Sabe eu sempre imaginei minha vida sendo muito calma, nunca tinha algum evento muito grande acontecendo nela além estudar, assistir anime e sair com alguns amigos as vezes.

Mas isso era antes de tudo isso acontecer, e o que define a minha vida nesse momento.

É caos, o mais puro e destrutivo caos.

Tipo aqueles desenhos que começam com uma destruição em massa e o protagonista tem que explicar tudo o que aconteceu para que o público entenda, então caso eu seja uma protagonista de anime nesse momento.

O que eu acho improvável porquê eu não me chamo Izuku Midoriya e nem coisa do tipo.

Permitam-me explicar como eu vim parar nesse momento.

Dias depois da minha chegada em casa e do jantar em família eu finalmente tinha autorização de colocar meus pés para fora de casa, meu pai dizia que eu deveria me recuperar mais antes de fazer isso pois eu havia ficado um mês dentro de um hospital então eu estava prestes a conhecer aquele novo mundo.

Parecia um pouco assustador mas eu não iria sozinha, mesmo que andar com pessoas “desconhecidas” para mim não parecia muito seguro mas, era isso ou nada.

Eu peguei o “meu” celular, que no caso era um celular reserva que eu tinha naquele mundo já que o meu tinha quedrado no acidente, e vi as mensagens das pessoas que eu iria encontrar e onde eu deveria ir para achar elas, claro faça uma sedentária andar o que pode dar errado além de cansaço físico?

Eu saí pelo portão da casa e logo segui em direção ao centro da cidade de acordo com o mapa do celular, cerca de cinco minutos andando, pelo menos eu poderia observar as cerejeiras no caminho.

Enquanto eu caminhava e observava as flores caindo de suas árvores eu pensava em quem eu iria encontrar, meu pai e minhas irmãs diziam que eram meus amigos de longa data e que eles eram confiáveis mas, para mim não passavam de pessoas desconhecidas mas se não fossem confiáveis nunca me deixariam sair com eles, certo?

Se passando os cinco minutos de caminhada lá estava eu olhando para os lados procurando alguém, eu observava a foto de um dos meus amigos que eu encontraria para tentar achar eles.

-VIH!!!! ESTAMOS AQUII!!-Uma voz feminina gritava vindo em minha direção.

É, eu não precisei da foto nesse caso.

Eu acenei para os dois com um sorriso, posso não lembrar deles mas eu sou educada.

A garota dos cabelos azuis correu até mim e me abraçou.

-VIIH!!! Estávamos morrendo de saudade sabia?? Eu sou a Mariana caso não lembre de mim, eu sou uma grande amiga sua a gente se conhece desde o fundamental e estudamos na mesma escola!! Não se preocupe que nós vamos ajudar você a lembrar de tudo e se tiver alguma dúvida pode perguntar-a garota dizia de maneira rápida e animada até que o garoto deu um pequeno soco na sua cabeça e disse.

-Se você joga muitas informações em cima de uma pessoa com falta de memória isso pode causar uma confusão no cérebro dela e pode prejudicar sua recuperação, além do mais que se você fazer isso a pessoa não vai conseguir entender todas as informações ditas e pode acabar ficando tudo mais confuso do que já é... Então fale mais devagar com a Vih, Mari-o garoto disse com uma voz muito calma enquanto olhava para nós duas.

-Me desculpe!!!-a garota exclamou e se afastou do abraço enquanto se desculpava.

-Está tudo bem, é sério-eu disse tentando amenizar aquela situação.

-Que bom!!-a garota dona dos cabelos azuis exclamava feliz.

-Eu sou o Mateus caso não lembre do meu nome, assim como a Mari nós também nos estudamos juntos desde o o fundamental e essas coisas-o garoto de cabelos negros disse e deu um sorriso tímido.

-Minha memória ainda não está muito boa então eu não lembrava o nome de vocês... Eu nem lembrava os da minha família até meu pai me contar-eu expliquei observando os dois.

-Não tem problema!! Nós vamos mudar isso-a garota disse confiante enquanto fazia uma pose estilo All Might.

