Maya on, quinta-feira 19:48

Ao chegar no aeroporto, procuro a área de desembarque, para encontrar poder encontrar Jade. Não seria difícil de destacar ela do meio da multidão, já que seus cabelos coloridos, logo chamariam minha atenção.

Ela deve ter vindo para cá porque as coisas entre os pais dela não estão boas. Depois de perceber como seus pais cobravam ela e exigiam que ela fosse diferente, Jade se transformou e se tornou uma mulher independente. Sai quando quer, para onde quer, faz o que quer e com quem quiser... Tem seus próprios pontos de vista e opiniões. Ao mesmo tempo que vive intensamente, também utiliza seu tempo para se tornar alguém na vida. O único problema é o seu humor.

Logo de início, não a vejo, mas avisto um taxista que está discutindo com alguém e chamando atenção de todos. Apenas por curiosidade, me aproximo e não gosto do que vejo. Quem estava discutindo era Jade, mas estava falando em coreano. Ela não disse que não sabia falar muito bem?

-Vai a merda seu idiota! Filho da...- Eu a interrompo antes que piore a situação.

-Jade?!- Questiono assustada com suas palavras.

-Maya? Maya!- Ela se anima ao me ver e vem me abraçar. O motorista do táxi continua reclamando, mas Jade apenas ignora.

-Jade, o que você estava fazendo?- Indaguei e a mesma se afastou, rindo um pouco.

-Bem, fui tentar pedir um táxi, mas devo ter pronunciado algo errado e o cara achou que eu estava xingando ele. Daí ele começou a me xingar, e eu xinguei ele também.- Ela se explicava com a maior naturalidade.

-Como você sabia que ele estava te xingando?- Continuei e a mesma passou a mão em seus cabelos, jogando eles para trás.

-Eu sabia que se eu viesse para cá, teria que saber alguma coisa, mesmo que pouca. E então decidi conhecer o palavrões, daí ninguém poderia me xingar sem eu saber.- Sério Jade? Você é maluca.

-Você é doida!- Eu disse e nos abraçamos de novo. Jade riu e me respondeu.

-Uma doida que é sua melhor amiga!- Rimos ainda mais. Eu precisava de alguém que me conhecesse de verdade, principalmente depois do que houve hoje.

Após entrarmos no carro e eu dar o endereço, Jade começou a me falar das novidades, fofocas, etc. Ao longo do caminho eu fui escutando ela, mas de vez em quando minha mente tornava a trazer de volta as palavras de Seowoo. Apesar de tudo, eu até que tive bons momentos. Foram raros e curtos, mas existiram e nunca serão esquecidos. Não da minha parte. Quando percebeu meu olhar distante, Jade então ficou curiosa.

-Maya, tá tudo bem?- Palavras que me confortaram bastante, mas me derrubaram também. Não sabia se contava a verdade para Jade ou não. Mas esconder o que eu estava sentindo, seria pior.

-Eu e o Seowoo terminamos...- Disse e ela parecia surpresa e um pouco contente em ouvir isso, mas não deixou transparecer muito.

-Ai, May, calma. Vai ficar tudo bem...- Ela me abraçou e eu retribui. Não tinha muita vontade chorar, porém me sentia péssima e aquele abraço serviu de muito consolo. Por isso a Jade era muito especial. Ela me entendia. Conseguia compreender meus pensamentos.

-Sabe, eu sei que foi o melhor para mim mesmo assim, ainda dói. Não sei porque, mas dói.- Disse e ela ainda me abraçava.

Até que me soltou e suspirou fundo olhando em meus olhos. Então levou sua mão ao meu ombro e um sorriso fechado se formou em seu rosto.

-Que bom que percebeu que foi o melhor. Pois o que importa, é como você se sente. Se houver mais alguma coisa, é só me falar tá?

-Só foi isso. Me sinto um tanto triste, mas nada tão ruim...

-Relaxa, May. Não vai demorar muito para você superar, eu vou te mostrar os prazeres da vida solteira.- Me encoraja e faz uma dança com seus braços.

-Não sei se eu quero...- Eu riu e ela também.

-Qual é? Você vai jogar na cara daquele...- Ela estava prestes a dizer um palavrão e então a interrompo.

-Jade!- Eu a repreendo e a mesma coloca uma de suas mãos na boca.

-Desculpa amiga, sei que não gosta...- Nós rimos e o motorista não entende absolutamente nada, já que conversávamos em português.

Depois disso, a volta para casa foi bem mais suave. Chegamos em casa e minha mãe de maneira acolhedora recebeu Jade. A mãe dela e a minha se conheciam a muito tempo, então minha mãe sabia da situação entre os pais de Jade. Por isso, não achou ruim a inesperada chegada dela. Ela me perguntou sobre o meu dia de trabalho e Jade também se mostrou curiosa. Eu tentei não dizer muita coisa e apenas falei "Foi ótimo". Porém, foi mais do que isso. Tantas coisas nas quais eu nunca imaginaria aconteceram e eu penso se foi real.

Subo para tomar um banho e relaxar. Pego minhas coisas e entro no banheiro, fechando a porta e me despindo. A água molhava meu corpo e me fazia refletir sobre o meu dia. Agora, sou assistente pessoal de um Boygroup, vou acompanhá-los em seus eventos e auxiliar eles em suas rotinas, etc. Tantas pessoas que desejam estar no meu lugar, mas devo levar a sério. Pois se trata de trabalho.

Ao sair, me visto e encontro Jade em meu quarto me esperando. Ela mexia em seu celular e ria.

-O que está fazendo?- Pergunto e a de cabelos pintados olha para mim.

-Essa merda de fuso horário me atrapalhou. Sono é a última coisa que vou ter. Quer me acompanhar nessa madrugada?- Ela sugeriu, mas eu sabia que tinha trabalho e não podia fazer isso.

-Desculpe Jade, tenho trabalho e não posso faltar logo no segundo dia. Se quiser peço uma pizza, o que acha?- Um sorriso ladino se forma em seu rosto e eu me sento na cama também.

-Ah, é mesmo. Agora você não é mais apenas uma desocupada, você trabalha. E sim, quero uma pizza.- Entre risos ela se pronunciou. Dei um leve soco em seu braço e ela se contorceu, mas continuou rindo.

-Desse jeito, não vou pedir pizza nenhuma!- Eu disse e então ela cobriu seu sorriso com sua mão.

-Desculpe amiga, sabe que eu te amo né?- A olhei pelo canto dos olhos e suspirei.

Liguei para a pizzaria e fiz o pedido. Quando chegou, comemos e assistimos um pouco de televisão. Não deu pra ver muita coisa já que precisava de legenda em inglês para Jade, mas ela se virou bem. Depois, avisei que iria dormir e ela então foi para o quarto de hóspedes, provavelmente passar a madrugada acordada. Não demorei para dormir e logo pude estar sonhando e viajando entre as memórias de meu subconsciente.

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Oi gente! Tudo bem? Fiz esse capítulo para vocês, a base da luta pois nessa quarentena tá complicado. Além do mais, depois dessa bomba do GOT7. Amando completamente e me viciando nas músicas. Quero pedir que se puderem, deixem sua opinião sobre como está o desenrolar dessa fanfic.
Assim, verei o que eu posso fazer para melhor agradar vocês... bjs