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Capítulo XXXIV

Postando sem revisar muito pra pensar se o cap ficou bom, mas aproveitem kk

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Eijirou

Depois de terça-feira, Katsuki não tocou no assunto nenhuma vez, como se de fato fosse um segredo e nunca houvesse existido. Não acho que eram paranoias da minha cabeça, afinal, aquilo que eu ouvi era claramente sobre mim e eu não duvido disso, mesmo que eu queira.

No fim, o Suki realmente vai esconder isso de mim...

Eu quero confiar nele de verdade, mas o fato dele esconder algo de mim faz meu peito doer. Sero também não está dizendo nada, ou veio me pressionar a falar algo, tentar tocar no assunto, basicamente nada mesmo.
Aprecio isso, porque não me sinto preparado para dizer algo assim para outras pessoas, principalmente porque ele só soube do que houve comigo porque o Suki provavelmente contou.

Me diga que estou errado, por favor.

***

Nada de extraordinário aconteceu nos dias anteriores e chegamos à sexta-feira. É hoje que vamos apresentar a porcaria do trabalho e eu estou morrendo de ansiedade, - não do jeito bom - espero conseguir esquecer o que me perturba por um momento e focar no trabalho. Chego na sala e vejo Suki vindo na minha direção e imediatamente me lembro de toda a situação. Falo bom dia, mas desvio o olhar, não consigo me sentir confortável ao olhar em seus olhos com a consciência de que ele mente para mim.

Vou para minha carteira e ele me segue, pergunta se eu estou bem e eu minto dizendo que sim apenas para não ter que entrar no assunto indesejado. Talvez ele ainda pretenda me falar...

Ele diz que havíamos combinados de não mentir um para o outro. Que hipócrita. Eu realmente não quero mentir para ele, quero confiar e estou fazendo isso, mas o fato dele não me contar uma revelação tão importante me deixa desanimado, ainda mais quando ele exige que eu não minta para ele quando está fazendo isto.

Eu acabo não me segurando e digo que também pensei que ele diria a verdade e foi nesse momento que seus olhos arregalaram e a confirmação exata de que ele mentiu veio. É sério, Suki? Me deito na mesa, não querendo mais ver aquela expressão de total surpresa e o sinal toca, fazendo o loiro ir para o lugar dele.

Vez ou outra eu o observo e ele não parece concentrado nas aulas, não anotando nada e sequer olhando para o professor.

Droga, acho que falei algo desnecessário, agora ele está sendo prejudicado por minha causa. Porra, eu não fui nada másculo...

O intervalo chega e eu trato de sair correndo, não aguento mais me remoer de culpa e medo. Ouço a voz do Denki chamar meu nome, mas ignoro e continuo indo para qualquer lugar. Só quero ficar em um lugar onde ninguém vá, por mais perigoso que possa ser ficar sozinho, eu não estou afim de ser visto chorando.

Penso direito em algum lugar mais reservado e me lembro do terraço qual eu me recusei a ir quando Katsuki me chamou, então respiro fundo e vou correndo até lá, andando até o parapeito e observando as pessoas lá embaixo, jogando, conversando, se divertindo. Me sinto mal por ter dito aquilo ao Suki, ele sempre é tão carinhoso comigo, mas mesmo assim prossegue mentindo e isso me deixa mal.

Eu estou fazendo o máximo para acreditar nele, pois não acho que seria másculo simplesmente duvidar e dar as costas para o loiro... que é o que eu estou fazendo agora, merda.

Tento imaginar algum motivo para ele ter relevado algo assim e ainda esconder de mim, talvez ele na verdade esteja querendo se afastar e pediu ajuda ao Sero? Ou pode ter sido difícil guardar segredo da minha estupidez por muito tempo? Não tenho mais ideia.

Está uma bagunça na minha cabeça, tanto que não aguento mais segurar as lágrimas que insistiram demais para caírem. Não demora muito para que os soluços comecem. Tento limpar meu rosto com o antebraço, o que causa uma ardência e mais lágrimas caem. Qual a necessidade de mentir? Acho que nunca vou ter a resposta, pois estou ferrando com tudo...

- Eijirou? - Meu corpo inteiro estremece quando ouço a voz rouca atrás de mim chamando por meu nome.

Me viro na hora, vendo a expressão cheia de temor do loiro, ele começa a se aproximar e eu tento me afastar, porém não tenho saída.

- Não... - ele respira fundo antes de continuar - Foi mal.

- Suki, eu... - tento me desculpar de alguma forma por ter sido frio, mas ainda assim quero esclarecer minhas dúvidas - Por que você mentiu?

Ele me fita em silêncio.