-As coisas podem parecer um pouco confusa mas tentaremos lhe ajudar em tudo que pudermos-o garoto disse gentilmente

-Muito obrigada,pessoal-eu falo agradecendo os dois.

-Agora precisamos ir, ainda temos que encontrar mais uma pessoa-o garoto explica enquanto pegava seu celular para ver alguma coisa.

A garota grita “Vamos!!” e segura minha mão para me puxar até onde deveríamos ir, ela era a mais animada de nós três e isso era notável, enquanto ela me puxava o garoto ficava para trás por conta da animação dela e era possível ouvir ele gritando “Vão mais devagar!!”.

Aquela cena me parecia familiar de alguma maneira mas não sabia dizer se ela as minhas memórias antigas ou as memórias daquela “realidade”, seria um longo caminho até eu descobrir tudo.

Caminhamos pelo centro da cidade, por ser domingo fazia sentido estar lotado daquela maneira, Mari ainda me segurava meu braço enquanto caminhava e Mateus nos seguia logo atrás.

-Ele disse que estaria nos esperando perto do parque de diversões que abriu recentemente, ele disse que seria um bom lugar para que ajudarmos você com suas memórias-Mateus disse enquanto lia no seu celular.

-Certo!! Estamos perto então não vai demorar muito-Mari exclama animada.

Eu concordei com a cabeça e com um sorriso, ótimo terei que andar mais ainda, meu corpo parecia não ser sedentário mas minha mente era a mesma ainda.

E cerca de cinco minutos depois havíamos chegado no nosso destino.

-Eu estou aqui pessoal!!- um garoto gritava enquanto acenava.

-BOO!!!-Mari gritou enquanto corria até o garoto e o abraçava

Enquanto os dois se abraçavam eu e Mateus nos aproximavamos devagar dos dois.

-É bom te rever, Boo-Mateus falou o observando.

-É bom rever vocês também-ele diz com um pequeno sorriso até que me olha e seu sorriso aumenta.

-VITÓRIA!!! VOCÊ VOLTOU!!!-Boo grita enquanto corre pra me abraçar enquanto seus braços fazem várias voltas em mim como uma corda.

-Boo, tenha calma por favor...-Mateus fala observando nós dois.

Boo olha Mateus parecendo sério mas logo isso muda.

-CALMA?? COMO EU POSSO TER CALMA A LÍDER DO GRUPINHO TÁ DE VOLTAAAA!!!-ele grita ainda não me soltando e atraindo alguns olhares para nós.

E é assim que você chama toda a atenção para você e seu grupo de amigos.

-Boo está certo!! O grupo está se reunindo de novo!!-Mari fala enquanto corre pra me abraçar também.

Mateus observava nós três com uma cara de “Onde eu fui me meter” até que o mesmo acabou rindo e se aproximou de nós para se juntar ao abraço.

-Não foi tão difícil, não é?-eu comento olhando ele.

-Não... Mas vocês dois me pagam todos estavam olhando para nós!!-ele fala dando sermão em Boo e Mari.

-VIIH-CHAN NOS AJUDA!!-Os dois gritam enquanto riem.

-Parem de chamar a atenção pelo amor dos deuses!! Vitória-chan precisa descansar para recuperar sua memória e vocês chamando a atenção não vão ajudar em nada!!-Mateus reclama dos dois.

-Está tudo bem, Mateus deixe os dois-eu digo observando o garoto de cabelos pretos.

-Certo, ouviram a Vitória vocês estão livres por agora... Mas na próxima vez vocês se veram comigo!!-Mateus grita para os dois

-Obrigada, Viih-chan!!! Você nos salvou-Mari e Boo gritam e me abraçam novamente.

-Não tem de quê, agora vamos pro parque de diversões!!-digo ficando animada com aquilo.

-Ouviram a nossa diamante, vamos!!-Boo diz me soltando de seus braços longos e caminhando em direção ao parque.

-Diamante...?-perguntou curiosa.

-É por causa do seu nome do meio, Diamond-Mari diz segurando meu braço.

-Entendi...-digo pensando.

