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🖤Part One🖤

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Avisos:

•Nada na estória é real
•Não tenho a intenção de ofender e nem denegrir a imagem de ninguém
•Meu objetivo é apenas entretenimento
•A estória terá 2 partes
•A segunda parte será postada após uma semana, quarta-feira
•Pode conter alguns erros de ortografia
•Na estória, Ciel já possui a maioridade, até porque, eu jamais romantizaria a pedofilia em uma obra minha
•Comentários e favoritos me deixam muito feliz

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21 de outubro de 1893

Phantomhive's house

Eram exatas seis da tarde, Sebastian estava servindo o chá de seu "jovem mestre", Ciel.

O silêncio presente ali era algo perturbante a qualquer um, até mesmo para o jovem rapaz sentado à mesa.

O pequeno Phantomhive ainda não pudera acreditar no que Elizabeth fizera.

Como ela pode fazer algo daquele tipo com seu noivo?

Como pudera o trair de tal maneira?

Ciel não se conformava com o fato de que sua futura esposa o trocara por um qualquer.

O garoto levou a xícara a sua boca e deu um gole farto na bebida quente, se deliciando com o ótimo gosto de seu chá.

— O que ainda faz aqui? – perguntou ríspido

— Apenas fazendo o meu trabalho... – disse simples

Sebastian sabia que seu mestre estava com o emocional afetado, mas nem por isso deixou de estar ao seu lado.

O mordomo observava o rapaz com certa admiração, Sebastian tirara a sorte grande quando o encontrou e agradecia todos os dias por permanecer ao lado deste.

— Pare de me olhar! – resmungou o olhando de canto

— Por que?

— Porque este não é o seu trabalho...

— E qual é o meu trabalho?

— Oras, sabes muito bem qual é seu trabalho, agora ande, quero ficar sozinho

— Com licença...

Sebastian saiu do cômodo levando consigo a bandeja do chá da tarde.

O mordomo estava triste por saber que seu jovem mestre ficara incomodado ao saber que Elizabeth havia o traído, e se sentia culpado de certa forma. Sebastian prometeu a si mesmo de que iria melhorar o dia de Ciel, ou pelo menos tentar.

O coração de Sebastian apertava ao saber que Ciel sofria, e faria de tudo para reverter esse sentimento.

Enquanto isso, o jovem Phantomhive permanecia sentado em sua cadeira, passou a encarar as paredes em sua volta, com apenas um pensamento:

"Por que ninguém me ama...?"

Era isso o que se passava na cabeça de Ciel, mal sabia ele que um de seus empregados alimentava esse sentimento a cada dia, a cada hora...

— Sebastian! – chamou o mestre

— Sim...

— Quero ir dormir, prepare o meu quarto...

— A essa hora?

— Sim, algum problema?! – se irritou

— Não senhor....

— Então vá logo! – soou ríspido

— Sim, meu lorde... – disse se curvando

O mordomo tratou de sair dali e fez seu caminho para o quarto de Ciel.

Tudo estava em seu perfeito lugar, já que pela tarde o mordomo limpara tudo.

O pó fora tirado.

O chão fora varrido e aspirado.

Os objetos foram devidamente polidos.

Tudo estava maravilhoso, mas ainda faltava algo para Sebastian.

O grande problema era que nem mesmo o mordomo soubera o que faltava.

"Como pode um serviçal esquecer de seu trabalho?"

Pensou

O mordomo afastou seus pensamentos e ajeitou a roupa de cama do jeito que seu mestre gosta.

Logo após terminar de arrumar o enorme espaço macio, a maçaneta da porta foi aberta e o Phantomhive adentrou o quarto.

— Vou tomar um banho – avisou

— Necessita de ajuda jovem mestre?

— Sabe o que eu realmente necessito Sebastian? Ou melhor, o que eu não necessito, sabe?!

— Não senhor...

— Eu não necessito ter de ficar olhando para essa sua cara de tacho o dia inteiro! Então trate de sair daqui!

— Sim senhor – mais uma reverência foi dada no dia

E mais uma vez, Sebastian fora dormir abalado.

