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Ás vezes quando estou muito calada me concentro em um único ponto, isso me leva a loucura porque em um instante tá tudo muito silencioso, mas dai na minha cabeça começa uma imersão de pensamentos aleatórios que me sufocam, esses pensamentos são sobre coisas comuns como uma música que ouvi muito na semana passada, alguma coisa que eu prestei bastante atenção na aula ou um acontecimento marcante que ficou preso em minha memória.

Geralmente é nesses momentos que eu percebo que estou começando a ficar fora de controle, o que eu odeio. Minha adolescência foi péssima e descontrolada, acho que foi por isso que acabei me tornando uma pessoa tão insana e desesperada por um mínimo de controle que seja, isso vai de como eu organizo as minhas roupas até como eu quero e espero que sejam meus resultados acadêmicos.

Por isso que ontem mesmo que a contragosto deixei que Tiff me arrastasse para o Meaningless e me deixasse me embebedar o suficiente para deixar que meu primeiro beijo fosse roubado por uma vocalista qualquer, e também por isso que perdi o sono diversas vezes durante à noite. Eu não sabia que gostaria tanto de ser beijada.

Ainda mais com aquela garota especificamente.

Durante toda minha vida nunca parei para me questionar com isso, nunca quis definir nada em minha vida, principalmente com relacionamentos, sempre tive aversão á eles. E agora que passei essa experiência um tanto inusitada é como se todas as peças tivessem sido encaixadas, todas as garotas que eu pensei que estava louca por sentir vontade beijá-las mesmo que eu me atraísse por garotos também me trouxeram até esses momentos. Eu gosto de garotas, e muito.

Tirar uma nota ruim por puro cansaço, — Foi justamente isso, eu dormi durante a prova e o professor a desconsiderou me dando um zero enorme bem no meio da minha cara. Mostrou-me que tenho levado a vida muito a sério e não tenho descansado tanto quanto eu deveria, ainda que seja meu último ano na faculdade, ainda assim estou fazendo tudo em excesso.

Eu e essa minha síndrome do fazer alguma coisa, não consigo descansar porque preciso fazer alguma coisa, mas não faço nada direito ou termino porque estou cansada demais para isso.

No entanto, nem uma nota ruim é o suficiente para arrancar Jerrica Sugg, a estranha do banheiro, da minha cabeça e nem sua língua atrevida em todos os sentidos. É um misto de sentimentos interessantes, vontade de fazer de novo, prazer e raiva, — Porque ela roubou meu primeiro beijo que, vergonhosamente, fantasiei por anos.

— Cora Coração. — Tiffany minha colega de quarto do alojamento abre as cortinas que envolvem meu beliche revelando o sol ardente de Sailor Salt. Seu sorriso brilha assim como seus olhos ridiculamente verdes. — Como vai? — Sua expressão alegre me assusta.

Decido me levantar e colocar minha cara à tapa mais uma vez, infelizmente ou felizmente na maior parte do tempo fiz uma boa fama na SASU, ser uma pessoa extremamente inteligente tem suas vantagens, mas por essa mesma exposição todos sabe que Cora Cox falhou miseravelmente.

— Está tomando refrigerante á essa hora?— Pergunto abismada com o péssimo hábito da minha colega de quarto. Acho que já avisei para ela centenas de vezes o quão prejudicial, mas é óbvio que não me deu ouvidos.

Tiffany Dorsey é irredutível, divertida e brilhante. Acho que essas três palavras consegue defini-la perfeitamente porque é o que exala de uma maneira perfeita que somente ela sabe, tenho sorte por ter esse pequeno ser brilhante e sempre com um vestido extremamente coloridos ou gritantes em minha vida. Tiffany Dorsey é a minha melhor amiga da infância, tivemos sorte que ficamos no mesmo quarto, quando nos vimos pela primeira vez no quarto e gritamos tanto que geramos a antipatia das nossas colegas dos quartos ao redor, mas ainda assim somos diferentes. E uma dessas diferenças, é que a Tiff é uma romântica incurável e esse seu jeito a leva diretamente para um abismo quase sempre.

