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Capítulo XLI

Eijirou

Semanas depois

Algumas semanas se passaram depois que eu tive a notícia de que o pai do Tetsutetsu finalmente teve consciência e aceitou novamente seu filho em casa. Fico realmente muito feliz de que algo assim tenha acontecido, já que na maioria das vezes a pessoa mantém o mesmo pensamento, então é um alívio que dessa vez tenha dado certo.

Eu queria poder dizer o mesmo sobre a família do Suki, mas bem... mesmo com minha mãe indo lá e tendo conversado com a senhora Bakugou, a mulher simplesmente disse à minha mãe que ela não soube me educar direito e que eu estava levando seu filho para o "mal caminho". Fiquei triste com estes comentários, mas me mantenho positivo, sabendo que não é verdade, até porque, depois do que ela disse, Katsuki mais do que nunca veio me conscientizar de que não havia nada de errado conosco e que "aquela velha só fala merda".

Enfim, depois de tanta coisa tendo acontecido e os meses que passei com esse pessoal insistente, tenho quase certeza que eles são boas pessoas e que querem de fato ser meus amigos. Ou melhor, que são meus amigos, já que com o passar destes últimos meses eu acabei cedendo às suas amizades, agora eu acho que... posso contar o que aconteceu. Me sinto pronto.

Certo, mais ou menos pronto.

Eu disse ao Suki sobre essa decisão e ele achou bom, dizendo que eu realmente não precisava contar se não quisesse, mas que me apoiaria em qualquer decisão que eu tomasse, então eu só afirmei que iria sim explicar o que aconteceu a todos e aqui estou eu.

Chamei todos para minha casa - porque é o lugar onde me sinto confortável e seguro - e fomos até meu quarto. Minha mãe ficou preocupada, sempre passando na porta e olhando com certo receio para todo aquele grupo, mas sabendo que não fariam nada comigo.

Estou sentado na cama perto da parede, encostado na mesma. Suki está do meu lado, segurando minha mão de uma forma tão gentil que me sinto acalentado pelo calor transmitido. Denki está sentado na cama, um pouco distante, como o cara folgado que é e seu irmão e namorado estão jogando videogame em uma competição acirrada. Quando vejo que a partida acabou, decido finalmente chamar atenção do trio.

- Ei, gente. Eu tenho uma coisa pra contar... - digo, minha confiança não é muita, mas quero ao menos dizer para aquelas pessoas que se preocupam comigo o que aconteceu. Eu confio neles, quero confiar.

- Pode falar, bro - o platinado fala enquanto coloca o controle na mesa, virando para trás e me fitando.

- Fala aí cara. - Denki também diz.

Hanta acena positivamente em silêncio e eu engulo em seco. Em seguida, respiro fundo e digo:

- É sobre o que aconteceu naquele dia. - suspiro, lembrando de um detalhe que havia esquecido até agora - Tetsu, você ainda não sabe quem é o Dabi, né? - pergunto, pois há chances dele saber pelo fato de namorar o Denki...

- Sim, o Denki me disse. - exatamente como pensei.

- Tudo bem então... - respiro fundo uma última vez - Eu vou contar o que aconteceu.

E então eu comecei a falar, com certa dificuldade, sobre o que houve. Sobre o que Dabi fez comigo junto aos outros dois, esclarecendo o porquê de ele estar preso agora. Foi difícil dizer isso pela segunda vez, ainda mais quando eu desconfiava dessas pessoas, mas foi como se eu tivesse tirado um peso enorme das costas. Me sinto um pouco aliviado, apesar das lágrimas terem brotado em meus olhos quando eu cheguei naquela maldita parte onde digo o que aconteceu de vez e as cenas daquele momento voltam a me assombrar.

Um silêncio angustiante se instaura depois que termino de contar e eu aperto a mão do Suki com força, temendo ter feito alguma merda ou que eles fossem me zoar por ter sido estúpido e acreditado em Dabi. Ele aperta minha mão de volta e sinto sua outra mão afagando meus fios ruivos como forma de me acalmar.

Olho para Hanta, que é o único de todos que sabia superficialmente sobre a situação e vejo-o abalado. Ele já sabia que eu tinha sido... mas aparentemente, isso vindo direto da minha boca fez ele ficar mais abalado.
Desvio meu olhar para Tetsu, que me fita com pesar, aparentemente sem saber o que dizer. Algumas lágrimas saem de seus olhos e faz eu me perguntar se realmente deveria ter dito isso.

