns cortes e um roxo na maça esquerda de Jenny. Justin fechou os olhos com força, ela estava realmente morta, não havia acontecido nenhum erro, Jennifer estava morta.

Justin jurou que a dor que ele havia sentido naquela hora não poderia ser comparada a qualquer outra dor que ele pudesse passar, seus membros podiam ser arrancados, ele podia ser torturado, a dor que ele sentiria não chegaria nem perto a que ele sentia. Dizem que um coração quebrado é a pior dor que se pode ter.

Depois de ir ao necrotério Justin foi à casa de seus sogros, todos estavam lá, Lizzie e Kylie devastadas juntas de Alice sentadas ao sofá, poucas palavras foram trocadas, situações como essas não existem muitas coisas que ajudam, Justin e David discutiram a hora do enterro que seria no dia seguinte na parte da tarde, alguns parentes estavam vindo do Brasil e chegariam de manhã. Justin levou Jake que pulou de alegria quando viu o dono, ele não evitou o choro quando viu o cachorro e lembrou-se de Jenny.

Agora sozinho na enorme casa Justin se sentia desamparado e novamente como uma criancinha, perdida no meio de uma multidão, sozinha. Jake andava feliz pelo quintal com seus brinquedos, Justin entrou de volta na casa e pegou todas as fotos pela casa e a caixa com outras diversas fotos guardadas. Ele as espalhou na cama, sorriu entre lagrimas e riu também entre lagrimas, vendo todas as fotos que trazia memorias durantes todos os anos. O peso de tudo que Jenny havia dito na noite passada estava em seus ombros, como ele tinha deixado às coisas chegarem ao ponto que chegaram era ridículo, a culpa era inteiramente dele que dentro de si sabia do que fazia, saia cedo de casa e às vezes não voltava, bebia, foi preso, ficava com garotas, ele havia a pegado como um troféu porque sabia que quando voltasse ela ainda estaria em casa o esperando, ele a tinha como garantida e nunca se perdoaria por ter feito isso com ela.

Naquela noite ele chorou até cair no sono e acordou abraçado ao Jake que o lambeu quando percebeu que o dono havia acordado, mas não se moveu. Costuma-se dizer que os cachorros sentem as emoções dos donos, talvez Jake soubesse que Jenny nunca mais iria voltar e que isso afetava muito seu outro dono. Justin sorriu triste ao cachorro e chorou mais um pouco, ele não gostava de como, o dizer de que as pessoas só davam valor às coisas quando elas se tornavam somente lembranças se encaixava perfeitamente em sua vida, ele se odiava o bastante por não ter se dedicado como deveria a ela.

Ele não tinha vontade de sair da cama ou de sua casa, ele desejava que aquilo fosse um horrível pesadelo. Justin passou a manhã inteira em seu quarto deitado na cama no escuro, se remoendo com a dor, sem fome, sem vontade.

- Justin? – Pattie abriu uma fresta da porta do quarto escuro. O garoto não se moveu ou emitiu algum som, ele não queria ir, ele não queria ver pela ultima vez Jenny. Pattie respirou cansada entrando no quarto e abrindo as cortinas deixando a luz do sol da tarde entrar no ambiente o iluminando.

Justin sentiu sua mãe se mover pelo quarto, ouviu o closet sendo aberto e roupas sendo colocadas no pé da cama e depois a cama afundar levemente atrás de si, Pattie começou a acariciar os cabelos louros e curtos do filho sem dizer uma palavra, o silencio não duro muito aos poucos o barulho de choro abafado e alguns fungar de nariz foram tomando proporção.

Justin não conseguiu segurar muito o nó que tinha se formado em sua garganta, a dor tão grande que de repente ele se sentia desesperado e chorava desoladamente sem pudor ou vergonha, Pattie abraçou o filho deixando algumas lagrima escaparem, ver seu filho chorar já era difícil, mas chorar com tamanha dor e de uma forma desesperada era muito pior, ela não conseguia imaginar o tamanho de sua dor, mas sabia a dor que sentiria se perdesse o filho.

Aos poucos o choro foi diminuindo, Justin se soltou do abraço caloroso e seguro de sua mãe e foi se aprontar, colocou o terno preto e a camisa branca que sua mãe pegara, se olhando no espelho não conseguiu se enxergar com clareza, seus olhos vermelhos sangue e um pouco inchados, mas ele não dava a mínima do que iriam dizer apesar do momento extremamente difícil pessoas ainda eram maldosas, mas ele não conseguia achar uma parte de si que desse a mínima.