- Eu não queria mentir, juro

- Então por que contou? - Meus olhos ardem novamente, quero tanto a resposta para isso, por mais ruim que ela seja.

- Olha, eu vou te contar, mas não agora. - Ele respondeu e senti um aperto no peito. - Se afasta daí, por favor - ele sussurra e eu noto que estou muito apoiado no parapeito, me assustando com a altura em que estamos do chão e me afastando dele, indo na direção do loiro lentamente.

Eu só não esperava que ele fosse me abraçar no momento em que eu me aproximasse.

- Eu juro que vou te contar, mas agora temos que apresentar a merda de trabalho - diz em meu ouvindo e logo depois sou capaz de sentir seus lábios macios passarem por meu pescoço, causando arrepios em todo meu corpo. Com o tempo eu me acostumei um pouquinho com o contato e não posso mentir que essa sensação é muito boa.

- Tudo bem. - Digo e ele levanta a cabeça, olhando nos meus olhos e aproximando seu rosto. - Por que tudo isso?

- Eu sou um merda por não ter contado, então isso é o mínimo que eu posso fazer, sabe? - Ele beija minha testa, me fazendo ficar envergonhado pela carícia - Porra, foi mal Kirishima... - me abraçou mais forte e acabo por sorrir.

Não eram só paranoias no fim, mas ao menos ele garantiu que me contará.

***

Chegamos na sala 5 minutos atrasados e o professor já estava nela, mexendo no celular enquanto esperava que o grupo se organizasse.

Ele não nos nota entrando, o que é muito bom, já que levaríamos alguma advertência ou castigo pelo atraso - sim, por um atraso de cinco minutos -, então rumamos aos nossos lugares apenas esperando pela nossa vez, torcendo para que ninguém nos dedurasse.

Estou ansioso com essa porcaria. Sempre fico, na verdade, porque geralmente eu nem sei minha fala direito e não gosto dos olhares em minha direção. Ao menos dessa vez o Suki fez questão de que eu aprendesse o conteúdo, além de me apoiar, o que me deixa um pouquinho mais aliviado.

O primeiro grupo, que na verdade não é um grupo, é do Mineta. Ele está sozinho. O professor nem se importou em deixa-lo só e ele apresentou de forma horrível e atrapalhada, arrancando risadas de uma parte da sala, inclusive minhas, apesar de que se fosse eu no lugar dele provavelmente estaria na mesma situação.

Depois vem o grupo do Denki e do Tetsutetsu, o loiro fala de uma forma muito ansiosa, atropelando as palavras e tenho quase certeza que ele está morrendo de nervosismo. Por outro lado, o platinado apresenta um pouco sem vontade. Isso é estranho, não costumo ver ele sem ânimo algum, muito pelo contrário...

Eu não tinha prestado atenção nisso até agora, será que ele está bem? Eu não costumo me aproximar das pessoas por medo, mas ele não parece má pessoa e ainda me ajudou. Seus problemas também não são da minha conta, mas admito que fico um pouco preocupado com essa estranheza e me pergunto se ele precisa conversar ou algo assim.

Eles terminam e chega nossa vez. Meu deus, eu não posso desistir agora, não seria másculo, não vou fraquejar. Me levanto e vou com os dois - Hanta e Katsuki - até lá arrumar tudo e então começamos com a apresentação.

Quando chega na minha vez de falar eu simplesmente travo e não consigo dizer nada. Fico desesperado, olhando para as pessoas que me encaravam pelo silêncio, outras com olhares julgadores por não irem com minha cara mesmo, algumas rindo da minha timidez.

A vontade de me enterrar debaixo da terra é grande.

Minhas mãos tremem, amassando o papel da minha fala enquanto eu tento me acalmar. Sinto uma mão no meu ombro e penso que seria repreendido, porém era o Suki quem estava ao meu lado, e ele me olhava compreensivo, como se estivesse tentando passar confiança através do olhar.

- Você consegue. - Ouço seu sussurro e respiro fundo, conseguindo me desfazer de uma parte da ansiedade e finalmente respirando fundo.

Continuei falando e tentei ignorar os olhares.

Quando finalmente acabou tudo, voltei para minha mesa, deitando e buscando me acalmar enquanto outro grupo azarado apresentava seu trabalho.

Hanta e o Suki ficaram do meu lado o tempo inteiro, me observando e me passando confiança... me sinto um pouco mais feliz por ter esse apoio, mesmo que ainda haja coisas mal resolvidas entre nós.

***

A restante das aulas passa e fico bem pensativo. Não estou tão perturbado quanto antes, porém, um pouco ansioso pelo que o Suki vai me dizer. Eu tento prestar atenção em alguma palavra do que o professor diz, mas me perco no mar de possibilidades que existem sobre essa revelação.