Por último, vejo Denki, que permanece em cima da cama, agora estando de pernas cruzadas e face molhada pelas lágrimas. É doloroso vê-lo chorar, mesmo que ele esteja chorando por mim...

- Cara. - me surpreendo ao ouvi-lo me chamar. Sua voz está embargada pelo choro, mas parece determinado a me dizer algo. - Posso te abraçar?

Arqueio as sobrancelhas com tal indagação e fito seus olhos, que brilham por conta das lágrimas, mas aceno positivamente e deixo que ele se aproxime, vendo-o rodeando-me com seus braços e me abraçando. É um abraço apertado, mas nada que incomode. Me sinto aquecido por tal gesto e retribuo o abraço, deixando que algumas lágrimas escapassem por meus olhos. Faz muito tempo que não sou abraçado por ninguém a não ser o Suki ou minha mãe, então ainda me sinto inseguro com essa aproximação toda, ainda mais vinda de alguém que esteve presente no passado qual eu quero esquecer, mas é reconfortante confirmar que eles de fato de preocupam comigo a esse ponto.

Passa um tempo e nos desvencilhamos do abraço. Sorrio para Denki, mostrando que estou bem e ele sorri de volta, retornando ao seu lugar.

- Sinto muito que uma merda dessa tenha acontecido com você... - Tetsutetsu se pronuncia e sou capaz de vê-lo fechando o punho, o ódio era evidente em sua face - Quero matar esse desgraçado...

- E não se esqueça do Monoma e Shigaraki - Hanta complementa, cerrando os dentes com ódio.

- Eu podia ter impedido isso... - o loiro com uma mecha preta no cabelo sussurra. - Eu te mandei mensagens justo quando você foi lá...

- Não tem problema, cara - digo com convicção. Ele certamente não era obrigado a saber o que aconteceria. - Ao menos eles foram presos... - tento ser positivo, apesar de realmente desejar mais sofrimento para o Dabi e os outros. - Vamos nos animar, beleza? Eu contei para vocês porque confio nos amigos que tenho agora, mas não quero ficar pensando demais sobre, então vamos mudar de assunto. - peço ao grupo, que ainda me encara com pesar, mas agradecem por eu ter contado e aceitam meu pedido, então continuamos a conversar e jogar como antes.

A tarde passa bem rápido, foi cheia de momentos divertidos e descontraídos, o que fez eu me sentir mais feliz do que nunca. Logo todos tiveram que ir embora para suas respectivas casas e só ficamos eu e o Suki. Fico nervoso quando ficamos sozinhos, ao mesmo tempo que me sinto seguro ao seu lado. Ele me apoiou durante esses últimos meses, me aceitou e continua me amando, além de me incentivar pra caramba. Eu sinceramente amo ele demais e gosto quando ele diz sentir o mesmo por mim.

Há algo que descobri recentemente e tenho que contar. Eu não contei para os outros meninos, pois não queria prolongar o assunto, mas com Katsuki as coisas são diferentes. Eu me sinto bem mais confortável em falar coisas para ele.

Estamos deitados lado a lado na cama, apenas aproveitando a presença um do outro e relaxando com a calmaria do local. Calmaria essa que quero manter, porém, necessito revelar isso de uma vez .

- Suki. - chamo por seu apelido. Eu amo chamá-lo assim. Ele vira sua face em minha direção e deita de lado na cama, indicando que eu poderia dizer o que queria - Você sabe o que dizem né...

- O quê? - ele questiona, confuso com o modo qual eu dou início ao assunto e rio com sua confusão.

- Que estupradores não têm chance na cadeia...

Ele arqueia as sobrancelhas e eu me viro, me deitando de lado também e fitando seus lindos orbes escarletes que me fitam com intensidade.

- Minha mãe me revelou recentemente que... - tento falar, mas as palavras se recusam a sair. Eu ainda não acredito nisso, não acredito mesmo que tenha ocorrido e eu realmente não sei como me sentir sobre. Eu deveria ficar feliz porque alguém morreu? Porque eu me sinto, mas não acho que é certo, mesmo que essa pessoa tenha me feito muito mal, eu... - ele... - deixo que ele interprete o restante da frase. Bakugou abre a boca e seu semblante se torna mais confuso ainda.

- Puta merda. - pragueja - Quando?

- Foram algumas semanas depois de tudo que aconteceu. - suspiro, lembrando de quando minha mãe me chamou para ter uma conversa séria. Ela explicou que soube há muito tempo, contudo, não quis me contar, pois não sabia qual seria minha reação, imaginando que eu fosse me sentir culpado de alguma forma... achei errado isso ter sido escondido de mim, mas ao menos ela finalmente me contou.