O caminho para o cemitério foi silencioso, como estava sendo seu dia, ninguém parecia conseguir fazer com que o garoto falasse. O tempo começava a mudar, o céu azul sendo preenchido por nuvens negras o vento começando a soprar forte. Amigos e familiares davam seus pêsames ao rapaz que permaneceu o velório ao lado do caixão de madeira onde a garota estava ele ainda tinha a esperança que Jenny fosse acordar a qualquer instante.

Justin caminhava de braços dados com sua mãe ao lado dos pais de Jenny e o irmão, Josh andava junto com Lizzie e Kylie que não conseguiam parar de chorar, os olhos de Justin ardiam, ele queria tirar a garota daquele caixão e faze-la acordar de alguma forma, a cada passo em direção ao local onde seria enterrada, Justin tinha dificuldade em respirar com sua claustrofobia dando vida.

Enquanto o caixão descia parecia que a ideia ia se acomodando no fundo da mente do garoto, arriscou olhar para as pessoas ali tão devastadas quanto ele, conseguia Alice ver abraçada ao marido, seu irmão seus melhores amigos colocavam seus olhos para fora, rapidamente voltou o olhar ao caixão que descia lentamente, essa era a ultima vez que a veria e ela estava linda, sua face angelical, ela parecia dormir serena.

O caixão chegou ao fim da cova e Justin ficou perdido enquanto a terra era jogada em cima do caixão, só acordou de seu transe quando tudo estava coberto e pessoas começavam a se dispersar, mas ele permaneceu onde estava olhando para a cova fechada e sentindo o vazio maior que antes. O amor de sua vida havia morrido, ele nunca mais iria acordar nas manhãs e perturbar a garota até que acordasse ou ser obrigado a assistir todos os filmes melosos que Jenny era apaixonada.

Ele só se moveu do lugar onde estava quando a chuva começou a cair sem piedade sobre sua cabeça e um guarda-chuva aparecer e Pattie o arrastar de lá, Justin parecia um robô, quando chegou a sua casa, que ele sentia ser tão grande e vazia, somente trocou de roupas e se jogou na cama e chorou, gritou, e quebrou coisas, sua mão pingava de sangue no carpete, mas ele não ligava a dor em seu peito não dava trégua, ele desejava que tudo parasse, ele desejava não ter sido um cuzão, ele desejava ter sido o melhor noivo, ele só queria tê-la ao seu lado, ele sentia que a culpa o engoliria vivo, com todos esses pensamento lá estava ele no telhado molhado da enorme casa, conseguia ver boa parte da cidade e os morros além dela, era bonito, a noite estava estrelada e limpa, se essa era a ultima visão que teria, pensou, talvez teria um pouco de paz em sua morte. Sem pensar duas vezes caminhou até a ponta do telhado e se jogou na noite.

Justin acordou na cama ofegante e desesperado, ele soava dos pés a cabeça, a tv ligada baixa, Hora de Aventura passava, pegou seu celular tremendo não se importando com seus olhos ardendo pela repentina luz forte, tudo passava muito rápido em sua mente, ele não conseguia raciocinar certo. Pressionou a tecla um colocando na discagem rápida ouviu o celular chamar, aqueles minutos parecendo uma eternidade enquanto seu coração pulsava no peito de uma forma enlouquecedora, talvez estivesse tendo um ataque cardíaco.

- Alô? – A voz cansada e sonolenta de Jenny soou e Justin soltou a respiração que segurava, a garota do outro lado da linha se endireitou na cama ligando o abajur no criado mudo ao lado de sua cama, eles haviam chegado a menos de uma hora no hotel e ela já havia caído na cama pegando no sono instantaneamente, eram somente três da manhã. Distraída começou a ouvir um choro do outro lado da linha e ficou preocupada, a pessoa não havia dito uma palavra, mas ela sabia muito bem quem era e seu coração doeu um pouco pela distancia e da situação em que se encontrava, ela estava além de brava com Justin, mas o amava acima de tudo e essa ligação era preocupante. – Justin! Jus, você tem que respirar e me contar o que aconteceu!

Ela o ouviu tentando respira fundo e controlar o choro desesperado, ele repetiu isso mais algumas vezes e finalmente falou.