"Como pode ser tão cego?"

"Como ele não percebe?"

"É tão difícil assim perceber que estou apaixonado?"

O mero mordomo não sabia mais o que fazer.

Ultimamente seu mestre vem sendo rude e mais frio que o normal.

Em uma semana, o jovem já fizera com que Sebastian chorasse no mínimo 5 vezes.

Mas o que não sabia o empregado, é que Ciel também andava chorando.

"Como pode existir um ser tão cruel?!"

"Como pode Elizabeth ter feito algo desse tipo?"

O pequeno Phantomhive não poderia negar que já estava a desconfiar que era traído.

Sua noiva andava estranha.

Evitava qualquer aproximação com o futuro marido e sempre arranjava uma desculpa para escapar de seus encontros.

Em meio às lágrimas, Ciel caiu no sono...

— Bom dia – disse o mordomo sem muito ânimo

Seu amo não respondeu, ainda estava abalado

— Vou preparar seu banho...

— NÃO! – disse apressadamente

— Perdão...?

— Não precisa preparar meu banho! – soou ríspido – eu mesmo faço isso

— Tem certeza jovem mestre?!

— Não me questione! Eu sei o que faço! – explodiu em raiva

— Sim senhor, vou preparar seu café da manhã...

— Não estou com fome

— Mas se o senhor não comer, vai...

— Eu não me importo! Assim como Elizabeth, eu não me importo com o que vai acontecer!

O rapaz saiu às pressas e entrou em seu  banheiro, logo fechando a porta com extrema força.

O mordomo, estático em seu lugar e sem entender a explosão repentina de seu lorde, decidiu sair de seu quarto o mais rápido possível.

"Preciso fazer algo"

"Não posso deixar meu amo assim"

"Elizabeth vai pagar..."

Se tem um porquê de Ciel ter feito um contrato com Sebastian, foi por conta de sua proteção. Ele sabia o que Sebastian era e sabia muito bem o que ele podia fazer.

E por que não fazer um contrato?

Afinal, nada mais podia dar errado.

Sebastian, com seus olhos transbordando fúria, saiu do casarão indo até Elizabeth.

Ele não deixaria barato

Quem ela pensa que é para quebrar o coração de seu senhor... seu Ciel

O garoto, fragilizado, banhava-se calmamente, e para quê ter pressa?

Não iria a uma festa, muito menos se encontrar com alguém importante, ou com sua ex-noiva

Saiu de sua banheira e caminhou até o quarto, à procura de seus pijamas. Estes que ele não encontrava de jeito algum

— Sebastian! – chamou o mestre

Nada

— Sebastian! – chamou de novo

E mais uma vez, sem resposta

— Onde ele se meteu?!

Ciel tratou de sair de seu quarto e foi à procura de seu mordomo apenas com uma toalha em sua cintura.

Na cozinha, na sala, no escritório, e nada do mordomo

— Será que ele está dormindo?

Subiu novamente as escadas e foi em direção ao quarto do Michaelis

Toc toc

— Sebastian? – perguntou abrindo a porta

— Está aqui?

Deu uma volta pelo quarto e nada. Foi até o banheiro e novamente, nada.

Decidido em esperar seu subordinado, Ciel abriu uma das portas do enorme guarda-roupa e puxou uma das várias camisetas que ali haviam.

Vestiu a peça e se sentou na cama, ele não sairia dali enquanto Sebastian não voltasse.

Mas como estava cansado, o pequeno Phantomhive caiu em um sono profundo, ali mesmo, no quarto do mordomo.

Na casa de Elizabeth, Sebastian subiu as escadas, sem fazer um mísero barulho. Ele foi até o quarto da garota, e entrou no local.

Ela não estava lá

E então, um barulho...

Água

Esse era o barulho que ecoava pelo local

Elizabeth estava no banheiro

Michaelis andou calmamente até a porta branca e entrou no cômodo abafado pela quentura da água da banheira.

Observou a garota, esta que se banhava calmamente, depois de um tempo, o mordomo de Ciel caminhou até o objeto de porcelana e fitou às costas da loira.