Quando o último sinal toca, indicando que podemos ir embora desse inferno, arrumo meus materiais rapidamente e vou até a mesa do loiro espera-lo. Quando ele também arruma tudo, rumamos até a porta da sala para enfim sair do inferno.

Ah, doce ilusão.

- Onde os senhores pensam que vão? - Ouvimos a voz do professor Aizawa e pelo tom que ele usa, não parece nada feliz.

- O que quer? - Ouço Katsuki rosnar irritado.

- Pensam que eu não vi os dois chegando atrasados?

Ah, ótimo, vamos ser castigados.

- Foram só cinco minutos. - Tento argumentar.

- Não importa, vocês dois já se atrasaram uma vez. - Nos repreendeu - O que faziam para se atrasarem de novo?

- Estávamos resolvendo umas coisas... - Digo vagamente, pois é bem complicado explicar o porquê de estarmos no terraço da escola conversando - pessoais. - Termino ao notar que ele esperava alguma explicação.

- Vão levar uma punição mesmo assim.

Suspiro, já desistindo e apenas aceitando que teríamos que ficar lavando a nossa sala em plena sexta-feira. Katsuki resmunga, mas sabe que insistir ou gritar não vai nos levar à lugar nenhum e logo o professor nos manda para a sala onde guardam os produtos de limpeza e afins.

No fim, ficamos na sala, lavando até deixa-la impecável. Não pude falar com o Tetsu como eu pretendia, então espero conseguir na segunda.

Nesse tempo em que estamos limpando, Bakugou de repente parou e ficou me encarando em silêncio e eu fiquei confuso.

- Bakugou? - Chamo ele e então este se aproxima deixando o rodo que usava para lavar o chão apoiado em uma mesa. - O que você... - antes que eu pudesse perguntar, ele me abraça enquanto ainda estou com o pano em mãos, pois estava terminando de lavar as janelas.

- Posso te contar agora?

Lembro do que havia acontecido, acenando positivo e pergunto antes de tudo:

- Por que contou para ele?

- Eu não contei, bom, não exatamente. - Sua resposta é vaga e me deixa confuso, então espero até que ele se explique. - Ele meio que descobriu sozinho e eu ajudei sem querer.

- Como? - Isso só fica cada vez mais estranho.

- Ele me perguntou se você foi... - ele não diz a palavra, percebo sua hesitação e entendo do que se trata, apreciando seu cuidado. - E eu fiquei em silêncio, sem conseguir responder.

- Então você não contou de verdade... - digo mais para mim mesmo, sentindo uma pequena porção de alívio percorrer em meu corpo. Agora tudo faz sentindo e minhas paranoias sobre Bakugou sentir-se ruim ao meu lado estavam erradas, afinal.

Lágrimas de alívio começaram a cair e vi que Katsuki entrou em desespero, parecendo atordoado com meu choro repentino. Passo o antebraço sob minha face, secando as lágrimas e me aproximo dele novamente, o abraçando intensamente como nunca abracei alguém.

- Eiji- Kirishima, tá tudo bem? - Ele me pergunta, se corrigindo ao falar meu nome.

- Tô bem sim. Você tá falando a verdade, não é? - Olho em seus orbes e ele responde de imediato e sem nenhuma hesitação. Há sinceridade em suas palavras. - E... pode me chamar pelo meu nome.

Ele arregala os olhos e sua boca se move para falar algo, então diz, de um jeito bem tímido:

- Ei...jirou - sua face fica vermelha e eu rio da situação - Não ria, idiota.

- Mas é raro te ver sendo tão fofo!

- Tsc. - Ele estala a língua, virando a cara, mas sei que na realidade está bem feliz com o elogio. - Eu pretendia te contar tudo depois do trabalho. - Ele arranja uma forma de mudar de assunto. - Eu ia te contar, juro.

- Eu acredito.

Um pequeno silêncio se instaura entre nós, mas logo ele trata de quebrá-lo.

- Obrigado por confiar em mim, mesmo que eu tenha sido estúpido em revelar algo tão sério.

- Não tem problema... acho que o Sero não vai fazer nada. - Declaro - Eles realmente parecem boas pessoas - refiro-me ao trio; Hanta, Denki e Tetsutetsu.

- É... - Ele concorda.

- Talvez eu conte logo.

O loiro não diz nada, me abraça, compreendendo minha insegurança em abrir e o jogo e falar o que aconteceu naquele dia de uma vez àqueles caras que parecem se importar comigo.

Logo voltamos ao trabalho para acabar o mais rápido possível. Agora a ansiedade não me corrói mais e eu me sinto um pouco relaxado quanto a tudo.

E se essa revelação não tiver sido tão ruim no fim das contas?

[...]

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