- Desculpa! – Sua voz rouca de quem acabara de acordar soou chorosa. – Eu tive um pesadelo horrível, eu só queria saber se você estava bem!

Ela não respondeu logo de primeira, há quanto tempo ela não o ouvia assim preocupado com ela, não ouvia o falar com ela como se realmente se importasse com ela.

- Chegamos ao hotel a menos de uma hora sem problema algum com o voo! – Ela respondeu quieta, não sabendo realmente como conversar com ele, seu coração muito machucado e seu cérebro confuso. Ele respirou fundo um pouco aliviado, mas seu coração doía da mesma forma, eles ainda tinham um enorme distancia e coisas para resolverem.

- Desculpe te acordar... eu só...só precisava saber se estava bem! – Justin falou se sentindo pouco melhor, a culpa continuava ali ao seu lado lhe cutucando ele precisava arrumar tudo que havia feito, recuperar tempo, precisava recuperar o amor de sua vida.

Jenny respirou aliviada, apesar de muito machucada, isso, essa simples frase a faria dormir mais tranquila, coisas precisavam ser resolvidas, mas por enquanto isso bastava.

- Certo, nós falamos daqui dois dias? – Jenny perguntou se mantendo no que disse, séria, não cederia fácil.

- Sim, vou te buscar no aeroporto, me passe o numero do voo e a hora da chegada! – Justin respondeu, sentindo falta do carinho em sua voz. Jenny falou que mandaria uma mensagem deu boa noite e segurou a boca para não dizer algo mais, agora não era hora de troca de 'eu te amos', Justin lhe deu boa noite e a linha caiu muda.

Os dois dias foram longos e demorados para os dois, Jenny se divertia, mas não via a hora de voltar para casa, Justin corria atrás dos seis meses, ajeitou a casa, falou com Kirsten sobre tudo que perderá sem primeiro quase apanhar pela britânica, passou na casa dos sogros e almoçou com eles e sua mãe, John e Josh apareceram por lá no fim do dia trouxe Jake de volta para casa e dormiu abraçado ao cão urso.

O dia finalmente havia chegado. Às seis e meia da manhã da sexta-feira, Justin já se encontrava a caminho do aeroporto de LA, no banco passageiro um buque de peônias rosa, as flores favoritas de Jenny, há tempos ele não se sentia assim ansioso e nervoso com medo do que pudesse acontecer. Ele passou tanto tempo em cima de palcos ouvindo gritos de êxtase direcionados a ele, pessoas o rodeando como sangue sugas dizendo tudo que ele queria ouvir, não havia nem se dado conta do tamanho do próprio ego, agora que a nevoa havia desaparecido ele via que isso não o levaria muito longe, ainda mais com Jenny.

Ele desligou o carro, respirou fundo pegou o buque no banco e saiu do carro, por precaução um carro com seus seguranças havia o seguido ele não queria paparazzis em seu cangote enquanto pegasse Jenny, ele caminhou até o portão de desembarque que Jenny havia o passado, todos que passavam o olhavam confusos, não por ele ser Justin Bieber, mas sim porque seu nervosismo era visível e isso era incomum para uma celebridade como ele.

Os minutos passavam como horas e Justin começava a ficar impaciente sentado em uns dos bancos espalhados batendo o pé no assoalho e olhando para o portão onde saiam pessoas de outros voos. Ele olhou o painel e o avião havia acabado de pousar na pista e ele sentiu seu coração palpitar mais forte, a cada pessoa que aparecia era uma batida a menos e seu coração parecia parar por meros segundos.

Então Justin a viu, ele sentia seu coração por todo o corpo como se pudesse toca-lo, Jenny conversava com Brent com um enorme sorriso que faziam pequenas ruguinhas no final de seus olhos, e ele parado a esperando com o buque em mãos não conseguindo impedir o sorriso enorme que se formou em seu rosto pelo simples fato de vê-la. Ela estava diferente, mais bonita, mais elegante, ou era só o que o seus olhos, agora limpos da nevoa que o cobria, viam.

O primeiro a ver Justin foi Brent que meneou a cabeça na direção do garoto à frente atraindo a atenção de Jenny que seguiu a direção indicada com o olhar, encontrando os cor de mel de Justin que sorria de orelha a orelha um sorriso tímido, Jenny sorriu de volta sentindo borboletas em seu estomago, coisa que a tempos ela não sentia, e Deus como ela havia sentido falta.

