ੈ♡‧₊˚ ❛ CHAPTER ONE, Percy Jackson, son of Netuno ⌇🥀!;#
001 — Eu espero que vocês gostem muuuito da Avery.
002 — A meta de comentários para postarmos o próximo capítulo é vinte comentários.
Avery Grace
Percy Jackson, o filho de Netuno
HAVIAM POUCAS PESSOAS NO MUNDO que conseguiam acabar com a minha paciência daquela forma, mas nada se comparava a Octavian, o legado de Apollo que me fazia sentir vontade de cometer um homicídio.
— Não está tudo bem, Octavian — retruquei, sentindo a fúria e o ódio começarem a correr pelo meu corpo, eu já estava enxergando vermelho — Meu irmão está desaparecido e você está querendo se promover a Pretor!
Pela expressão de Octavian, era óbvio que ele não tinha intenção de que eu soubesse da sua nada secreta campanha para ser Pretor do acampamento. Já havia ouvido boatos sobre aquilo, mas não acreditei que ele podia ser tão estúpido para fazer aquilo, mas naquela manhã, eu o ouvi tentando convencer Dakota a votar nele, com um discurso merda.
Octavian engoliu em seco e tentou forçar um sorriso.
— Avery, você entendeu totalmente errado — ele começou, mas eu percebi que as suas mãos estavam começando a tremer — Eu nunca iria tentar me promover a Pretor dessa forma, mas até mesmo você tem que perceber que depois de oito meses sem sinal algum de Jason, talvez o pior tenha acontecido e...
Dakota fez uma careta e tentou se aproximar.
— Avy...
Um relâmpago cortou o céu que até então estava azul, sem nuvem alguma. Agora uma tempestade estava se formando e qualquer um podia ver que aquilo era minha culpa, mas eu não conseguia controlar.
Eu não precisei pegar nenhuma arma, eu era a arma. Ser filha do rei dos céus significava muitas coisas, era um fardo na maioria das vezes, mas também significava que eu tinha mais poder do que a maioria dos semideuses, conseguia ser capaz de criar tempestade, invocar relâmpagos e raios, eletrocutar pessoas e também usar os ventos como bem entendia.
— Você não vai assumir o lugar do Jason, entendeu? — sussurrei lentamente, então agarrei o pulso de Octavian antes que ele pudesse colocar uma distância segura entre nós — Se eu fosse você, colocaria seus esforços em encontrar o meu irmão ao invés de tentar assumir brigas que sabe que não pode vencer.
Deixei a eletricidade passar pelo meu corpo até chegar no pulso dele, um choque pequeno, que não iria o matar ou machucar gravemente, mas que seria o suficiente para ele entender a mensagem. Octavian mordeu o lábio inferior com força, era óbvio que aquilo havia doido, mas ele não iria demonstrar, pois queria parecer forte para as pessoas ao nosso redor.
Reyna se aproximou e eu rapidamente o soltei, Octavian deu um pulo para trás, me olhando com uma mistura de ódio e medo.
— Tudo bem por aqui...?
Usei todo o meu autocontrole para fazer a tempestade passar, então coloquei um sorriso inocente no meu rosto e me virei para a pretora. Reyna me encarava com uma sobrancelha arqueada, ela já havia entendido o que havia acontecido, mas como era a minha melhor amiga, não iria escolher o lado de Octavian naquela briga.
— Claro, Pretora — falei, ignorando as pessoas que haviam se juntado ao nosso redor para ver o que estava acontecendo — Eu estava apenas explicando uma coisa para Octavian.
Lancei um rápido olhar para Octavian, que estava prestes a abrir a boca para falar mais besteiras, porém Reyna impediu antes que acontecesse.
— Ótimo, agora se puder me seguir, nós duas temos uma reunião marcada, lembra?
Quase fiz uma careta ao lembrar do motivo da reunião, há duas semanas atrás, o filho de Plutão, Nico di Ângelo - um sujeito estranho que aparecia e desaparecia do acampamento quando queria, muito magro e com uma aparência de quem vivia mais no mundo inferior do que no mundo dos vivos - havia trazido informações importantes para nós.
— Claro.
Eu passei a mão pela minha camiseta roxa tirando o pó que havia e segui Reyna para a principia, nós duas entramos e ela fechou as portas, uma dica silenciosa para as pessoas do lado de fora dizendo que não deveriam nos interromper. Seus cães, Argentum e Aurum, descansavam ao lado da cadeira que Reyna normalmente ocupava.
— Você não deve se deixar cair nas provocações de Octavian — ela começou o que eu sabia que seria um discurso longo — Ver você perdendo o controle é exatamente o que ele quer, em duas horas todo o acampamento vai saber sobre isso e vão estar comentando. Eu podia jurar que nós duas havíamos concordado de que não precisávamos de mais problemas batendo na nossa porta, precisamos que o acampamento esteja unido.
Me aproximei da grandiosa mesa de bronze que havia no meio do salão e apertei um botão secreto que havia ali, a mesa girou e logo um mapa de guerra estava na nossa frente.
— Eu sei de tudo isso que está me falando.
Reyna suspirou, exasperada.
— Não parece! — ela reclamou, se aproximando até estar parada ao meu lado — Eu sei que toda essa situação é terrível e juro que quero achar Jason tanto quanto você, mas temos outros problemas aqui que precisam do nosso foco. Nosso acampamento vai ser atacado por um exército em poucos dias e não estamos preparados para isso.
Olhei para o mapa de guerra, meu cérebro catalogando todas as fraquezas que o nosso acampamento tinha no momento.
— Também pensávamos que não iríamos sobreviver aos Titãs no último verão.