Camisa azul com uma estrela, sendo chamada de diamante... Nós somos as Crystals Gems ou o que? Uma equipe com o nome de “Os Defensores”? Isso me lembra um desenho estadunidense com pedras preciosas no espaço e com músicas que tocam seu interior e fazem te pensar sobre a vida e aceitação própria.

Ai... Que saudade daquele desenho maravilhoso.

-Chegamos!!!-Boo disse animado ficando na frente da entrada do parque.

-Vamos nos divertir pessoal!!!-Mari disse correndo até Boo.

-Vamos!!-eu digo indo até os dois enquanto Mateus nos olhava.

-Hoje vai ser um longo dia...-ele comenta rindo de nós três e vindo em nossa direção.

O parque que Boo havia escolhido para nosso passeio era gigante, cheio de barracas de jogos, comidas e com brinquedos enomes como roda gigante, montanha-russa, carrossel entre outros que haviam ali.

Nós havíamos ido comprar nossos ingressos para os jogos enquanto olharmos ao nossa redor.

-Vamos na montanha-russa primeiro!!-Mari comentou observando o enorme brinquedo ao longe.

-É uma boa ideia-eu digo sorrindo para a garota.

-Certo, vamos na montanha-russa primeiro e depois podemos dar uma olhada em outras atrações-Mateus diz entregando os ingressos para todos.

E lá fomos nós emdireção a montanha-russa para iniciarmos o nosso dia de diversão, tirando os quinze minutos de fila foi uma ótima experiência e nos rendeu ótimas risadas... E gritos, das outras pessoas nos carrinhos mas foram gritos.

-ISSO FOI IRADOOO!!!-Boo e Mari gritaram animados enquanto saíamos do brinquedo.

-O que acham de irmos nas bancas de jogos agora? Podemos ganhar prêmios-Mateus sugeriu apontando para algumas bancas.

-Ótima ideia, vamos!!-falo me animando e indo com Mateus até as bancas enquanto Boo e Mari nos seguiam.

Chegamos numa banca de tiro ao alvo onde alguns dos prêmios eram dinossauros e tubarões de pelúcia, não sei como mas as pelúcias me lembravam algo.

-Eu quero um tubarão!!-Mari exclamou enquanto apontava para uma das pelúcias.

-Cinco tentativas por cem ienes, jovens-o vendedor diz observando nós três.

-Cem? Okay então-Mari diz pegando os ienes da sua bolsa e colocando na bancada.

O vendedor pega as moedas e entrega cinco bolas para a garota.

-Se derrubar as garrafas você ganha um prêmio-o vendedor explica e se afasta das garrafas para que Mari pudesse jogar.

Uma, duas, três, quatro tentativas fracassadas as bolas pareciam nem empurrar as garrafas do jogo, Mari tentou mais uma vez e falhou.

-É, não é meu dia de sorte...-Mari falou com uma voz baixa e com uma expressão cabisbaixa em seu rosto.

Eu não ia deixar aquilo assim, não ia mesmo.

-Eu vou tentar-falo firme olhando para o vendedor e coloco cem ienes na mesa.

-Temos uma competidora aqui-o vendedor fala rindo enquanto pega as moedas e me entrega as cinco bolas.

-Você não faz ideia...-falo observando aquele homem e pegando as bolas para jogar.

-Vih, você tem certeza disso?-Mari pergunta preocupada enquanto me olhava.

-Tenho sim, a gente não saí daqui até não conseguir o seu tubarão-digo confiante.

-Eu posso ter um dinossauro?-Boo pergunta me olhando.

-Claro, eu vou conseguir os dois para vocês-falo me preparando.

-Por que eu sinto que isso não vai acabar bem...-Mateus comenta olhando tudo.

Eu me arrumo no lugar e jogo uma das bolas, as primeiras três tentativas tinham dado errado e eu podia ouvir o vendedor rindo da minha cara.

-Eu diria para você desistir garota, você não tem força-ele diz rindo.

Eu não tenho força? Ah, então vai ser assim? Eu vou mostrar o que é força pra esse vigarista de meia tigela!!