- Hey! – Justin cumprimentou. Os dois pareciam meros conhecidos que não sabiam o que falar, como em um primeiro encontro. Brent se despediu dos dois não querendo atrapalhar o momento.

- Oi! – Jenny respondeu, os dois parados na saída do portão do desembarque, por segundos Justin só a observou e tentava não pensar no quanto sentira falta dela por todos aqueles meses. Jenny o olhou confusa com uma sobrancelha levantada.

- São pra você. – Justin falou depois de ter acordado de seu pequeno transe entregando o buque para Jenny. O sorriso, se possível, aumentou no rosto de Jenny. Os dois agiam como um casal apaixonado, na melhor fase do relacionamento, mas a coisa estava longe de estar bem.

- São lindas, obrigada! – Jenny respondeu pegando as flores.

- É melhor irmos antes que os paparazzis apareçam. – Justin falou pegando as coisas de Jenny, uma mala de rodinha e sua mochila com a câmera e seus acessórios, e com a mão livre pegou a de Jenny dando um leve aperto nela, como sentira falta daquilo, era bom saber que ela não estava morta, aquele pesadelo havia conseguido mexer consigo de uma forma muito grande.

Os dois caminharam para a saída sendo surpreendidos na porta por diversos paparazzis, Justin pegou Jenny pela cintura a puxando para perto de si não a largando um segundo até conseguirem chegar ao carro com a ajuda dos seguranças, dentro do carro sã e salvos eles respiraram aliviados.

Narrado off

Jenny ON

Sentar ali no carro com Justin era estranho, quase como se fosse errado, como se eu não fizesse mais parte da sua vida, então dizer que o ar era inconfortável era até que certo. Conversamos pouco no caminho para casa, sempre ele dando iniciativa, perguntou do photoshoot e se eu havia aproveitado a viagem, eu tentava seguir o ritmo dele, eu conseguia ver seu nervosismo e expectativa. Quando chegamos a frente à casa ele estacionou na garagem e saiu do carro pegando minhas coisas rápido e abrindo a porta do carro para eu descer.

A casa estava limpa e cheirosa, Jake quando ouviu o barulho da porta abrindo latia sem parar pulando em cima de nós dois, Justin subiu para colocar as coisas no quarto e eu segui para a cozinha pegar um vaso e colocar as novas flores. Eu terminava de colocar as flores no vaso quando a campainha tocou, Justin correu do andar de cima para atender. Ouvi Justin conversar com a Pattie e logo os dois estavam na cozinha.

- Pronta para fazer o exame? – Ela perguntou sorridente. Justin franziu o cenho confuso enquanto sentava em uma das banquetas.

- É só exame de rotina, marquei antes de viajar. – Respondi e o vi assentir. Virei me pegando minha bolsa que estava no balcão.

- Eu e sua mãe estamos no carro. – Pattie falou para mim e se despediu do Justin e saiu da cozinha. Justin tinha uma carinha triste e meio desolada. Apertei a alça da minha bolsa me sentindo estranha com toda essa situação caminhando para mais perto dele.

- Não vai demorar muito lá, quando voltar conversamos, tudo bem? – Perguntei.

- Certo! – Ele respondeu sorrindo fraco. Assenti e sai da cozinha, daquele ar embaraçoso e tenso.

Minha mãe e Pattie estavam animadas e não perguntaram sobre o que tinha acontecido o que eu achei bom. Passei o caminho até a clinica, rodando o anel em meu dedo, nervosa e ansiosa. A clínica não estava muito cheia, minha mãe me encaminhou logo para uma das salinhas para fazer o exame tudo para não chamar atenção de curiosos. Enquanto esperávamos alguém vir tirar meu sangue, minha mãe contou que Pattie tinha contatado Scotter para tudo acontecer o mais longe da mídia possível então todos naquela clinica haviam assinado um contrato para fazerem silencio absoluto sobre o assunto.

Não muito tempo depois Pattie apareceu junto de um médico sorridente devia ter por volta dos 40 anos o cabelo começando a ficar grisalho, Seu nome era Martin Hilton e seria meu medico se o exame confirmasse gravidez.

- Vai ser como uma picada de abelha! – O senhor falou me fazendo sorris fraco, enquanto eu o observava injetar a agulha em um braço direito e o liquido vermelho sair e fechei os olhos porque isso me enjoava. – Prontinho, vou mandar isso para sabe o resultado, em uma hora vai estar pronto!