3 minutos

Isso seria o bastante para ela se afogar

Assim que ela parou de se debater, Sebastian finalmente retirou as mãos dos ombros da menina, esta que agora não mais respirava.

Tudo que ele tinha pra fazer agora, era voltar para casa, voltar para seu Ciel.

O garoto, dormia, não tranquilamente, já que seus pesadelos assombravam sua mente

— Eu te odeio Ciel Phantomhive!

— Você não passa de um garotinho mimado!

— Ninguém te ama!

— Você vai morrer sozinho!

— Todos sentem pena de você!

— Jovem mestre!

Acordou

— Sebastian!

— O que fazes aqui em meu quarto?!

— Eu... não sabia onde estava o meu pijama, então vim te procurar, mas não te achei...

— Então resolveu colocar uma de minhas roupas e se deitar aqui?

Ele corou

— Bom... bom... sim... quer dizer, não! Espera, sim

— Certo, certo. Não precisa se explicar jovem mestre...

— Não preciso mesmo! Aliás, quem precisa se explicar aqui é você!

— Eu?!

— Sim, onde estava?!

— Estava resolvendo algumas coisa... pessoais...

— Certo...

Silêncio

Foi tudo o que sobrou

O rapaz olhava para o mordomo, e este devolvia o olhar

— Bom...

— Eu...

— Desculpe! Pode falar jovem mestre...

— Eu... tive um pesadelo...

— Pesadelo?!

— Sim...

— E do que se tratava?

— Prefiro não dizer...

— Certo...

— Será que... eu posso dormir aqui?

— O quê?!

— É só esta noite, eu prometo

— O-ok, t-tudo bem!

O mordomo não podia acreditar

Ele dormiria com Ciel, com seu amado

— Obrigado

— Então... vamos dormir?

— Vamos

Eles se deitaram

Juntos

E assim dormiram

Sebastian dormiu feliz e Ciel...

Bom, Ciel dormiu tranquilo

Essa fora a primeira noite em que o Phantomhive dormira sem ter pesadelo algum...

22 de outubro de 1893

London Center

A carruagem dos Phantomhive vagava pelas ruas de Londres

O caminho era silencioso, afinal, ninguém festejaria a caminho de um enterro

"Esta manhã, Elizabeth Midford, fora encontrada morta em sua banheira, durante seu banho, a garota acabou afogando-se, levando-a, assim, a seu óbito"

Esta era a notícia que corria pelas manchetes dos jornais

A cada esquina que viravam, a cada pessoa que encontravam, todas falavam da mesma coisa

A pobre falecida Midford

"Que crueldade"

"Por que o destino é assim?"

"Ela era tão jovem...

"Tinha muito o que viver ainda..."

Assim que chegaram ao velório, Ciel e Sebastian desceram da carruagem e caminharam silenciosamente

O "relacionamento" dos dois continuou a mesma coisa, nada acontecera na noite passada, eles apenas  dormiram na mesma cama.

Quando enfim viram o local onde o caixão de Elizabeth estava, Ciel pensou em se aproximar, mas seus olhos se detiveram em outra coisa, outro alguém

— Alois... – murmurou o pequeno Phantomhive

Alois Trancy, o amante da Midford, o outro traidor

Ciel nunca pensara que um de seus amigos, ou melhor, o seu único amigo o trairia com sua noiva.

— Ciel... – sua voz saiu como um sussurro

A aparência de Trancy era deplorável, seus olhos, normalmente de coloração azul, agora estavam vermelhos por conta da noite mal dormida e dos choros silenciosos. Seu cabelo estava um verdadeiro ninho e suas roupas...

Bem, suas roupas eram menos piores, ele trajava um terno inteiramente preto, simples, porém que passava um ar de nobreza.

De canto de olho, Sebastian observava tudo, ele sabia que Ciel mantia uma amizade estável com Alois, mas depois do que ocorrera, tudo que o garoto menos queria era encontrar o "amigo"

Com um pouco de fraqueza, Alois se levantou e tentou caminhar até Ciel, porém este se afastou assim que percebeu a tentativa de aproximação

— Não chegue perto de mim...