— São casos totalmente diferentes e você sabe disso — Reyna retrucou, nervosa — os monstros não estão morrendo como deveriam, não temos forças para ficar lutando infinitamente.
Nossos olhares se encontraram e eu pude perceber as olheiras embaixo dos olhos dela, que haviam sido cuidadosamente escondidas com maquiagem. Desde que Nico nos falou sobre o exército, nós duas trabalhamos dia e noite para fortificar o acampamento, melhorar treinamentos, catalogar armas e tudo que estava ao nosso alcance.
— Estamos nisso juntas, vamos conseguir.
Reyna bufou.
— No momento, nós precisamos de um milagre.
Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, as portas da principia foram abertas pelos guardas.
— Pretora! Pretora! Você precisa ver isso.
Nós duas trocamos um olhar e corremos para onde os guardas estavam indo. No caminho, percebi uma movimentação estranha no acampamento, com muita gente correndo no mesmo sentido que nós. Tirei meu brinco e no segundo seguinte, meu chicote surgiu, se enrolando ao redor do meu braço como uma cobra.
Chegamos à margem do rio Tibre apenas para encontrar Frank Zhang e Hazel Levasque junto com um garoto que eu nunca havia visto na vida, que por acaso, estava carregando uma velha.
— Que infernos?
O garoto fez dois punhos de água surgirem que copiavam os movimentos dele, as mãos gigantes agarraram as górgonas, que derrubaram Frank, surpresas. Então as mãos levantaram os monstros que gritavam com seus punhos líquidos.
Olhei ao redor percebendo que as crianças e os jovens do acampamento davam passos para trás, assustados com o que estava acontecendo. Arregalei os olhos ao perceber que o garoto, até então desconhecido, era um filho de Netuno, o que só poderia significar um grande e mau sinal.
Os monstros viraram pó e afundaram, o garoto finalmente chegou na margem, ofegante, então largou a velha que estava segurando. No segundo seguinte, a velha foi envolta em luz dourada, quando olhei novamente, a deusa Juno estava ali, nos encarando com diversão.
Todos nós nos ajoelhamos em respeito a rainha do Olimpo.
— Bem, foi um passeio adorável. — ela disse, sua voz soando animada — Obrigada, Percy Jackson, por me trazer ao Acampamento Júpiter.
Reyna engasgou ao meu lado e eu a encarei, o nome parecia ter algum significado para ela.
— Percy... Jackson?
Juno riu com prazer.
— Ah, sim! Vocês vão se divertir muito juntos!
Olhei para o garoto, que não havia se ajoelhado. Ele encarava a deusa em desafio, como se não tivesse medo dela.
— Juno, hein? — ele disse. — Se passei no seu teste, posso ter minha memória e minha vida de volta?
A deusa sorriu.
— Na hora certa, Percy Jackson, se obter sucesso neste acampamento. Você foi bem hoje, o que é um bom começo. Talvez ainda haja esperança para você.
Me levantei e caminhei até Juno, que me encarou, uma expressão carinhosa.
— Minha senhora... Eu rezei todas as noites, Jason desapareceu e...
Juno suspirou e colocou a mão na minha bochecha.
— Querida, eu ouvi suas preces, mas não podia responder — ela disse, seu tom ainda carinhoso — Se quer encontrar o caminho para o seu irmão, Percy Jackson é a resposta, então o ajude, sim?
Olhei para o garoto que tinha uma expressão cansada no rosto. Ele era alto, forte, cabelos escuros bagunçados, olhos verdes e usava uma camiseta laranja em pedaços.
— Romanos, apresento-lhes o filho de Netuno. Por meses ele esteve adormecido, mas agora está despertado. O destino dele está em suas mãos. A Roda da Fortuna se aproxima rapidamente, e a Morte deve ser libertada se quiserem ter qualquer esperança em batalha. Não falhem comigo!
Juno tremeluziu e desapareceu, respirei fundo, sem acreditar que aquilo estava realmente acontecendo.
— Então — Reyna começou de uma forma tão fria que me deixou surpresa — um filho de Netuno, que veio até nós com a benção de Juno.
— Olha, — Percy disse — minha memória está um pouco maluca. Hã, desapareceu na verdade. Eu te conheço?
Reyna hesitou por um momento, o que foi estranho.
— Sou Reyna, pretora da Vigésima Legião. E não, eu não te conheço.
Eu a conhecia o suficiente para saber que aquilo era uma enorme mentira, mas fiquei em silêncio. Reyna me lançou um breve olhar, então encarou Hazel, que estava na margem do rio, ao lado de Percy.
— Hazel, — disse Reyna — traga-o para dentro. Quero questioná-lo na principia. Então o mandaremos para Octavian. Devemos consultar os agouros antes de decidir o que fazer com ele.
— O que quer dizer — Percy perguntou — com 'decidir o que fazer comigo'?
As mãos de Reyna tocaram a adaga. Ela odiava profundamente ter suas ordens questionadas e todo o acampamento sabia disso, o que fez as pessoas ao nosso redor prenderem a respiração.
— Antes de aceitar qualquer um no acampamento, devemos interrogá-lo e ler os agouros. Juno disse que seu destino está em nossas mãos. Temos que saber se Juno nos trouxe um novo recruta... — Reyna estudou Percy como se achasse um problema. — Ou — ela disse mais esperançosamente — se nos trouxe um inimigo para matar.
Estendi a mão para Percy, que me encarou surpreso.
— Sou Avery Grace, filha de Júpiter — falei, tentando soar simpática — aparentemente você é a chave para encontrar meu irmão.
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