Ele pediu licença e se retirou do local com o recipiente em mãos, nos colocaram em outra sala onde tinha um sofá uma maquina de café e outra ao lado de besteiras, me sentei no sofá impaciente e receosa, com meu tique de ficar batendo o pé no chão e rodar o anel em meu dedo.

- Você vai ter um troço se não parar– Ouvi Pattie.

- Eu não consigo. – Respondi me levantando e começando a andar de um lado para o outro. – Eu to muito nervosa e ansiosa e eu não sei.

Falei aflita não prestando atenção em nada, então minha mãe entrou na minha frente me parando e trazendo de volta para o sofá, me sentei entre ela e Pattie.

- O que está te preocupando? – Pattie perguntou. Olhei para o anel em minha mão esquerda mordendo o lábio, esse anel tinha um peso tão grande, principalmente nesses últimos dias. – Ah, entendi.

Pattie falou, e eu suspirei pesado passando a mão em meu rosto, quando minha vida havia se tornado esse furacão?

- O que realmente aconteceu?- Minha mãe perguntou quietamente. Respirei fundo antes de começar a contar.

-No dia da viagem tivemos uma enorme briga, sobre todos os acontecimentos dos últimos meses e o clima entre nós dois não ficou nada bom e agora eu estou aqui prestes, a saber, se eu estou gravida quando nem me resolvi com meu noivo e-

Antes que eu conseguisse terminar, eu já chorava litros, hormônios parecia TPM. Chorei sem parar por alguns segundos até conseguir me acalmar para conseguir falar algo com nexo.

- Relacionamentos são feitos de enormes tempestades, tempestades que vão te deixar sem casa ou rumo, onde por um tempo você talvez fique perdida e tudo que queira e desaparecer, mas depois de tempestades existem arco-íris, céus azuis e pássaros cantando, então o que for que tiverem passando nessa etapa se o amor de vocês ainda existir da mesma forma que antes da tempestade vocês iram passar por tudo. – Minha mãe falou com sorriso de mãe, acolhedor.

- Então quando chegar a casa conversem e se resolvam, vocês são dois fortes e vão superar esse momento. – Pattie acrescentou, assenti para as duas e passei a mão pelo meu rosto e como uma deixa, bateram na porta e o medico entrou, meu coração parou por meros segundos e voltou a bater com tudo me fazendo o sentir facilmente por todo meu corpo.

- Parabéns, nova mamãe! A senhorita está gravida de um mês e meio! – O Senhor Hilton disse sorridente, direto sem rodeios.

- Oh Deus! – Murmurei em um leve choque, mas me acalmando quando a ideia finalmente começava a se instalar em meu cérebro, ele me entregou um envelope com os testes dentro, minha mão tremia levemente enquanto eu segurava o envelope. Ok respira Jenny. Deus isso é tão assustador. Um som de choro chamou minha atenção e vi minha mãe e Pattie com o rosto molhado.

- Nós vamos ser avós! – Minha mãe disse entre lagrimas fungando no nariz. As duas se sentaram tentando se acalmar para não saírem da clínica com olhos inchados, enquanto se recompunham o medico me dava algumas instruções do que fazer e não fazer e principalmente que eu não podia passar por estresse.

Eu caminhei para o carro ainda meio em choque, as duas novas vovós tagarelando sem parar se fosse menino ou menina e as roupinhas que iriam comprar e muito mais, não ouvi muito da conversa eu tinha essa sensação no fundo do meu estomago eu estava muito nervosa e quando eu contasse ao Justin?

O barulho do meu celular me tirou do meu pequeno mundo.

"Já ta voltando? Fiz Espaguete, espero que esteja com fome! Xx"

"Comida!!"

Essa foi minha única resposta e Justin já havia entendido como sempre.

- Não demore a contar! – Essa foi a ultima coisa que minha mãe falou depois de me deixar em frente a minha casa e ir embora me deixando sozinha, parei a frente da porta e respirei fundo, eu tinha que agir normalmente.

Assim que abri a porta o cheiro delicioso de espaguete invadiu minhas narinas fazendo minha barriga roncar vazia. Segui direto para a cozinha, que tinha a mesa posta e um vaso solitário com uma única rosa no centro da mesa, e o Justin virado de costas para mim provavelmente não tinha nem percebido minha presença, deixei minha bolsa no balcão no tempo em que ele se virava para colocar a panela na mesa então seus olhos me enxergaram e ele sorriu e eu não consegui não sorrir.