— Ciel... por favor, deixe-me explicar...

— Você não me deve explicação alguma, eu sei de tudo o que aconteceu, eu vi tudo...

— Eu sei, mas...

— Mas nada, se me der licença, eu já pretendo me despedir...

E assim ele fez, virou as costas para Trancy e foi até o caixão, observou a terrível cena de ver Elizabeth ali e uma lágrima solitária escorreu por sua bochecha

— Ela parece tão serena... – sussurrou para o mordomo ao seu lado

— Realmente...

— Tão bela e tão... – não conseguiu terminar, já que um baixo soluço escapou de sua boca

— Jovem mestre você não precisa...

— Preciso sim! Eu tenho que me despedir... afinal, esta é a única chance...

O mordomo assentiu e deixou seu soberano a sós, ele não queria ter que ver seu amado sofrendo...

Sofrendo por algo que ele mesmo causou...

Michaelis foi até a carruagem e adentrou nesta, assim como Ciel, ele precisava de um tempo a sós...

— Vamos ter mais momentos assim Ciel? – perguntou sua noiva

— Claro, vamos ter uma vida toda assim, cheia de momentos como esse

— VIVA!

Elizabeth saiu correndo pelo campo, logo sendo seguida por Ciel

Esta foi uma das melhores tardes que o garoto passou com sua amada.

Afinal, quem não gostaria de passar o dia todo em campo arejado enquanto tem um piquenique com sua futura esposa?

Flashbacks passavam pela memória do garoto, este que já não se importava mais com as lágrimas

— Adeus Elizabeth...

O rapaz limpou as lágrimas derramadas com a palma da mão e com um beijo na bochecha da falecida, Ciel saiu dali o mais rápido possível, ele tinha que ir embora, mas uma mão em seu pulso o impediu

— Mas o que diabos pensa que está fazendo?

— Por favor Ciel... – soluçou – eu... eu me arrependo tanto... tanto...

— Por favor digo eu Alois, não tenho tempo e nem paciência para ficar ouvindo suas desculpas esfarrapadas!

Com um puxão, Phantomhive livrou-se das mãos alheias e, sem olhar para trás, seguiu seu caminho até a carruagem

— Preciso sair daqui logo, ou vou acabar enlouquecendo...

Ele tinha a falsa sensação de estar sendo sufocado pelas lembranças, os risos, cada pequeno momento ao lado da loira vira a tona e ele não aguentava mais

— Eu te amo!

— Vai me amar para sempre?

— Claro, todos os dias, todas as horas, todos os minutos, todos os segundos. Vou passar cada momento da minha vida te amando!

— Você é incrível Ciel!

"Ahh!"

"Eu não aguento mais!"

Apertou o passo, ele já estava praticamente correndo na direção da carruagem.

Ele tinha que chegar logo, tinha que ir embora logo

Cada segundo a mais que ele passava ali, era uma parte a mais que se despedaçava em seu coração

— Jovem mestre – o mordomo disse em um tom de leve espanto, já que Ciel havia entrado de um jeito um tanto quanto brusco no veículo

— Vamos para casa! – ordenou ríspido, porém em baixo tom

— Tem certeza? O senhor não quer esperar...

— Esperar o que Sebastian?! Esperar para ver minha ex-noiva sendo enterrada a sete palmos do chão?! Esperar para ouvir um monte de pessoas sem importância dizendo o quanto Elizabeth era boa?! Esperar para... para ver o seu antigo amor indo embora para sempre?! – gaguejou na última frase, já que mais lágrimas desciam por seu rosto e ele lutava contra o impulso de soluçar – não obrigado, eu não quero esperar nada!

Surpreso com a reação de seu lorde, tudo que Sebastian conseguiu fazer foi assentir minimamente

— Tudo bem, vamos para casa...

28 de outubro de 1893

Phantomhive's house

1 semana depois

Já havia se passado uma semana desde que sra.Elizabeth morrera.