Eu arrumo a minha postura e respiro fundo, enquanto eu respiro eu posso sentir algo fluindo do meu corpo, eu abro meus olhos e podia se ver eles brilhando em uma colorização púrpura. Eu me preparo para arremessar e quando eu jogo uma espécie de fumaça roxa envolve a bola enquanto ela vai em direção as garrafas do jogo derrubando as três torres com a força do impacto e atravessando a lona da barraca e causando alguns gritos do outro lado.

-O que o senhor havia dito? Sobre eu não ter força?-eu falo olhando a cara de apavorado do senhor.

-Meus deuses...-Mateus sussura impressionado.

-Isso foi... INCRÍVEL!!!-Boo e Mari gritam me abraçando.

Eu sorrio e pego um dinossauro e um tubarão da exposição de pelúcias e entregando para os dois.

-Foi um bom jogo, obrigada pelos prêmios senhor-falo e jogo a última bola que havia sobrado que acabou por acertar a cabeça do senhor.

-Viih-chan é incrível!!!-Os dois comemoram abraçando suas pelúcias que eu havia entregado para eles.

Ver o sorriso daqueles dois me dava uma alegria imensa que nem eu conseguia explicar, acho que isso é um dos sentimentos que amizade trás pra nossa vida.

-E então? Qual nome vocês vão dar para essas pelúcias?-Mateus pergunta observando os dois.

-O nome do meu dinossauro vai ser... Rodrigo-Boo disse sorrindo.

-Rodrigo? Dinossauro Rodrigo?-eu pergunto rindo.

-Rodrigo é um bom nome para um dinossauro-Boo responde rindo.

-Okay então-digo rindo.

-Rodrigo não coma essa pessoa-Mateus diz sério mas acaba rindo no final.

-E você Mari? Que nome vai dar ao seu tubarão?-pergunto para a garota dos cabelos azuis.

-Eu ainda não sei, mas vou pensar em algo logo-ela diz sorrindo

Kirishima seria um bom nome mas acho que nesse mundo poderia causar uma pequena confusão... Se a gente conhecesse o Kirishima, claro.

-Bom, por que não vamos no carrosel antes de fazermos um lanche?-Boo pergunta olhando para nós.

-Acho que você não tem altura nem idade para entrar no carrosel, Boo-Mateus fala observando o garoto.

-Isso não é um problema!! Viih-chan pode segurar o Rodrigo para mim?-Boo me pergunta.

-Claro-respondo segurando o dinossauro de pelúcia.

Num piscar de olhos o corpo de Boo mudou se transformando num garoto de cerca de cinco anos, ele rio e fez uma pose.

-Agora eu posso ir no carrosel, quem diria que usaria minha individualidade para isso-ele diz rindo enquanto nos olha.

-Mas você sempre usa sua individualidade para isso-Mateus diz observando ele.

-Esse não é o ponto, vamos para o carrosel!!-Boo exclama animado enquanto corre até a atração.

Ele literalmente virou uma criança com a individualidade dele, isso foi incrível!! Isso pode explica os braços dele quando me viu. Uma quirk de transformação era impressionante e super útil em diversos trabalhos, principalmente no trabalho de herói.

E pensar que a mulher que cuidava do carrosel nem havia sequer suspeitar de Boo, um ótimo disfarce eu diria não?

Nós ouviamos Boo rindo enquanto andava em um dos cavalos do carrossel e tudo estava indo bem, crianças felizes nos brinquedos, adultos tirando um tempo para descansar depois de uma longa semana e se divertir com a sua família.

Era para ser apenas um momento de paz e tranquilidade de um domingo a tarde mas, não foi o que aconteceu.

Em um minuto os risos das crianças se transformaram em gritos de desespero e de repente olhamos ao redor e parecia que todas as atrações do parque nós encaravam. Em segundos os cavalos do carrossel se desconectaram dos cabos que os mantinham no brinquedo e avançaram em cima de nós quase como se estivesse vivos de verdade!! Tudo havia se transformado no mais puro caos.

-O que está acontecendo?!?!-eu grito olhando para Mateus e Mariana.

-E... Eu não sei!!-Mari grita ficando apavorada.

-Mantenham a calma, Vitória fique perto de nós-Mateus fala calma olhando a situação.

Enquanto nós conversávamos nós não havíamos percebido que um cavalo mecânico se aproximava.