- O cheiro está delicioso! – Falei puxando uma cadeira para me sentar, mas fui impedida por ele que tirou minha mão e puxou a cadeira para mim como um cavaleiro. Sentei-me e o agradeci, ele se sentou a minha frente então comecei a me servir enquanto o Justin trazia duas latas de Coca-Cola à mesa.

Poucas palavras foram trocadas durante o almoço, um silêncio confortável rodeava o ambiente. Logo ele terminou e eu senti um nó se formar na minha barriga, nós finalmente iriamos conversar e eu nem sabia por onde começar ou oque essa conversa poderia desencadear.

- Então... – Justin começou claramente desconfortável, os braços apoiados na mesa enquanto ele passava uma mão na outra nervosamente.

- Então, você tem minhas respostas? – Perguntei quieta, o observando. O vi respirar fundo, medo, nervosismo, ansiedade, tudo passando pelas suas orbes, que deixava muitas apaixonadas.

- Quando você me disse todas aquelas coisas, eu não vou mentir eu fiquei com muita raiva e te achei uma daquelas garotas neuróticas, mas ai o que cobria meus olhos de repente foi arrancado como um band-aid e eu consegui ver tudo que eu havia feito, pra todos e principalmente você. – Ele falou tudo olhando para sua mão. – Eu te amo mais que tudo nesse mundo, eu fiz muita merda e posso demorar anos, séculos para consertar tudo que eu te fiz sofrer, eu não tenho desculpas e nem quero ter por que o que eu fiz não tem justificativa.

Dessa vez ele me olhava enquanto parecia colocar seu coração em palavras.

- Sim eu te traí, me lembro vagamente porque eu estava drogado e bêbado. – Ele falou envergonhado, minha reação continuou a mesma porque eu sabia disso, mas era tão difícil de ouvir, finalmente saber mesmo que isso havia acontecido, senti uma pequena agulhada em meu coração. – Mas eu sei que no dia seguinte quando eu acordei e percebi que não era você do meu lado eu entrei em pânico, lembro que liguei para a Hayley chorando em desespero ela não entendia nada do que eu falava então ela foi até a casa e quando viu aquela garota na cama, eu juro por Deus vocês poderiam ser irmãs, ela tinha um olhar duro e tanto ódio que me deu calafrios, depois de me olhar por uns sólidos cinco minutos ela meu deu um tapa na cara que deixou uma marca vermelha e ardida, naquele dia ela disse que não contaria a você porque ela sabia de todas as merdas que eu já havia feito e do que você passava, ela disse que você não precisava de mais uma, mas o que mais fincou na minha mente daquele dia, claro além do tapa foi o que ela me disse logo depois.

Justin parou de falar e subiu seu olhar para o meu, vendo os meus olhos com lagrimas, ele trincou os dentes balançando a cabeça e passando as mãos pelo rosto.

- Justin você precisa continuar! – Eu falei com a voz um pouco rouca, limpando as lágrimas do meu rosto. Seus olhos se encheram de lagrimas, ele respirou fundo.

- Ela disse que eu era um bosta por te causar tanta dor e não dar a mínima que eu não te merecia e não merecia ninguém se esse fosse ser meu estado, por aquele momento eu realmente fiquei desesperado e pensei na situação, mas também fiquei com muita raiva do que ela falou, mas eu juro pela minha vida aquela foi à única vez que eu te traí.

Justin tentava não chorar ao contrario de mim que colocava meus olhos para fora, ele me olhava esperando por uma resposta, eu respirei fundo para poder falar sem gaguejar.

- Ela estava totalmente certa, você não me merece. – Assim que as palavras saíram da minha boca consegui ver por seus olhos, seu coração se despedaçar. – Por que você fez tudo isso? Ser preso, drogas, vandalismo, Por quê?

- Eu não sei, eu não consigo achar um motivo, talvez tenha sido a pressão do mundo e minha, todos esperando que eu desse um passo em falso, e más companhias que eu achava serem boas, foi tudo se acumulando e eu não ligando para nada porque eu sabia que ainda ia ter alguma coisa.

Ele respondeu quieto, agora brincando com o saleiro.

- E você tinha a mim, sua mãe, amigos, seus fãs, eu não consigo entender como você pode achar fácil jogar tudo que você já tinha para os ares, e achar outro colo de consolo. – Eu falei o encarando eu já não chorava mais, eu tinha que ser forte e arrumar isso de vez ou dar adeus.