O clima na casa era pesado, não se ouvia mais as conversas nos cômodos, não existiam risadas.

Tudo era silencioso

Assim como todos os dias, Ciel estava trancafiado em seu escritório. O garoto só saia de lá para dormir.

Escritório, quarto, quarto e escritório

Esta era sua rotina

Um tanto quanto monótona

— Jovem mestre... – disse o mordomo antes de entrar no cômodo

— Sim?

— Trouxe o seu café da manhã...

O garoto assentiu com a cabeça, como um consentimento para o mordomo entrar

— Hoje temos bolo de frutas vermelhas, acompanhado de chá de gengibre...

— Obrigado Sebastian

— Só estou fazendo o meu trabalho

Michaelis serviu uma xícara de chá para o Phantomhive e deixou-a na mesa, juntamente com um pedaço generoso do bolo

Antes do mordomo sair do escritório, ele ouviu a doce voz de seu mestre chamando-o

— Sebastian!

— Sim?

— Não se esqueça de preparar o almoço, para dois! - avisou o jovem

— Almoço para dois?!

Sebastian estranhou, mas ficou contente no fim, afinal, as únicas duas pessoas presentes na casa eram ele e o jovem mestre

Não teria outro alguém com quem Ciel almoçaria

— Sim, para dois. O sr.Johnson chegará às 11 horas, e ficará também para o chá da tarde, então, por favor, prepare algo atrativo e delicioso

— Ah, claro... o sr.Johnson...

Seria mentira se dissesse que Sebastian não ficara chateado, a mágoa estava bem presente em sua voz

— Você já pode ir. Me chame assim que ele chegar

O mordomo assentiu com a cabeça e se despediu silenciosamente

"O que eu devo preparar para o almoço?"

"Tem que ser algo impressionante..."

"Claro que não para o Sr.Johnson, mas sim para meu mestre"

Michaelis foi, não para a cozinha, como era de costume, mas foi para a biblioteca

"Se eu quero ser impressionante, vou precisar de uma receita impressionante"

A biblioteca era enorme, com certeza haveria algum livro de receitas ali. E Sebastian tinha razão

"Comidas típicas da culinária britânica"

Era um livro novo, com certeza não se encaixava no gosto literário do mestre

As receitas variavam bastante e todas pareciam bem apetitosas:

Beef Wellington, Bubble and Squeak, Shepard's Pie, Steak and Ale Pie, Bangers and Mash, Colcannon, Lancashire Hotpot, Sunday Roast, Ploughman's Lunch, Yorkshire Pudding, Shooter's Sandwich, Toad in a Hole, Cornish Pasty, Fish and Chips, Cauliflower Cheese, Beef and Oyter Pie, Steak and Kidey Pie...

Mas uma em especial chamou a atenção do mordomo:

Fish Pie

Também chamada de Fisherman's Pie, é uma torta feita com peixe (geralmente defumado) envolto em molho branco, além disso, é bastante comum adicionar camarões, ovo cozido, milho ou ervilhas.

— Perfeito!

O mordomo preparou tudo com perfeição, e o cheiro da comida se espalhou por toda a mansão. A mesa foi preparada de modo surreal, tudo estava em seu devido lugar.

Logo, o som da campainha ecoou pela casa e Sebastian rapidamente foi atender:

— Sr.johnson... – cumprimentou-o com uma leve reverência

— Olá... – disse de modo seco

— Por favor entre, o Sr.Phantomhive está lhe esperando...

O velho homem entrou na mansão e seus olhos percorreram por todo o cômodo, como se avaliasse todos os móveis

— Vou conduzi-lo até a sala de jantar...

Ciel aguardava o Johnson sentado em seu lugar de costume na mesa

— Sr.Johnson

— Sr.Phantomhive

— Por favor, sente-se, Sebastian já trará o almoço

O velho sorriu em agradecimento e o mordomo foi para a cozinha pegar o almoço dos condes

"Será que se eu envenenar a comida do Sr.Johnson eu vou preso?"

"Melhor não..."