-PESSOAL CUIDADO!!-Boo gritou e em uma fração de segundos ele acertou uma voadora no cavalo jogando ele pra longe, ele já estava com sua forma anterior

-Boo!! Você tá bem??-Mari grita olhando o rapaz.

-Estou bem, eu consegui tirar as crianças dos cavalos antes que elas fossem machucadas mas, e vocês? Estão bem?-ele vem na nossa direção preocupado.

-Estamos bem, precisamos sair daqui e chamar algum profissional-Mateus fala calmo olhando em volta.

Antes que pudéssemos sair correndo vários cavalos monstruosos começaram a nos cercas e uma risada ecoou no parque.

-Acham mesmo que vai ser fácil assim?-um homem diz enquanto ria.

O vilão se aproximava de nós com um sorriso.

-Não posso deixar crianças estragarem meus planos então, vou lidar com vocês aqui e agora-ele anunciou nos observando.

-Fica longe da gente!!-Mari gritou enquanto asas feitas de água se formavam em suas costas.

Além dela Boo preparou seus punhos para qualquer movimento do vilão e Mateus ficava na minha frente em posição de ataque, como eu iria ajudar eles?? Eu não sabia controlar minha individualidade!!

Sem perceber o homem colocou os olhos sobre mim... Eu não me preparei pra lutar então na visão dele eu não teria individualidade, o que era meio que verdade porquê eu não sabia usar ela, eu não tinha como ajudar ou me defender naquele momento.

O homem sorrio e com sua individualidade fez que as xícaras de umas das atrações se soltasse do lugar e voasse na nossa direção, além de dar vida ao grande mascote do parque que também vinha para cima de nós.

-Isso vai deter vocês mas agora... Vamos terminar isso-o homem diz dando vida as cordas das barracas e fazendo que elas viessem em minha direção, eu era o alvo.

Ou era o que eu pensava naquela hora.

Em uma fração de segundos uma enorme barreira feita de cristais em cores azuis escuros e claros.

-Vou deixar uma coisa clara aqui... Se tentar machucar um dos meus amigos novamente você irá virar uma estátua feita dos meus cristais-Mateus diz seriamente enquanto observa o vilão que estava com uma expressão... De medo?

Aqueles cristais eram a individualidade dele... Aquilo era impressionante!!

-Como uma criança tem capacidade de criar algo desse tipo?-o vilão diz indignado com aquilo.

-Não somos apenas crianças-Boo explica se preparando para lutar.

-Nós somos treinados para essas situações-Mari completa ficando a frente junto com os dois.

-Nós somos-Mateus fala olhando o vilão preparando outro ataque.

-A PRÓXIMA GERAÇÃO DE HERÓIS!!-os três gritam partindo pra cima do vilão.

Junto com os cavalos monstruosos as xícaras vieram rapidamente em nossa direção e o mascote correu até nós. Boo havia feito dois enormes punhos com seus braços e jogou o mascote para longe o fazendo destruir algumas tendas, Mariana moldou suas asas para também ficarem em formas de punhos e segurou as xícaras antes que pudessem machucar alguém e Mateus, que havia colocado uma de suas mãos no chão, havia criado um ataque para atingir diretamente o vilão enquanto os outros cuidavam dos cavalos.

Enquanto aquela luta ocorria na frente dos meus olhos eu escutei um grito, ao olhar pra trás eu via uma mulher e uma criança prestes a serem atacadas por um daqueles cavalos, eu precisava agir imediatamente.

Peguei um cristal que Mateus havia criado no chão e corri na direção delas, quando o cavalo estava prestes a fazer seu ataque em pulei na frente delas e atravessei o cristal em seu peito, ele caiu para o lado e parou de se mexer.

-Rápido!! Saíam daqui e procurem um lugar seguro-eu digo me virando para as duas.

-Obrigada-a mulher agradece e pega a garotinha no seu colo, assim correndo para um lugar mais seguro.

Eu volto a observar a luta de Mateus, Boo e Mariana.

Eu deveria ajudar eles mas como? Socos e chutes não teriam efeito em alguém com poderes a menos se a pessoa fosse bem treinada.