- Eu fui estupido, eu não sei o que aconteceu, você não precisa jogar tudo na minha cara. – Justin falou me olhando começando a se irritar. Soltei uma risada seca o olhando torto, como ele podia falar isso.

- Não preciso? Eu passei meses com paparazzis me assediando pelas merdas que você fazia, alguns haters me chamando de nomes horríveis, mas eu não ligava porque eu tenho coisas melhores para me importar, mas isso não significa que não me machucaram mais do que você já estava fazendo, então você não tem o que falar por que eu tenho todo o direito de jogar na sua cara a merda que você trouxe pra si próprio.

Tinha tantas emoções juntas e misturadas na minha voz, ele não respondeu nada talvez por eu ter surtado assim do nada.

- Eu não sei mais o que te falar, eu vou te pedir diversas vezes desculpa, mas nem eu me perdoo por toda a merda que eu fiz você tem todo o direito de me odiar e demorar todo o tempo do mundo para só pensar na ideia de me perdoar, mas eu te amo Jenny, te amo mais que tudo, eu perderia minha cabeça se você morresse, quando eu te liguei de madrugada, eu tinha acabado de acordar do pior pesadelo que eu tivera na minha vida toda, o avião havia caído e você tinha morrido junto com a maior parte das pessoas, eu fiquei desolado, me neguei a acreditar que você tinha mesmo morrido, minha vida se transformou em um inferno e no fim eu me matei.

Justin chorava livremente, enquanto eu observava aquilo se desmanchar com o coração na mão.

- Eu devo ser a garota mais estúpida do mundo por acreditar no que você diz. – Eu falei balançando a cabeça enquanto ele me olhava expectativo e nervoso. – Eu sempre pensei em situações como essa se algum cara me traísse eu não ia pensar duas vezes em deixar ele, eu tinha tanta certeza do que eu queria, você me levou pro alto e quando você se cansou me largou em queda livre e doeu pra caralho quando eu atingi o chão, eu me vi extremamente furiosa com você e triste de uma maneira que eu mal sabia que conseguia ficar, e ainda sim eu não conseguia aceitar a ideia de que eu teria que te deixar porque você estava me fazendo mal, muito mal. Perguntei-me como um relacionamento de filme tinha se tornado em um relacionamento toxico, me perguntei por que eu ainda te amava? E eu me odeie por isso por ser uma daquelas mulheres trouxas que ainda acham que o cara tem salvação.

De novo eu chorava, hormônios o maior culpado. Respirei fundo recuperando o folego.

-E você eu não consigo ter o mesmo pensamento, não consigo te deixar e isso é uma droga. Porque mesmo tudo sendo errado você ainda parece ser o mais certo. – Falei de uma forma desesperada porque era dessa forma que eu me sentia com ele, um amor que você não consegue se imaginar sem a pessoa, porque ela iria deixar um enorme vazio e você não saberia como viver.

Por alguns minutos eu não falei nada, não conseguia raciocinar direito, Justin tinha uma cara inexpressiva, mas eu sabia como ele estava por dentro, desesperado e com medo, como eu.

- Eu não quero que você me deixe, eu não quero me tornar um babaca de novo. – Justin falou com lagrimas silenciosamente descendo pelas maçãs de seu rosto. – Eu sei que eu fiz muita merda, mas eu juro eu vou ser melhor, as coisas vão ser melhores.

Eu respirei fundo e passei a mão pelo rosto já cansada com tudo isso.

- Justin, essa vai ser sua ultima chance e é pra valer, um deslize e você não vai ter tempo nem para piscar e eu já não vou estar mais aqui.

O ameacei e vi-o relaxando, um enorme sorriso se abrindo em seu rosto, ele se levantou da cadeira vindo até a minha me puxou, me levantando e abraçando forte colocando sua cabeça no meu pescoço. Eu tinha sentido falta de seu calor, de seus lábios, de seu cheiro, eu tinha sentido falta de tudo. Ele ficou ali me abraçando e eu podia o ouvir chorar um pouco e eu não entendia o porquê do choro, mas achei melhor não questionar dessa maneira ele talvez colocasse todo o estresse para fora. Ele levantou o rosto vermelho e olhos inchados de tanto chorar, segurou minhas bochechas as acariciando e com um sorriso leve preso ao rosto.