De volta a sala de jantar, Sebastian apresentou o prato e deixou ambos os condes a sós

— E então, por que o senhor me procurou? - perguntou o mais jovem

— Vim lhe oferecer uma oferta...

— E qual seria essa oferta?

— Eu lhe ofereço 3 milhões de dólares pela companhia Phantom

— E por que eu deveria aceitar?

— Bom, é uma boa oportunidade, e além de tudo, a companhia Phantom não está em seus melhores momentos...

— Mas isso é problema, unicamente, da minha companhia – deu ênfase em cada uma de suas palavras – e apesar das dificuldades que estamos passando, não estamos pensando em vendê-la

— Mas...

— Mas nada, se era esse o seu único motivo, creio que já resolvemos tudo o que havia para ser resolvido

— Claro... – disse de modo envergonhado

Ciel se levantou e esticou sua mão direita para o velho

— Nos vemos numa próxima...

Relutante, Sr.johnson apertou a mão do jovem

— Até mais Ciel Phantomhive

O homem se retirou da sala e caminhou até a porta da saída, mas ao invés de se retirar da mansão, ele alternou sua rota

O Johnson tomou todo o cuidado possível para não fazer barulho algum enquanto subia as escadas

O segundo andar é ainda mais luxuoso que o primeiro e o velho não tardou em começar a procurar o quarto de Ciel

Seu plano não ia muito além de se esconder e assassinar Ciel enquanto o mesmo dormia. É claro que a noite demoraria um pouco para chegar, mas ele não se importou

Todas as portas eram idênticas, seria quase impossível de descobrir qual era o quarto de Ciel, mas isso não era problema, afinal ele tinha até o anoitecer para descobrir

— A reunião já acabou? – perguntou ao entrar no escritório do mestre

— Sim, não durou muito...

— E o que ele queria? – questionou, mas logo se arrependeu – desculpe, isso não é da minha conta, o senhor não deve me falar nada

— Realmente, não devo te falar nada, mas já que esse assunto é irrelevante, acho que posso te falar...

O mestre deu uma pausa e deu uma golada em seu chá de hibisco

— Ele veio me fazer uma oferta. Queria comprar a companhia Phantom por 3 milhões...

— E o senhor aceitou?!

— Claro que não, a proposta é até boa, mas não sou idiota!

— Claro, claro que não é...

Depois de um tempo de silêncio, Ciel decidiu quebrá-lo

— Qual é a minha agenda? Creio que agora que Sr.Johnson foi embora, minha programação voltou ao normal...

"Voltar ao normal"

"Isso significa que, a agenda normal, é aquela que ele sempre fizera"

"É a agenda de antes do enterro da sra.Elizabeth!"

— O senhor terá aulas de economia às 16 horas... – disse tentando esconder o tom de alegria na voz

— Certo...

— Com licença, vou voltar a fazer meus afazeres...

Antes de Sebastian sair do cômodo, Ciel o chamou novamente

— Sebastian!

— Sim?

— Você... fez um bom trabalho hoje...

— O-obrigado...

O mordomo saiu do escritório confuso, afinal, Ciel nunca tinha elogiado o trabalho  Sebastian, mas a confusão não demorou a dar lugar a uma enorme alegria

"Meu mestre gostou do meu trabalho!"

Um sorriso brilhante iluminou o rosto de Sebastian, mas logo tratou de acabar com ele.

Ele estava em trabalho, não tinha tempo para ficar de sorrisinho por aí, tudo que ele devia fazer é trabalhar, trabalhar duro para seu mestre e, quem sabe, ganhar outro elogio deste

A noite logo caiu, e o Johnson já estava preparado para pôr seu plano em ação

Ficou imóvel embaixo da cama, ninguém repararia nele ali

Passos

Foi isso que o fez apurar ainda mais seus ouvidos

"Ciel está chegando"

A porta se abriu e então fechou, finalmente Johnson poderia acabar com a família Phantomhive de vez

O seu campo de visão foi ocupado pela imagem de um par de sapatos pretos e lustrados

"Agora você não me escapa garoto"

De uma única vez, o homem saiu de debaixo da cama, mas ao invés de encontrar o pequeno Phantomhive, teve a surpresa de encontrar Sebastian

O mordomo nem ao menos se assustou, parecia já saber o que aconteceria ali naquele momento

— O que faz aqui?!