É complicado dizer como me sinto. Por um lado, a pessoa que causou todo esse mal a mim "teve o que mereceu", mas por outro, foi a morte de uma pessoa... e isso faz com que eu não saiba o que pensar.

Explico sobre minha mãe ter me dito isso ao Suki e o silêncio volta por um momento. Ele não diz nada, provavelmente por estar absorvendo tudo, mas sinto suas digitais tocando as minhas, entrelaçando nossas mãos de forma suave. Seu olhar é intenso em minha direção e isso me deixa mais relaxado, fazendo com que eu soltasse o ar que prendi enquanto contava toda a situação ao loiro.

- Eu vou começar a ir em um psicólogo. - comento por fim, vendo-o mais uma arquear as sobrancelhas, mas desta vez um sorriso forma-se em seus lábios e me contagia.

- Porra, isso é ótimo. - é tudo que ele diz. Me felicitando a sua maneira e deixando que o silêncio reconfortante voltasse a dominar o local.

Ah, como eu o amo...

***

2 anos depois

- Ganhei! - grito vitorioso com um grande sorriso no rosto, sentindo a ardência em meu braço pelo esforço qual me submeti.

- Ahhh de novo, bro! - o platinado, qual eu acabei de derrotar na queda de braço, resmunga, mas logo sorri pela minha vitória - Tenho que treinar mais.

- E pensar que o Tetsu sempre ganhava no começo... - Denki comenta, sentado na cadeira ao lado enquanto come seu lanche.

Estamos na sala de aula e é intervalo. Optamos por ficar na sala, já que daria mais trabalho ficar andando pela escola e pareceu bem mais interessante ficar competindo com o Tetsutetsu.

- O cabelo de merda é foda, é claro que superaria esse desgraçado. - diz meu amado namorado, que está na mesa ao lado de Denki, sempre me encarando com um olhar intensivo enquanto estou em minhas competições amigáveis. Admito que ele me distrai as vezes com todas essas encaradas nada sutis. Denki olha para ele com certa reprovação, apesar de todos já estarmos acostumados com o tratamento do Suki, o loiro ainda fica irritado quando é sobre seu namorado.

Sinceramente, esses dois anos de passaram em um piscar de olhos e em cada dia deles meu relacionamento, tanto com Suki, quanto com meus amigos foi crescendo e se tornando cada vez mais forte. Claro, houveram algumas brigas e desentendimentos, mas as coisas sempre deram certo no final.

Depois que comecei a frequentar um psicólogo - que era um cara bem legal, por sinal - eu fui melhorando em relação ao que aconteceu no passado. Não superei totalmente, mas claro, não é algo que me afete tanto assim quanto afetava anteriormente. Ainda não fiz sexo por conta do que ocorreu, mas o loiro nunca me apressou nem nada do tipo, sempre buscando compreender como me sinto sobre esse assunto e aceitando caso não fizéssemos nunca. Isso me deixa meio mal, mas não pretendo me forçar a nada, e inclusive, eu quero mudar isso...

Enfim, estamos quase no final do ano e meu aniversário foi há alguns dias atrás, o que significa que já tenho 18. É assustador pensar que sou basicamente um adulto, mas a ficha ainda não caiu. Bakugou é um ano mais velho que eu, apesar de não parecer, já que com o tempo, acabei por ficar mais alto que ele.

Ouço o sinal tocando, indicando que era horário de aula, arrancando resmungos e suspiros chateados dos alunos presentes na sala, que começaram a se mover para irem aos seus lugares. Meus amigos e eu fizemos o mesmo.

***

Agora a aula acabou e estamos indo em direção à saída do colégio. Passamos por perto daquele grupo onde o Mineta estava incluso e eles nos encaravam com certa irritação, apesar de dois anos terem passado depois do que houve entre nós e eles começarem a ter me temido de uns tempos para cá. Algumas coisas nunca mudam.

Quando chegamos ao portão, é o momento onde nos separamos; Tetsu e Denki vão para casa juntos como o casal maravilhoso que são e Hanta, por mais inacreditável que vá ser dizer isso, informou que teria um encontro com uma garota de cabelos róseos - essa foi a única informação que lembrei - que conheceu por aí, em poucos minutos. Já eu e Katsuki, não perdemos o costume de irmos para casa juntos em todos esses anos, às vezes ele até entra na minha casa para conversar, jogar e até mesmo ficar só nos amassos... e bom, tenho a pretensão de fazer com que hoje seja mais especial. Me sinto pronto e confio muito no Suki, então quero avançar um pouco mais. Ele quer isso, eu quero isso, quero superar de uma vez o que aconteceu, pois sei que Bakugou jamais seria cruel comigo.