Enquanto eu pensava numa maneira de ajudar eles eu não percebo que o vilão se aproximava de Mateus cada vez mais, seus cristais estavam ficando menores a cada ataque feito e começavam a crescer em seus braços e pescoço além de que crescerem atrás do mesmo para criar um apoio.

-Desista logo criança, é o seu fim!!-o homem gritou indo para cima de Mateus que não conseguia criar mais nada.

Naquele momento... Eu não pensei.

Meu corpo se moveu sozinho sem eu fazer nada, não sei se foi a adrenalina ou alguma outra coisa mas ele se moveu.

Eu havia corrido em direção ao Mateus e usado seus cristais como impulso.

-FICA LONGE DELE!!-eu gritei e com o impulso chutei o rosto do vilão o mais forte que eu pudê.

O homem caiu para o lado direito do Mateus e atingindo os cristais do mesmo, saia sangue da sua boca por conta do chute e quando ele caiu os cavalos se transformaram em brinqurdos de novo, sua individualidade havia parado naquele momento.

-Viih...-Mateus cochicou enquanto me olhava, ele estava exausto.

-Está tudo bem, você foi incrível-eu digo enquanto sorrio para ele.

-Obrigado... Acho que preciso de um café...-ele sussura se sentando perto dos cristais.

-Vamos ir tomar um café, não se preocupe-eu disse indo até o garoto.

Minutos depois alguns heróis profissionais chegaram junto com os policiais e algumas pessoas da impressa, tivemos que responder algumas perguntar e levamos um sermão sobre a nossa falta de cuidado mas fora isso estávamos bem.

Mateus estava sendo carregando por Boo pois sua energia tinha esgotado, Mari e Boo não se machucaram muito e só tinham conseguido alguns arranhões por conta da batalha, isso me deixou mais calma em relação aquilo.

Por pedido de Mateus nós fomos até uma cafeteria perto do parque, pelo o que eu entendi ele precisava comer ou tomar alguma coisa depois que gastava muita energia ou ele poderia desmaiar, nós entramos no estabelecimento e todos nós pedimos alguma coisa seja um cappuccino, um suco ou algum refri.

-Nós fomos incríveis!! O treinamento está trazendo resultados-Boo comemora tomando seu suco.

-Tem razão mas ainda temos um longo caminho para percorrer-Mateus diz tomando seu café devagar.

-Sim mas o que importa é que conseguimos derrotar aquele cara!!-Mari fala olhando os dois.

-Eu acho que todos vocês foram incríveis, eu não consegui fazer muita coisa... Eu peço desculpas-eu digo enquanto observo meu café.

-Está tudo bem, você ficou duas semanas em coma e acordou com perda de memória é normal que você não lembre como sua individualidade funcione ou algo do tipo, estamos aqui para lhe ajudar-Mateus fala enquanto ele e os outros dois me olham.

-Siim!! E você também foi incrível!! Você deu um chute na cara do vilão quase sem esforço-Mari comenta sorrindo.

-Mari tem razão, você foi incrível e além do mais você nos deu isso!!-Boo diz me mostrando seu dinossauro de pelúcia, apelidado carinhosamente de Rodrigo.

Eu acabo soltando uma pequena risada e sorrio para os três.

-Obrigada, pessoal-eu falo os olhando.

-Pelo o que, Viih-Mateus questiona.

-Por serem meus amigos-eu respondo sorrindo.

Eles me dão um sorriso e continuamos conversando sobre tudo o que havia rolado no nosso passeio, passar um tempo com eles foi algo incrível... Foi como se eu estivesse com meus amigos de verdade.

Talvez com eles eu consiga resolver isso.

Dúvidas sobre os novos companheiros de nossa protagonista?

Teorias sobre os poderes da nossa personagens?

Esse foi o maior capítulo escrito até agora com exatos 3,677 palavras segundo o Word.

O iene é a moeda oficial do Japão. É a terceira moeda mais negociada no mercado de câmbio depois do dólar dos Estados Unidos e do euro.

1 Iene japonês é equivalente a 0,051 Reais brasileiros atualmente.

Até o próximo capítulo meus queridos.