— Vim dormir

— Onde está Ciel?!

O pequeno homem apontava uma faca na jugular de Michaelis enquanto fazia o seu interrogatório, mas este nem se deu ao trabalho de se amedrontar

— Ele está no quarto dele...

— Mentira!

— Verdade, ele não dorme no meu quarto... não por enquanto...

— Então...

— Sim, você entrou no quarto errado e agora vai sofrer com as consequências de ter feito isso

— Não, por favor, eu...

— Você já deve saber que isso foi um terrível erro...

— Sim, sim eu sei. É por isso que eu te peço, por favor, tenha misericórdia de mim...

— Vou te contar um segredo...

O mordomo se aproximou do ouvido do pequeno homem e sussurrou com a voz rouca e amedrontadora

— Eu não tenho misericórdia de ninguém...

Em um movimento rápido, Sebastian agarrou o pescoço do Johnson e ali depositou toda a sua força

Cada segundo que se passava, o rosto do homem ia se tornando cada vez mais pálido e seu pescoço já ganhava a coloração roxa

Não demorou muito, logo o homem já estava morto. Seus olhos permaneciam abertos, mas já não viam a luz que emanava da lâmpada

Tudo que Sebastian deve fazer agora é levar o corpo para a fogueira, e foi exatamente isso que ele fez. Porém como não havia uma fogueira, o forno a lenha foi o bastante para um corpo de 1,73m de altura

Ao voltar para seu quarto, o mordomo tomou o máximo de cuidado para não acordar o jovem mestre, mas isso não aconteceu com o esperado

O garoto estava na frente da porta de seu quarto, o rosto molhado por lágrimas e tremendo, não de frio, mas de medo

— Jovem mestre...

— Sebastian, onde estava?

— Fui colocar o lixo para fora...

— Certo...

O garoto assentiu fraco e então abaixou sua cabeça, permanecendo calado

— Se me permite perguntar, o que está fazendo o senhor chorar?

— Tive outro pesadelo...

— Sonhou com a senhorita Elizabeth novamente?

Ele assentiu novamente

— Então...

— Então...?

— Eu pensei, será que eu não posso dormir com vocês de novo?

— Ah, ah claro, claro que pode!

O coração do mordomo estava disparado, não podia acreditar que dormiria com seu mestre por mais uma noite

— Obrigado...

O rapaz adentrou seu quarto e se dirigiu até a espaçosa cama, Sebastian não tardou em se deitar ao lado do amado

Eles dividiram o edredom e antes de caírem no sono, seus olhares se cruzaram, deixando uma sensação estranha entre os dois

— Posso te fazer uma pergunta?

— Se eu puder responder... - deu de ombros

— Por que sempre que tem pesadelos, o senhor vem atrás de mim?

— Bom... eu me sinto seguro ao seu lado... – corou de vergonha

— Eu também...

— Se sente seguro comigo?!

— Claro, por que não sentiria?

— Eu sou apenas um garoto sem pais e que já perdeu de tudo. Sou inseguro e...

— Ei – o interrompeu – pode parar

— Por que?

— Porque você não é assim

— Então com eu sou?

— Você é o rapaz mais incrível que eu já conheci em toda a minha vida. Você é apenas um adolescente, mas já tem noção das dores existentes do mundo e mesmo assim se mantém forte. Com certeza você já pensou em desistir, e você tinha tudo para isso, mas mesmo assim não o fez...

— Sebastian, eu...

— E é por isso que eu te amo Ciel e não há nada no mundo que possa se comparar ao meu amor por você

Ciel não sabia como reagir diante das palavras do mordomo, ele nunca sequer cogitou a possibilidade de isso acontecer e agora que Sebastian disse-lhe seus sentimentos, ele sentiu algo estranho dentro de si...

Mais especificamente, dentro de seu peito...

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E então, gostaram?

Designer da capa:suigenerised

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