E mesmo sendo uma garota bastante perspicaz tem um dedo podre dos infernos, ela tem o péssimo hábito de se apaixonar por caras de uma noite só e que não estão dispostos namorarem mesmo que ela seja a garota mais linda que eu já vi, — Não é exagero, ela é mesmo por esse motivo e alguns outros, foi coroada á rainha do baile, líder de torcida, presidente do grêmio, votada para a carreira mais promissora, escolhida como o sorriso mais bonito de todos os anos e também a que tinha a chance de conquistar o Harry Styles.

Teve apenas um garoto que achamos ser o cara, Beau Harris com seu sorriso bonito, olhos pretos os favoritos dela e um carisma perfeito, mas como todos os outros ele foi um idiota, pena que esse foi o que mais doeu nela.

— Tiff... — Ela para e me olha como se já soubesse todo meu discurso, deixa de pentear os cabelos loiros e seus ombros murcham minimamente. — Por favor, toma cuidado. — Encurto meu discurso repetitivo e ela sorri.

Tiffany Dorsey é a minha única família, quero dizer minha única família lúcida e presente, então pensar em alguém estragando qualquer centímetro dela me apavora. Somos irmãs, quase literalmente, de um jeito cômico e desastroso, mas é o que somos.

— Fica tranquila, Cora. — Ela se aproxima e segura meus ombros. — Esse cara... Ele vale a pena, eu juro. — Parece convencida e se esforça muito para que me convença, mas continuo com o meu pé atrás porque sou desconfiada por natureza. — Pode confiar.

— Tudo bem. — Abro um sorriso tentando não preocupá-la com meus anseios, suavizo minha expressão e solto um longo suspiro. — Eu te amo, garota. — Seus olhos verdes brilham com toda a bondade que eles carregam. — Muito.

— Eu também, Cora Coração. — Me abraça e ficamos um bom tempo abraçadas. Ao se afastar, segura meus ombros novamente e enfia suas íris verdes nas minhas. — Como está se sentindo?— Suspiro longamente mais uma vez, o suspiro de quem está extremamente cansado tem feito parte de mim e sinto um peso imenso em minhas costas.

Meus pensamentos voam para o banheiro do Meaningless e no beijo que troquei com Jerrica Sugg, um arrepio prazeroso percorre minha espinha e meu couro cabeludo se arrepia inteiramente enfiando os mesmos sentindo na ponta da minha unha. Balanço a cabeça afastando tais pensamentos instintivos.

— Você nem faz ideia. — E nem eu.

Devo estar chamando uma atenção desnecessária para mim olhando atrás dos arbustos abaixada o suficiente para minhas pernas gritarem de dor e eu derrubar meu livro Guerra dos mundos, isso me faz finalmente me levantar e criar um pouco de coragem.

Jerrica Sugg está parada conversando com um menino aparentemente próximo, ele tem traços marcantes olhos monólidos e sérios, os cabelos escuros e lisos e seus lábios se mantêm em uma linha fina. Já ela usa uma saia jeans escura curta, uma camiseta rosa e tênis branco sobre seus ombros descansa um moletom fino vinho. Seus longos e sedosos fios loiros estão espalhados pelo seu rosto, costas e ombros.

As pessoas que passam do meu lado me encaram e outras comentam sobre minha nota ruim, como se eu tivesse automaticamente me transformado em um zero vermelho ambulante. Como se nada que eu tivesse conquistado até hoje já não valessem de nada, como se tudo que eu fosse se resumisse á uma nota.

— Vamos lá, Cora. — Murmuro baixo para mim mesma sem tirar meus olhos de Jerrica. — É só uma nanica aspirante a vocalista malvada, é inofensiva. — Ou talvez não.

Meus pés criam vida própria e me levam em direção das duas pessoas mais influente da universidade depois de ouvir seu nome na noite anterior me lembrei do quanto ela é falada pelos corredores sejam qual for eles, a nossa universidade tem uma estrutura em um formato de um U quadrangular e são interligados por corredores e esses corredores são divididos em áreas. — Exatas, Humanas e Biológicas.