- Eu te amo. – Ele falou, se inclinando e me beijando, e foi como a primeira vez, eu parecia ter fogos de artificio em minha barriga. Nós separamos por falta de ar e eu lembrei que tinha algo para contar, senti um frio na barriga de repente, Justin que tinha um sorriso lindo no rosto agora tinha um vinco de preocupação.

-Eu tenho uma coisa para te contar. – Respirei fundo, não dava pra enrolar. – Eu to grávida.

Justin tinha uma careta de surpresa e susto misturados, ele cambaleou um pouco e tive que o segurar e colocar sentado na cadeira onde eu estava sentada antes.

- O que? – Ele sussurrou sem ar. Corri até a pia pegando um copo da agua e colocando uma colher de açúcar, quando eu era pequena sempre via as pessoas dando isso para alguém quando tomavam a um susto muito grande.

Entreguei-lhe copo e ele deu um gole e passou a mão no rosto, eu sinceramente não conseguia achar uma reação que se encaixasse nesse momento.

- Esse foi o exame que você foi fazer hoje? – Ele perguntou.

- Eu já tinha desconfiado então eu resolvi fazer um exame. – Respondi.

- Nós vamos ser pais! – Ele sussurrou com um enorme sorriso surgindo em seu rosto e seus olhos se enchendo de lagrimas.

Eu não consegui evitar meus olhos de se encherem de lágrimas e uma felicidade tão grande se apoderar de mim, Justin se levantou e me abraçou forte, ele parecia genuinamente feliz.

- Nós vamos ser os melhores pais que essa criança vai ter. – Ele disse sorrindo de orelha a orelha acariciando minhas bochechas. – Eu juro que aquele eu de meses atrás nunca mais vai voltar.

O resto do dia ficamos deitados no sofá sem fazer absolutamente nada, só conversando e vendo desenhos, falando besteiras contando historias engraçadas, e ele me disse que havia conversando com a Kirsten e o dia já estava marcado para daqui um mês e meio e aquela animação toda dele quando me pediu em casamento havia voltado, estava sendo bastante atencioso fazendo perguntas sobre meu bem estar e o do bebe, parecia uma criança , ele ficava colocando sua cabeça em minha barriga tentando ouvir algo e eu ria.

- Hey, bebe, aqui é seu pai. – Era o meio da noite, o quarto estava silencioso e eu dormia tranquilamente, mas acordei por algum motivo e pude ouvir o Justin falando com a minha barriga então fingi que ainda estava dormindo. – Eu descobri a poucas horas que você vai vir para essa família e você não sabe o quanto eu fiquei feliz, você vai ser muito amado por todos, prometo estar sempre na sua vida.

Ele parou por alguns segundos de falar, mas logo continuou.

- Eu fiz muito mal a sua mamãe, eu me arrependo muito por isso, espero que algum dia eu consigo conquistar sua confiança, ela é muito especial, você vai ama-la quando conhece-la, uma risada contagiante e consegue fazer todos a sua volta felizes ela tem um sorriso maravilhoso e sabe cozinhar muito bem, você está feito na vida com uma mãe dessas. – Ele riu de leve, eu sentia meus olhos se encherem de lagrimas, mas eu queria saber até onde isso iria. - Eu só quero que você saiba que vai ser muito amado, seu pai não vê a hora de te ver pequenino.

Não consegui evitar por muito mais tempo o rio de lagrimas e chorei não ligando se Justin percebesse que eu estava acordada ou se ficaria preocupado, eu só queria chorar por tudo e nada, palavras bonitas e feias. Eu tinha colocado minhas mãos em meu rosto e chorava sem parar, senti a cama se movimentar e logo braços me envolverem calorosamente e seus lábios se encontrando com a minha cabeça.

Depois dessa noite as coisas ficaram bem, o Justin tinha se tornado aquele garoto que eu havia conhecido quando adolescente, o casamento foi repleto de lágrimas e muito momentos emocionantes, Nina nasceu saudável com 3 Quilos, Justin chorou mais que todos juntos, seus olhos brilharam quando a viu, uma felicidade indescritível brilhando em suas orbes e ninguém duvidava que ela teria o pai sempre nas mãos.

Tudo estava bem e permaneceu por um longo tempo, não como uma historia de conto de fadas com o famoso felizes para sempre, mas bem do jeito que a vida permite a todos terem um final feliz, com tempestades e arco-íris.

FIM.

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