Se tudo der certo, será hoje que teremos nossa primeira vez.

***

Entramos na casa e digo ao Suki para me esperar no quarto, pois tenho coisas para pegar e ele acena, um pouco desconfiado, e faz como peço.

Vou para a cozinha e vejo minha mãe preparando alguma coisa para comer. Me aproximo e a encaro meio sem jeito, mas acho que tenho que ao menos avisá-la...

- Mãe.

- Sim, Eiji? - ela me fita, provavelmente curiosa com minha face ruborizada.

- É que eu... vou trancar a porta do quarto, ok? - digo e espero de verdade que ela entenda o que quis dizer com isso.

- Por que, meu filho?

- Eu e o Suki... eu quero... - tento explicar, me atrapalhando nas palavras e no fim, não conseguindo dizer nada que fizesse sentido. Ela me fita boquiaberta e eu só me sinto envergonhado por ter que avisar algo assim. Não quero que ela se desespere, então não tenho escolha...

- Não se esqueçam da camisinha. - um sorriso forma-se em seus lábios, o que instaura uma confusão em meu peito. Pensei que ela reagiria mal, ou diria que falei algo desnecessário, mas ela só me alertou sobre algo importante - E só faça se você se sentir realmente confortável, tudo bem, querido? - me olha ternamente e eu me sinto agradecido pela mãe maravilhosa que tenho.

Aceno em concordância, sorrindo e mostrando os dentes pontiagudos que passei a adorar em resposta, indo para o quarto determinado a tornar isso real.

××× ××× ×××

Katsuki

Uma caralhada de tempo se passou depois que Eijirou me revelou sobre a morte do maldito Dabi - apesar dos outros dois terem paradeiro desconhecido - e que começaria a frequentar um psicólogo. Me deixou aliviado de verdade o fato dele finalmente buscar ajuda profissional para poder entender como lidar com seus problemas. Também continuei indo naquele psicólogo que fez minha mãe ficar enfurecida. Ele é realmente foda e, odeio admitir, mas eu costumo prestar atenção no que o desgraçado fala e fui capaz de controlar mais minha raiva, apesar de jamais abandonar os palavrões.

E bom, foi coisa pra caralho que aconteceu nesses anos, tendo brigas, um monte de drama de merda, mas com tudo dando certo no final. Recentemente Eijirou esteve dando mais investidas durante os beijos e isso me deixa meio desnorteado, já que tenho receio de amedronta-lo alguma hora, mesmo que ele seja, agora, uns centímetros maior que eu e forte pra caralho, porque o maldito começou a ir na academia com o tal do Tetsutetsu. Ele realmente se esforça muito.

Quero avançar em algo com ele, mas só farei isso caso ele realmente quiser e estiver pronto. Sexo não é tudo, porra, ficarei bem sem essa merda caso o cara que eu amo não quiser fazer isso.

Uma outra coisa bem "impactante" que ocorreu foi o divórcio dos velhos. Um dia, eu cheguei de uma consulta do psicólogo e eles estavam brigando. Meu velho parecia realmente irritado com a forma que minha mãe se referia a mim e como eu andava estragando sua reputação, tanto que dias depois eles estavam assinando toda a papelada do divórcio e por algum milagre divino, o velho conseguiu ficar com minha guarda, além da casa, pois tem uma porrada de coisas lá sobre a divisão de bens e foda-se, o que importa é que deu certo.

Fiquei divagando por tanto tempo no quarto do ruivo que quase não notei quando este entrou no recinto depois de fechar a porta do quarto, se aproximando de mim e me puxando de sua cama, qual eu estava sentado e começando a me beijar de uma forma mais atrevida, entrelaçando nossas línguas com certa intensidade e logo começou a me aproximar da parede, me prensando contra ela até ouvir meus resmungos insatisfeitos pela confusão que se instaurou em meu peito.

- Que porra é essa? - indago com seriedade, fitando seus orbes rubis lindos pra caralho, a fim de ter ao menos uma resposta para aquilo.

Vejo sua expressão se contrair em medo, e ele começa a vagarosamente me soltar enquanto um rubor enorme atingia sua face, fazendo-o parecer tímido de repente.

- Eu queria... finalmente... fazer, sabe?

[...]

************
Então, meio que o próximo capítulo provavelmente será o último...

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