Ao atingir o gramado Jerrica é a primeira a me notar como se fosse automaticamente programada para sentir minha presença, seus olhos brilham em divertimento e meus olhos recaem diretamente em seus lábios que seguram um sorriso nada amistoso, me sinto como uma mariposa ridícula o suficiente para se atrair até a lâmpada. E como elas que fritam sob a luz densa e quente da lamparina, eu queimo na presença arrebatadora de Jerrica Sugg.

— Ahm... Cora Cox, por essas bandas?— Seu sorriso se desmancha aos poucos até se transformar em algo de puro deboche. — Acho que seu corredor é pra lá. — Aponta com o dedo para a direção oposta, concluo que ela é uma garota malvada mesmo.

— Eu sei minha inteligência não foi afetada por causa de ontem à noite e é sobre isso que vim falar com você, Jerrica Sugg. — Ela abre os olhos em divertimento e se vira para o homem a sua esquerda.

Cochicha algo em seu ouvido que o faz ri e se afastar rapidamente de nós, Jerrica anda na minha frente e eu a sigo. Seus passos são certeiros e rápidos, ela se esconde em uma das pilastras mal iluminadas do corredor e se concentra em me encarar.

— O que quer comigo?— Sonda com os braços cruzados, ela me cerca e sinto que sua presença é assustadora o bastante para que eu me sinta minúscula mesmo que eu seja centímetros mais altos que ela.

— Suas desculpas. — Ela me olha com cara de pasmada e isso me faz suspirar, ajeito meus cadernos e meu livro apoiando-os em minha cintura e me perco em seus olhos azuis. — Você roubou meu primeiro beijo, Jerrica. Eu tinha planos e toda uma idealização.

Ela rola os olhos escuros e quando seus olhos voltam ao lugar ela mantém um rosto tomado por escárnio.

— Eu não vou me desculpar não, Cora. — Ela se aproxima de mim como uma águia e é como se nunca tivéssemos saído do banheiro como na noite anterior. Ela me cerca com seus braços apoiados na pilastras bege e me encara, parece pensar e quando conclui seu pensamento me encara. — Quer saber de uma coisa, Cora?— Balanço a cabeça confusa. — Não quero mais seu beijo, toma. — Cola os lábios no meu.

Meus pensamentos dão um nó mandando toda a minha lógica para o espaço, apenas se concentram na língua quente dela na minha garganta, suas mãos escapam da parede até minha cintura colando nossos corpos numa tentativa idiota de fundi-los em um, seu toque é duro e exagerado, mas sua boca é doce e é por isso que eu não a afasto e mando-a ir para o inferno.

— Eu também não quero. — Exclamo pausadamente sem fôlego embriagada com ela, estou bêbada de Jerrica Sugg e estou prestes a virar uma alcoólatra. — Toma. — Beijo ela novamente, mas rapidamente me afasto. — Por que continuo te beijando?— Pergunto mais para mim do que para ela.

— Você gosta de mim, Cora. — Ela pisca confiante.

— Não, eu não gosto e não quero fazer isso de novo. — Nego com firmeza, mas isso não está cheio de convicção o suficiente para destruir seu sorriso bonito, porém cheio de pura arrogância.

— Ah, você gosta sim. E tem mais, Cora... — Aproximou seu rosto perigosamente dos meus e seus lábios roçaram nos meus. — E você vai fazer isso de novo. — Beija meus lábios mais uma vez. — E quando se der conta, vai gritar sim, sim. — Se afasta.

Em poucos segundos estou sozinha, desesperada e com um formigamento na boca do meu estômago que já está gritando com toda força o que eu mais temia que pudesse dizer. Recomponho-me e torno a andar com meus pensamentos atordoados, faço listas mentais tentando assimilar o que foi tudo isso, mas todas as respostas me levam a mesma coisa, eventualmente se eu me deixar levar estarei mesmo gritando aos quatro ventos sim, sim para Jerrica Sugg e não há nada mais fatal que isso.


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